Dissertações/Teses

Clique aqui para acessar os arquivos diretamente da Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEMA

2024
Descrição
  • ALAN DE SOUSA SOUSA
  • EFEITOS DE DOSES DE MOLIBDÊNIO APLICADAS NA FOLHAGEM NA PRODUTIVIDADE E CONTEÚDO DE MOLIBDÊNIO NA SEMENTE DE FEIJÃOCAUPI

  • Data: 22/03/2024
  • Mostrar Resumo
  • Os solos maranhenses são geralmente arenosos e ácidos, condições que favorecem a ocorrência de deficiências nutricionais nas plantas, sobretudo de fósforo, nitrogênio (N) e molibdênio (Mo). Devido a isso, a produtividade de grãos de feijão-caupi no Maranhão é baixa em relação ao seu potencial produtivo. O fornecimento adequado de Mo a leguminosas reduz deficiências de N e o uso de adubação mineral com N, em cobertura. Logo, nosso objetivo foi determinar, em condições de baixa tecnologia no norte maranhense, a dose de Mo aplicado na folhagem, no estádio V4 do feijão-caupi, que maximiza a produtividade e a dose de Mo necessária para elevar o conteúdo de Mo na semente para aproximadamente 3,6 µg por semente, conteúdo requerido para o feijoeiro em Minas Gerais. Foram realizados ensaios de campo em 2022 em São Luís e em Nina Rodrigues, Maranhão. Não foi utilizada adubação química no plantio. Os tratamentos foram arranjados em esquema fatorial 5 x 2: doses de Mo aplicadas na folhagem aos 25 dias após a emergência-DAE (São Luís) e aos 27 DAE (Nina Rodrigues) (0, 50, 100, 200 ou 300 g ha-1 ) e doses de N em cobertura (0 e 50 kg ha-1 ). Foi utilizado o cultivar BRS Guariba. O número médio de nódulos por planta foi 6,5 (São Luís) e 5,0 (Nina Rodrigues), e as produtividades médias alcançadas foram 465 kg ha-1 (São Luís) e 822 kg ha-1 (Nina Rodrigues). Sem N, a pulverização de 50 g ha-1 de Mo na folhagem aumentou em 14,8% o teor de N na folha e em 50% a produtividade de grãos, em relação a dose zero. Com N, as doses de Mo não influenciaram significativamente essas variáveis. Não houve interação significativa entre doses de Mo e doses de N sobre o conteúdo de Mo na semente. No entanto, o efeito do fator doses de Mo foi muito altamente significativo sobre o conteúdo de Mo na semente. As Doses de Mo aplicadas na folhagem aumentaram entre 140% a 614% o conteúdo de Mo na semente. Com a dose de 50 g ha-1 de Mo foi obtido 3,54 µg de Mo por semente. Nossos resultados sugerem que, para o cultivo de feijão-caupi com baixa tecnologia, a dose de 50 g ha1 Mo aplicada na folhagem é suficiente para maximizar a produtividade de grãos e para produzir sementes enriquecidas com Mo.

  • JHONATAN ANDRÉS MUÑOZ GUTIÉRREZ
  • MUDANÇAS CLIMÁTICAS NA AMAZÔNIA ORIENTAL: PERCEPÇÕES E ADAPTAÇÃO DAS COMUNIDADADES QUILOMBOLAS DE ALCÂNTARA, MARANHAO, BRASIL

  • Orientador : GUILLAUME XAVIER ROUSSEAU
  • Data: 26/03/2024
  • Mostrar Resumo
  • A mudança climática é global, porém, os impactos são locais. A adaptação dos agricultores perante às mudanças climáticas é imperativa. A implementação assertiva dos processos de adaptação climática deve considerar as percepções, o conhecimento, a tipologia dos agricultores, as barreiras e informações meteorológicos entre outros. Este estudo contribui nesse sentido, e subministra informações chaves para a estruturação de políticas públicas e implementação de processos orientados a incrementar a capacidade adaptativa e diminuir a vulnerabilidade dos agricultores tradicionais que praticam o corte e queima na região Amazônica. Assim, este estudo apresenta a vulnerabilidade contextual que interfere o processo de adaptação dos agricultores quilombolas de Alcântara, Maranhão, na Amazônia Oriental. Adicionalmente, subministra informações relacionadas com o acesso às informações climáticas, as percepções dos agricultores, registros meteorológicos da série temporal 1981- 2021; assim como, as ações de adaptação implementadas, as barreiras para o processo de transição de sistemas com fogo para sistemas sem fogo, os fatores que influenciam a percepção do risco climático e a implementação de ações de adaptação, e se reconhecem grupos de agricultores diferenciados por aspectos socioeconômicos, adaptação e conhecimento sobre mudanças climáticas. A coleta de dados foi realizada com diferentes atores locais (de agricultores a técnicos, n=100) no município de Alcântara, Maranhão, Brasil. Utilizou-se entrevista semi-estruturada, lista livre, grupos focais de discussão, mapeamento participativo de riscos, regressão logística binária, análise fatorial de dados mistos e análise de agrupamento hierárquico, teste de Mann-Kendall e ANOVA. Os resultados indicam que a idade média dos agricultores foi de 56 anos (±13). O tamanho da família em média é 4,5 (±2,4) integrantes, com 3,5 (±2,8) filhos. A renda familiar é baixa, com 30% sobrevivendo com menos de um salário mínimo mensal (~US$ 200/mês). A renda provém principalmente de aposentadoria (49,4%) e programas governamentais de assistência social (40,2%). A vulnerabilidade contextual é alta e interfere na capacidade adaptativa dos agricultores. Os estressores mais relevantes foram os não climáticos e divergem entre o público entrevistado, assim como, entre agricultores de diferente idade e gênero. Agricultores que vivem em “Agrovilas” são mais propensos a perceber estressores climáticos (p <0.05). Os agricultores recebem informações climáticas principalmente pela televisão (83%), porém, não conseguem entender claramente os tópicos relacionados as mudanças climáticas. A percepção dos agricultores é convergente com os dados meteorológicos que indicam uma tendencia no incremento da temperatura (p < 0.05) e uma diminuição da precipitação especialmente na última década. Segundo os agricultores essas mudanças estão gerando impactos negativos como a podridão da mandioca, a alteração da época de plantio e jornada laboral. A maioria dos agricultores (86%) tem alterado a época de plantio e menos de 29% implementam ações de adaptação diferentes. Em média implementam 1.6 (±1.3) práticas. Saber o que é o aquecimento global e ter acesso ao crédito, influenciam a implementação de ações de adaptação (p < 0.05). Vinte e duas barreiras foram citadas para transitar do sistema de corte e queima para sistemas sem fogo, sendo a falta de assistência técnica a mais proeminente (100%). Três grupos de agricultores foram identificados de acordo às características socioeconômicas, o conhecimento sobre as mudanças climáticas e adaptação (p<0.05). Para responder às mudanças climáticas e diminuir a vulnerabilidade contextual é necessária uma resposta coordenada e multinível entre os diferentes atores. A educação ambiental com foco nas mudanças climáticas deve ser implementada.

  • KAREN ALESSANDRA SOUSA CASTRO
  • Efeitos da densidade de plantas no enriquecimento dos grãos do feijãomungo-verde com zinco

  • Orientador : HEDER BRAUN
  • Data: 27/03/2024
  • Mostrar Resumo
  • O feijão é uma das leguminosas mais consumidas do mundo e podem ser alternativas para os agricultores familiares do Maranhão, como a cultura do feijãomungo-verde (Vigna radiata L.). Por ser uma cultura pouco conhecida no Maranhão, deve-se investir em alternativas para maximizar o rendimento por unidade de área, através da aplicação de tecnologias e práticas de gestão apropriadas ao cultivo da espécie. Nossa hipótese é que o aumento da densidade de plantas e a aplicação de zinco (Zn) no sulco de plantio e na folhagem de feijão-mungo-verde aumenta o teor de Zn nos grãos e a produtividade. Nosso objetivo foi avaliar os efeitos combinados das densidades de plantas e níveis de Zn aplicados no sulco de plantio e na folhagem sobre a produtividade de grãos e o enriquecimento dos grãos de feijão-mungo-verde com Zn. Foram conduzidos dois ensaios em campo, um em São Luís/ Ma e outro em Chapadinha/ Ma. Os tratamentos foram arranjados no esquema fatorial (4 x 2): densidades de plantas (8, 12, 16 ou 20 plantas/m), e dois níveis de Zn aplicado no sulco de plantio e na folhagem (0 ou 9 kg/ha de Zn). Foi usado o delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições. Foi utilizado a cultivar Camaleão. Foram analisados a emergência, estande inicial, início do florescimento, aparecimento da primeira vagem madura, altura da planta, índice de área foliar, massa da parte aérea seca, massa da raiz seca, massa da planta seca, teor de N nas folhas, produtividade de grãos, índice de colheita e teor de Zn nos grãos. A média do teor de Zn nos grãos das plantas que receberam Zn foi 17% maior que a média do teor de Zn nos grãos das plantas que não receberam Zn. Com Zn, as densidades de plantas não influenciaram a produtividade (média = 926 kg ha-1 ). Sem Zn, a média da produtividade nas densidades de 12 e 16 plantas/m foi 31,7% maior que a média da produtividade na densidade de 8 plantas/m. Na densidade de 8 plantas/m, o Zn aumentou a produtividade em 18,6% em relação ao controle. Nossos resultados sugerem que, em cultivo de feijãomungo-verde no Maranhão, a aplicação de 9 kg/ha de Zn aplicado no solo e folhagem é suficiente para enriquecer os grãos com Zn, independente da densidade de plantas. Para maximizar a produtividade de grãos de feijão-mungo-verde, nossos resultados sugerem que os agricultores podem utilizar a densidade de 8 plantas/m com a adubação de Zn no solo e na folha ou utilizar as densidades de 12 e 16 plantas/m sem a adubação com Zn.

  • LINCON MATHEUS ARAÚJO SILVA
  • BIOFORTIFICAÇÃO AGRONÔMICA COM ZINCO EM CULTIVARES DE FEIJÃO-CAUPI: ESTRATÉGIA PARA A AGRICULTURA FAMILIAR MARANHENSE

  • Orientador : HEDER BRAUN
  • Data: 27/03/2024
  • Mostrar Resumo
  • Para reduzir a deficiência de micronutrientes na população, são necessárias estratégias que visem o aumento dos teores de zinco (Zn) nos produtos agrícolas. Dentre as possíveis soluções, a biofortificação agronômica é uma técnica relativamente barata e eficiente para aumentar o teor de Zn nos alimentos. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da combinação do Zn aplicado no solo e na folhagem na produtividade e no incremento do teor de Zn nos grãos de cultivares de feijão-caupi. Foram realizados dois ensaios em campo, em 2022. Os tratamentos foram combinados quatro tratamentos envolvendo Zn (controle, Zn aplicado no solo (ZnS), Zn aplicado na folhagem (ZnF) e ZnS + ZnF) com três cultivares de feijão-caupi (BRS Novaera, BRS Itaim e BRS Guariba). O delineamento foi em blocos casualizados, com quatro repetições. A produtividade variou de 1241 a 1797 kg ha-1 . A interação entre tratamentos envolvendo Zn e cultivares foi altamente significativa para a produtividade e não significativa para o teor de Zn nos grãos. Os tratamentos envolvendo Zn aumentaram 18% a produtividade da BRS Nova Era e 19% a produtividade da BRS Guariba. Nessa cultivar, o Zn aplicado no solo aumentou 17% a produtividade em relação ao Zn aplicado na folhagem. Plantas que receberam Zn produziram grãos com 18% mais Zn que os grãos das plantas que não receberam Zn. Plantas que receberam ZnS + ZnF produziram grãos com 12% mais Zn que os tratamentos que receberam ZnS ou na ZnF. Plantas que receberam ZnF produziram grãos com 25% mais Zn que as plantas que receberam ZnS. Nossos resultados sugerem que a aplicação de 5 kg ha-1 de Zn no solo e 4 kg ha-1 na folhagem no início da floração aumenta a produtividade e o teor de Zn nos grãos de feijão-caupi.

  • MARIA FRANCISCA OLIVEIRA BORBA
  • MECANISMOS DE AÇÃO E BIOCONTROLE DE Bacillus spp. NA FUSARIOSE DO ABACAXI

  • Orientador : ANTONIA ALICE COSTA RODRIGUES
  • Data: 27/03/2024
  • Mostrar Resumo
  • A cultura do Ananas comosus (L. Merr), desempenha função importante no cenário agrícola, no entanto, está propensa a entraves fitossanitários, como a doença fusariose. Uma alternativa de manejo para essa doença é através da aplicação de agentes bióticos, como uma estratégia de biocontrole dessa doença. O gênero Bacillus sp. é composto por bactérias Gram-positivas que apresentam potencial para implementar o controle biológico de fitopatógenos e estimular o crescimento vegetal. Nesse sentido, o objetivo desta pesquisa foi avaliar os mecanismos de ação de isolados de Bacillus spp. e sua capacidade de promover o controle biológico de Fusarium guttiforme in vitro e in vivo com mudas de abacaxizeiro. O delineamento utilizado nesta pesquisa foi o DIC com 18 isolados de Bacillus spp. e um isolado de F. guttiforme. Nos testes in vitro os isolados foram avaliados quanto à: produção de ácido indolacético (AIA), ácido cianídrico (HCN), enzima catalase (CAT), solubilização de fosfato, formação de biofilme e efeito antagônico sobre o patógeno. Os ensaios in vivo consistiram em avaliações dos isolados bacterianos quanto ao antagonismo contra F. guttiforme em mudas de abacaxizeiro. As avaliações ocorreram em duas etapas, a primeira com vinte e um dias de inoculação (avaliação externa) a segunda aos trinta dias (avaliação interna). Todos os tratamentos de Bacillus spp. foram capazes de produzir AIA, enzima catalase, solubilizar fosfato e exibiram efeito antagônico sobre o fitopatógeno. Na formação de biofilme seis isolados foram capazes de produzir esse mecanismo e dezessete produziram HCN em condições de laboratório. Para os testes in vivo foram utilizadas mudas de abacaxizeiro tipo filhote entre 15 e 20 cm de altura das cultivares Turiaçu, Pérola e Turipaz. Nos resultados encontrados, a cultivar Turiaçu apresentou tolerância ao fitopatógeno em todas as avaliações. Os isolados MGSS 288 e 443 responderam melhor na redução da lesão para avaliação externa da cultivar pérola, na parte interna o isolado MGSS 444 apresentou um efeito positivo para inibir o crescimento da lesão. A variedade Turipaz na avaliação externa não apresentou diferença entre os tratamentos com Bacillus spp. e o tratamento controle, verificou-se na parte interna maiores proporções da lesão. Nesta avaliação, o MGSS 445 obteve potencial para controlar o crescimento do fitopatógeno. As respostas desse estudo indicam o potencial de isolados de Bacillus spp. como produtores de mecanismos de ação e biocontrole. Sobretudo, configuram uma ferramenta viável de uso sustentável para reduzir o efeito deletério do fitopatógeno F. guttiforme nos sistemas produtivos de abacaxizeido.

  • MARIA RITA DA SILVA ANDRADE LEONEL
  • EFEITOS DOS FUNGOS MICORRÍZICOS ARBUSCULARES SOBRE OS PARÂMETROS FISIOLÓGICOS E DE CRESCIMENTO DO MILHO SOB DÉFICIT HÍDRICO

  • Orientador : TIAGO MASSI FERRAZ
  • Data: 26/03/2024
  • Mostrar Resumo
  • As plantas podem ser expostas a diversas condições e estresses, sendo o déficit hídrico (DH) um dos mais significativos para a produção do milho, uma vez que pode causar mudanças fisiológicas e de crescimento na planta. Uma das estratégias para mitigar os efeitos negativos do DH é a utilização dos fungos micorrízicos arbusculares (FMA) que conferem maior capacidade de aclimatação a condições de DH, uma vez que possibilitam maior absorção de água e nutrientes, como o fósforo e nitrogênio. O objetivo deste trabalho foi avaliar as respostas das características de fluorescência da clorofila a e de crescimento em plantas de milho submetidas ao déficit hídrico e inoculadas com fungos micorrízicos arbusculares (FMA). O experimento foi conduzido em casa de vegetação no setor de Pós-graduação em Agroecologia da Universidade Estadual do Maranhão, localizada em São Luís/MA, durante o período de setembro a novembro de 2023. O solo utilizado foi coletado em uma área com vegetação preservada na Fazenda Escola da Universidade Estadual do Maranhão. Foram utilizadas sementes de milho híbrido AG1051, de ciclo precoce. Para a inoculação do solo nos tratamentos de FMA foi utilizada a espécie identificada Rhizoglomus clarum, adquirida do banco de germoplasma da Embrapa Agrobiologia (Seropédica, RJ). O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com esquema fatorial 4 (solo estéril; natural; estéril + R. clarum; natural + R. clarum) x 2 (irrigado e déficit hídrico), e quatro repetições, totalizando 32 parcelas experimentais. Cada parcela foi representada por um vaso com capacidade de 20 L, e uma planta por vaso. O experimento foi conduzido por 51 dias, até a fase V5-V6. As variáveis meteorológicas foram monitoradas ao longo do dia, e a umidade do solo foi mantida em 90% da capacidade de campo (CC) até os 46 dias após o plantio, quando ocorreu a restrição hídrica e os tratamentos estressados foram mantidos a 20% da CC. De acordo com os resultados, o déficit hídrico reduziu significativamente a altura das plantas, o diâmetro do colmo, a área foliar, a massa foliar específica, a massa fresca das folhas e do colmo, bem como a massa seca das folhas, do colmo e das raízes. Portanto, a inoculação com Rizhoglomus clarum em solo natural mitigou alguns desses efeitos negativos, resultando em maiores valores para as variáveis de crescimento em comparação com o solo estéril sob estresse hídrico. Em condição irrigada a inoculação com R. clarum e solo natural tiveram maior biomassa quando comparado com tratamento estéril. A concentração de prolina foi menor nos tratamentos irrigados em comparação com as plantas sob estresse hídrico. A inoculação com FMAs teve um impacto significativo na fluorescência da clorofila a. Além disso, observou-se níveis mais altos de carotenoides, tanto em condições de déficit hídrico quanto em condições irrigadas, em comparação com o tratamento estéril. Esses resultados indicam que a aplicação de FMAs teve um efeito sinérgico nas plantas de milho, influenciando processos fisiológicos e bioquímicos.

  • MYRELLA KATLHEN DA CUNHA DE ARAUJO
  • MOLIBDÊNIO APLICADO NA FOLHAGEM AUMENTA O CONTEÚDO DO MICRONUTRIENTE NAS SEMENTES OBTIDAS NA PRIMEIRA COLHEITA

  • Orientador : HEDER BRAUN
  • Data: 06/03/2024
  • Mostrar Resumo
  • O feijão-caupi contribui para a segurança alimentar e a economia agrícola Maranhense. A fim de produzir sementes de alta qualidade, as sementes de feijão-caupi colhidas da primeira colheita podem acumular mais molibdênio (Mo) na semente que as sementes colhidas da segunda colheita. No entanto, no processo de produção da semente, esse conteúdo pode variar de uma colheita para outra. Nosso objetivo foi testar a hipótese que as sementes de feijão-caupi originadas da primeira colheita podem acumular mais Mo na semente em comparação às da segunda colheita. Foram realizados dois ensaios em campo em São Luís: um em 2022 e outro em 2023. Foram aplicados cinco níveis de Mo (0, 50, 100, 200 ou 400 g ha-1 de Mo) na folhagem, na forma de molibdato de sódio (Na2MoO4.2H2O). Foi utilizado o delineamento de blocos casualizados, com quatro repetições. O conteúdo de Mo das sementes colhidas da primeira colheita foi 10,6% maior que o conteúdo de Mo das sementes obtidas da segunda colheita. O conteúdo de Mo das sementes colhidas da primeira colheita foi 10,6% maior que o conteúdo de Mo das sementes obtidas da segunda colheita. A produtividade média foi de 1.056 ± 52 kg ha-1 no ensaio de 2022 e de 1.220 ± 32 kg ha-1 no ensaio de 2023. As plantas que receberam os níveis de 100, 200 e 400 g ha-1 de Mo produziram 36,1% mais sementes que as plantas que não receberam Mo na folhagem. Logo, nossos resultados mostram que o Mo acumula mais nas sementes de feijão-caupi da primeira colheita comparado com o Mo na semente da segunda colheita. Esses resultados podem melhorar o sistema de produção de sementes de feijão-caupi para o agricultor familiar, onde as sementes da primeira colheita podem ser destinadas ao cultivo e as da segunda colheita podem ser destinadas à alimentação.

2023
Descrição
  • ANNY MYKAELLY DE SOUSA
  • DIVERSIDADE DE OLIGOQUETAS NA TRANSIÇÃO ENTRE A AMAZÔNIA ORIENTAL E O CERRADO

  • Data: 08/02/2023
  • Mostrar Resumo
  • A transição entre o bioma Cerrado e Amazônia está localizada na porção Norte e Leste do estado maranhense, onde os biomas se destacam pela grande biodiversidade de fauna e flora, e pela presença das oligoquetas, conhecidas como engenheiras dos ecossistemas, grupo sensível às perturbações ambientais, adaptáveis às atividades antrópicas nos perfis do solo e responsáveis por diversas funções ecossistêmicas. A realização de um trabalho descritivo acerca desse grupo é importante para compreensão de diversos processos de estruturação e agregação do solo, bem como para o entendimento da vida no solo e o funcionamento de processos físico-químicos do solo. O objetivo deste projeto foi determinar as comunidades de minhocas na transição Amazônia oriental e Cerrado, e a partir disso verificar a ocorrência de novas espécies de minhocas para os dois biomas, contribuindo para o avanço de novas pesquisas para o estado e comparar a diversidade de minhocas a partir de dois métodos. Para realização desta pesquisa foram utilizados uma compilação de dados de minhocas coletados na Amazônia oriental, e complementando-os através de novas coletas feitas no Cerrado. As amostragens ocorreram no período chuvoso nos municípios de Alcântara, São Luís, Itinga do Maranhão, Rosário, São José de Ribamar, Centro Novo do Maranhão, Tome Açú e Caxias, a partir do método TSBF e da adaptação do método TSBF feito por Decãens et al. (2016). A identificação das minhocas foi realizada através de chaves taxonômicas. Com base nos resultados foi possível analisar a ocorrência de 5.180 minhocas, sendo estas classificadas em três grandes categorias ecológicas: epigeias, endogeicas e anecica. As categorias com maiores números de minhocas foram Epigeicas e Endogeicas, onde essas minhocas foram classificadas conforme análise dos caracteres externos, internos, coloração e localização no perfil do solo.

  • DANNIELLE SILVA DA PAZ
  • CARACTERIZAÇÃO GENÉTICA E ANÁLISE DA COMPOSIÇÃO QUÍMICA DE VARIEDADES CRIOULAS DE ARROZ (Oryza sativa L.)

