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Banca de DEFESA: JHONATAN ANDRÉS MUÑOZ GUTIÉRREZ

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JHONATAN ANDRÉS MUÑOZ GUTIÉRREZ
DATA: 26/03/2024
HORA: 09:00
LOCAL: SALA DE REUNIÃO DO PPGA
TÍTULO:

MUDANÇAS CLIMÁTICAS NA AMAZÔNIA ORIENTAL: PERCEPÇÕES E ADAPTAÇÃO DAS COMUNIDADADES QUILOMBOLAS DE ALCÂNTARA, MARANHAO, BRASIL


PALAVRAS-CHAVES:

percepção do risco climático. Vulnerabilidade. Corte e queima. Quilombolas. Capacidade adaptativa. Meios de vida. Segurança alimentaria. Maranhão.


PÁGINAS: 133
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Agronomia
RESUMO:

A mudança climática é global, porém, os impactos são locais. A adaptação dos agricultores perante às mudanças climáticas é imperativa. A implementação assertiva dos processos de adaptação climática deve considerar as percepções, o conhecimento, a tipologia dos agricultores, as barreiras e informações meteorológicos entre outros. Este estudo contribui nesse sentido, e subministra informações chaves para a estruturação de políticas públicas e implementação de processos orientados a incrementar a capacidade adaptativa e diminuir a vulnerabilidade dos agricultores tradicionais que praticam o corte e queima na região Amazônica. Assim, este estudo apresenta a vulnerabilidade contextual que interfere o processo de adaptação dos agricultores quilombolas de Alcântara, Maranhão, na Amazônia Oriental. Adicionalmente, subministra informações relacionadas com o acesso às informações climáticas, as percepções dos agricultores, registros meteorológicos da série temporal 1981- 2021; assim como, as ações de adaptação implementadas, as barreiras para o processo de transição de sistemas com fogo para sistemas sem fogo, os fatores que influenciam a percepção do risco climático e a implementação de ações de adaptação, e se reconhecem grupos de agricultores diferenciados por aspectos socioeconômicos, adaptação e conhecimento sobre mudanças climáticas. A coleta de dados foi realizada com diferentes atores locais (de agricultores a técnicos, n=100) no município de Alcântara, Maranhão, Brasil. Utilizou-se entrevista semi-estruturada, lista livre, grupos focais de discussão, mapeamento participativo de riscos, regressão logística binária, análise fatorial de dados mistos e análise de agrupamento hierárquico, teste de Mann-Kendall e ANOVA. Os resultados indicam que a idade média dos agricultores foi de 56 anos (±13). O tamanho da família em média é 4,5 (±2,4) integrantes, com 3,5 (±2,8) filhos. A renda familiar é baixa, com 30% sobrevivendo com menos de um salário mínimo mensal (~US$ 200/mês). A renda provém principalmente de aposentadoria (49,4%) e programas governamentais de assistência social (40,2%). A vulnerabilidade contextual é alta e interfere na capacidade adaptativa dos agricultores. Os estressores mais relevantes foram os não climáticos e divergem entre o público entrevistado, assim como, entre agricultores de diferente idade e gênero. Agricultores que vivem em “Agrovilas” são mais propensos a perceber estressores climáticos (p <0.05). Os agricultores recebem informações climáticas principalmente pela televisão (83%), porém, não conseguem entender claramente os tópicos relacionados as mudanças climáticas. A percepção dos agricultores é convergente com os dados meteorológicos que indicam uma tendencia no incremento da temperatura (p < 0.05) e uma diminuição da precipitação especialmente na última década. Segundo os agricultores essas mudanças estão gerando impactos negativos como a podridão da mandioca, a alteração da época de plantio e jornada laboral. A maioria dos agricultores (86%) tem alterado a época de plantio e menos de 29% implementam ações de adaptação diferentes. Em média implementam 1.6 (±1.3) práticas. Saber o que é o aquecimento global e ter acesso ao crédito, influenciam a implementação de ações de adaptação (p < 0.05). Vinte e duas barreiras foram citadas para transitar do sistema de corte e queima para sistemas sem fogo, sendo a falta de assistência técnica a mais proeminente (100%). Três grupos de agricultores foram identificados de acordo às características socioeconômicas, o conhecimento sobre as mudanças climáticas e adaptação (p<0.05). Para responder às mudanças climáticas e diminuir a vulnerabilidade contextual é necessária uma resposta coordenada e multinível entre os diferentes atores. A educação ambiental com foco nas mudanças climáticas deve ser implementada.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 6842 - ANTONIA ALICE COSTA RODRIGUES
Interno - 809661 - CHRISTOPH GEHRING
Externo à Instituição - CLÉCIA SIMONE GONÇALVES ROSA - IF
Presidente(a) - 809665 - GUILLAUME XAVIER ROUSSEAU
Externo à Instituição - HENRIQUE FERNANDES DE MAGALHÃES - UFPE
Notícia cadastrada em: 27/02/2024 16:00
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