O NATAL TAMBÉM É DIA DE BATER TAMBOR: A festa de São Benedito e a construção da identidade quilombola da comunidade Bacabal Anajatuba MA.
Tambor de crioula, Identidade, festa, quilombola, territorialidade.
Fruto de um longo debate da academia com os movimentos sociais, há em curso uma ressignificação dos critérios que definem uma comunidade como quilombola, sistematizados no decreto 4887/03 que aponta para elementos tais como a “presunção de ancestralidade negra, relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida, territorialidades específicas e a auto – atribuição”. Com base nesses critérios o presente trabalho trata de uma descrição da festa Tambor de Crioula de São Benedito, que acontece anualmente nos dias 24 e 25 de dezembro, na comunidade Bacabal, constituindo – se como o principal fator de identidade quilombola. A festa tem extensa programação que inicia em setembro e culmina com o Tambor de Crioula do natal, representando a produção agrícola e as relações de sociabilidade historicamente vivenciadas em Bacabal, e além disso a festa reúne o movimento de Tambor de Crioula da cidade, por estar entre as poucas que são de data fixa, permitindo uma análise da pluralidade e da riqueza do Tambor de Anajatuba.