  • Data: 29/12/2023
  • Mostrar Resumo
  • O arroz (Oryza sativa L.) é considerado um dos mais importantes grãos não somente pelo seu valor econômico, mas também pelo seu valor nutricional. Esta pesquisa teve por objetivo realizar a caracterização molecular e análise da diversidade genética baseadas em marcadores microssatélites, além da avaliar a composição química de variedades crioulas de arroz. Foram utilizados quarenta e três genótipos da coleção de sementes crioulas de arroz da Universidade Estadual do Maranhão e uma melhorada. O DNA genômico foi extraído e amplificação foi realizada com vinte primers microssatélites específicos para o arroz. Os produtos da PCR foram codificados em presença (1) e ausência (0) de bandas e convertidos em matriz binária. As análises genética foram realizadas através de softwares específicos para a caracterização molecular. Na composição química foram analisados a matéria seca, matéria mineral, matéria orgânica, proteína bruta, carboidratos totais, fibras, lignina e amido. Dos vinte primers avaliados foram detectados 18 marcadores polimórficos. Os primers RM 270 RM84, RM 87, RM 528, RM 17, RM 231 e RM 434, foram considerados altamente informativos devido apresentarem PIC entre 0,52 e 1,00. O dendrograma apresentou onze clusters principais, sendo que o IX teve o maior número de genótipos. A maior média de dissimilaridade foi observada pelo genótipo Palha Murcha (0,54), se apresentou mais distante geneticamente do Asinha, Palha Murcha Miúdo e Pé Roxo, com índice de distância 0,38, 0,39 e 0,40, respectivamente. As variedades Cutião (2,20) e Palha Murcha (2,30) apresentaram as menores diversidade. Em contrapartida, Fininho Branco, Cana Roxa e Codozinho 2, apresentaram mais diversas geneticamente (2,83). Na composição química a variedade Quilombo Frechal apresentou maior teor de matéria seca (91,48 %). Para o teor de cinzas, as variedades Asa e Cutião apresentaram menores valores (0,77 e 0,78 %) respectivamente, diferindo estatisticamente da variedade Vermelho (1,15 %). A variedade BRS Primavera (13,83 %) e Pingo D’Água SAF’s (10,88 %) apresentaram os maiores percentuais de Proteína Bruta (PB), não diferindo estatisticamente apenas da variedade. Para gorduras totais o teor variou de 0,76 (Ligeiro) a 4,66% (Baixinho). A variedade Branco apresentou menor teor de carboidratos totais. Na avalição do conteúdo de amido presente nos grãos de arroz, o percentual variou entre 64,11 (Buriti) e 93,19% (Cana Roxa). O teor de fibra em detergente neutro (FDN), variou de 0 a 1,15%, sendo que a variedade Ligeiro Vermelho apresentou maior valor, já para fibra em detergente ácido (FDA) o maior percentual foi observado na variedade Quilombo Frechal (41,10 %) e Fininho Vermelho o menor (0,65 %). A variedade Ligeiro Vermelho apresentou maior teor de lignina (1,53 %). Pode-se inferir que os genótipos de O. sativa em estudo apresentaram geneticamente diversos, demonstrando correlação positiva da distância geográfica com a distância genética. A composição química das variedades avaliadas apresentou variação dentro do intervalo observado na literatura, demonstrando a riqueza nutricional do arroz crioulo presente na agricultura familiar.

  • EDSON PIMENTA MOREIRA
  • DESCRITORES MORFOLÓGICOS E PRODUTIVOS DE VARIEDADES CRIOULAS DE ARROZ (Oryza sativa L.) ORIUNDAS DA AGRICULTURA FAMILIAR DO ESTADO DO MARANHÃO.

  • Data: 26/05/2023
  • Mostrar Resumo
  • O Maranhão apresenta grande número de variedades tradicionais (crioulas) e podem contribuir significativamente no melhoramento do arroz. Entretanto existem poucas informações sobre estas variedades. Em virtude disto, o objetivo do trabalho foi descrever o perfil morfológico e agronômico através dos descritores qualitativos e quantitativos, para caracterização das variedades crioulas de arroz oriundas de produtores familiares no estado do Maranhão. O método utilizado foi o teste de Distinguibilidade, Homogeneidade e Estabilidade (testes de DHE), aplicado para certificação de proteção de cultivar pelo do Serviço Nacional de Proteção de Cultivares (SNPC) com alguns ajustes da metodologia. Foram adotados 23 descritores de herança qualitativa e três de herança quantitativa, onde para os descritores de herança qualitativa foi elaborado um dendrograma, a partir de uma matriz de dissimilaridade. Os trabalhos foram conduzidos no assentamento Diamante Negro/Jutaí, localizado no município de Igarapé-do-Meio. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com 21 tratamentos (variedades) e quatro repetições (blocos). Os resultados para os 23 descritores de herança qualitativa demonstraram que houve diferenças fenotípicas representativas entre as variedades com principais características: folhas (Verde =85,71%; Ereta= 57,14%; Lisa=90,48%); lígula (Fendida=100%; Incolor a verde =100%); folha bandeira (Intermediário=42,86%; Média=71,43%); internódio (Verde claro=57,14%); colmo (Longo=80,95%); desprendimento dos grãos (Fácil = 80,95%); panícula (Longa=47,62%); resistência ao acamamento (Colmo forte=71,43%); senescência das folhas (Tardia=42,86%); emissão da panícula (Emissão Total=95,24%); maturação (Médias=66,67%); coloração da lema e da pálea (Palha/Dourada e Avermelhada ambas com 47,62%); coloração das glumas estéreis (dourada=71,43%); forma do grão (Alongada=42,86%); classe do grão (Longo-fino=47,62%); coloração do pericarpo (branco=100%).O dendrograma formou 14 conjuntos distintos, onde o XI conjunto englobou o maior número de variedades, além de evidenciar que existe dissimilaridade entre a variedade Pé Roxo e a variedade Bacaba. A variedade Pé Roxo apresentou a maior produção entre as variedades cultivadas. O descritor qualitativo de número de grão por panícula foi mais expressivo na variedade Quechi e os melhores resultados para número de perfilhos foram apresentados pela variedade Edinho. Concluímos que as variedades crioulas apresentam uma ampla diversidade em características o que possibilita adaptação as mais diversas condições e necessidade da agricultura familiar.

  • EDUARDO MENDONÇA PINHEIRO
  • DIVERSIDADE GENÉTICA, COMUNIDADE MICORRÍZICA ASSOCIADA E QUALIDADE DO MESOCARPO DE POPULAÇÕES DE Attalea speciosa Mart. ex. Spreng NO ESTADO DO MARANHÃO

  • Data: 07/06/2023
  • Mostrar Resumo
  • O babaçu é uma palmeira originaria do Brasil que ocorre de forma esparsa em vários estados das regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste, concentrada principalmente no estado do Maranhão, ocupando uma de mais de 20 milhões de hectares. Constitui um recurso natural de elevada importância no nordeste brasileiro e é um dos principais produtos extrativistas do país. O fruto do babaçu apresenta grande utilidade na alimentação humana, principalmente, o seu mesocarpo extraído que é constituído basicamente de carboidratos, proteínas, lipídeos e sais minerais utilizado através da farinha de mesocarpo de babaçu rica em amido e alto valor nutritivo. O objetivo deste estudo visa estimar relacionar o potencial genético de diferentes populações de babaçu em diferentes regiões ecológicas do estado do Maranhão a partir de características morfoagronômicos, sua microbiota de solo associada e proceder à seleção de babaçuais com maior potencial de produção de mesocarpo para produção de um suplemento nutricional agroecológico. As áreas amostrais utilizadas estão localizadas nos municípios de Buritirana, Viana, São Luís, Cantanhede e Coroatá no estado do Maranhão. O estudo foi realizado em populações naturais de babaçu e as coletas foram realizadas no fim da época seca (outubro e novembro/2021), no qual foram escolhidas três áreas por município e dez palmeiras por área para estimar parâmetros relacionados ao controle genético de característica de planta e fruto, identificação e contagem de esporos de fungos micorrízicos arbusculares para realizar a seleção de populações superiores de produção de mesocarpo de babaçu e o desenvolvimento de um suplemento alimentar composto de farinha de mesocarpo de babaçu e analisar sua composição centesimal para determinação de percentuais nutricionais. As populações de babaçu estudadas apresentaram variabilidade genética, sendo que as características morfológicas de fruto apresentaram as maiores herdabilidades e acurácias e a indicação da cidade de Buritirana para as populações de melhores características de produção e frutos de babaçu. Na extração dos glomerosporos, as espécies de FMA de maior predominância foram Glomus e Acaulospora bastante abundante no município de Cantanhede. Já nas amostras do suplemento alimentar submetidas na análise composição centesimal, o estudo revelou um produto rico em carboidrato, valores de proteínas acima de 10% na composição média e média de 19% de lipídeos, apresentando um balanço nutricional adequado para o uso diário da população.

  • ESTER DE PAIVA ALVES BARBOSA
  • EFEITO DE DOSES DE MOLIBDÊNIO APLICADAS NA FASE DE ENCHIMENTO DE GRÃOS DO FEIJÃO-CAUPI NO CONTEÚDO DE MOLIBDÊNIO DA SEMENTE E NA SUA QUALIDADE FISIOLÓGICA

  • Data: 29/11/2023
  • Mostrar Resumo
  • O feijão-caupi possui importância socioeconômica, principalmente para o Norte e Nordeste do Brasil, onde constitui um dos principais componentes da dieta alimentar de famílias carentes. O molibdênio (Mo) é o micronutriente exigido em pequena quantidade para o crescimento das plantas, mas pode reduzir a qualidade das sementes colhidas. Nosso objetivo foi testar a hipótese que a aplicação foliar de Mo, com dose relativamente alta na fase de enchimento de grãos, pode prejudicar a qualidade fisiológica das sementes, mas aumenta o conteúdo de Mo da semente (CMoS) do feijão-caupi cultivado na região subtropical do Brasil. Foram conduzidos três ensaios em campo com feijão-caupi no Maranhão: um em Guimarães (2021) e dois em São Luís (2021 e 2022). Os ensaios foram constituídos de seis tratamentos com Mo (Na2MoO4.2H2O) via foliar: T1 = Sem Mo; T2 = 50 g ha-1 de Mo (V6); T3 = 50 (V6) + 400 (R4); T4 = 50 (V6) + 200 (R1) + 200 (R4); T5 = 50 (V6) + 300 (R1) + 100 (R4); T6 = 50 (V6) + 400 (R1). O delineamento foi em blocos casualizados, com quatro repetições. Foram testados cinco contrastes ortogonais: C1= T1 vs T2-6; C2 = T2 vs T3-6; C3 = T3-4 vs T5-6; C4 = T3 vs T4; C5= T5 vs T6. Os dados de produtividade e CMoS foram obtidos de três ensaios e os dados de qualidade fisiológica, de um ensaio. Os tratamentos influenciaram a produtividade (P=0,002), o CMoS (P<0,001), a germinação (P=0,021), a condutividade elétrica (P=0,004) e a massa das plântulas secas (P<0,001). Os tratamentos não influenciaram o envelhecimento acelerado (P=0,169). O CMoS das plantas que receberam Mo foi 8,5 vezes maior que o CMoS das plantas que não receberam Mo (P<0,001). A dose de 400 g ha-1 de Mo (4 tratamentos) aumentou 3,2 vezes o CMoS em relação a dose de 50 g ha-1 (V6) (P<0,001). As doses de 200 e 400 g ha-1 aplicadas em R4 aumentaram em 4,0 pontos percentuais a germinação em relação a ausência de Mo e 100 g ha-1 de Mo (contraste T3-4 vs T5-6; P=0,020). Nossos resultados indicam que a aplicação da maior parte do Mo na fase R4 do feijão-caupi (400 dos 450 g ha-1 de Mo) não causam aumento do CMoS em relação a parcelamentos nas fases R1 e R4. E indicam que não há vantagem de se fazer três parcelamentos da dose total de Mo em relação a dois parcelamentos.

  • FLORINE ALVES DE SOUSA PINHEIRO
  • EFEITOS DE BRASSINOSTERÓIDES SOBRE ASPECTOS FISIOLÓGICOS EM MUDAS DE AÇAÍ NA INDUÇÃO DE TOLERÂNCIA AO DÉFICIT HÍDRICO

  • Data: 31/03/2023
  • Mostrar Resumo
  • O déficit hídrico afeta negativamente os aspectos fisiológicos das plantas, como fechamento estomático e diminuição de CO2 e, consequentemente, declínio da assimilação fotossintética de carbono. Contudo, atualmente muitas técnicas de mitigação do déficit hídrico em plantas têm sido investigadas, como o uso de biorreguladores, com a finalidade de minimizar os danos causados. Este trabalho teve como objetivo, identificar os efeitos de brassinosteróides sobre aspectos fisiológicos em mudas de açaí (Euterpe oleracea Mart.) na indução de tolerância ao déficit hídrico. O experimento foi realizado no delineamento em blocos casualizados em esquema fatorial 2x3, correspondendo a duas condições hídricas (plantas irrigadas e sob déficit hídrico) e três concentrações de brassinosteróides (0, 0,05 e 0,10 µM de 24 – epibrassiolideo - EBR), com seis repetições. Mudas com 120 dias foram transplantadas para vasos contendo 14,6 kg de solo. Após o transplantio, as plantas de açaí foram irrigadas uma vez ao dia, mantendo a umidade do solo próxima à capacidade de campo durante 56 dias. Transcorrido esse período, a irrigação foi suspensa gradativamente nas plantas correspondentes ao tratamento de déficit hídrico, até atingir 20% da capacidade de campo. O período sob déficit hídrico foi de até 18 dias, a partir da suspensão da irrigação. O déficit hídrico reduziu as variáveis das trocas gasosas significativamente aos 12 dias, entretanto aos 18 dias ocorreu menor redução dessas variáveis referente às concentrações de 0,05 e 0,10 µM de EBR. A aplicação do EBR em plantas de açaí submetidas ao déficit hídrico conferiu melhor desempenho na concentração de 0,10 µM de EBR na eficiência do uso da água (EUA) bem como clorofila, carotenoides e conteúdo relativo de água nas plantas sob déficit. O teor de prolina em plantas sob déficit hídrico foi maior na concentração de 0,10 µM de EBR. seguido da concentração 0,05 µM de EBR, enquanto baixo teor foi encontrado sem aplicação de BRs. Conclui-se que a aplicação foliar de brassinosteróides em plantas jovens de açaí sob déficit hídrico aumenta o teor de prolina, a taxa fotossintética, condutância estomática, transpiração e as eficiências no uso da água e da carboxilação, além da eficiência máxima do fotossistema II e a densidade de centros de reação ativos; mantém a concentração dos pigmentos fotossintéticos e o conteúdo relativo de água na folha, contribuindo para a melhorar a tolerância de mudas de açaí a escassez hídrica. A aplicação de brassinosteróides na concentração de 0,10 µM é mais eficiente que a aplicação de 0,05 µM de epibrassinolídeo.

  • GABRIELLY SOARES DIAS GONÇALVES
  • INDICADORES QUE DETERMINAM O AUMENTO DA FRAÇÃO ESTÁVEL DA MATÉRIA ORGÂNICA E A MANUTENÇÃO DE CÁTIONS BÁSICOS

  • Data: 17/11/2023
  • Mostrar Resumo
  • No trópico úmido, a maioria dos solos apresenta baixa fertilidade natural. A agricultura dessa região enfrenta vários desafios, tais como: preservar a paisagem e a biodiversidade, contribuir para a diminuição do CO2 na atmosfera, reduzir a pobreza e, promover a segurança alimentar das famílias agricultoras. Assim, avaliamos os efeitos da adição de biomassa de leguminosas com e sem a aplicação de Ca, Si e ou ureia, sobre o teor de carbono orgânico no solo, e no teor de N na planta e produtividade de milho. O experimento foi conduzido no período de outubro de 2021 a março de 2023 na Universidade Estadual do Maranhão, São Luís, Maranhão, Brasil. O delineamento experimental foi estabelecido em blocos casualizados (DBC), quatro repetições e oito tratamentos. Os tratamentos constituíram arranjos de leguminosas com cálcio, silício e ureia. Os resultados evidenciam que o Ca apresenta forte relação com o COAM. As variáveis Si e COT, demostram a eficácia da aplicação de cátions polivalentes no aumento das concentrações de carbono no solo. A produtividade apresentou correlação positiva com o COAM, Si, e Ca. Assim, estratégias e manejos como o realizado nesta pesquisa, podem auxiliar futuramente o trópico úmido a estocar carbono e manter índices elevados de produtividades.

  • LARISSE RAQUEL CARVALHO DIAS
  • MANEJO DE DOENÇAS EM VARIEDADES TRADICIONAIS E CULTIVARES BIOFORTIFICADAS DE FEIJÃO-CAUPI [Vigna unguiculata (L) Walp]

  • Data: 15/02/2023
  • Mostrar Resumo
  • O feijão-caupi (Vigna unguiculata), possui alto valor nutricional, representa um componente básico da dieta nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. E ainda faz parte de programas de biofortificação alimentar, como uma alternativa de qualidade alimentar e nutricional às populações carentes. Esta cultura, apesar de rústica, é acometida por várias doenças, dentre as quais se destacam as doenças fúngicas. Contudo, este trabalho objetivou desenvolver um biocontrole para o manejo de doenças em cultivares tradicionais e biofortificadas de feijão-caupi. Para tanto, foram realizados testes in vitro para verificar o antagonismo de Bacillus methylotrophicus sobre Fusarium oxysporum f. sp tracheiphilum, Sclerotium rolfsii e Macrophomina phaseolina. Para a avaliação da qualidade fisiológica e sanitária foram realizadas coletas de sementes tradicionais de pequenos agricultores das comunidades rurais e as sementes biofortificadas foram obtidas através da EMBRAPA, tais sementes foram testadas em casa de vegetação, quanto à reação a fusariose, podridão-cinzenta do caule e a murcha de esclerócio acrescidas ou não com Bradyrhizobium sp. (Bactéria fixadora de nitrogênio - FBN), foram avaliados ainda quanto aos parâmetros de crescimento e biocontrole promovido por B. methylotrophicus. Nos testes in vitro, B. methylotrophicus demostrou efeito antagonista sobre F. oxysporum f. sp tracheiphilum, S. rolfsii e M. phaseolina. Todas as variedades tradicionais e biofortificadas apresentaram alto valor de germinação e emergência em casa de vegetação. O índice de velocidade de germinação e emergência indicaram as cultivares BRS Aracê e BRS Xique-Xique as mais vigorosas. Nos testes de sanidade a maior incidência foram dos fungos de armazenamento Aspergillus sp. e o Penicillium sp., com maior prevalência para a variedade BRS Tumucumaque, provavelmente está relacionado ao maior teor de água presente nessa variedade. Sementes microbiolizadas com Bradyrhizobium sp. apresentaram aumento da altura das plantas, número de folhas, comprimento da raiz e número de nódulos para as variedades Angelim e Tumucumaque. O percentual de controle quanto a reação á fusariose foi mais eficiente nas plantas quando coinoluladas com B. methylotrophicus e Bradyrhizobium sp. apenas para a variedade Angelim e Aracê. As variedades Manteguinha, BRS Tumucumaque e BRS Xique-Xique responderam melhor ao tratamento apenas com B. methylotrophicus. A coinoculação com B. methylotrophicus e Bradyrhizobium sp. e essas bactérias microbiolizadas isoladamente apresentaram efeito biocontrolador sobre podridão-cinzenta do caule e murcha de esclerócio, em casa de vegetação. Nossos resultados indicam o potencial do uso de B. methylotrophicus como biocontrole e Bradyrhizobium sp. como promotor de crescimento, ambos configuram uma alternativa viável e sustentável para o manejo da fusariose e da podridão-cinzenta nos sistemas produtivos de feijão-caupi.

  • LAYLA GABRIELLE SILVA OLIVEIRA
  • ESTRATÉGIAS DE RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA E SUA INFLUÊNCIA SOB A COMUNIDADE DE FUNGOS MICORRÍZICOS ARBUSCULARES NATIVOS NA AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Data: 06/03/2023
  • Mostrar Resumo
  • Os fungos micorrízicos arbusculares, pertencentes ao filo Glomeromycota, possuem papel chave nos ecossistemas, principalmente devido à associação realizada com maioria das plantas conhecidas, resultando em melhorias nutricionais e aumento de resistência a estresses bióticos e abióticos, auxiliando na recuperação de ambientes sob interferência humana. Este estudo teve por objetivo caracterizar a comunidade de FMA em diferentes estratégias de restauração na Fazenda Escola da UEMA, São Luís. Coletas de solo (0-10cm) foram realizadas no final do período seco (outubro e novembro/21), em áreas com diferentes tipos de restauração ecológica: Regeneração Natural (RN), Nucleação (Isl) e Sistema Agroflorestal (SAF). O delineamento foi inteiramente casualizado em esquema fatorial 3x6 (três restaurações x seis blocos) mais adição de 6 parcelas de floresta secundária com cinco amostras cada, para fins comparativos, com critério de proximidade ao núcleo ou ilha sendo três amostras dentro e três fora. Foi determinada a densidade de glomerosporos, a identificação morfológica das espécies de FMA presentes nas áreas de estudo e os teores de glomalina facilmente extraível e total. Os dados foram avaliados mediante modelos lineares generalizados e quando significativos submetidos ao teste de Tukey. A floresta secundária apresentando menor densidade de propágulos quando comparado aos demais sistemas, com relação positiva com a areia (38%). Foram identificadas 38 espécies de FMA distribuídas em 7 famílias e 12 gêneros, sendo o gênero Glomus o mais representativo, com a maior riqueza observada na regeneração natural. Os teores de glomalina facilmente extraível e total encontrados não diferiram significativamente entre os sistemas, com interação positiva com a areia fina e carbono total. Os sistemas de restauração afetam a densidade, riqueza e composição de FMA. Áreas menos perturbadas, como a floresta secundária, apresentam baixa esporulação e diversidade. Os teores de glomalina de ambas as frações não apresentaram diferença entre os sistemas estudados.

  • MARCOS DA COSTA TEIXEIRA
  • VARIABILIDADE GENOTÍPICA EM FEIJÃO-CAUPI EM ACUMULAR NA SEMENTE O MOLIBDÊNIO APLICADO NA FOLHAGEM

  • Data: 03/03/2023
  • Mostrar Resumo
  • No trópico úmido maranhense predominam solos arenosos, ácidos e com baixo teor de matéria orgânica. Essas condições influenciam a disponibilidade de molibdênio (Mo) às plantas e indicam a possibilidade de que o Mo fornecido via semente enriquecida possa aumentar a produtividade da cultura. Entretanto, para usar o fertilizante molibdíco de forma eficiente em aumentar o conteúdo de Mo na semente (CMoS) é necessário conhecer a variabilidade genotípica em acumular na semente o Mo aplicado na folhagem. Objetivou-se avaliar a variabilidade de 20 genótipos de feijão-caupi na capacidade em acumular na semente o Mo aplicado na folhagem. Conduzimos três experimentos: dois com a aplicação de 450 g/ha de Mo na folhagem, e um experimento sem aplicação de Mo para verificar o Mo na semente quando o solo é a principal fonte de Mo. Foram determinados os teores de Mo da semente (TMoS) e CMoS. No experimento sem Mo, não foi detectado Mo nas sementes. Nos experimentos com Mo, os TMoS variaram de 30,2 a 47,5 µg/g e os CMoS, de 5,8 a 9,7 µg/semente. No geral, os genótipos MNC11-1031E-5, MNC11-1013E-33 e MNC11-1034E-2 apresentaram maior CMoS. Em média, o CMoS desses genótipos superou em 17,8% a média dos CMoS dos grupos dos genótipos de menor CMoS. O Cultivar BRS Guariba acumulou menos Mo na semente, com CMoS 33% menor que o genótipo MNC11-1031E-5. Nossos resultados sugerem que há variabilidade genotípica e alta eficiência do feijão-caupi em acumular na semente o Mo aplicado na folhagem.

  • ODENILSON DE DEUS RIBEIRO LIMA
  • ATIVIDADE MICROBIOLÓGICA ASSOCIADA À LEGUMINOSA NATIVA SABIÁ (Mimosa caesalpiniifolia Benth.) E À PALMEIRA RUDERAL BABAÇU (Attalea speciosa Mart.) NO MARANHÃO CENTRALO

  • Data: 10/10/2023
  • Mostrar Resumo
  • Este estudo quantifica o consumo de cinco substratos através do bait-lamina teste em quatro pares de vegetação secundária dominada por duas espécies contrastantes, a palmeira babaçu e o sabiá, e analisa os diferentes aspectos em relação à biomassa microbiana em quatro pares de área monoespecíficas dessas vegetações na região centro-norte do Maranhão. O primeiro experimento envolveu 72 placas de madeira, cada uma contendo três réplicas de cinco materiais diferentes em três profundidades (1 cm, 5 cm e 10 cm). Os cinco substratos utilizados foram: (1) mistura padrão de celulose em pó (70%), amido de trigo (27%) e carvão vegetal (3%); (2) folíolo verde de babaçu; (3) folíolo amarelo do babaçu; (4) folheto verde de sabiá; (5) folíolo de sabiá amarelo. Após três períodos de permanência (1, 3 e 5 semanas), as placas foram retiradas e analisados os 36 orifícios por placa, resultando num total de 2.592 orifícios. A análise incluiu o estado de decomposição e o grau de infestação fúngica. Dos 2.592 orifícios, 1,2% não puderam ser classificados e 3,85% apresentaram infestação por fungos e foram excluídos das análises. Este experimento revelou a presença dos fungos Fusarium oxysporum, Penicillium spp. e Aspergillus flavus, além de ácaros oribatídeos e da subordem Acaridida. Foram vistoriados todos os orifícios e quantificado o consumo alimentar da massa nutritiva utilizandose três categorias: (1) não consumida, (2) parcialmente consumida e (3) totalmente consumida. Na primeira e terceira semana o consumo nos orifícios permaneceu na categoria 1. Porém, na quinta semana foi observado consumo na categoria 3, também foi observada infestação por fungos na categoria 3. O substrato padrão foi o mais consumido, categoria 3. Entre os substratos compostos por folíolos verdes de babaçu, folíolos verdes e amarelos de sabiá, não houve diferenças significativas no consumo, estando os três substratos na categoria 2. O folíolo amarelo de babaçu foi o menos consumido e permaneceu na categoria 1. No segundo experimento a amostragem foi realizada em quatro pares de áreas de vegetação secundária e capoeira espontânea, as amostras de solo foram coletadas nas profundidades de 0-10 cm e retiradas de 24 pontos amostrais e analisados em aproximadamente 7 semanas após as coletas. A determinação do nitrogênio e do carbono da biomassa microbiana foi realizada através dos processos de digestão, destilação e titulação das amostras. A Respiração Basal foi determinada pela incubação e titulação. Os teores de N da Biomassa Microbiana do Solo diferiram significativamente entre as vegetações, sendo superiores no sabiazal, com relação aos valores de carbono, não houve diferença significativa entre babaçual e sabiazal. O CO2 liberado na respiração também apresentou valores maiores nas áreas de sabiazal. O bait-lamina teste não forneceu evidências suficientes para comprovar a teoria da Home Field Advantage em ecossistemas tropicais sob condições de chuvas intensas e em um curto período de tempo, ainda se conclui que as áreas de sabiazal apresentam uma dinâmica de decomposição de resíduos orgânicos mais intensa, fornecendo as condições ideais para a formação de substrato para a microbiota do solo e liberação de CO2.

