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Banca de DEFESA: JOANA EMMERICK SEABRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOANA EMMERICK SEABRA
DATA: 29/11/2019
HORA: 08:00
LOCAL: Sala 02
TÍTULO:

ANTAGONISMOS ENTRE TERRITORIALIDADES NA ESTRADA DE FERRO CARAJÁS: ÁGUAS, PALMEIRAS-MÃE E OS CAMINHOS DE RESISTÊNCIA DE UMA COMUNIDADE À COBRA DE FERRO NA BAIXADA MARANHENSE


PALAVRAS-CHAVES:

megaprojetos, conflito, territorialidades, ecologia, resistência.


PÁGINAS: 221
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Antropologia
RESUMO:

Nesta dissertação reflito sobre os efeitos de megaprojetos de desenvolvimento desde os pontos de vista e narrativas de campesinos, povos e comunidades tradicionais imbricados nestas situações de conflito, mas que, não raro, são negados nestas imposições. Compreendendo estes conflitos como expressão de antagonismos entre territorialidades, focalizo a atenção nos embates ao redor da atuação do Estado e das estratégias corporativas da Vale S.A. na Estrada de Ferro Carajás (EFC). A problematização refere-se aos seus efeitos nas disputas dos territórios específicos, priorizando, neste sentido, os pontos de vista e narrativas da comunidade de Mutum II, Arari, Baixada Maranhense. O trabalho de campo envolveu análise e pesquisa etnográfica de documentos e relatórios públicos, em audiências públicas, reuniões, andanças e escuta das narrativas cartográficas e da memória coletiva na comunidade. A situação conjuntural da pesquisa, de embates pela antecipação da renovação contratual da Vale S.A. sobre a EFC em mais trinta anos, revelou a prevalência de uma luta de classificações (BORDIEU, 1989) e ameaça de “apagar do mapa” corpos e territórios não brancos. A partir da situação social em Mutum II, concluo como as estratégias corporativas da Vale desdobram-se em práticas de securitização do conflito social, mediante distintos modos de criminalização, vigilância e controle social, contrapostas à ambientalização do discurso empresarial que pressiona à reconfiguração de territórios e corpos políticos, dos modos próprios da comunidade de viver, se organizar e pensar a ecologia. Portanto, como contrapostos à violência sistemática vivenciada e às ameaças de extermínio, águas, mãe terra e Palmeiras-mães revelam caminhos de luta e resistência à cobra de ferro.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente(a) - 210000144 - JURANDIR SANTOS DE NOVAES
Interno - 2739134 - EMMANUEL DE ALMEIDA FARIAS JUNIOR
Interno - 210000143 - ROSA ELIZABETH ACEVEDO MARIN
Externo à Instituição - CINDIA BRUSTOLIN - UFMA
Notícia cadastrada em: 28/11/2019 13:30
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