  • SUZANE SA MATOS RIBEIRO
  • CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA E MOLECULAR DE GENÓTIPOS DO BACURIZEIRO (Platonia insignis Mart.) NA REGIÃO DE TRANSIÇÃO CERRADO AMAZÔNIA MARANHENSE

     

     

     

     

  • Data: 27/02/2023
  • Mostrar Resumo
  • Os biomas Amazônia e Cerrado do Brasil apresentam grande diversidade de frutíferas nativas, a maioria com boas perspectivas de exploração econômica, com destaque para o bacurizeiro (Platonia insignis Mart.). A exploração dessa frutífera ainda é feita de maneira extrativista, e existem poucas informações científicas sobre a sua diversidade genética, portanto, é indispensável à realização de estudos que contribuam para direcionar estratégias que favoreçam a sua conservação, avanços no processo de domesticação, e no melhoramento genético. Esse trabalho teve como objetivos: (1) estudar a divergência genética entre 14 genótipos oriundos dos   região de transição Amazônia-Cerrado maranhense; (2) estudar a distribuição da variabilidade genética em dez populações de bacurizeiro, por meio de marcadores ISSR. Para as análises relacionadas aos fenótipos das plantas, foram avaliados 12 caracteres relacionados a morfologia dos frutos; Formato (FF), espessura da casca, (EC), massa do fruto (MF), massas da semente (MS), Nº seguimentos partenocárpicos (NP), massa da polpa (MP), número de sementes por fruto (NS), diâmetro longitudinal (DL), diâmetro transversal (DT), rendimento de polpa (RP), rendimento de casca (RC), rendimento de semente (RS). Em relação à avaliação da diversidade por meio de descritores morfológicos, observou-se diversidade genética entre os genótipos estudados, indicando que é possível obter ganhos genéticos importantes por meio da seleção. As características dos genótipos que mais contribuíram para a diversidade entre os genótipos analisados foram:  MF; MC, MP, DT e DL sugerindo sucesso na seleção de genótipos, os melhores matérias foram os genótipos provenientes de Nova Olinda, (Codó; Bom Jesus 2), Santa Rita, (Bequimão; Victória 2) e (São Luís; Santa Bárbara). Em relação à avaliação da diversidade por meio de marcadores moleculares, 20 primers ISSR produziram locos polimórficos

  • VALÉRIA PROTA SALOMÃO
  • BORBOLETAS FRUGÍVORAS E A INTEGRIDADE DE FLORESTAS RIPÁRIAS NA AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Data: 04/07/2023
  • Mostrar Resumo
  • As borboletas representam um grupo de insetos diversificado nas florestas ripárias, que se favorecem em condições ambientais mais heterogêneas, com variações microclimáticas, e microhabitats e recursos alimentares abundantes, proporcionado por estes ecossistemas ripários. Considerando a importância das florestas ripárias como um dos únicos fragmentos florestais em paisagens antropizadas, borboletas encontram nessas áreas verdes abrigo, refúgio e alimento. Não obstante serem reconhecidas por sua sensibilidade à alterações ambientais, pouco se conhece sobre os efeitos de perturbações antrópicas na comunidade de borboletas frugívoras, principalmente em florestas ripárias na Amazônia Maranhense. O objetivo desta tese foi avaliar como a comunidade de borboletas frugívoras responde a perturbações antrópicas e perda da integridade das florestas ripárias em áreas urbanas e periurbanas. A pesquisa foi realizada em 20 áreas ripárias da Ilha de Upaon-Açu (Maranhão – Brasil). Em cada área foram estabelecidos dois transectos de 150 metros para a coleta de borboletas em armadilhas (12), no período de cinco dias consecutivos no final da estação chuvosa (2019 e 2021). Os parâmetros da estrutura da vegetação foram medidos em duas parcelas de 60x10m, quatro de 4x4m e de 1x1m. Dados da qualidade do solo e da água foram coletados. Um total de 2.392 borboletas frugívoras (Nymphalidae) foi registrado, distribuídas em 54 espécies e morfoespécies. A sub-família mais representativa foi Satyrinae (26), as espécies mais abundantes foram Taygetis laches (486), Colobura dirce (235), Cissia penelope (194), Opsiphanis invirae e Hypna clytmnestra (149). Algumas das espécies mais raras foram Morpho menlaus, Calicore pygas, Temenis laothoe, Eunica cuvierii, com apenas um indivíduo registrado. A abertura do dossel promoveu um aumento da riqueza, abundância e diversidade de borboletas frugívoras, assim como a maior área basal de árvores teve efeito significativo na diversidade. A abertura do dossel promoveu um aumento da riqueza e da abundância e diversidade de borboletas frugívoras. A biomassa apresentou um efeito quadrático sobre a diversidade. Assim confirmando que a comunidade de borboletas nessas áreas é favorecida por perturbações na estrutura da vegetação, dominada por espécies generalistas e oportunistas, adaptadas a maior amplitude de condições ambientais e preferência por áreas mais abertas. Foram encontradas mudanças na composição da comunidade de borboletas, em que um grupo ecológico de espécies foi associado a áreas mais degradadas, enquanto outro grupo foi associado a áreas com maior integridade do habitat ripário. Portanto, os resultados deste trabalho de pesquisa trazem contribuições relevantes para o conhecimento ecológico das borboletas frugívoras na Amazônia Oriental, contribuindo com estratégias de conservação e restauração de florestas ripárias remanescentes em áreas urbanas e peri-urbanas.

  • VANESSA DE ARAÚJO LIRA
  • FENOLOGIA DE LEGUMINOSAS GRANÍFERAS E EFEITO DE ÁCIDO HÚMICO NA PRODUTIVIDADE DE LEGUMINOSAS INOCULADAS COM Bradyrhizobium NO MARANHÃO

  • Data: 14/02/2023
  • Mostrar Resumo
  • O feijão-caupi (Vigna unguiculata L. Walp) é uma importante leguminosa para as populações de baixa renda do Nordeste do Brasil. Assim como o feijão-caupi, feijão-mungo-verde (Vigna radiata), feijão-azuki (Vigna angularis) e feijão-arroz (Vigna umbellata) podem ser alternativas para diversificar a alimentação e renda, porém são pouco conhecidas pelos agricultores maranhenses. Objetivou-se avaliar i) a fenologia e produtividade em campo do feijão-caupi, feijão-azuki, feijão-arroz e feijão-mungo-verde, e ii) os efeitos do ácido húmico (AH) sobre o crescimento e produtividade do feijão-arroz, do feijão-caupi e do feijão-mungo-verde com e sem inoculação de Bradyrhizobium spp, no trópico úmido maranhense. Em 2019 foram realizados dois experimentos a campo, com quatro espécies leguminosas graníferas: feijão-caupi, feijão-azuki, feijão-arroz e feijão-mungo-verde. Em 2021 foi realizado um experimento a campo. Foi usado o arranjo fatorial 3×2×2: espécies de feijão (feijão-caupi, feijão-arroz e feijão-mungo-verde), aplicação de AH (com e sem) e inoculação com Bradyrhizobium spp (com e sem). O delineamento foi em blocos casualizados, com quatro repetições (2019) e três repetições (2021). Em 2019, o ciclo de vida das espécies variou de 56 a 70 dias. Feijão-azuki, feijão-arroz e feijão-mungo-verde tiveram ciclos de vida menores que o do feijão-caupi. Nenhuma das três espécies apresentou potencial produtivo superior ao do feijão-caupi. O feijão-arroz foi a única espécie que teve produtividade próxima a do feijão-caupi. Em 2021, com Bradyrhizobium, o AH aumentou a produtividade do feijão-arroz em 39% e do feijão-caupi em 79,5% em relação à não aplicação de AH. O AH não influenciou a produtividade do feijão-mungo-verde com Bradyrhizobium. Sem Bradyrhizobium, o AH aumentou a produtividade do feijão-arroz em 63%, do feijão-caupi em 27,5% e do feijão-mungo-verde em 23% em relação à ausência de AH. Nossos resultados sugerem que o feijão-arroz pode ser considerado promissor para ser cultivado no trópico úmido maranhense. Ademais, a aplicação de AH aumenta a produtividade de grãos de feijão-arroz, feijão-caupi e feijão-mungo-verde independentemente da inoculação das sementes com Bradyrhizobium.

  • VITÓRIA KARLA DE OLIVEIRA SILVA MORAES
  • POTENCIAL DA PUTRESCINA NA INDUÇÃO DE CLUSTERS NODULARES DE ABACAXIZEIRO ‘TURIAÇU’: CARACTERIZAÇÃO ANATÔMICA
  • Data: 03/03/2023
  • Mostrar Resumo
  • Clusters nodulares (CNs) é uma via morfogenética bastante empregada na propagação in
    vitro e têm demonstrado sucesso na regeneração de brotos in vitro, em Bromeliaceae no
    geral. Essa via têm sido responsiva em diversos tipos de explantes cultivados em meio com
    auxinas e citocininas. Além desses reguladores de crescimento, outro grupo hormonal que
    pode exercer papel nos CNs, são as poliaminas, dentre essas a putrescina, porém, não é
    claro o seu papel na indução de clusters. Com o intuito de investigar o papel das
    poliaminas exógenas combinadas com outros regulares na indução de CNs em
    abacaxizeiro ‘Turiaçu’, nosso objetivo foi estudar a influência da aplicação de putrescina
    na indução, crescimento e estrutura de CNs pela combinação de 6-benzilaminopurina
    (BAP) e putrescina (PUT). Para isso, o experimento foi conduzido em delineamento
    inteiramente casualizado, com duas concentrações de BAP (0 e 8 µM) e três concentrações
    de putrescina (0, 100 e 1000 µM), totalizando seis tratamentos e oito repetições, além da
    adição de 4 µM de ANA em todos os tratamentos. Aos 45 dias após a inoculação (DAI),
    foram avaliadas: indução e oxidação de CNs (%), microbroto via CNs) (%), número de
    microbroto/explante, comprimento de microbroto/explante (mm), número de
    folhas/microbroto e massa seca de CNs (g). A caracterização morfológica foi realizada aos
    7, 21, 35 e 45 dias do cultivo in vitro, e a caracterização anatômica aos 7 dias do escuro, 7
    dias do claro e 45 dias do cultivo in vitro. Nesse estudo, foi possível observar que o meio
    B8P100 promoveu 56% de indução de CNs, formação de microbrotos via CNs, maior
    comprimento e número de folhas/microbroto. Os estudos morfoanatômicos aos 45 DAI
    revelaram que os CNs o meio B8P100 apresentou nódulos com tamanho volumoso,
    microbrotos com folhas, e desenvolvimento de novas folhas ao longo da base do explante,
    e nesse mesmo meio, as secções anatômicas revelaram a formação de meristemóides com
    células pequenas dispostas em espiral, e no meio B8P1000 observamos secções dos
    segmentos foliares com intensa divisão celular assimétrica em ângulo longitudinal e
    transversal, e células com núcleo e nucléolo grandes, assemelhando-se a via morfogênica
    embriogênese somática. Assim, os segmentos foliares de abacaxizeiro ‘Turiaçu’ no meio
    com 4 µM de ANA, 8 µM de BAP e 100 µM de PUT (B8P100) foi mais eficiente tanto
    para indução de CNs quanto para formação de microbrotos, e os estudos morfoanatômicos
    foram essenciais para caracterizar os eventos desta rota morfogenética pela combinação de
    reguladores de crescimento.
2022
Descrição
  • DAYANE VALESSA BARROS FROZ
  • INVERTEBRADOS DO SOLO E DA PARTE AÉREA NAS ROÇAS DE ARROZ (Oryza sativa): IMPACTOS DO POUSIO MELHORADO COM SABIÁ (Mimosa Caesalpiniifolia) E DO MANEJO DE FOGO E NUTRIENTES

  • Data: 29/04/2022
  • Mostrar Resumo
  • A degradação do solo em regiões do nordeste do Brasil tem aumentado na última década, resultando na perda da fertilidade natural do solo. O melhoramento de pousio com espécies leguminosas pode contribuir para a recuperação da fertilidade química e biológica do solo, contribuindo na conservação de sua biodiversidade edáfica em comparação com a vegetação espontânea. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi investigar os efeitos de pousio melhorado por 6-7 anos com a leguminosa arbórea nativa Sabiá (Mimosa caesalpiniifolia Benth.) sobre a biota do solo e parte aérea em campos de arroz de terras altas. As áreas experimentais estão localizadas no município de Pirapemas – MA, o esquema experimental foi de split-plot, com tratamento principal (após sabiá vs. após capoeira espontânea), sub-divididas em 4 sub-parcelas (controle, corte e queima, adubação NPK e adubação ureia) e plantados com arroz nos anos agrícolas de 2020 e 2021. Para avaliação da mesofauna, utilizaram-se anéis para coleta do solo, posteriormente colocados no Funil de Berlese-Tüllgren por 7 dias. Na avaliação da macrofauna, utilizou-se armadilhas de queda (Pitfall-traps), enterradas ao nível da superfície do solo durante 24h. Para avaliação dos artrópodes na parte aérea foram coletadas plantas de arroz através do ataque direto e acondicionadas em sacos de papel. Em seguida todo material coletado foi conduzido ao laboratório de Entomologia/Acarologia para as etapas de lavagem, triagens e identificação taxonômica. Dentre a vegetação analisada a leguminosa sabiá e capoeira espontânea no cultivo de arroz não apresentaram efeitos significativos sobre a biota do solo e parte área em campos de arroz. Em contrapartida, na mesofauna edáfica apresentou a maior diversidade em áreas com leguminosa arbórea sabiá. A macrofauna do solo foi favorecida com maior diversidade em áreas de capoeira espontânea. A maior frequência de artrópodes do estudo ocorreu nas categorias taxonômicas Collembola, Aranae e Coleoptera nos diferentes tratamentos e sub-tratamentos. Com base na análise de diversidade, abundância e frequência relativa pode-se concluir que os artrópodes são afetados por diferentes condições de uso e manejo do solo.

  • GIVAGO LOPES ALVES
  • ESTABELECIMENTO in vitro DE ABACAXI CV. TURIAÇU E POTENCIAL FOTOAUTOTRÓFICO EM DIFERENTES SISTEMAS DE CULTIVO

  • Data: 21/04/2022
  • Mostrar Resumo
  • O plantio de abacaxi ‘Turiaçu’ realizado no Maranhão, é basicamente familiar, e conduzido no sistema itinerante de corte e queima ainda passando por inovações no processo produtivo. Um problema que diminui a produção da cv. ‘Turiaçu’ e dificulta a conquista de novos mercados é a produção de mudas padronizadas e de qualidade. Embora a micropropagação seja eficiente, uma alta taxa de mortalidade tem sido observada durante o processo de aclimatização devido a alterações fisiológicas causadas pelo ambiente in vitro. A utilização de tampas permeáveis a gases e biorreatores é uma alternativa que pode promover a modificação das trocas gasosas no ambiente de cultivo e proporcionar maior rusticidade as plântulas. Com isso, o objetivo geral do trabalho foi estabelecer a micropropagação para o abacaxi “Turiaçu” bem como avaliar a taxa de multiplicação e o potencial fotoautotrófico sob alteração nas concentrações da sacarose do meio em diferentes sistemas de cultivo. Para o capítulo II. O objetivo do trabalho foi estabelecer um protocolo de micropropagação para o abacaxi “Turiaçu” bem como avaliar a taxa de multiplicação sob diferentes sistemas de cultivo. A fase estabelecimento in vitro o experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado (DIC), em esquema fatorial 4 x 2, sendo quatro meios de cultura (MS + 2.5 µM de BAP; MS + 2 µM de ANA + 4 µM de BAP; MS + 2 µM de ANA + 8 µM BAP; e MS + 2 µM de ANA + 12 µM de BAP) e dois tipos de explantes (gema lateral e ápice caulinar), com 12 repetições por tratamento. Para a fase de multiplicação o experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado (DIC), esquema fatorial 3x4, sendo três sistemas de cultivo SIP-FV, SIP-FM e SIT-PF, quatro concentrações de BAP (4, 8, 12 e 16 μM), totalizando 12 tratamentos. O explante de ápice caulinar de abacaxi cv. Turiaçu inoculado em meio MS + 2 µM ANA + 8 µM BAP apresenta melhores respostas ao estabelecimento in vitro. Os resultados demostram que o abacaxi Turiaçu utilizando o biorreator de imersão temporária Plantform (SIT - PF) com adição do meio de cultura MS + 2 µM ANA + 12 µM BAP apresenta melhores respostas quanto as taxas de multiplicação, com grande potencial para a produção de plantas em larga escala. Para o capítulo III: objetivou-se avaliar diferentes concentrações de sacarose em diferentes sistemas de cultivo no alongamento e enraizamento in vitro de abacaxi cv Turiaçu visando ao aperfeiçoamento de sistemas de micropropagação fotoautotrófica. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado (DIC), esquema fatorial 4x4, com quatro sistemas de cultivo: frascos de vidro com imersão permanente em meio líquido associado a tampas de polipropileno sem orifícios cobertos por membranas permeáveis a gases (SIP-FV); frascos de vidro com imersão permanente em meio líquido associado à tampas de polipropileno com dois orifícios de 10 mm cada, cobertos por membranas permeáveis a gases (SIP-FM); biorreatores de imersão temporária de frasco simples tipo Plantform® (SIT-PF); e biorreatores de imersão temporária de frascos duplos tipo Ralm® (SIT-RALM), associados a quatro concentrações de sacarose (0, 5, 15 e 30 g L-1 ), totalizando 16 tratamentos. Os resultados demonstraram que abacaxizeiro cv. Turiaçu possui potencial fotoautotrófico, visto o desenvolvimento das plantas na ausência de sacarose e com a utilização dos sistemas que possibilitam as trocas gasosas. Os tratamentos BIT-RALM e BIT-PF foi o que possibilitaram a maior rusticidade para as plantas de abacaxi. Além disso, a diminuição da sacarose do meio de cultivo aumentou a eficiência fotoquímica das plantas.

  • KAIRES MAYANE ARAUJO DA SILVA
  • RESPOSTA ECOLÓGICA DE BESOUROS SCARABAEINAE (COLEOPTERA: SCARABAEIDAE) A DIFERENTES USOS DO SOLO NA AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Data: 24/02/2022
  • Mostrar Resumo
  • Poucos estudos relacionam os efeitos da substituição de florestas virgens por outros ecossistemas antropogênicos, como pastagens, agricultura, corte seletivo de madeiras, fragmentação e silviculturas, na composição de comunidades de Scarabaeinae na Amazônia. Diante disso, é fundamental compreender a resposta de indicadores ecológicos para avaliar as mudanças em curso. Dessa forma, o objetivo desta pesquisa foi avaliar as respostas ecológicas das comunidades de Scarabaeinae, à modificação de usos do solo na Amazônia Oriental. Para isso foram desenvolvidas coletas em vegetação preservada, vegetação secundária, plantações de eucaliptos e pastagens. As seguintes hipóteses foram levantadas: há perda de diversidade de Scarabaeinae com mudanças de uso do solo (plantações de eucalipto, pastagem e vegetação secundária em comparação com áreas de vegetação primária) e; que florestas preservadas mantêm espécies exclusivas quando comparadas com os ambientes degradados. Nossos resultados demonstraram que a abundância e riqueza de espécies variaram significativamente entre os diferentes ambientes, nomeadamente, entre os ambientes mais preservados comparados aos degradados. Identificamos também que a composição foi diferente entre os ambientes, com uma separação clara entre os diferentes ambientes pela ordenação da composição de espécies, com uma pequena sobreposição entre vegetação nativa e vegetação secundária. A maior abundância e riqueza de besouros foi observada na armadilha de queda com isca de fezes. Nossos resultados fornecem evidências que ambientes estruturalmente mais complexos, abrigam uma maior abundância, riqueza e composição de Scarabaeinae.

  • KARINA DA SILVA VIEIRA
  • GERMINAÇÃO E ORGANOGÊNESE in vitro DO BACURIZEIRO (Platonia insignis Mart.): estratégia biotecnológica para propagação de uma espécie frutífera amazônica

  • Data: 22/02/2022
  • Mostrar Resumo
  • O bacurizeiro (Platonia insignis Mart.) é uma espécie arbórea nativa da Amazônia brasileira, com elevado potencial econômico, dada a grande apreciação de seus frutos, contudo apresenta dificuldades em sua propagação vegetativa, devido ao longo período de tempo para que a germinação se complete, e ainda uma baixa porcentagem de sobrevivência. Portanto, o uso de técnicas in vitro, como a germinação e a organogênese, podem se tornar excelentes alternativas para propagação desta espécie. Assim, este trabalho teve como objetivo estabelecer a germinação e a organogênese in vitro a partir de frutos imaturos de P. insignis, como estratégia biotecnológica para propagação desta frutífera amazônica. No capítulo II foi realizado o o estabelecimento e germinação in vitro a partir de frutos imaturos de P. insignis. Os frutos foram coletados de diferentes matrizes localizadas no município de Bacabeira - MA, previamente desinfestados e inoculados em diferentes meios de cultura com e sem reguladores de crescimento. Aos 60 Dias após a inoculação (DAI), foi possível observar que as sementes mantidas nos tratamentos sem adição de reguladores de crescimento (T1 - ágar + água destilada e T2 – MS0) apresentaram resultados superiores ou iguais a tratamentos com adição dos reguladores de crescimento. No capítulo III, experimentos foram estabelecidos com objetivo de induzir a organogênese a partir de explantes de parte área, calos e radículas dos embriões imaturos previamente germinados in vitro de P. insignis. Foram realizados cinco experimentos, utilizando meio MS suplementado com diferentes concentrações de reguladores de crescimento. Os resultados demostraram que houve a organogênese in vitro de forma indireta a partir de explantes de calos de parte área amorfa de Platonia insignis, quando inoculados em meios com 78,12μM e 156μM de BAP. Os explantes de parte área normal proporcionaram uma excelente formação de novas gemas axilares, podendo ser utilizado como fonte de explantes, contudo, não havendo diferenças significativa entre os meios testados. Este trabalho foi o primeiro estudo sobre a germinação e organogênese in vitro de Platonia insignis, demonstrando resultados potencialmente promissores para o processo de domesticação da espécie, com redução do tempo de germinação para cerca de 60 dias após inoculação em condições de cultivo in vitro, e a possibilidade da sua multiplicação a partir da organogênese in vitro com uso de explantes de calos de parte área anormal.

  • LUIZ RENATO SANTOS RECH
  • HIBRIDAÇÃO DE PALMEIRAS “BACABAS” (Oenocarpus spp., ARECACEAE) EM SISTEMAS AGROFLORESTAIS NA REGIÃO DO PEDRAL DO LOURENÇO NO PARÁ

  • Data: 27/09/2022
  • Mostrar Resumo
  • O potencial econômico das palmeiras do gênero Oenocarpus e a busca pelo processo de domesticação das mesmas, justifica-se o interesse em compreender o fenômeno de hibridação por ser de grande interesse evolutivo, assim como definir a origem e a composição genética dos híbridos e sua viabilidade, além de verificar quais são as barreiras reprodutivas entre o híbrido e seus parentais. Esta tese tem como objetivo testar a hipótese de origem híbrida de Oenocarpus x, avaliando seu posicionamento filogenético, além de suas relações com as espécies consideradas putativos parentais (Oenocarpus mapora X Oenocarpus distichus). Ademais, investigar aspectos citogenéticos, tamanho genômico, comportamento reprodutivo e descritores morfológicos das espécies, confrontando com a hipótese de especiação. Foram selecionados para pesquisa 9 acessos do gênero Oenocarpus, ambos com 12 anos de idade e conduzidos em sistemas agroflorestais, sendo 04 pertencentes à espécie Oenocarpus mapora, 04 pertencentes à espécie Oenocarpus distichus e 01 hibrido interespecífico Oenocarpus x. Os 16 descritores morfológicos considerados na análise de diversidade fenotípica dos referidos acessos seguiram a metodologia usada na coleta de dados adaptada de Oliveira et al., (2007). Nas análises estatísticas, utilizou-se os recursos computacionais do Programa Excel, onde os dados foram tabulados, e do Programa Genes, onde os dados foram analisados. Para avaliar a viabilidade reprodutiva, é através do acompanhamento dos eventos fenológicos que é baseada na caracterização das fenofases e na intensidade das mesmas. As fenofases mais frequentes foram a emissão de brácteas, inflorescências em floração e cachos com frutos imaturos. O pico da floração ocorreu de maio a novembro coincidindo com o período de menor precipitação na região e o da frutificação aconteceu praticamente todos os meses do ano. Durante os 03 ciclos produtivos a palmeira hibrida não apresentou cachos com frutos maduros apenas formação de frutilhos que sofrem abortamento antes do estágio fenológico final. O híbrido interespecífico Oenocarpus x conseguiu superar a primeira e segunda barreira reprodutiva, respectivamente a de polinização e a pre-zigotica. Os descritores que apresentaram maior coeficiente de variação foi o número de folhas com 20,41% e o número de folíolos. A distância genética com base no quadrado distância Euclidiana Média dos caracteres avaliados das palmeiras Bacabas, variou de 24,92 a 42,81. Com relação às variâncias relativas e acumuladas dos caracteres pela análise de componentes principais, constatou-se que 97,8% da variação foi explicada pelos caracteres x15 (comprimentos da ráquila (cm)), com 36.38% da variação, seguido por x10 (comprimento de cinco internós (cm)), x11 (altura primeiro cacho), x13 (comprimento do raques do cacho (cm)), x14 (número de ráquilas por cacho (n)) com 17.8%, 15.40%, 14.10% e 14.20% respectivamente do percentual de divergência. Conclui-se que Oenocarpus x possui características morfológicas intermediárias entre as palmeiras da espécie O. mapora e O. distichus, o que reforça a ocorrência de hibridação interespecífica. Pode-se concluir também que, apesar da não maturação dos frutos de Oenocarpus x, a mesma mostra grande potencial produtivo, pois apresenta menor porte, característica desejada para colheita, maior comprimento de ráquila, que confere uma maior capacidade de produção de frutos e maior número de inflorescências por ano.

  • LUKAS ALLAYN DINIZ CORRÊA
  • ÓLEOS ESSENCIAIS COMO ALTERNATIVA NO MANEJO DA ANTRACNOSE DA MANGA

  • Data: 20/04/2022
  • Mostrar Resumo
  • A antracnose causada por Colletotrichum gloeosporioides se destaca como uma das doenças mais importantes na cultura de manga, em condições de pós-colheita. E com a finalidade de estabelecer um método de controle natural como alternativa de manejo agroecológico, visando uma diminuição do uso de agrotóxicos tem-se buscado obter novas técnicas de controle alternativo de doenças fúngicas em plantas, como é o caso do emprego de óleos essenciais. Diante disso, este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito dos óleos essenciais das folhas de Pectis brevipedunculata e Dizygostemon riparius no controle do fungo C. gloeosporioides in vitro e in vivo nas mudas e em frutos de manga. Para avaliar o efeito in vitro dos óleos sobre o crescimento micelial foi instalado um experimento inteiramente casualizado utilizando-se as concentrações de 0 µl/ml; 1,0µl/ml; 2,0µl/ml; 3,0µl/ml e 4;0µl/ml incorporados ao meio de cultura BDA, sendo a testemunha composta pelo fungo em meio de cultura, sem a presença dos óleos com seis repetições. Foram realizados dois ensaios in vivo, um em casa de vegetação, para tratamento curativo utilizando-se mudas das variedades Tommy Atkins, Constantina, Comum e Rosa, inoculadas com o patógeno e tratadas com suspensões dos óleos na concentração de 4;0µl/ml. E outro realizado com frutos de mangas das mesmas variedades utilizadas em mudas, usando-se a concentração de 3,0µl/ml dos óleos essenciais, aplicados preventivamente. Para ambos o delineamento utilizado foi inteiramente casualizado, com arranjo em fatorial, com quatro repetições, sendo as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5%, utilizando-se o software R, versão Studio. Os resultados indicaram que todos os óleos testados apresentaram redução do crescimento micelial do fungo C. gloeosporioides, com destaque para a concentração de 4;0µl/ml. Em tratamentos com mudas observou-se uma diminuição da severidade a partir do sexto dia em cultivar Tommy, quando tratada com ambos os óleos essenciais. A ação curativa dos óleos essenciais em frutos, demonstrou diferenças significativas em todos os tratamentos, enquanto nos tratamentos com mudas proporcionou uma diminuição da severidade a partir do sexto dia em cultivar Tommy, demonstrando que o controle natural pode ser uma alternativa eficiente de uso no manejo de doenças em mangueira.

  • MARCELO MARINHO VIANA
  • PRODUTIVIDADE E EFICIÊNCIA DO USO DO NITROGÊNIO NA CULTURA DO MILHO INOCULADO COM Azospirillum brasilense E ADUBADO COM MOLIBDÊNIO.

  • Data: 14/01/2022
  • Mostrar Resumo
  • O nitrogênio (N) é um dos nutrientes mais importantes e exigidos pela cultura do milho e o que mais onera a produção agrícola, pois na maioria dos solos agricultáveis este elemento não está disponível níveis necessários para atingir altas produtividades. Uma alternativa é a utilização de produtos biológicos (bactérias do gênero Azospirillum) e  o micronutriente molibdênio (Mo), que também é importante, pois esse micronutriente interfere diretamente no metabolismo do N. O objetivo desse trabalho foi investigar  o efeito da inoculação com Azospirillum brasilense associada a aplicação de Mo e N no desenvolvimento produtivo e na eficiência do uso do N e eficiência fotossintética do N em plantas de milho cultivada em solo da região trópico úmido maranhense. Três experimentos de campo foram conduzidos no município de São Luís (2° 30' S, 44° 18' O, 24 metros acima do nível do mar), Estado do Maranhão, Brasil. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com quatro repetições e oito tratamentos. Quando o efeito do tratamento foi significativo, sete contrastes ortogonais foram analisados. Os tratamentos foram uma dose de N 140 kg ha-1, uma dose de Mo 90 g ha-1 e métodos de inoculação de A. brasilense (semente e foliar). As variáveis dependentes analisadas foram: índice de clorofila foliar, altura da planta, diâmetro do caule, altura de inserção da primeira espiga, peso de 100 sementes, produtividade de grãos, índice de colheita, matéria seca da parte aérea e eficiência de uso de nitrogênio. Avaliamos também características fisiológicas no início do estágio de florescimento (aproximadamente 20 dias após a adubação de cobertura) e do grão leitoso (aproximadamente 40 dias após a adubação de cobertura) as características foram: assimilação fotossintética de CO2, condutância estomática, concentração intercelular de CO2, índice de clorofila foliar e a eficiência do uso de N fotossintético. A inoculação com A. brasilense, nitrogênio e Mo mostrou-se potencialmente utilizável pois os resultados mostraram que a combinação (A. brasilense, Mo e N) aumentou 5,1% da eficiência do uso do nitrogênio e 12,68% da eficiência do uso de N fotossintético. No entanto, não houve aumento na produtividade de grãos. Por outro lado, Mo e N combinados aumentaram 17,8% a produtividade de grãos quando comparadas as plantas de milho inoculadas apenas com A. brasilense. Diante desses resultados é necessário propor novas pesquisas com o papel de elucidar melhor o papel do Mo na ligação com bactérias promotoras de crescimento e seus efeitos na rizosfera e na produtividade de grãos.

  • PEDRO HENRIQUE NEVES DOS SANTOS
  • ESTABILIZAÇÃO DO CARBONO ORGÂNICO EM FUNÇÃO DE BIOMASSAS DE DIFERENTES QUALIDADES APLICADAS EM UM SOLO ENRIQUECIDO COM CÁLCIO

  • Data: 29/09/2022
  • Mostrar Resumo
  • A disponibilidade de carbono para solo por meio de resíduos da poda de leguminosas cultivadas em sistemas de aléias é uma promissora alternativa à adubação tradicional. O sistema de aléias modificado da área experimental utilizada apresentava leguminosas já estabelecidas, foi utilizada uma espécie nativa (Clitoria fairchildiana), três exóticas (Acacia mangium, Leucaena leucocephala e Gliricidia sepium), e uma forrageira (Panicum maximum, cv. Mombaça). Foi avaliado o efeito da mistura da biomassa de leguminosas com diferentes qualidades de resíduos na estabilização de carbono no solo, atividade biológica, resistência do solo à penetração e conteúdo de cátions. Foi realizado o plantio de milho em consórcio com as leguminosas, a produtividade da cultura serviu como indicador da qualidade e estabilidade de C do solo nos diferentes tratamentos. O delineamento utilizado foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições. Os tratamentos foram organizados a partir da aplicação dos resíduos da poda da seguinte forrageira e leguminosas: Mombaça (M); Sombreiro + Leucena (S+L); Acácia + Leucena (A+L); Leucena + Gliricídia (L+G); Acácia + Gliricídia (A+G); Sombreiro + Gliricídia (S+G); e Controle, com solo descoberto. A aplicação de resíduos de biomassas de diferentes qualidades influenciou, positivamente, o conteúdo de cálcio e magnésio na camada superficial do solo, assim como os teores de carbono orgânico do solo, com diferenças estatísticas em relação ao controle. Todos os tratamentos em aléias apresentaram maiores resultados de produtividade quando comparados com o controle, principalmente o tratamento S+G (Sombreiro + Gliricídia). O capim Mombaça não apresentou diferenças estatísticas em relação ao controle em todas as variáveis estudadas.

  • TÁCILA RAYENE DOS SANTOS MARINHO
  • EMBRIOGÊNESE SOMÁTICA E VARIABILIDADE GENÉTICA in vitro DE BACURIZEIRO (Platonia insignis Mart.): UMA ESPÉCIE NATIVA DA AMAZÔNIA BRASILEIRA

  • Data: 28/04/2022
  • Mostrar Resumo
  • Frutífera amazônica brasileira, o bacurizeiro (Platonia insignis Mart.) tem elevada importância para o desenvolvimento sustentável da região amazônica. Todavia, por estar em processo de domesticação, suas técnicas de propagação ainda são limitadas, assim, a cultura de tecidos pode ser uma ferramenta biotecnológica eficiente para alcançar a eficiência na produção de mudas desta espécie. Por ser uma planta alógama, com alta variabilidade genética, diferentes genótipos podem não responder de forma homogênea aos mesmos estímulos in vitro, por isso é fundamental o conhecimento do controle genético das características relacionadas aos processos de regeneração in vitro para a seleção de genótipos mais responsivos. Assim a presente tese teve como objetivo geral desenvolver estratégias para a reprodução in vitro de Platonia insignis a partir de embriões zigóticos, oriundos de frutos imaturos por meio da embriogênese somática, e avaliar a variabilidade genética de diferentes acessos do Estado do Maranhão. Os estudos realizados e os resultados obtidos estão apresentados na forma de cinco capítulos. O capítulo I, refere-se a um artigo de revisão de literatura acerca do bacurizeiro, seu processo de domesticação, suas técnicas de propagação atuais, até a prospecção de metodologias biotecnológicas. No capítulo III objetivou-se estabelecer um protocolo de indução e calogênese in vitro de P. insignis Mart. Os resultados de indução de calogênese em meios sem adição de PGR’s demonstram o potencial de reguladores endógenos. As seções anatômicas revelam elevada calogênese, entretanto ainda não semelhantes a massas de calos embriogênicas, portanto mais investigações são necessárias para otimizar o desenvolvimento de calos embrionários de P. insignis. No capítulo III objetivou-se a multiplicação eficiente dos calos de P. insiginis e o estabelecimento de um protocolo eficiente de regeneração de calos embriogênicos. Para a confirmação da presença de células embriogênicas os calos foram submetidos a técnica citológica de dupla coloração. Foram obtidos dois tipos de calos com distintos potenciais morfogênicos: calos friáveis com potencial embriogênico e calos esponjosos sem potencial embriogênico. Neste estudo a combinação de 2,4-D 0,8 µm + putrescina 50 µm induziu a maior formação de calos com potencial embriogênico. No capítulo IV estudou-se o controle genético de características relacionadas ao estabelecimento in vitro de acessos de P. insignis oriundos de diferentes regiões do estado do Maranhão, Brasil. As estimativas dos parâmetros genotípicos foram obtidas pela metodologia de modelos mistos, procedimento REML (Máxima Verossimilhança Restrita) /BLUP (Melhor Predição Linear Imparcial). Os resultados obtidos demonstraram elevada variabilidade genética na população estudada, além disso, os acessos AC.7, AC.2, AC.1, AC.6 e AC.8 foram mais eficientes quanto a sua resposta ao processo de regeneração in vitro, apresentando capacidade de calogênese superior, menor suscetibilidade à oxidação, maior capacidade de formação de raízes e parte aérea. Já no capítulo V com as considerações finais, enfatizamos que este é o primeiro trabalho a pesquisar técnicas para o cultivo in vitro de P. insignis por meio do estabelecimento de um protocolo de descontaminação e indução de calogênese in vitro, além de investigar a relação entre parâmetros genéticos e a seleção de acessos responsivos à regeneração in vitro. Esse conhecimento gerado subsidiará futuros estudos de micropropagação, conservação e domesticação de P. insignis.

2021
Descrição
  • ANDRÉ BRENNER DE ALENCAR PAGEÚ
  • COMPETIÇÃO E PARTIÇÃO DE NICHOS RADICULARES ENTRE A PALMEIRA BABAÇU (Attalea speciosa MART) E O CAPIM BRAQUIÁRIA (Urochloa brizantha (Hochst.ex.A.Rich) Stapf cv. ‘marandu’) EM SISTEMA SILVOPASTORIL NA AMAZÔNIA MARANHENSE.

  • Data: 23/12/2021
  • Mostrar Resumo
  • Grande parte da Amazônia legal maranhense é dominada por pastagens plantadas com capim - exótico (Urochloa spp.), entre a palmeira Babaçu (Attalea speciosa MART). Embora esta combinação constitua um sistema silvipastoril tradicional, com baixa diversidade de espécies. Este modelo oferece a oportunidade de investigar como duas espécies muito competitivas interagem no solo e com o solo. Este estudo mapeia perfis de raizes no solo (0,5m x1,0m) de Babaçu e capim Braquiária (Urochloa brizantha (Hochst.ex.A.Rich) Stapf cv. 'marandu') em três distâncias contrastantes de dominância relativa: 'próxima’ (em 0,4 - 0,6 m); 'perto' (em 2,50-6,0 m) e 'longe' (em> 8,0-10,00 m), de distancia do colo da palmeira Babaçu, com em três classes de diâmetro predefinidas: 'fino' (<2 mm), de tamanho ‘médio’ (2-5 mm) e 'grosso' (> 5 mm), em três áreas com sistemas silvipastoris na periferia oriental da Amazônia maranhense. Com delineamento experimental em blocos por acaso, sendo as áreas os blocos. Os resultados apontam uma prevalência de raízes finas em todos os perfis do solo, com 74,6 % concentradas nas primeiras camadas de solo (0-20), e mais abundantes nas respectivas áreas de dominância, com 48,07% de participação nas raízes finas de babaçu "dentro", e 84,09 % de participação da braquiária na posição longe. Raízes médias e grossas de braquiária foram menos expressivas, mas as de babaçu apresentaram comportamento mais profundo, com raízes grossas concentrando-se a 20-30cm e médias crescendo até 50cm de profundidade.
    Os perfis verticais de raízes finas entre Babaçu e capim Marandu diferiram, apontando para partição de nicho na faixa de 0-10cm, porém com uma sobreposição de nicho ainda bastante alta na camada 10-50, indicando um relativo equilíbrio competitivo e coexistência. A abundância de raízes foi afetada pelos tratamentos (distancia/dominacia), no entanto somente o perfil vertival de raízes de babacu respondeu com plasticidade/expansão de nichos para maiores profundidades sob confronto competitivo interespecífico em pontos de amostragem dominados por braquiária. A limitação vertical das raízes finas de braquiária ao solo reduz a eficiência ecológica de pastagens de braquiária pura. Em contraste, enraizamento fino mais profundo e alta plasticidade / expansão de nicho da palmeira Babaçu quando sob confronto competitivo interespecífico´melhoram a eficiência ecológica do sistema e são provavelmente componentes-chave para o notável sucesso ecológico do babaçu em pastagens degradadas em toda a Amazônia.

  • CAROLINE RABELO COELHO
  • POTENCIAL DE ÁCAROS PREDADORES NO CONTROLE BIOLÓGICO APLICADO DE Raoiella indica (ACARI: TENUIPALPIDAE) EM COQUEIRO

  • Data: 01/07/2021
  • Mostrar Resumo
  • Ácaros predadores da família Phytoseiidae são os principais inimigos naturais do ácarovermelho-das-palmeiras, Raoiella indica Hirst 1924 (Acari: Tenuipalpidae), em cultivos de coqueiro. Amblyseius largoensis Muma 1955 (Acari: Phytoseiidae) é frequentemente encontrado em associação com R. indica em diversos países e apresenta potencial de controle dessa praga de acordo com pesquisas conduzidas em laboratório e casa de vegetação. Amblyseius tamatavensis Blommers 1974 (Acari: Phytoseiidae), por sua vez, também é encontrado em associação com R. indica no Brasil, no entanto, pouco é conhecido sobre sua capacidade de controle de R. indica em condições de laboratório e campo além de interações ecológicas da espécie como o canibalismo. O objetivo do presente trabalho foi avaliar de A. tamatavensis sobre ovos de R. indica, assim como verificar a presença de canibalismo e suas implicações. Adicionalmente, avaliou-se a eficiência de liberações de A. largoensis e A. tamatavensis no controle de e a influência das variáveis climáticas na densidade dessa praga em campo. O ácaro predador A. tamatavensis apresentou resposta funcional do tipo II e grande potencial reprodutivo quando alimentado com ovos de R. indica. Portanto, A. tamatavensis foi eficiente no controle de R. indica em condições de laboratório, sobretudo em baixas ou moderadas densidades da presa. Além disso, fêmeas e imaturos de A. tamatavensis canibalizaram coespecíficos e pouco ovipositaram na ausência de ovos de R. indica. No entanto, o canibalismo diminuiu e a oviposição aumentou na presença de ovos de R. indica como presas heteroespecíficas. Ademais, a interação entre as liberações massais de A. tamatavensis e os meses de avaliação influenciaram na redução das densidades de fases ativas e imóveis de R. indica em campo. De acordo com uma análise de regressão em árvore, baixa umidade relativa e baixa pluviosidade explicaram o aumento populacional de R. indica, principalmente no período de transição da estação seca para a chuvosa. Estudos posteriores devem investigar a eficiência de A. tamatavensis em diferentes densidades de liberação massal (ex. média, alta) em cultivos comerciais de coqueiro sobretudo em períodos de maior densidade populacional da praga.

  • JONALDA CRISTINA DOS SANTOS PEREIRA
  • CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR E PRESERVAÇÃO DE ISOLADOS DE BACTÉRIAS  DIAZOTRÓFICAS ASSOCIADAS AO ARROZ.

  • Data: 22/12/2021
  • Mostrar Resumo
  • O Nitrogênio é um dos nutrientes mais requeridos para a cultura do arroz. Bactérias diazotróficas exercem papel importante na fixação biológica de nitrogênio nas plantas, através da síntese da nitrogenase. A conservação de microrganismos como recursos genéticos é importante para atender as necessidades e demandas da pesquisa agrícola. Os isolados bacterianos preservados em laboratório devem manter suas características originais, e livres de mutações. Este trabalho teve como objetivo avaliar em isolados bacteriano métodos para preservação, e uma caracterização molecular pela presença dos genes nifs D e H, importantes na fixação biológica de nitrogênio para a cultura do arroz. Foi realizada a comparação entre os métodos de preservação dos microrganismos a fim de detectar qual deles asseguram a viabilidade, morfologia, fisiologia e genética dos isolados, mantendo a cultura viável por longo tempo. Quanto a caracterização da variabilidade genética, foram testados os métodos de agrupamento entre os isolados, visando a formação de grupos com a maior distância genética identificada. Para a confirmação da presença do gene nif no genoma dos isolados, foram utilizados primers específicos, e as sequências  obtidas foram validadas e comparadas com o banco de dados de nucleotídeos National Center for Biotechnology Information (NCBI). A criopreservação confere a melhor preservação dos isolados e ainda, quanto a conservação dos isolados, estes se mantiveram com sobrevida, estavéis e puros diante dos métodos de preservação, mantendo suas configurações e especificidades genéticas e fenotípicas. Os isolados apresentaram altas taxas de similariedade para os genes nifD e nifH do gênero das Pseudomonas. Esse tipo de estudo é importante para contribuir com as pesquisas referentes à análise de DNA e mapeamento genético, e para enfatizar a importância da manutenção de coleções vivas para estudos filogenéticos.

  • JOSÉ CARLOS ERICEIRA JÚNIOR
  • DIAGNÓSTICO DO EXTRATIVISMO E CARACTERIZAÇÃO DA QUALIDADE DE FRUTOS DE BACURI (Platonia insignis Mart.) EM SANTA RITA, MARANHÃO.

  • Data: 28/12/2021
  • Mostrar Resumo
  • O Brasil se apresenta como o 5º maior país em extensão de terras e é o terceiro maior produtor mundial de frutas, com ampla variabilidade genética entre as fruteiras e entre estas, estão as nativas, que se constituem como fonte alternativa de alimentação animal, e principalmente, humana, além de inúmeras possibilidades de exploração das fruteiras, sendo de forma sustentável, como para a produção de polpa, doces cristalizados, compotas, sucos, licores, vinhos e outras iguarias, gerando renda e alimento, simultaneamente. Principalmente o bacuri, com alto potencial de exploração, no entanto, ainda muito insipiente, com técnicas rudimentares, de forma extrativista, como o caso da coleta, não constituindo ainda, uma cadeia produtiva estruturada, no Maranhão. O objetivo deste trabalho foi realizar a caracterização da qualidade de frutos associados ao extrativismo de coleta em dois povoados de Santa Rita, MA. As análises foram realizadas no laboratório da UEMA, quanto à massa do fruto, massa da casca, DL/DT, IC, número de sementes, números de segmentos partenocárpicos, rendimento de polpa, sólidos solúveis totais, acidez total titulável, ratio e Ph, em delineamento inteiramente casualizado. Houve variação nos parâmetros biométrico. Para massa média dos frutos, as variações foram de 212g até 363g, com variações também no número de línguas, que é atributo importante na produção de polpa, variando de 2,10 a 3,15 línguas por frutos nas safras de dezembro a fevereiro, respectivamente. Nos atributos químicos, houve variação somente para os sólidos solúveis totais dentro da média de locais e para pH, dentro de épocas de colheitas. 

  • LEONARDO DE JESUS MACHADO GOIS DE OLIVEIRA
  • CARACTERIZAÇÃO FITOPATOGÊNICA, MORFOLÓGICA E FILOGENÉTICA DE ISOLADOS DE Fusarium PRESERVADOS NA MICOTECA PROF° GILSON SOARES DA SILVA.

  • Data: 09/12/2021
  • Mostrar Resumo
  • Coleções Microbianas são consideradas Centros de Recursos Biológicos e a preservação ex situ dos microorganismos é uma prática indispensável para o conhecimento e uso da biodiversidade e a escolha de cada método de preservação deve atender as vantagens e desvantagens oferecidas pelo método e as características de cada espécie fúngica. As espécies de Fusarium são conhecidas por exibirem alta semelhança morfológica, e por não apresentarem diferenças entre estirpes patogênicas, não-patogênicas ou saprófitas é recomendado o estudo filogenético através de genes codificadores de proteínas como o fator de elongação 1-α (EF-1α), a segunda maior subunidade da RNA polimerase (RBP2), Calmodulina e o gene da β-tubulina (tub2). O objetivo desta tese foi avaliar a preservação da patogenicidade dos isolados conservados nos métodos de solo esterilizado, repicagem contínua e preservação em água destilada esterilizada (Castelani) em seus respectivos hospedeiros e caracterizar isolados dos complexos de espécies F. fujikuroi (FFSC) e Fusarium oxysporum (FOSC) de diferentes formae speciales através da combinação da morfologia e relações filogenéticas através de quatro genes:  o fator de elongação 1-α, a segunda maior subunidade da RNA polimerase, Calmodulina e β-tubulina. Os isolados foram preservados em quatro métodos e os resultados de avaliação de patogenicidade dos isolados de F.oxysporum f. sp. lycopersici preservados no método de solo esterilizado MGSS 40, MGSS 41, MGSS 183, MGSS 225 e MGSS 233 foram patogênicos a cultivar de tomateiro Santa Cruz. Os isolados de F. oxysporum f. sp. vasinfectum avaliados no 1° ensaio (MGSS 10, MGSS 221, MGSS 224, MGSS 226 e MGSS 277) foram patogênicos e o método de solo foi eficiente na preservação da patogenicidade desta formae speciales e não causaram doença na cultivar Santa Cruz 47, no 2° ensaio os isolados MGSS 55, MGSS 226 e MGSS 323 confirmaram ser mais patogênicos ao quiabeiro cultivar Valença e a eficiência do método de repicagem contínua variou de acordo com o isolado e o tempo de preservação. Os isolados de F. oxysporum f. sp cubense foram patogênicos e as variedades de Bananeira mais suscetíveis ao isolado MGSS 324 foram:  Maçã Casca Verde, Maçã Turiaçu Amarela e Prata Anã e variedades mais suscetíveis ao isolado MGSS 325 foram Maçã Turiaçu Amarela, Cacau Figo Cinza e Maça Casca Verde e método de repicagem contínua preservou a patogenicidade dos isolados por 2 anos. Para as avaliações de severidade da fusariose em Feijão -Caupi, com o isolado MGSS 60, quatro  cultivares foram suscetíveis ao patógeno: BR-17 Gurguéia, BRS Tumucumaque, BRS Guariba e Manteiguinha e o método empregado na preservação de F. oxysporum f. sp. tracheiphilum foi o solo esterilizado e mostrou-se viável na preservação da patogenicidade dessa formae speciales. O isolado MGSS 329 foi patogênico a plantas de Maracujazeiro Amarelo e outros cinco  isolados não diferiram da testemunha e nem do isolado MGSS 329 e todos os isolados foram preservados no método de água destilada esterilizada enquanto que isolados conservados no método de repicagem contínua não foram patogênicos, os métodos utilizados tiveram baixa eficiência para esta formae speciales. Teste de patogenicidade de isolados de F. oxysporum f. sp. coriandrii MGSS 415, MGSS 416 e MGSS 305 mostraram que os dois primeiros isolados foram patogênicos as variedades de coentro, Verdão e Verdão Super e o isolado MGSS 305 foi patogênico a variedade Verdão Super, o método de preservação de repicagem contínua foi eficiente para a forma speciales coriandrii. A caracterização morfológica dos isolados mostra variabilidade na forma e tamanho dos macro e microconidios e na cor das colônias com a presença de dois grupos de isolados: o primeiro com presença de monofiálides curtas e o segundo grupo houve a formação de mono e polifiálides. A análise molecular de 58 isolados mostra que 42 pertencem ao complexo de espécies Fusarium oxysporum, com a confirmação das formae speciales lycopersici, vasinfectum, cubense, tracheiphilum, coriandrii, capsici e passiflorae e 16 isolados ao complexo de espécies Fusarium fujikuroi.

  • ROSILDA RODRIGUES DE CARVALHO
  • ESTRUTURA DA COMUNIDADE DE BORBOLETAS (LEPIDOPTERA: PAPILIONOIDEA) EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NA AMAZÔNIA ORIENTAL, MARANHÃO, BRASIL.

  • Orientador : RAIMUNDA NONATA DE LEMOS ARAUJO
  • Data: 28/12/2021
  • Mostrar Resumo
  • A ordem Lepidoptera é constituída pelas borboletas e mariposas. Dentre outros insetos, as borboletas desempenham importante papel nos processos ecológicos atuando por exemplo, na polinização, herbivoria e na cadeia alimentar de diversos animais. Borboletas têm sido amplamente utilizadas em monitoramentos por serem extremamente sensíveis às alterações ambientais e por apresentarem características que facilitam a amostragem e a identificação. Entre as principais ameaças para a biodiversidade de borboletas estão a fragmentação e destruição de habitat. Este trabalho teve como objetivo, comparar a estrutura das comunidades de borboletas em Unidades de Conservação (UCs) com diferentes graus de conservação no Norte Maranhense. Foram realizadas coletas entre os meses de setembro de 2019 a janeiro de 2021. A amostragem das borboletas frugívoras seguiu a metodologia padronizada utilizando armadilhas do tipo Van Someren-Rydon. Foram utilizadas 30 armadilhas que permaneceram em campo por cinco dias consecutivos, sendo vistoriadas a cada 24 horas para coleta das borboletas e reposição das iscas. Os espécimes de fácil identificação foram marcados numericamente, fotografados e liberados. Indivíduos de identificação incerta e exemplares testemunhas foram coletados, identificados e depositados na Coleção Entomológica “Iraci Paiva Coelho” da Universidade Estadual do Maranhão (CIPC). Obteve-se o registro de 2.868 indivíduos, sendo 1.229 para a APA do Itapiracó, 919 para a APA do Maracanã, 341 para o Sítio Aguahy e 379 indivíduos para o Sítio do Rangedor. Do total de 52 espécies registradas neste estudo, Taygetis laches e Opsiphanes invirae foram as duas mais abundantes com 570 e 382 indivíduos respectivamente. Os padrões de riqueza, abundância e equitabilidade foram analisados utilizando os estimadores de riqueza, Simpson_1-D; Shannon_H e  Equitability_J.  Foram encontradas diferenças na composição de espécies entre as UCs amostradas. O Sítio Aguahy apresentou maior diversidade (H’=3,13), menor dominância (D’= 0,94), maior equitabilidade (J’=0,89). O Sitio do Rangedor apresentou menor diversidade, maior dominância e menor equitabilidade (H’=2,10; D’=0,79; J’=0,67) respectivamente. A abundância foi maior na APA do Itapiracó e APA do Maracanã. O Sítio Aguahy apresentou maior riqueza de espécies. Os dados obtidos apontam que há diferenças na composição das comunidades de borboletas frugívoras em UCs do Norte Maranhense com diferentes graus de perturbação.

  • SILVER JONAS ALVES FARFAN
  • A Meliponicultura como Indutora de Processos de Resiliência Socioecológica em Agroecossistemas Camponeses na Baixada Maranhense.

  • Data: 03/12/2021
  • Mostrar Resumo
  • A restauração ecológica das áreas degradadas é urgente, os serviços ecossistêmicos são fundamentais para garantir a resiliência socioambiental frente às mudanças climáticas, assim a meliponicultura pode contribuir a restauração socioecológica na escala da paisagem. O objetivo deste trabalho é avaliar a meliponicultura com a abelha tiúba (Melipona fasciculata, Meliponini) praticada na Área de Proteção Ambiental da Baixada Maranhense – APA, e os efeitos das paisagens e da flora na produtividade e qualidade dos méis e tentando compreender os efeitos desta atividade na resiliência socioecológica. Foram selecionados 47 meliponicultores, realizado o georreferenciamento e mapeamento da paisagem, foram entrevistados, colheu-se mel para medir produtividade, fazer a melissopalinologia e características físico-químicas após maturação em 180 dias. Os meliponicultores tem alto grau de satisfação com a atividade, que é tradicional e herdada. Embora ofereça serviços ecológicos, a meliponicultura sofre ameaças com a apicultura migratória e o desmatamento ilegal. Os meliponários com baixa produtividade de mel estão mais próximos de manchas florestais maduras, abundância de palmeiras, especificamente Attalea speciosa (babaçu), Neptunia plena (tripa de vaca). Estes méis possuem maior riqueza e abundância de espécies botânicas, indicando que Melipona fasciculata oferece mais serviços ecossistêmicos de polinização nessas paisagens. Meliponários com alta produtividade estão mais próximos de campos naturais com abundância de arbustos nectaríferos tais como: Cenostigma bracteosa (catingueira), Tibouchina aspera (quaresmeira), Centrosema pubescens (jequitirana) e Ipomoea carnea (algodão-bravo). Quanto à qualidade, os méis eram mais ácidos, menos doces e menor valor de pH que em outros relatos. O méis mais ácidos tinham origem nas paisagens rurais antropizadas com mosaico de ocupações e pastos. A abundância de pólen palmeiras teve efeito alcalinizante, e o maior teor de cinzas estava associado à maior abundância e riqueza de pólen de palmeiras. A umidade do mel foi influenciada positivamente pela maior presença de pólen de árvores e o maior teor de açúcares redutores foi determinado pela presença de pólen das espécies botânicas Eichhornia crassipes e Mimosa pudica. Um conjunto de 77 espécies botânicas são fornecedoras de recursos para Melipona fasciculata que beneficiam uma grande área para além dos limites da propriedade dos meliponicultores. É necessário que o poder público ampare a meliponicultura como atividade de alto benefício ambiental, controle as ameaças e cumpra suas responsabilidades legais com a APA.

  • STEFANNY BARROS PORTELA
  • PRÁTICAS DE MANEJO PARA A SUSTENTABILIDADE DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA EM SOLO TROPICAL FRÁGIL

  • Data: 28/01/2021
  • Mostrar Resumo
  • No trópico úmido, os solos estruturalmente frágeis e coesos são amplamente distribuídos, em virtude da combinação do material de origem sedimentar, aliado a alta intemperização e baixos teores de matéria orgânica no solo. Nesta região, as plantas exploram água e nutrientes apenas em uma fina camada superficial, o que prejudica o acúmulo de biomassa e a produtividade das culturas. A cobertura do solo aliado ao uso de gesso têm sido indicado como uma estratégia eficiente para a melhoria da estrutura física, acúmulo de carbono orgânico do solo e aumento na produtividade das culturas no trópico úmido. A biomassa de leguminosas é capaz de fornecer cobertura do solo, reter a umidade, favorecer a atividade microbiana e fornecer nutrientes, incluindo o nitrogênio. Enquanto o gesso, por sua alta solubilidade e altos teores de cálcio, tem sido indicado como uma excelente alternativa para reter carbono orgânico no solo e melhorar agregação e enraizabilidade. Neste sentido, nosso objetivo foi acompanhar a dinâmica do carbono orgânico e cátions na zona radicular de um solo frágil tropical arenoso após a aplicação de gesso e resíduo de leguminosas para verificar seu período de permanência em nível crítico e avaliar como essa dinâmica afeta a produtividade do milho. Nossos resultados sugerem que cobertura morta e gesso, usados com ureia, podem aumentar a capacidade de enraizamento do solo, melhorar a retenção da umidade, fornecer carbono orgânico, reter cálcio no perfil do solo e aumentar a produtividade do milho. Portanto, em solos coesos de estrutura frágil a combinação de biomassa de leguminosas e gesso permite a manutenção de níveis adequados de carbono orgânico e cálcio na zona radicular, o que consiste em uma estratégia simples e vantajosa a ser explorada pelos agricultores para aumentar a capacidade de enraizamento do solo e a produtividade das culturas.

  • TAYNARA CRUZ DOS SANTOS
  • REGISTRO, ESTRUTURA E DINÂMICA POPULACIONAL DE Raoiella indica HIRST (ACARI: TENUIPALPIDAE) EM Cocos nucifera LINNAEUS (ARECALES: ARECACEAE) NO MARANHÃO.

  • Data: 29/12/2021
  • Mostrar Resumo
  • Raoiella indica Hirst (Acari: Tenuipalpidae) é um ácaro fitófago invasor com ampla gama de plantas hospedeiras. Nos últimos anos, R. indica tem ampliado sua distribuição geográfica nas Américas. Em áreas recém-invadidas por R. indica é primordial que se realize o registro de ocorrência bem como estudos de ecologia populacional de longa duração. Neste contexto, o presente estudo teve como objetivo realizar o primeiro registro de ocorrência de R. indica no Maranhão. Posteriormente, foi estudado os efeitos da sazonalidade e de fatores abióticos na estrutura populacional (ovo, imaturos e adultos) de R. indica em coqueiros da variedade anão-verde. Por fim, foi determinada a contribuição relativa de variáveis abióticas (temperatura, umidade relativa e precipitação pluviométrica) e biótica (densidade de Phytoseiidae) sobre a densidade de R. indica. Brevemente, R. indica foi registrada pela primeira vez em cultivo de coqueiro (Cocos nucifera L.) no ano de 2018, na comunidade Iguaíba, zona rural do município de Paço do Lumiar, Maranhão. Em seguida, a estrutura e dinâmica populacional de R. indica foi avaliada durante o início do período seco (2019-2020: agosto, setembro e outubro) e chuvoso (2020-2021: janeiro, fevereiro e março) em cinco cultivos comerciais de coqueiro da variedade anão-verde, durante dois anos. Foi constatada mudanças sazonais na estrutura e dinâmica populacional de R. indica. O estágio de ovo apresentou maior densidade por cm2 de área foliar em comparação aos imaturos e adultos de R. indica ao final do período amostral. A densidade de ovos e imaturos de R. indica não foi afetada pela sazonalidade. No entanto, o número de indivíduos adultos de R. indica variou sazonalmente, com maiores densidades populacionais registradas no período chuvoso em comparação ao período seco. As variáveis abióticas explicaram diferentes frações da variância para cada estágio de desenvolvimento de R. indica. Os resultados demonstram que é importante considerar a estrutura populacional em estudos de dinâmica populacional de R. indica, uma vez que cada estágio de desenvolvimento responde unicamente ao ambiente local ao longo do tempo. No último trabalho, foi observada maior densidade de R. indica em comparação à densidade populacional dos ácaros predadores da família Phytoseiidae durante os meses de amostragens. A maior parte da variância para a densidade populacional de R. indica foi explicada pela densidade de Phytoseiidae. Adicionalmente, a densidade de R. indica foi positivamente correlacionada com a densidade de ácaros predadores da família Phytoseiidae, confirmando o resultado da análise de partição hierárquica. Conclui-se que controle biológico exercido pelos ácaros predadores da família Phytoseiidae foi o principal mecanismo regulador da densidade populacional de R. indica nos cultivos comerciais de coco da variedade anão-verde.

  • THAYS FRAZÃO DE JESUS
  • MANEJO, PRODUÇÃO E QUALIDADE DE AÇAÍ DE TERRA FIRME ASSOCIADO À DENSIDADE DE TOUCEIRA E ADUBAÇÃO ORGÂNICA SOB SISTEMA AGROFLORESTAL.

  • Data: 17/12/2021
  • Mostrar Resumo
  • O grande interesse no cultivo de açaizeiro BRS Pará (Euterpe oleraceae Mart.) nas áreas de terra firme se deve ao grande crescimento da demanda pelo fruto. Entretanto, informações sobre o manejo desta cultura nas áreas de terra firme em diferentes regiões do país ainda são escassas tornando-se evidente que, para se obter alta produtividade, há necessidade de manejo dos estipes e do fornecimento nutrientes. Densidade mais baixa de estipes na touceira, associada à adubação orgânica, podem aumentar a produtividade e a qualidade dos frutos de açaí. Dessa forma, esta pesquisa objetivou avaliar o desenvolvimento e produção do açaí de terra firme (cv. BRS Pará) associado à diferentes densidades de touceira e manejo da adubação em sistema agroflorestal. O experimento, localizado na Fazenda Escola da Universidade Estadual do Maranhão-UEMA, São Luís, foi conduzido em Sistema Agroflorestal composto por três espécies vegetais: a cultivar açaí BRS Pará (Euterpe oleracea Mart.), o cupuaçu BRS Carimbó (Theobroma grandiflorum); e seis variedades de banana (Musa sp). O delineamento foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 5x2, em que o primeiro fator é representado pelos cinco níveis de desbaste (2, 3, 4, 5 e 6 estipes por touceira), e o segundo fator pelos tipos de adubação (orgânica e mineral), com 3 repetições. Os dados depois de avaliados quanto a sua normalidade foram submetidos à Análise de Variância (ANOVA) e as médias comparadas pelo teste Scott & Knott ao nível de 5% de probabilidade, utilizando-se o software AgroEstat. A adubação mineral associada a densidade de 4 estipes por touceira foi responsável por apresentar cachos com boa qualidade de frutos. A densidade de 6 estipes provocou atraso no desenvolvimento e baixa produtividade, independente do manejo de adubação adotado.

  • WERLEN ARAÚJO BARBOSA
  • EFEITO DA ADUBAÇÃO NITROGENADA EM COBERTURA SOBRE O CONTEÚDO DE MOLIBDÊNIO DA SEMENTE DE FEIJÃO-CAUPI CULTIVADO EM SOLOS COESOS DE BAIXA FERTILIDADE NATURAL

  • Data: 29/12/2021
  • Mostrar Resumo
  • Na literatura são escassos estudos que tenham avaliado os efeitos do nitrogênio (N) em cobertura no conteúdode molibdênio (Mo) nas sementes de feijão-caupi. A nossa hipótese é que a adubação com N em cobertura aumenta o conteúdo de Mo nas sementes de feijão-caupi. Foi conduzido um ensaio em São Luís, Maranhão, entre maio e agosto de 2019. Os tratamentos foram arranjados no esquema fatorial 4 x 2: doses de Mo aplicadas na folhagem (0, 50, 250 ou 500 g ha-1 ) e doses de N em cobertura (0 ou 50 kg ha-1 ), no delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições. A fontede Mo foi molibdato de sódio e a fonte de N, ureia. No plantio, todas as parcelas receberam 350 kg ha-1 do formulado de 4-14-8. Foi utilizada a cultivar BRS Guariba. A produtividade média do ensaio foi 627±172 kg ha-1 , e as plantas que não receberam N ou Mo apresentaram 2,42±0,68 nódulos por planta. Houve interação significativa (P < 0,010) entre doses de Mo e doses de N na produtividade e no conteúdo de Mo na semente. Sem aplicação de N em cobertura, a produtividade aumentou de 306 kg ha-1 (sem Mo) para 729 kg ha-1 (com 250 g ha-1 de Mo). Com aplicação de N em cobertura, não houve diferença significativa entre as produtividades obtidas com as doses entre 50 e 500 g ha-1 de Mo, mas plantas pulverizadas com 50 g ha-1 de Mo produziram 58% mais grãos que as que não receberam Mo. Sem aplicação de N em cobertura, o conteúdo de Mo na semente aumentou até a dose de 500 g ha-1 de Mo e atingiu 5,9 µg semente-1 de Mo. Com aplicação de N em cobertura, o conteúdo de Mo na semente aumentou até a dose de 250 g ha-1 de Mo e atingiu 5,1 µg semente1 de Mo. Nossos resultados sugerem que a aplicação de N em cobertura aumenta o conteúdo de Mo na sementequando as plantas de feijão-caupi são pulverizadas com doses de até 250 g ha-1 de Mo.

  • WYAYRAN FERNANDO SOUSA SANTOS
  • RESPOSTAS ECOFISIOLÓGICAS E DESENVOLVIMENTO DE CULTIVARES DE QUIABEIRO SUBMETIDAS A DIFERENTES LÂMINAS DE IRRIGAÇÃO E ADUBAÇÃO ORGÂNICA.

     

  • Data: 19/11/2021
  • Mostrar Resumo
  • O quiabeiro, Abelmoschus esculents (L.), é uma hortaliça de grande importância devido a sua aceitação no mercado nacional e valor nutricional. Por ser uma cultura rústica e suportar elevadas temperaturas a condição edafoclimática do Brasil favoreceu o seu desenvolvimento e produção, o quiabeiro responde de forma considerável a adubação orgânica, aumentando a produtividade e a qualidade dos frutos. Além do manejo na adubação, a disponibilidade hídrica afeta diretamente a produção, ou seja, limita a produtividade. O presente estudo objetivou avaliar as respostas do quiabo em relação a tolerância à seca quando submetidos a condições de escassez hídrica e adubação, através da análise de parâmetros fisiológicos e biométricos. O estudo foi conduzido em casa de vegetação no Laboratório de solos da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), o delineamento experimental foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2x2x3, sendo duas cultivares de quiabo (V1- Santa Cruz 47 e V2- Valença), duas formas de manejo (com e sem adubação) e três regimes hídricos: irrigado (L1-100%), moderado (L2-50%) e severo (L3-25%) com 4 repetições, sendo a unidade experimental constituída de uma planta por vaso, totalizando 48 vasos. As plantas adubadas e que receberam lâmina de irrigação de 100%, se sobressaíram em relação às demais plantas nos parâmetros de concentração intracelular de CO2 (Ci), eficiência no uso da água (EUA), eficiência intrínseca do uso da água (EIUA). Não houve diferenças estatísticas entre as variedades nas variáveis de eficiência no uso da água (EUA), eficiência intrínseca do uso da água (EIUA), concentração intracelular de CO2 (Ci) e a razão da concentração intercelular pela concentração ambiente de CO2 (Ci/ca). Nos parâmetros biométricos houve diferença entre significativa nos parâmetros de Altura, Diâmetro do caule, número de ramos laterais e diâmetro da copa dentro de cada tratamento e entre as variedades Santa Cruz 47 e Valença o comportamento foi semelhante. A adubação e irrigação influencia de forma significativa o desenvolvimento do quiabeiro, tanto na parte vegetativa como na produção. As plantas que receberam Lâmina de irrigação 100% tiveram maiores valores médios de EUA.

2020
Descrição
  • ALBÉRYCA STEPHANY DE JESUS COSTA RAMOS
  • PULGÕES, COCHONILHAS E INIMIGOS NATURAIS ASSOCIADOS A CULTIVOS DE HORTALIÇAS E PLANTAS ESPONTANEAS NA ILHA DE SÃO LUÍS, MARANHÃO, BRASIL

  • Data: 23/06/2020
  • Mostrar Resumo
  • Os pulgões e cochonilhas são insetos que se alimentam diretamente da seiva das plantas e causam sérios danos com impactos na produção. Devido à importância econômica dessas pragas para hortícolas, esse trabalho foi conduzido com objetivo de inventariar as espécies de pulgões e cochonilhas bem como seus inimigos naturais associados a cultivos de hortaliças e plantas espontâneas, e estudar a flutuação populacional desses artrópodes na Ilha do Maranhão, Brasil. A pesquisa foi realizada em áreas de agricultores familiares, nos municípios de São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa. As coletas foram mensais, e realizadas diretamente sobre as plantas infestadas, sendo 16 hortaliças e seis plantas espontâneas. Registrou-se a ocorrência de nove espécies de cochonilhas, cinco de pulgões e 47 de inimigos naturais; 43 novas interações de inimigos naturais com pulgões e cochonilhas; e dois parasitoides, Aenasius mitchellae e Aenasius flandersi foram registrados pela primeira vez no Brasil. Cinco espécies de pragas foram consideradas predominantes por apresentarem os maiores índices faunísticos: Aphis gossypii, Lipaphis pseudobrassicae, Maconellicoccus hirsutus, Phenacoccus solenopsis e Phenacoccus sp.3; entre os inimigos naturais foram: Aphidius sp., Anagyrus kamali, Allotropa scutellata, Diomus leondaum e Syrphidae. As hortaliças Abelmoschus esculentus e Hibiscus sabdariffa são as mais infestadas por pulgões e cochonilhas nas regiões de estudo. Verificou-se a associação dos inimigos naturais com 10 hortaliças, com destaque para A. esculentus associado a 14 espécies de parasitoides e 13 predadores. Os picos populacionais de afídeos, cocóideos e inimigos naturais ocorreram no período seco, e as menores abundâncias no período chuvoso. Na época seca houve a ocorrência de 72,3 % dos afídeos, 60 % dos cocóideos, 68,9 % dos parasitoides e 51 % dos predadores. Os picos populacionais de A. kamali ocorreram nas épocas de maior incidência de M. hirsutus; assim como, Aphidius sp. com A. gossypii e L. pseudobrassicae; e D. leondaum com A. gossypii, P. solenopsis e Phenacoccus sp.3. Quando analisado as relações entre as variáveis bióticas e abióticas, houve correlação negativa entre afídeos e cocóideos com precipitação pluviométrica e umidade relativa.

  • ALIRYA MAGDA SANTOS DO VALE GOMES
  • DINÂMICA DE Aleurocanthus woglumi ASHBY (HEMIPTERA: ALEYRODIDAE) EM LIMA-ÁCIDA TAHITI SOB DIFERENTES ADUBAÇÕES: RESPOSTAS ECOFISIOLÓGICAS E BIOQUÍMICAS

  • Data: 06/11/2020
  • Mostrar Resumo
  • Aleurocanthus woglumi Asbhy causa alterações no desempenho fisiológico e bioquímico da planta em função dos sintomas e danos causados nas fases de ninfa e adulto. Este trabalho objetivou estudar a dinâmica populacional de Aleurocanthus woglumi em Citrus latifolia submetido a diferentes adubações e as respostas ecofisiológicas e bioquímicas das plantas em condições de campo. O experimento foi instalado em pomar de culturas cítricas no município de Paço do Lumiar - MA. Foram utilizadas 60 plantas de lima-ácida Tahiti selecionadas ao acaso e infestadas por A. woglumi. Os tratamentos foram constituídos por: T1- Testemunha (Solo sem adubação); T2- Adubação orgânica (Esterco bovino); T3- Adubação orgânica (Esterco bovino) + Silicato de potássio (K2O3Si); T4- NPK e T5- NPK + K2O3Si. Foram avaliadas: a incidência e distribuição de ovos e ninfas de mosca negra dos citros aos 30, 60 e 90 dias; os parâmetros ecofisiológicos (teor de clorofila e trocas gasosas) e bioquímicos (teor de proteínas totais, atividade da peroxidase e polifenoloxidase) em período seco e chuvoso em folhas de Citrus latifolia infestadas por A. woglumi. Observou-se reduções no número de ovos e ninfas nos tratamentos com adubação orgânica + K2O3Si e NPK + K2O3Si e maiores incidências no tratamento NPK nos estratos basal, mediano e apical. Os tratamentos com a presença de K2O3Si favoreceram o aumento da produção de fotoassimilados pelas plantas, devido ao incremento da assimilação fotossintética de CO2 e do Índice SPAD e foram menos suscetíveis ao ataque da mosca negra dos citros. Maior conteúdo de proteínas totais foram constatadas em plantas de citros com adubação orgânica + K2O3Si, NPK e NPK + K2O3Si e maior atividade de peroxidase e polifenoloxidase em C. latifolia infestadas por A. woglumi. Citrus latifolia fertilizados com NPK + K2O3Si e Adubação orgânica + K2O3Si são menos suscetíveis à A. woglumi, o que dificultou a oviposição das posturas e desenvolvimento do ciclo biológico da praga aos 30, 60 e 90 dias de avaliação, enquanto que as plantas adubadas com NPK apresentam maior suscetibilidade à A. woglumi. Maior incidência de posturas, ovos e ninfas de 1º instar ocorre no estrato apical e incidências de ninfas de 2º, 3º e 4º instar são favorecidas nos estratos basal e mediano em C. latifolia. Plantas de C. latifolia adubadas com NPK e adubação orgânica apresentam maior suscetibilidade a A. woglumi e provocam alterações fisiológicas quanto ao Índice SPAD, assimilação fotossintética de CO2, condutância estomática, transpiração instantânea e DPVfolha-ar durante o período seco e chuvoso. Plantas de Citrus latifolia adubadas com NPK + K2O3Si e Adubação orgânica + K2O3Si são menos suscetíveis aos estádios de desenvolvimento de A. woglumi e as plantas adubadas com NPK apresentam maior suscetibilidade em período seco e chuvoso. Maior conteúdo de proteínas totais são expressos durante o período seco em plantas com adubação orgânica + K2O3Si, NPK e NPK + K2O3Si. A adição de adubo mineral e orgânico ativa as enzimas de defesa das plantas, aumentando a atividade de peroxidase e polifenoloxidase em C. latifolia infestadas por A. woglumi.

  • ANNE CAROLINE BEZERRA DOS SANTOS
  • RESPOSTA FUNCIONAL E ASPECTOS BIOLÓGICOS DE Ceraeochrysa everes (BANKS) (NEUROPTERA: CHRYSOPIDAE) À Maconellicoccus hirsutus (GREEN) (HEMIPTERA: PSEUDOCOCCIDAE)

  • Data: 16/10/2020
  • Mostrar Resumo
  • A cochoniha-rosada-do-hibisco, Maconellicoccus hirsutus (Green) (Hemiptera: Pseudococcidae), é uma praga introduzida que ameaça a produção de frutas, olerícolas e plantas ornamentais no Brasil. Entre os inimigos naturais, os insetos predadores da família Chrysopidae têm se destacado em Programas de Manejo Integrado de Pragas (MIP), devido seu potencial como agentes biológicos de populações de artrópodes fitófagos. Um dos crisopídeos nativos associados a M. hirsutus é Ceraeochrysa everes (Banks) (Neuroptera: Chrysopidae), que geralmente ocorre em abundância em diversos cultivos onde M. hirsutus se faz presente no Maranhão. O presente estudo investigou em laboratório o potencial de predação de C. everes (3º instar larval) em diferentes estádios de desenvolvimento de M. hirsutus (ovo, 1º e 2º instares ninfais), com bioensaios de resposta funcional. A análise de regressão logística revelou uma resposta funcional tipo II, demonstrando que o número de ovos e ninfas (1º e 2º instares) de M. hirsutus consumidos por larvas de 3º instar de C. everes aumentou gradualmente à medida que a densidade de presas aumentou. Adicionalmente, uma resposta funcional do tipo II também foi evidenciada na proporção de presas consumidas (ovos e ninfas de 1º e 2º instares de M. hirsutus) por larvas de 3º instar de C. everes. Larvas de C. everes apresentaram elevada taxa de ataque sobre o 1º instar ninfal de M. hirsutus em comparação aos demais tipos de presas ofertadas ao predador. Em contraste, não houve diferença nos tempos de manipulação, quando o predador se alimentou de ovos e ninfas (1º e 2º instares) de M. hirsutus. Foram avaliados comparativamente alguns parâmetros biológicos da história de vida de Ceraeochrysa everes (Banks) (Neuroptera: Chrysopidae) sobre influência de dois diferentes regimes alimentares (ninfas de 2º instar de M. hirsutus e ovos de Anagasta kuehniella). A duração das fases larvais de C. everes foi maior quando o predador foi alimentado com ninfas de 2° instar de M. hirsutus em comparação ao tratamento controle. Apesar dos efeitos diferenciados dos tratamentos na biologia de imaturos de C. everes, foi observado uma taxa de sobrevivência de 82,5 e 100% quando ofertados ninfas de 2º instares de M. hirsutus e ovos de A. kuehniella, respectivamente. Conclui-se que C. everes está adaptada a M. hirsutus e, portanto, completou seu ciclo de vida ao consumir essa cochonilha. Ceraeochrysa everes possui potencial para uso em Programas de Controle Biológico de M. hirsutus. Estudos em semi-campo e campo são necessários para uso aplicado de C. everes sobre M. hirsutus

  • DALTON RODRIGUES BARROS BRITO
  • COMPOSIÇÃO DO ÓLEO ESSENCIAL DA LARANJEIRA ‘PERA’ [Citrus sinensis (L.) Osbeck] EM DIFERENTES PORTA-ENXERTOS: BIOATIVIDADE A Aceria guerreronis Keifer (Acari: Eriophyidae) E SELETIVIDADE A INIMIGO NATURAL

  • Data: 16/09/2020
  • Mostrar Resumo
  • Os óleos essenciais (OEs) de citros são bioativos a uma variedade de artrópodes fitófagos. No entanto, a despeito da ampliação de variedades para o aumento da diversidade genética dos pomares, pouco se conhece sobre a influência do porta-enxerto na composição e bioatividade do OE da variedade copa. Assim, o presente trabalho objetivou avaliar a composição e a bioatividade dos OEs extraídos da laranjeira ‘Pera’ [Citrus sinensis (L). (Osbeck], a variedade mais cultivada no polo citrícola da Bahia e de Sergipe, enxertada nos porta-enxertos HTR-051 (híbrido trifoliado), limoeiro ‘Cravo Santa Cruz’ (C. limonia Osbeck), limoeiro Rugoso ‘Vermelho’ (C. jambhiri Lush), citrandarin “Riverside” (C. sunki x P. trifoliata), HTR-208 (híbrido trifoliado), tangeleira ‘Orlando’ (C. paradisi Macf x C. tangerina hort ex. Tanaka), citrandarin ‘San Diego’ (C. sunki x P. trifoliata ‘Swingle’), tangerineira ‘Sunki Tropical’ (Citrus sunki (Hayata) hort ex Tanaka), citrandarin ‘Índio’ (C. sunki x P. trifoliata), limoeiro ‘Cravo’ (Citrus limonia Osbeck). O OE extraído das folhas dos dez porta-enxertos apresentou o mesmo perfil químico, a saber: sabineno (30,47-34,17%) componente majoritário, seguido do δ-3-careno (7,78-12,4%) e (E)-β-ocimeno (8,04-10,46%). Como não houve diferença significativa entre os compostos químicos e por ser o mais cultivado no pólo citrícola Bahia-Sergipe, o OE da combinação laranjeira ‘Pera’ x limoeiro ‘Cravo’ foi selecionado para avaliar a toxicidade letal a praga-chave do coqueiro, o ácaro-da-necrose Aceria guerreronis Keifer (Acari: Eriophyidae). Ademais, foi avaliada a compatibilidade deste OE com ácaro predador Typhlodromus ornatus Denmark & Muma (Acari: Phytoseiidae). Foram determinadas as CL50 (4,28 mg/mL) e CL80 (10,39 mg/mL) para A. guerreronis, porém estas mesmas CLs não causaram mortalidade em T. ornatus. A CL80 do OE não repeliu A. guerreronis e a toxicidade temporal na mesma CL ocorreu somente nas primeiras horas de exposição (<3h). A CL80 do OE, estimada para A. guerreronis, não afetou a taxa de crescimento do predador. Dessa forma, conclui-se que o OE obtido das folhas de laranjeira ‘Pera’ apresenta bioatividade ao ácaro-da-necrose A. guerreronis e que é compatível com o ácaro predador T. ornatus.

  • ELIVALDO CARLOS MOREIRA DE OLIVEIRA
  • ETNOBOTÂNICA EM AGROVILAS QUILOMBOLAS DE ALCÂNTARA, AMAZÔNIA ORIENTAL, BRASIL: UMA PERSPECTIVA SOCIOAMBIENTAL QUALI-QUANTITATIVA

  • Data: 30/09/2020
  • Mostrar Resumo
  • A Etnobotânica tem se destacado entre as pesquisas científicas devido às diversas abordagens sobre usos das plantas pelas comunidades tradicionais. Entre essas comunidades estão os quilombolas, um grupo étnico-racial que desenvolveu grande conhecimento da flora brasileira desde o Período Colonial. Em Alcântara existem 157 comunidades descendentes de escravos que foram abandonados pelos senhores das fazendas de cana-de-açúcar e algodão no início do século XIX, onde se estabeleceram diversas comunidades quilombolas com características peculiares e utilizando de forma comunal os recursos desse vasto território étnico. Essas comunidades permaneceram no anonimato até a chegada do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no início dos anos 80, quando iniciou o processo de desapropriação e assentamento compulsório de 312 famílias em apenas sete pequenos povoados distantes do litoral, denominados pelo CLA de “agrovilas”. Este trabalho teve como objetivo caracterizar o conhecimento etnobotâncio de espécies florestais nativas espontâneas e das espécies cultivadas em roças, quintas e jardins nas sete agrovilas quilombolas de Alcântara e a relação desse conhecimento com o assentamento compulsório. A hipótese é que esse processo, ao longo de três décadas, provocou efeitos negativos no conhecimento tradicional de plantas do território quilombola. Foram entrevistados individualmente 73 moradores adultos e idosos nas sete agrovilas, aos quais foi aplicada a técnica de lista livre e selecionados através do método snowball. Foram utilizados dados fitossociológicos de estudo pretérito de 12 parcelas de 1.000 m2 (20 x 50 m) alocadas em ambientes de baixa degradação e média degradação nas microbacias dos rios Pepital e Grande. Os dados etnobotânicos foram analisados através de estatística univariada (teste de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney) e pelos Indices de Saliência de Smith e Valor de Uso. Foram realizadas correlações entre os parâmetros fitossociológicos e os Valores de Uso das espécies através da correlação  de Spearman. Os resultados demonstram que os fatores demográficos, ambientais e as crenças estão intimamente relacionados ao saber local das plantas; que devido ao desaparecimento e redução de espécies florestais nativas, as frutíferas exóticas cultivadas nos quintais desempenham um importante papel na segurança alimentar das famílias; que a degradação florestal, apesar de estar intimamente relacionada à perda de espécies nativas espontâneas, é consequência do processo do assentamento compulsório ocorrido nos anos 80. Dessa forma, os futuros assentamentos das demais comunidades quilombolas para ampliar o CLA são incompatíveis com a reprodução física, socioeconômica e cultural dessas comunidades.

  • FRANCISNEIDE DE SOUSA LOURENCO
  • EFICIÊNCIA DO USO DO NITROGÊNIO E DA ÁGUA NO MILHO (Zea mays L.) CULTIVADO COM FABÁCEAS EM SISTEMAS AGROFLORESTAIS

  • Data: 23/12/2020
  • Mostrar Resumo
  • Práticas agrícolas baseadas no uso de pacotes tecnológicos para monocultivo do milho (Zea mays L.) contribuem com a poluição ambiental, aquecimento global e mudanças climáticas. Para reduzir impactos negativos da produção agrícola intensiva no ambiente, o uso de consórcio de milho com fabáceas herbáceas em sistemas agroflorestais (SAF) pode ser uma alternativa viável para os agricultores. A prática de consórcio milho-fabáceas é comumente adotada pelos agricultores tradicionais, mas não existem estudos sobre tais resultados em SAFs na região da Amazônia maranhense. O consórcio milho/fabáceas/SAF pode melhorar ou manter o potencial produtivo, a eficiência do uso da água e do nitrogênio no milho com menores riscos de perdas em relação ao monocultivo. O presente trabalho avaliou o efeito das plantas fabáceas herbáceas no desempenho produtivo, na eficiência de utilização do nitrogênio (EUtN) e na eficiência do uso da água (EUA) na cultura do milho cultivado em /milho em SAF. Os tratamentos de dois experimentos foram combinados em esquema fatorial 4 x 2, no delineamento em blocos casualizados, com três repetições. Em 2017, os tratamentos foram constituídos da combinação de quatro sistemas de cultivos (milho sem N aplicado em cobertura, milho com N aplicado em cobertura, milho cultivado com feijão-de-porco e milho cultivado com soja-perene) e dois ambientes (dentro e fora do SAF). Em 2018, os tratamentos milho cultivado com feijão-de-porco e milho cultivado com soja-perene foram substituídos por milho cultivado com crotalária e milho cultivado com mucuna-cinza. Na antese e fase de grão leitoso foram avaliadas: trocas gasosas, relação Ci/Ca, eficiência do uso do N e da água, bem como a produtividade de grãos. Em 2017 e no ambiente dentro do SAF, a média da produtividade no tratamento milho com N aplicado em cobertura foi 60% maior que a média da produtividade no tratamento milho sem N aplicado em cobertura. As plantas de milho cultivadas dentro do sistema agroflorestal apresentaram 23% mais eficiência intrínseca do uso da água e 24% mais eficiência instantânea do uso da água em relação as plantas de milho cultivadas no ambiente fora do sistema agroflorestal. A média da EUtN no tratamento milho cultivado com soja-perene foi 26% maior que a média da EUtN no tratamento milho com N em cobertura. Na fase de grão leitoso de 2018, a média da EUA no tratamento milho cultivado com crotalária foi 42% maior que a média da EUA no controle, no ambiente dentro do SAF. Fora do SAF, a média da EUA nos sistemas de cultivo milho com crotalária, milho com mucuna e controle foi 32% maior que a média da EUA no milho com N em cobertura. Os resultados indicam que as plantas fabáceas herbáceas plantas nas entrelinhas do milho aumentam a eficiência do uso da água, do N e não prejudica a produtividade da cultura do milho quando cultivado dentro dos SAF’s e é uma prática viável para garantir a sustentabilidade ao agroecossistema na região subtropical.

  • GISELLE SANTOS DE FREITAS
  • CONTROLE DE Raoiella indica (ACARI: TENUIPALPIDAE) COM FUNGO ENTOMOPATOGÊNICO E PREDADORES

  • Data: 17/12/2020
  • Mostrar Resumo
  • O ácaro-vermelho-das-palmeiras, Raoiella indica Hirst (Acari: Tenuipalpidade), é uma importante praga do coqueiro (Cocos nucifera) cuja principal forma de controle é o uso de agrotóxicos. No entanto, há uma busca por estratégias de controle ecologicamente corretas dessa praga, dentre as quais o controle biológico. Dessa forma, objetivou-se avaliar a patogenicidade do fungo Beauveria bassiana à R. indica, e sua compatibilidade com os ácaros predadores Amblyseius largoensis e Typhlodromus ornatus, bem como, buscar fontes alimentares alternativas viáveis a criação massal desses fitoseídeos, e ainda ampliar o rol de potenciais agentes de controle biológico nativos desta praga. Os resultados indicam que a cepa Bb 032 de B. bassiana foi a mais tóxica para R. indica além de apresentar considerável seletividade aos ácaros predadores A. largoensis e T. ornatus. As dietas à base de polén de mamona (Ricinus communis L.), taboa (Typha domingensis Pers.) e sua mistura provaram ser as melhores fontes alimentares com base na oviposição dos ácaros predadores. A sobrevivência de A. largoensis não foi influenciada pelas três dietas. Porém, para T. ornatus, a sobrevivência foi menor quando alimentado com pólen de mamona e maior na dieta com mamona + taboa. Nas três dietas, a taxa máxima de oviposição dos dois fitoseídeos ocorreu no início da idade adulta, seguida por uma lenta queda. A tabela de vida de fertilidade  indica que o pólen da mamona e a mistura mamona + taboa foram os melhores para o crescimento populacional e reprodução de ambos ácaros . O crisopídeo nativo Ceraeochrysa everes (Banks) é relatado pela primeira vez associado à R.indica em cultivos de coqueiro no Brasil, e o mesmo apresenta potencial como agente de controle biológico de R. indica com base em sua taxa de predação. Em conclusão, o fungo B. bassiana é eficaz no controle de R. indica e em sua CL50 seletivo aos ácaros A. largoensis e T. ornatus. Ambas espécies de ácaros predadores podem ser criadas massalmente em laboratório com dietas à base de mamona e mamona + taboa. Adicionalmente, o crisopídeo C. everes apresenta potencial no controle biológico de R. indica.

     

  • JÉSSICA DE FREITAS NUNES PIRES
  • CONTRIBUIÇÃO DA COBERTURA MORTA EM CURTO E LONGO PRAZO

    PARA MELHORIA DO SOLO, ABSORÇÃO DE NITROGÊNIO E PRODUTIVIDADE DO MILHO

  • Data: 21/08/2020
  • Mostrar Resumo
  • A dinâmica e as respostas de longo prazo aos processos de manejo de cobertura morta em agroecossistemas tropicais permanecem pouco compreendidas. Este estudo tem como objetivo avaliar os efeitos de curto e longo prazo da cobertura morta no acúmulo de MOS, retenção de SBC e melhoria física de um solo tropical coeso enriquecido com cálcio. Também avaliamos a contribuição da cobertura morta e do N sintético (Ns) para a absorção de N e produtividade de grãos do milho. Este experimento foi conduzido usando um delineamento de blocos ao acaso com os seguintes tratamentos: cobertura morta de longo prazo (LTM), cobertura vegetal de longo prazo mais nitrogênio (LTM + N), cobertura vegetal de curto prazo (STM), cobertura vegetal de curto prazo mais nitrogênio (STM + N), mulching de longo prazo mais cobertura de curto prazo (LTM + STM), cobertura de longo prazo mais cobertura de curto prazo mais nitrogênio (LTM + STM + N), plantio com nitrogênio (N) e um controle. Palha composta por biomassa seca (ramos e folhas) de Gliricidia sepium aplicada na proporção de 12 Mg ha-1 em solo enriquecido com cálcio. A interação entre Ns e cálcio (Ca) foi mais intensa em áreas LTM, resultando em maior teor de carbono, cátions base, melhor enraizamento do solo e maior absorção de nitrogênio. O STM manteve a umidade do solo, diminuindo a resistência à penetração e, quando combinado com o LTM, fornecendo nitrogênio biológico suficiente para substituir o Ns. Os efeitos do STM e do LTM isoladamente foram cumulativos, com absorção de N 54% maior, N acumulado 163% maior e rendimento de grãos de milho 125% maior (4,77 a 10,78 Mg ha-1). O uso contínuo de cobertura morta, portanto, traz benefícios tanto para a sustentabilidade quanto para a viabilidade dos agroecossistemas tropicais, prevenindo a degradação do solo e evitando o desmatamento.

  • KAREN ALESSANDRA SOUSA CASTRO
  • Efeitos da densidade de plantas no desempenho do feijão-mungo-verde e nos teores de zinco e ferro dos grãos

  • Data: 12/02/2020
  • Mostrar Resumo
  • As leguminosas, mais especificamente os feijões, podem ser alternativas para os agricultores familiares do Maranhão, como a cultura do feijão-mungo-verde (Vigna radiata L.). Nesse estado, os agricultores familiares nunca cultivaram essa cultura. Logo, para a introdução dessa nova espécie de leguminosa no Maranhão é necessário obter informações agronômicas básicas, como arranjo e população de plantas no campo para maximizar a produtividade e o incremento de ferro (Fe) e zinco (Zn) nos grãos, nutrientes geralmente deficiente em nossa alimetnação. Nossa hipótese é que densidade de plantas adequada maximiza a produtividade e aumenta os teores de Fe e Zn nos grãos do feijão-mungo-verde. Nosso objetivo foi determinar os efeitos da densidade de plantas de feijão-mungo-verde no desempenho do feijão-mungo-verde e no incremento dos teores de Fe e Zn nos grãos. Foram conduzidos dois experimentos em campo, um em 2018 e outro em 2019. Os tratamentos foram arranjados no esquema fatorial [(4 x 2) + 1]: densidades de plantio (8, 12, 16 ou 20 plantas/m), espaçamentos entre fileiras (30 ou 45 cm) e tratamento adicional (45 cm entre fileiras, 12 plantas/m + Zn aplicado no sulco de plantio e na folhagem). Nesse tratamento adicional, aos 30 dias após o plantio, foi aplicado, 8 kg ha-1 de Zn no primeiro experimento e 4 kg ha-1 de Zn no segundo. Foi usado o delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições. Foi utilizado a cultivar Camaleão. Com 30 cm entre fileiras, a densidade de 8 plantas/m aumentou a produtividade em 35%-87%, em relação à densidade de 20 plantas/m. Com 45 cm entre fileiras, a densidade de 20 plantas/m aumentou a produtividade em 77%, em relação à densidade de 8 plantas/m. Com 30 cm entre fileiras, a densidade de 8 plantas/m aumentou o teor de Zn no grão em 8% e o teor de Fe no grão em 39%, em relação à densidade de 20 plantas/m. Com 45 cm entre fileiras, a densidade de 20 plantas/m aumentou o teor de Zn no grão em 12,6% e o teor de Fe no grão em 17%, em relação à densidade de 8 plantas/m. Nossos resultados sugerem que o espacamento de 30 cm entre fileiras, com as densidades de 8-12 plantas/m; ou o espacamento de 45 cm entre fileiras, com as densidades de 16-20 plantas/m aumentam a produtividade e o teor de Fe e Zn no grão do feijão-mungo-verde.

  • LARISSA DE PAULA VIANA DA SILVA
  • CARACTERIZAÇÃO E MANEJO DE BACURI (Platonia insignis Mart.) EM VEGETAÇÃO SECUNDÁRIA NO BIOMA AMAZÔNIA MARANHENSE

  • Data: 16/05/2020
  • Mostrar Resumo
  • O objetivo do trabalho foi compreender a dinâmica de regeneração natural em fragmentos de vegetação secundária com ocorrência de bacurizeiro sob diferentes tempos de pousio e manejar áreas de brotações naturais da espécie visando a transformação em pomares produtivos na Amazônia Maranhense. Para compreender a dinâmica de regeneração natural dos fragmentos foram selecionadas quatro capoeiras com tempo de pousio de 6, 10, 25 e 100 anos nos municípios de Presidente Juscelino, Rosário e Morros. A composição e estrutura da vegetação foram determinadas pelo método de parcela e os parâmetros fitossociológicos avaliados foram número de indivíduos e espécies, diâmetro ao nível do solo e à atura do peito, altura total, Densidade, Frequência e Dominância Relativas, Valor de Importância e Cobertura e os Índices de Diversidade de Shannon, Equabilidade de Pielou e Similaridade de Jaccard. O manejo das brotações naturais de bacurizeiro foi realizado na comunidade São Raimundo em Presidente Juscelino- MA. O experimento foi conduzido em Delineamento Inteiramente Casualizado com três tratamentos e 10 repetições. Os tratamentos constituíram-se de ajuste de densidade com espaçamento aproximado a 7m x 9m aliado à poda apical; ajuste de densidade com espaçamento aproximado a 7m x 9m e tratamento controle. Para o processamento dos dados dos parâmetros fitossociológicos utilizou-se o programa FITOPAC 2.1.2 e para verificar a semelhança entre as áreas utilizou-se o software PAST® 3.11.Os dados obtidos em campo para número de indivíduos e espécies, densidade total, altura total e diâmetros ao nível do solo e à altura do peito foram submetidos a análise de variância, teste de Tukey a 5% e à análise dos componentes principais. Os dados obtidos em resposta ao manejo das brotações também foram submetidos à análise de variância e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5 % de probabilidade. De modo geral houve baixa diversidade de espécies, variando de 0,65 nats.ind-1 a 2,46 nats.ind1 , bem como baixa semelhança florística entre as áreas, com índices inferiores a 0,5. Para o estrato regenerante da vegetação, apenas os parâmetros número de indivíduos e densidade total diferiram entre si. Foram obtidos 32.500, 16.500, 32.000 e 14.000 ind.ha -1 para os fragmentos com 6, 10, 25 e 100 anos de pousio, respectivamente. Já para o estrato adulto, houve diferença entre todos os parâmetros avaliados e corroborando com a análise de componentes principais, aos 100 anos obteve-se menor média para número de indivíduos (7), e maiores médias de altura (22,1 m) e diâmetro (36,45 cm). O ajuste de densidade com e sem poda apical promoveram maiores médias de diâmetro ao nível do solo (6,34 cm e 6,05) e menores médias de altura (2,89 m e 4,45 m), em comparação ao tratamento controle. O ajuste de densidade aliado a poda apical promoveu maior simetria e comprimento dos dois ramos basais, com médias de 0,9 m e 1 m e maior angulação dos ramos para as quatro posições avaliadas, com médias de 81,88º; 76,4º; 74,76º e 67,84º. A espécie P. insignis alcançou posição de destaque para todos os parâmetros fitossociológicos avaliados em todos os fragmentos amostrados, exceto aos 10 e 100 anos de pousio, para o estrato regenerante da vegetação. O maior Valor de Importância e Cobertura da espécie foram 59% e 63,68% respectivamente. O tempo de pousio associado ao manejo de corte seletivo de espécies nos fragmentos secundários sob Amazônia Maranhense, influenciou a composição e estrutura da vegetação para ambos os estratos amostrados. O manejo de ajuste de densidade aliado a poda apical promoveu melhor desenvolvimento vegetativo e arquitetura das brotações de bacurizeiro oportunizando a formação de pomares produtivos em médio prazo, além da conservação de fragmentos secundários na Amazônia Maranhense.

  • LESBIA NEYLESS RODRIGUEZ GODOY
  • IMPACTO DO DESMATAMENTO E DA DEGRADAÇÃO FLORESTAL SOBRE A COMUNIDADE DE FUNGOS MICORRÍZICOS ARBUSCULARES NA AMAZÔNIA MARANHENSE

  • Data: 22/10/2020
  • Mostrar Resumo
  • A floresta amazônica maranhense é a mais ameaçada do bioma, devido principalmente ao aumento do desmatamento e da degradação florestal. As comunidades de fungos micorrízicos arbusculares (FMA), têm sido pouco estudadas nessas áreas, tornando-se necessário fazer levantamentos da diversidade das espécies presentes. O objetivo deste trabalho foi caracterizar a comunidade de FMA obtidos em diferentes paisagens, topografias e usos do solo dentro dos remanescentes florestais amazônicos maranhenses. Dois tipos de paisagens foram considerados: conservado e degradado; com condições topográficas de topos e baixos e considerando quatro tipos de uso do solo: floresta nativa conservada ou fragmento florestal conservado, floresta com extração seletiva de madeira, floresta secundária e pastagem. Amostras de solo foram coletadas por parcela em duplicata nos vértices de um triangulo de 20x20 m. Foram quantificados os teores de glomalina facilmente extraível e total, a densidade e a riqueza de glomerosporos, assim como alguns parâmetros indicadores do estado da estrutura comunitária. Nossos resultados indicam que no conteúdo de glomalina facilmente extraível só houve interação significativa (p>0.05) para os fatores paisagem e uso do solo, sendo que as áreas da paisagem conservada apresentam maiores valores, mas sem diferença significativa entre os diferentes usos do solo, enquanto dentro da paisagem degradada os maiores valores foram observados nas áreas de floresta e pastagem. A glomalina total só tive resposta significativa (p>0.05) ao fator uso do solo com o maior valor reportado para a pastagem. A densidade de glomerosporos apresentou interação significativa (p>0.05) para os três fatores considerados, assim, as áreas na paisagem conservada apresentaram os maiores valores de abundancia; enquanto o fator topografia só apresentou diferença significativa nas áreas da floresta secundaria; e o fator uso do solo tive os maiores valores nas áreas de pastagens. Foram identificadas 48 espécies de FMA pertencentes a nove famílias, com Acaulosporaceae e Glomeraceae como dominantes. 13 espécies foram catalogadas como indicadoras, sendo que 7 pertencem à paisagem conservada e 5 à paisagem degradada. Os índices de diversidade, dominância e riqueza de espécies responderam as mudanças da paisagem e tipo de uso do solo (p<0.05), enquanto que o fator topográfico não teve influência nesta propriedade da comunidade. As florestas secundarias apresentarão a maior diversidade e variabilidade na composição da estrutura comunitária. O RDA sugere que a variabilidade total dos dados da comunidade de FMA é explicada principalmente pelas vaiáveis Mg, P, K e a elevação (19%, p<0.05). Conclui-se que na região estudada a matriz da paisagem e mudanças no uso do solo podem atuar em diferentes escalas criando condições que regulam a estrutura comunitária dos FMA e poderiam definir a dominância de certas especies na Amazônia maranhense.

  • LETÍCIA MOURA RAMOS
  • CARACTERIZAÇÃO ECOFISIOLÓGICA DO ABACAXI ‘TURIAÇU’ CULTIVADO EM REGIÕES DISTINTAS DO ESTADO DO MARANHÃO

  • Data: 07/05/2020
  • Mostrar Resumo
  • O abacaxi é um fruto tropical bastante demandado no mercado de frutas. O cultivar ‘Turiaçu’ é originário do município de Turiaçu-MA e se destaca no mercado consumidor maranhense pela excelente qualidade química e biométrica dos frutos. Esse cultivar apresenta uma peculiaridade em relação à sua produção e características organolépticas. especula-se que as características de frutos grandes, doces e menos ácidos, tão admiradas pelos consumidores regionais, estão presentes no fruto apenas quando cultivado em seu local de origem. O objetivo geral do trabalho foi comparar e avaliar as características ecofisiológicas e organolépticas do abacaxi ‘Turiaçu’ cultivados nos municípios maranhenses de Turiaçu e São Luís sob adubação mineral e orgânica. O estudo foi conduzido nos municípios de TuriaçuMA e São Luís-MA, sob adubação mineral e orgânica. Avaliou-se estimativa do teor de clorofila; eficiência fotoquímica; trocas gasosas; produtividade; número e massa seca de folhas; diâmetro, comprimento e massa seca do caule; largura, comprimento, massa fresca e seca da folha ‘D’, número de mudas filhotes, altura das plantas e qualidade dos frutos. Verificou-se que os abacaxizeiros cultivados em Turiaçu, independente da adubação, apresentaram plantas maiores, maior fotossíntese, trocas gasosas (no estádio vegetativo e reprodutivo e na época seca e chuvosa), qualidade dos frutos e número de mudas em relação aos cultivados em São Luís. Essas plantas foram maiores em até 20,5%, proporcionaram maiores produtividade (até 320,5%), maiores frutos (até 69,7%), com maior rendimento de polpa (até 23,7%), mais doces (até 93,5%) e menos ácidos (até 39,8%) do que os cultivados em São Luís. As condições climáticas mais favoráveis no município de Turiaçu foram determinantes no desenvolvimento, na fotossíntese, nas trocas gasosas das plantas, produtividade e qualidade dos frutos. A adubação orgânica utilizada não se mostrou adequada à cultura do abacaxi ‘Turiaçu’, independente do local de cultivo, de forma que intensificou o estresse das plantas. Essas apresentaram-se menores, menor fotossíntese e trocas gasosas (nos dois estádios de desenvolvimento e nas duas épocas), número de mudas e qualidade dos frutos em relação aos cultivados em adubação mineral. Essas plantas foram menores (até 20,5%), menos produtivas (até 76,2%), apresentaram frutos pequenos (até 41,1%), pouco doces (até 48,3%) e mais ácidos (até 66,2%) em relação às cultivadas em adubação mineral. Nesse sentido, o estudo aponta que as condições climáticas mais favoráveis do município de Turiaçu, principalmente a maior disponibilidade de água foram determinantes para o sucesso do cultivar

  • LINCON MATHEUS ARAÚJO SILVA
  • Efeitos da densidade de plantas no teor e conteúdo de nutrientes em plantas de feijão-mungo-verde

  • Data: 12/02/2020
  • Mostrar Resumo
  • O manejo da densidade de plantas é uma prática adequada que pode tanto incrementar o conteúdo de nutrientes quanto aumentar a produção de biomassa seca pela cultura, principalmente para o feijão-mungo-verde que é de fácil adaptação e pouco cultivada por agricultores do Maranhão. Nossa hipótese é que a densidade de plantas de feijão-mungo-verde aumenta o teor e o conteúdo de nutrientes, bem como a massa da planta seca. Nesse sentido, objetivou-se avaliar os efeitos da densidade de plantas de feijão-mungo-verde no teor e conteúdo de nutrientes da parte aérea e na produção de biomassa seca pela cultura. O experimento foi conduzido em campo, no ano de 2018. Os tratamentos foram arranjados no esquema fatorial 4 x 2 + 1: quatro densidades de plantio (8, 12, 16 ou 20 plantas/m) e dois espaçamentos entre fileiras (30 ou 45 cm), e um tratamento adicional (45 cm entre fileiras e 12 plantas/m + Zn). Ainda, nesse experimento o tratamento adicional recebeu 5 kg ha-1 de Zn no sulco de plantio, e aos 30 dias após o plantio foi aplicado 8 kg ha-1 de Zn. Foi usado o delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições. Na maturação foram feitas as seguintes determinações: massa da parte aérea seca, teor e conteúdo de nutrientes na parte aérea das plantas. A densidade de 20 plantas/m aumentou em 48,8% o teor de Zn em relação à densidade de 8 plantas/m. No espaçamento de 30 cm entre fileiras, a densidade de 16 plantas/m aumentou o conteúdo de Zn em 31,5%, em relação à densidade de 20 plantas/m. No espaçamento de 45 cm entre fileiras, a densidade de plantas/m não influenciou o conteúdo de Zn. No espaçamento de 30 cm entre fileiras, a densidade de 8 plantas/m aumentou em 67% a massa da parte aérea seca em relação à densidade de 20 plantas/m. No espaçamento de 45 cm entre fileiras, as densidades de plantas não influenciaram a massa da parte aérea seca das plantas de feijão-mungo-verde. Os teores e conteúdos de nutrientes seguiram a ordem decrescente: N >K >Ca >Mg >S >P e Mn >Fe >Zn >B >Cu > Ni >Mo > Se >Co.

  • LORENA SILVA CAMPOS
  • RESPOSTAS ECOFISIOLÓGICAS EM MILHO CULTIVADO COM GESSO E BIOMASSA DE LEGUMINOSA EM UM AGROSSISTEMA TROPICAL

  • Data: 14/08/2020
  • Mostrar Resumo
  • Os modelos climáticos consistentemente projetam aumentos na variabilidade da temperatura nos países tropicais nas próximas décadas, com a Amazônia como um ponto de preocupação. Os limites para os quais os sistemas agrícolas podem se adaptar ao aquecimento global dependem, em parte, das melhorias das propriedades físicas do solo que favoreçam o aumento da absorção de água e nutrientes. Utilizamos gesso e biomassa de leguminosa para melhorar a zona radicular do solo e nossa hipótese é que tais alterações podem melhorar as condições físicas do solo tropical propenso à coesão e aumentar as respostas ecofisiológicas no milho. O estudo teve quatro repetições dos seguintes tratamentos: controle (C), gesso (G), nitrogênio (N), biomassa de leguminosa (L), nitrogênio + gesso (NG), biomassa de leguminosa + gesso (LG) e biomassa de leguminosa + nitrogênio + gesso (LNG). Os tratamentos foram submetidas ao regime sequeiro em 2018 e irrigação em regime de restrição hídrica em 2019. Os resultados das melhorias nos atributos do solo tiveram efeitos positivos nas respostas ecofisiológicas do milho, com uma redução no estresse das plantas principalmente no índice de performance (PIabs) que mostrou ser um índice sensível às adições de gesso e nitrogênio. Essas mudanças foram capazes de produzir diferenças na absorção de N, produção de biomassa e rendimento de grãos de milho, mesmo em regime de restrição de água. Sob regime de restrição de água, o rendimento de grãos de milho no tratamento LNG foi 41% maior do que no tratamento N e 151% maior do que no tratamento C. Além disso, a adição de nitrogênio diminuiu consideravelmente o estresse das plantas, com efeitos positivos nas respostas fisiológicas e no aumento da produção de biomassa. Esses resultados destacam o papel do nitrogênio em conjunto com a biomassa de leguminosa e o gesso na melhoria do solo, especialmente no contexto da adaptação às mudanças climáticas.

     

  • MONICA SHIRLEY BRASIL DOS SANTOS E SILVA
  • MANEJO ECOLÓGICO DE FITOPATÓGENOS EM SEMENTES DE QUIABO

  • Data: 23/10/2020
  • Mostrar Resumo
  • A cultura do quiabo está sujeita a várias doenças e as ementes constituemse em importantes e eficientes veículos de disseminação de patógenos, fazendo-se necessário o tratamento dessas sementes. Portanto, este trabalho objetivou avaliar a qualidade sanitária e fisiológica das sementes de quiabo, quantificar a transmissão do patógeno associado à semente e à plântula, bem como avaliar a eficiência dos métodos que promovam a redução de fitopatógenos associados a estas sementes, como o uso de extratos vegetais, controle biológico e termoterapia. Na avaliação fisiológica as sementes foram submetidas aos testes de germinação e vigor e teor de água. Na sanidade de sementes, as amostras foram desinfectadas, plaqueadas e avaliadas após sete dias. Para a taxa de transmissão foram preparadas 12 bandejas com 100 sementes cada, de modo a proceder-se as avaliações aos 7, 14, 21 d.a.s., onde foram coletadas 100 plântulas. Os tecidos vegetais foram plaqueados e avaliados após sete dias. No tratamento térmico, as sementes foram submetidas a banho-maria, com diferentes combinações de tempo e temperatura: 67° C/25 min, 67° C/ 30 min, 70° C/ 25 min, 70° C/ 30 min, 73° C/25 min e 73° C/ 30 min. Logo após os tratamentos, as sementes foram plaqueadas e incubadas em BOD. A avaliação procedeu-se após sete dias. Foram preparados extratos aquosos (eucalipto, canela, manjericão e nim) na concentração de 5 %, onde as sementes foram imersas por 10 min. No crescimento micelial do fitopatógeno, os extratos foram incorporados ao meio de cultura BDA, em seguida, foi adicionado o patógeno Fusarium oxysporum f. sp. vasinfectum e avaliadas no sétimo dia, incluindo a contagem de esporo. Em casa de vegetação, as sementes foram imersas nos extratos, semeadas e aos 15 dias de idade, foram pulverizadas com extratos, aos 21 dias foram inoculadas com o patógeno e no sétimo dia avaliadas quanto a severidade da doença. No controle biológico foram utilizados cinco isolados de Bacillus: 271 (B. methylotrophicus), 274 (B. amyloliquefaciens), 272 (B. methylotrophicus), 275 (B. thuringiensis) e 273 (B. methylotrophicus), com os quais foram preparados suspensões em que as sementes foram microbiolizadas, em seguida foram plaqueadas e incubadas em BOD. Após sete dias, as sementes foram avaliadas. Em casa de vegetação, as sementes das duas cultivares foram microbiolizadas e semeadas, aos 18 dias, as mudas receberam tratamento através da pulverização com suspensão de Bacillus spp., aos 21 dias foi inoculado o patógeno e, sete dias depois, avaliadas. De acordo com os resultados obtidos, as sementes das cv. Valença e Santa Cruz 47 diferiram, quanto ao vigor e IVG. Houve maior incidência de F. oxysporum, para cv. Valença, e Curvularia sp., para cv. Santa Cruz 47. Na quantificação da transmissão foram detectados, nas duas cultivares, os fungos R. stolonifer, Curvularia sp, A. flavus, A. fumigatus, A. niger e Alternaria sp. Quanto ao tratamento térmico, os melhores resultados foram 70º C/ 25 min e o 70º C/ 30 min, para a cv. Valença e 67º C/30 min. e o 73º C/30 min, para a cv. Santa Cruz 47. No tratamento das sementes com os extratos, o manjericão possibilitou a menor incidência de patógenos, na cv. Valença, e canela e nim, na cv. Santa Cruz 47. No crescimento micelial do fitopatógeno, o tratamento nim, apresentou melhor percentual de inibição, com média de esporulação de 0,17. Em casa de vegetação, o extrato de nim, apresentou maior controle sobre a incidência da doença nas mudas da cv. Valença e nas mudas da cv. Santa Cruz 47, destacou-se o manjericão. Na microbiolização, o tratamento 275 (Bacillus thuringiensis) possibilitou menor incidência de patógenos na cv. Valença, já na cv. Santa Cruz 47 foi o 274 (B. amyloliquefaciens). Na redução da severidade da doença, nas mudas pulverizadas com Bacillus spp., da cv. Valença, 271 e 272 (B. methylotrophicus) obtiveram melhores resultados, já na cv. Santa Cruz 47, foi o 272 (B. methylotrophicus). Nas mudas não pulverizadas, na cv. Valença, o tratamento que obteve melhor resultado foi o 272 (B. methylotrophicus), já na cv. Santa Cruz 47, foram 273 e 272 (B. methylotrophicus). Assim, pode-se inferir que, os tratamentos pesquisados apresentaram potencial na redução de patógenos em sementes de quiabeiro, porém o efeito dos tratamentos é diferenciado de acordo com o patógeno.

  • PEDRO IVO MENEZES BITU
  • EFEITO DA FIXAÇÃO BIOLÓGICA DO NITROGÊNIO ATRAVÉS DE Pseudomonas aeruginosa NA PROMOÇÃO DE CRESCIMENTO, SANIDADE E PRODUÇÃO DE ARROZ DE TERRAS ALTAS NO ESTADO DO MARANHÃO

  • Data: 25/05/2020
  • Mostrar Resumo
  • O objetivo da pesquisa foi avaliar a capacidade da espécie Pseudomonas aeruginosa, na fixação do nitrogênio atmosférico, promoção de crescimento, sanidade e produção de arroz, sob sistema de cultivo terras altas, no Maranhão, Brasil. Inicialmente, foram realizadas coletas uniformes de plantas de arroz de terras altas, nos municípios maranhenses: São Mateus, Igarapé do Meio, Bacabal, Belágua, Viana, Itapecuru, São Bento, Presidente Juscelino, São Benedito do Rio Preto, Urbano Santos, Matinha, Arari e Governador Newton Bello. Em seguida, foi realizado o isolamento bacteriano da folha e raiz do arroz, para posterior identificação dos isolados. A atividade da enzima nitrogenase e a produção de ácido indol acético dos isolados, foram avaliadas respectivamente pelo método de redução do acetileno e pelo método colorimétrico. Para os experimentos de campo, foram considerados apenas os dois isolados de maior atividade da nitrogenase. Foram instalados dois experimentos em dois anos consecutivos, ambos em blocos ao acaso, com sete tratamentos e quatro repetições em Santa Rita-Ma (2018), e oito tratamentos e quatro repetições em Pirapemas-MA (2019). Os tratamentos constituíram-se da microbiolização de sementes de arroz cultivar primavera, com duas cepas de Pseudomonas aeruginosa, com e sem associação a pulverização da solução bacteriana e adubação NPK. Em ambos os experimentos, os tratamentos controle foram designados como testemunha absoluta (sem microbiolização e adubo) e adubada. Foram obtidos 42 isolados bacterianos de arroz, todos identificados como Pseudomonas aeruginosa. Os isolados identificados como P. aeruginosa apresentaram proximidade filogenética com as espécies Comamonas sediminis, Stenotrophomonas tumulicula, S. maltophhilia, Pseudomonas hibscicola, Raoultella ornithinolytica, Celvibrio japonicus e Escherichia coli. Comprovamos a atividade da enzima nitrogenase em P. aeruginosa, com máxima de 26, 66 nmolC2H4/h. Todas os isolados capazes de reduzir acetileno, produziram ácido indol acético, com variações de 18 a 18,23 µg.L-1 . Constatou-se efeito significativo da bactéria sobre a germinação (%) e altura inicial das plantas (cm), massa de 1000 grãos (g), percentual de grãos inteiros, matéria seca da planta (g), número de panículas, altura total no final do ciclo (m), teor de nitrogênio na parte aérea e grãos de arroz, e redução da severidade das doenças mancha parda, mancha foliar e escaldadura. Os tratamentos sob influência de P. aeruginosa foram iguais ou superiores à testemunha adubada evidenciando o potencial de uso da bactéria como alternativa econômica e ecológica ao uso excessivo de fertilizantes e pesticidas

  • RAYSA VALERIA CARVALHO SARAIVA
  • CERRADO ECOTONAL MARANHENSE: RELAÇÕES FLORÍSTICAS E FILTROS AMBIENTAIS EM ÁREA DE ELEVADA IMPORTÂNCIA BIOLÓGICA

  • Data: 11/03/2020
  • Mostrar Resumo
  • A presente tese teve como objetivo geral verificar como a biodiversidade vegetal do Cerrado ecotonal do Parque Nacional da Chapada das Mesas (PNCM), relaciona-se com outras áreas de Cerrado brasileiras e responde a filtros ambientais abióticos considerados importantes para distribuição de espécies vegetais. No capítulo I objetivou-se relacionar os principais conceitos acerca do Cerrado e reunir bases teóricas sobre florística e fitossociologia. O capítulo II teve como objetivo avaliar a influência dos padrões biogeográficos e subsidiar ações conservacionistas para o Cerrado ecotonal através da análise da composição florística de fisionomias savânicas e florestais, das relações florísticas dessas áreas com outras do Cerrado e biomas brasileiros. O capítulo III teve como objetivo caracterizar a estrutura dos estratos herbáceo-arbustivo e arbóreo regenerante do cerrado típico e da mata de galeria visando contribuir com informações para elaboração de estratégias de manejo relacionadas a estrutura, condições edáficas e efeito do fogo. Nos capítulos IV e V objetivou-se realizar a descrição das espécies Dyckia maranhensis Guarçoni & Saraiva e Ipomoea maranhensis D. Santos & Buril. Para amostragem e análise dos dados foram utilizados os métodos de caminhamento, interseção na linha, consulta à rede SpeciesLink, estatística multivariada e comparação de médias. As exsicatas foram tombadas no herbário SLUI. No levantamento florístico foi registrado um total de 242 espécies, 181 gêneros e 64 famílias. Fabaceae foi a família mais representativa. Quanto às análises estruturais do estrato herbáceo-arbustivo e arbóreo regenerante, um total de 1529 indivíduos, distribuídos em 59 espécies, 48 gêneros e 25 famílias foi coletado no cerrado típico. Nessa fisionomia, as famílias mais representativas foram Fabaceae (n = 16), Euphorbiaceae e Poaceae (n = 4); Trachypogon spicatus (L.f.) Kuntze e Croton agoensis Baill. apresentaram maiores valores de importância. Na mata de galeria foi coletado um total de 440 indivíduos, distribuídos em 56 espécies, 51 gêneros e 33 famílias. As famílias mais representativas foram Fabaceae (n = 8), Arecaceae (n = 5), Annonaceae e Myrtaceae (n = 4); Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand e Bauhinia dubia G.Don apresentaram maiores valores de importância. A associação significativa entre os parâmetros estruturais e do solo enfatiza que os fatores edáficos são importantes filtros ambientais para a distribuição das espécies de estratos nas fisionomias. Nas regiões ecotonais do Cerrado, como Mato Grosso e Maranhão, a presença de espécies compartilhadas com a Amazônia é expressiva. As fisionomias do PNCM também tiveram ligação florística com a Caatinga. A descrição de nova espécies de Bromeliaceae e de Convolvulaceae ressalta a importância biológica da área. O manejo para conservação do Cerrado ecotonal deve considerar a diversidade e as condições edáficas que podem influenciar na presença do estrato herbáceo-arbustivo e arbóreo regenerante.

  • VIVIAN DO CARMO LOCH
  • PERCEPÇÃO AMBIENTAL E O MANEJO DA PAISAGEM POR DIFERENTES COMUNIDADES TRADICIONAIS DA AMAZÔNIA MARANHENSE

  • Data: 28/10/2020
  • Mostrar Resumo
  • As ações humanas têm um papel importante nas transformações das paisagens naturais. As consequências ecológicas, econômicas e sociais dessas transformações apesar de serem objeto de estudo de muitos pesquisadores, ainda não recebem a devida atenção da sociedade em geral e dos nossos representantes, principalmente no que tange à diminuição do desmatamento, ao uso predatório das florestas, perda da biodiversidade, degradação dos solos, diminuição dos reservatórios e mananciais de águas e aumento da temperatura global. Ao passo que vivemos uma crise ambiental, alguns autores afirmam que nossa crise ambiental é uma crise cultural. Como tal, não pode ser resolvida apenas por meios científicos, tecnológicos, políticos e econômicos. No estado do Maranhão encontramos diferentes grupos humanos interagindo com a natureza conforme suas crenças, culturas e necessidades (indígenas, descendentes de quilombos, quebradeiras de coco babaçu, pescadores artesanais, agricultores tradicionais etc.). Alguns grupos, aparentemente, desenvolvem vínculos mais harmoniosos com a natureza do que outros e podem servir como inspiração no processo de restauração ecológica. Assim, com esta pesquisa buscou-se compreender como diferentes comunidades vivendo na Amazônia maranhense percebem, interagem e manejam a natureza. E de que forma essa interação modifica a paisagem, levando a degradação, conservação e restauração ecológica. Foram selecionadas três comunidades que manejam a paisagem natural de diferentes formas: quilombolas realocados das Agrovilas de Alcântara; Indígenas da Aldeia Awa (Terra Indígena Caru) e agricultores da Vila Bom Jesus (assentados do Projeto de Assentamento Amazônia). Para compreender melhor a relação das comunidades com os recursos naturais e como seu uso e manejo recriam e modificam a paisagem, foram utilizadas diversas ferramentas participativas, tais como: observação participante, entrevistas semiestruturadas, turnês guiadas, listas-livre e checklists. Foram ainda analisadas imagens de satélite do ano de 2017 das paisagens manejadas pelos grupos estudados. A partir da triangulação dos dados obtidos por estes métodos, apresentamos uma lista de espécies florestais de valor biocultural para as três comunidades, obtidas a partir da percepção local das espécies de importância ecológica e de valor utilitário, que podem contribuir para a restauração biocultural da Amazônia maranhense a partir de um olhar intercultural; apresentamos uma análise dos valores intangíveis de espécies florestais deste bioma a partir da cosmologia Awa, refletindo sobre a importância da conservação da memória deste povo; por fim, buscamos identificar fatores que influenciam indivíduos a adotarem práticas de diversificação em seus agroecossistemas com enfoque no plantio de árvores (as técnicas compreendidas foram sistemas agroflorestais, quintais produtivos e conservação de áreas de proteção permanente) buscando dar escala a processos de transição agroecológica e aumento de resiliência dos ambientes a partir da biodiversidade florestal. Com isso trazemos elementos importantes para sensibilizar ecólogos, ambientalistas, governantes e a sociedade em geral, para um olhar sobre a natureza que abarque dimensões culturais tangíveis e intangíveis, a fim de promover maior inclusão na governança dos ambientes naturais.

  • WALLYSON SANTOS ARAUJO
  • EFEITO DA ADUBAÇÃO E PODA SOB O CULTIVO DE Hibiscus sabdariffa L.

  • Data: 18/06/2020
  • Mostrar Resumo
  • A utilização de plantas alimentícias não convencionais pode se tornar uma grande alternativa como fonte nutricional e funcional para a alimentação humana. Considerando a necessidade de melhorar o rendimento dessas plantas, com o aumento da produtividade sem aumentar a área de produção, o objetivo do presente trabalho foi cultivar a espécie Hibiscus sabdariffa L e avaliar o seu crescimento e desenvolvimento fisiológico sob diferentes tipos de adubação e poda. O experimento foi conduzido em campo, em blocos casualizados, com três repetições, utilizando-se um esquema fatorial 4x2, quatro tipos de adubação (controle, química, orgânica e mista), e duas formas de manejo (com poda e sem poda). Foram realizadas avaliações fisiológicas, com o fluorímetro Pocket PEA, com o medidor portátil de clorofila, modelo SPAD-502 e avaliações biométricas. Aos 50 DAP, plantas que receberam adubação apresentaram maiores médias para intensidade de verde e para o índice fotossintético, diferindo do tratamento controle. A adubação e a poda não influenciaram nos parâmetros fisiológicos nos demais dias de avaliação. Os dados de altura da planta, diâmetro do caule e largura de folhas apresentaram crescimento linear e a adubação química e mista foram superiores para número de ramos comerciais, massa fresca dos ramos comerciais, massa fresca total e massa seca das folhas. Os tratamentos que receberam adubação química e mista apresentaram melhores desempenhos nos parâmetros de crescimento do Hibiscus sabdariffa L. e o uso da poda favoreceu a produção de biomassa aérea. Dadas suas respostas superiores, é razoável recomendar o uso destas técnicas no cultivo dessa espécie para obtenção de melhores desempenhos na produção de ramos comerciais.

  • WEYDSON ARAUJO BELO
  • POTENCIAL FISIOLÓGICO DE GENÓTIPOS DE ARROZ DE TERRAS ALTAS EM CONDIÇÕES DE DÉFICIT DE NITROGÊNIO

  • Data: 19/10/2020
  • Mostrar Resumo
  • No Maranhão, o arroz é cultivado em praticamente todos os municípios, predomina o ecossistema de terras altas, porém o seu rendimento em relação ao arroz de terras baixas é muito mais baixo. O nitrogênio é o macronutriente que limita a produção de arroz de terras altas. Portanto, o objetivo deste trabalho será avaliar o potencial fisiológico de genótipos de arroz de terras altas em condições de déficit de nitrogênio. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, em vasos plásticos com 10 kg de solo em cada. O substrato utilizado foi proveniente do solo da Fazenda Escola da Universidade Estadual do Maranhão. Utilizou-se um delineamento em blocos casualizados com esquema fatorial 8x2 com três repetições, sendo que os tratamentos foram constituídos de dois níveis de N, ou seja, sem aplicação de N (baixa) e uma aplicação de 800 mg N kg-1 (alto) de solo, utilizando ureia e 8 genótipos de arroz de terras altas. As avaliações foram feitas aos 51, 80 e 100 dias após o plantio quando determinou-se os parâmetros das trocas gasosas, da eficiência fotoquímica e, o índice SPAD. Na maturação fisiológica, foi determinada a produtividade de grãos. De maneira geral, a deficiência de nitrogênio não afetou significativamente as variáveis fisiológicas avaliadas e consequentemente a produção. Mas isoladamente os genótipos G2, G4, G5 e G6 sem nitrogênio tiveram resultados que ajudam na obtenção de produtividade satisfatória em ambientes com déficit de nitrogênio.

  • WILDINSON CARVALHO DO ROSÁRIO
  • ESTUDO FISIOLÓGICO, SANITÁRIO E MANEJO DE DOENÇAS EM SEMENTES FLORESTAIS DA RESEX QUILOMBO DO FRECHAL EM MIRINZAL/MA.

  • Data: 28/12/2020
  • Mostrar Resumo
  • Este trabalho teve como objetivo realizar a caracterização fisiológica e sanitária e o manejo de doenças fúngicas de sementes de espécies florestais da RESEX Quilombo do Frechal. A RESEX tem área de 9.542 hectares, está localizada na Baixada Ocidental Maranhense (2° 2’ 00’’ S; 44° 48’ 00’’ W) e abrange uma área de 9.542 hectares no município de Mirinzal e está dividida entre as comunidades de Frechal, Rumo e Deserto, possuindo aproximadamente uma população de 900 pessoas. Os experimentos foram conduzidos no Laboratório de Fitopatologia e em Casa de Vegetação, do Núcleo de Biotecnologia Agronômica da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, Campi São Luís/MA. Sementes de quatro espécies florestais, juçara (Euterpe oleraceae), jenipapo (Genipa americana), urucum (Bixa orellana) e cuia (Crescentia cujete), foram coletadas manualmente, no primeiro semestre de 2019 na RESEX Quilombo do Frechal, município de Mirinzal/MA. As sementes passaram pelo processo de desinfestação superficial com água destilada, álcool 70 % e hipoclorito de sódio a 5 % antes da realização dos experimentos. Na caracterização fisiológica foram realizados testes de germinação, emergência, teor de água, índices de velocidade de germinação (IVG) e de emergência (IVE). A caracterização sanitária foi realizada pelo método Blotter Test e a identificação dos fitopatógenos nas sementes efetuada de acordo com chaves dicotômicas de identificação. No manejo alternativo foram testados isolado de Bacillus methylotrophicus e o óleo de nim, sendo realizados por meio de dois experimentos independentes em delineamento inteiramente casualizado (DIC), com quatro tratamentos e oito repetições. O experimento um foi realizado pelo processo de microbiolização das sementes florestais com Bacillus methylotrophicus, multiplicada em meio de cultura BDA e levada à BOD para crescimento por 72 horas a 28°C e fotoperíodo de 12 horas e no experimento dois, as sementes foram tratadas com óleo de nim a 15% através de pulverização com auxílio de um pulverizador manual. Os experimentos utilizados formam T1 juçara, T2 jenipapo, T3 urucum e T4 cuia. A testemunha constou das sementes imersas em água destilada. As sementes de juçara, jenipapo, urucum e cuia, obtiveram 9,00%, 67,00 %, 17,50 %, 63,50 % de germinação; 0,5 %, 7,0 %, 0,5 %, 63,5 % de emergência; 22,81 %, 12,15 %, 15,66 %, 8,73% de teor de água, respectivamente. Os fungos fitopatogênico de maior incidência foram Penicillium sp., Aspergillus niger, Fusarium oxysporum, Lasiodiplodia theobromae, nas sementes florestais de cuia, jenipapo, juçara e urucum, respectivamente. Inferi-se que B. methylotrophicus e óleo de nim, são alternativas promissoras ao controle de fungos fitopatogênicos.

2019
Descrição
  • ANA CAROLINA SILVA SOUZA
  • CARACTERIZAÇÃO DA FAUNA EDÁFICA EM FRAGMENTO FLORESTAL EM ÁREAS DE CERRADO

  • Data: 27/09/2019
  • Mostrar Resumo
  • A uniformidade de distribuição, aumento ou diminuição dos artrópodes edáficos indicam as sensíveis mudanças sucedidas nos ambientes, sendo alguns espécimes considerados bons indicadores da qualidade ambiental. Este trabalho teve como objetivo caracterizar a fauna edáfica e suas relações com variáveis abióticas em fragmento florestal no Bioma Cerrado (MA). A pesquisa foi realizada no município de Chapadinha-MA. As amostragens da fauna edáfica foram realizadas mensalmente durante o ano de 2018, com a utilização de armadilhas do tipo “Pitfall”. Em cada uma das cinco áreas de estudo foram colocadas 10 armadilhas em dois transectos (cinco por transecto) dispostas paralelamente, totalizando 50 amostras por coleta (mês). As armadilhas permaneceram em campo por 24 horas, e após serem recolhidas procedeu-se a lavagem do material e acondicionamento dos espécimes. Os organismos amostrados foram identificados com o auxílio de microscópio estereoscópio em nível de ordem. Foram realizadas as análises de Kruskal-Wallis, Análise dos Componentes Principais (ACP) e Regressão em árvore. Foram coletados 44.627 espécimes de artrópodes, pertencentes a oito classes e 17 ordens; as categorias taxonômicas com as maiores populações foram Hymenoptera (10 886), Acari (9 120), Diptera (6 156), Collembola (14 877), Blattodea (967), Coleoptera (951) e Araneae (633). Foi verificada a influência das variáveis abióticas na composição e na distribuição dos organismos edáficos durante o período de estudo. Os organismos também foram influenciados pelo gradiente vegetacional nas cinco áreas de fragmento florestal. As áreas vegetação secundária e área de brejo propiciaram condições mais favoráveis para a ocorrência do número elevado de espécimes, contrastando com as condições limitantes oferecidos nos outros fragmentos (AP, AN, VsS). Houve abundância absoluta dos grupos Acari, Collembola e Hymenoptera, porém cada grupo de artrópodes estabelece relações diferenciadas com as variáveis.

  • DANUBIA MARIA DA COSTA
  • COMPOSIÇÃO DA COMUNIDADE DE VESPAS E ABELHAS SOLITÁRIAS EM VEGETAÇÃO DE RESTINGA DE SERGIPE

  • Data: 26/09/2019
  • Mostrar Resumo
  • Abelhas e vespas solitárias são himenópteros que nidifcam em cavidades pré-existentes em ambientes naturais, exercem um papel chave no funcionamento dos ecossistemas promovendo serviços ambientais como, polinização e controle biológico natural. O objetivo do estudo foi avaliar a composição da comunidade de abelhas e vespas solitárias em vegetação de restinga, e determinar como as condições climáticas influenciam na nidificação em restinga da Reserva Particular do Patrimônio Natural do Caju (RPPN). Usamos ninhos-armadilha para a coleta de ninhos e as avaliações foram mensais no período de dois anos. Foram coletados 735 ninhos de 4 espécies de abelhas e 15 de vespas. A nidificação ocorreu principalmente em áreas abertas durante a estação seca, reduzindo na estação chuvosa. A composição de espécies diferiu entre área aberta e vegetação secundária, e no geral, a contribuição dos componentes da beta diversidade (turnover e aninhamento) foi similar entre os tipos de vegetação, no entanto, na estação seca o turnover foi maior em vegetação secundária e arbustiva. Por outro lado, vegetação arbustiva foi completamente aninhada à área aberta em ambas estações e o turnover foi o principal responsável pela beta diversidade ao longo do tempo. Além disso, nós avaliamos como as condições climáticas, o tipo de vegetação e o estrato arbóreo influenciam na nidificação pela abelha Centris tarsata . A nidificação foi maior durante a estação seca, em áreas abertas a 1.5m de altura. No entanto, em vegetação arbustiva e secundária a nidificação parece ser favorecida por uma variação específica de temperatura e pluviosidade. Além disso, a quantidade de células de cria, adultos e comprimento de ninho foram maiores em áreas abertas que outros tipos de vegetação. Os resultados sugerem que abelhas e vespas solitárias respondem diretamente às condições climáticas e preferem nidificar em locais com grandes quantidades de recursos como material de construção dos ninhos e alimento para as crias.

  • ELIZABETH ARAÚJO COSTA
  • DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E MANEJO DE Tibraca limbativentris Stal (HEMIPTERA: PENTATOMIDAE) NO ESTADO DO MARANHÃO

  • Data: 13/09/2019
  • Mostrar Resumo
  • Objetivou-se com esta pesquisa descrever a distribuição espacial de Tibraca limbativentris na cultura do arroz e nas palmeiras jovens de babaçu; estudar o aparelho reprodutor de fêmeas em diapausa do percevejo-do-colmo em palmeiras jovens de babaçu e avaliar a utilização de fungos entomopatogênicos no controle biológico desta praga. Para descrever a distribuição espacial foram realizadas amostragens mensais da população do percevejo em touceiras de arroz e plantas jovens de babaçu em áreas de agricultores familiares, no município de São Vicente Ferrer - MA. Em todos os pontos amostrados foram obtidas as coordenadas UTM com um aparelho GPS. Após a marcação dos pontos, as touceiras de arroz e plantas de babaçu foram vistoriadas e o número de insetos anotado. A partir da análise geoestatística foi possível construir os mapas de krigagem e estimar a dependência espacial dos percevejos. As fêmeas coletadas nas palmeiras jovens de babaçu foram dissecadas em laboratório, para verificar a maturidade do aparelho reprodutor pela presença de ovócitos nos ovários, e possível diapausa de T. limbativentris nesse hospedeiro alternativo. Para o controle microbiano do percevejo em lavouras de arroz, utilizou-se os isolados dos fungos entomopatogênicos Metarhizium anisopliae (MGSS 189 e MGSS 192) e Beauveria bassiana (MGSS 87) e produtos comerciais Opala® (M. anisopliae) e Granada® (B. bassiana). Os isolados foram aplicados em suspensão de conídios e veiculados em grãos de arroz cobertos com os produtos fúngicos na concentração 1x107. Os produtos Opala® e Granada® foram pulverizados nas dosagens 0,75 e 5,5 kg p.c./ha, respectivamente, e distribuídos manualmente nas formulações granulada (Opala®) e pó molhável (Granada®). O delineamento foi blocos ao acaso com 6 tratamentos e 4 repetições. As avaliações do número de espécimes vivos e mortos de T. limbativentris foram realizadas antes das aplicações e 15 dias após a aplicação dos fungos. Foram coletados 1638 espécimes adultos de T. limbativentris, 1584 provenientes de 86 touceiras de arroz e 54 coletados em palmeiras jovens de babaçu. A distribuição espacial do percevejo foi agregada nas áreas de arroz, e o modelo exponencial foi o que melhor se ajustou nesse hospedeiro. Nas palmeiras de babaçu a praga distribuiu-se de forma aleatória, não se ajustando a nenhum modelo estatístico (efeito pepita puro). Observou-se ausência de ovócitos e presença de corpos gordurosos na cavidade abdominal nas fêmeas de T. limbativentris, o que caracteriza aparelho reprodutor imaturo e fêmeas entrando no período de diapausa. Os tratamentos com fungos entomopatogênicos apresentaram potencial para controle de T. limbativentris, após 15 dias da aplicação houve redução populacional. Os isolados e produtos comerciais de M. anisopliae e B. bassiana foram eficientes no controle de ninfas e adultos de T. limbativentris.

  • ERIVALDO PLINIO BORGES DA COSTA JUNIOR
  • Efeitos dos conteúdos de molibdênio da semente no potencial fotossintético das plantas de feijão-caupi cultivadas em solos coesos de baixa fertilidade natural

  • Data: 28/06/2019
  • Mostrar Resumo
  • O uso de sementes ricas em molibdênio (Mo) pode ser uma alternativa para aumentar a eficiência fotossintética do uso do nitrogênio (EFUN, capacidade fotossintética por unidade de N na folha) e o crescimento das plantas de feijão-caupi. As sementes ricas em Mo pode aumentar a eficiência fotossintética do uso do nitrogênio e o crescimento das plantas de feijão-caupi cultivadas em solo coeso de baixa fertilidade natural. Objetivou-se avaliar os efeitos dos conteúdos de Mo da semente na eficiência fotossintética do uso do N e no crescimento das plantas de feijão-caupi cultivadas em solo coeso de baixa fertilidade natural. Foram usadas sementes colhidas da primeira colheita da cultivar BRS Guariba com três conteúdos de Mo, produzidas em Viçosa-MG. Em esquema fatorial, os tratamentos foram combinados com três conteúdos de Mo da semente (0,014 ± 0,005; 0,674 ± 0,151 ou 1,987 ± 0,278 μg Mo semente-1) e duas doses de N (0 ou 60 kg ha-1). Foi usado o delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições. Metade da dose de 60 kg ha-1 foi aplicada no sulco de plantio e metade foi aplicada em cobertura aos 15 dias após a emergência (DAE). As plantas foram irrigadas por gotejamento para complementar as chuvas. Na fase R2 e no período de 8:00 às 10:00 foram avaliadas Fv/Fm, trocas gasosas (assimilação fotossintética de CO2, razão Ci/Ca, condutância estomática e taxa transpiratória), eficiência instantânea e intrínseca do uso da água, teor de N na folha, área foliar específica, eficiência fotossintética do uso do N, massa da planta seca, índice de colheita e eficiência fisiológica. Com N, os conteúdos de Mo não influenciaram assimilação fotossintética de CO2 em base de área, assimilação fotossintética de CO2 em base de massa, EFUN e teor de N na folha. Sem N, as médias da assimilação fotossintética de CO2 em base de área e em base de massa, a EFUN e o teor de N na folha nas plantas originadas de sementes com 1,987 ± 0,278 μg de Mo semente-1 foram, respectivamente, 45,8%, 57,5%, 44,2% e 23,6% maiores que as das plantas originadas de semente com 0,014 ± 0,005 μg de Mo semente-1. Os conteúdos de Mo da semente e as doses de N não influenciaram o índice de colheita. Nossos resultados sugerem que sementes ricas em Mo aumentam a eficiência fotossintética do uso do N e o crescimento das plantas do feijão-caupi cultivado em solos coesos com baixa fertilidade natural quando não é fornecido N às plantas; por outro lado, não influenciam o índice de colheita.

  • ESTER DE PAIVA ALVES BARBOSA
  • EFEITO DO USO DE SEMENTE RICA EM MOLIBDÊNIO NO DESEMPENHO DO FEIJÃO-CAUPI EM SOLOS COESOS DE BAIXA FERTILIDADE NATURAL DO MARANHÃO

  • Data: 21/02/2019
  • Mostrar Resumo
  • O feijão-caupi é uma cultura de subsistência e desempenha papel fundamental no contexto socioeconômico para as famílias dos agricultores que vivem no Norte e Nordeste. Nosso objetivo foi estudar o efeito dos conteúdos de molibdênio (Mo) da semente na nutrição nitrogenada e produtividade de grãos do feijão-caupi em solos coesos com baixa fertilidade natural do Maranhão. As sementes da cultivar Guariba com três conteúdos de Mo foram produzidas na Zona da Mata de Minas Gerais, em Coimbra-MG. Com as sementes colhidas da primeira colheita foi instalado um experimento em São Luís-MA no esquema fatorial 3 x 2: conteúdos de Mo da semente (0,014 ± 0,005; 0,674 ± 0,151 e 1,987 ± 0,278 µg Mo semente-1) e doses de N (0 e 60 kg ha-1). Metade da dose de 60 kg ha-1 foi aplicada no sulco de plantio e a outra metade foi aplicada em cobertura aos 15 dias após a emergência (DAE). Foi usado o delineamento em blocos ao acaso, com quatro repetições. A aplicação do N não influenciou a produtividade de grãos. Com N, os conteúdos de Mo da semente não influenciaram a produtividade de grãos e o teor de N na folha. Sem N, a produtividade de grãos e o teor de N na folha obtida com plantas originadas de sementes com 1,987 ± 0,278 µg semente-1 foi 69% e 13% maior que as plantas originadas de sementes com conteúdo de 0,014 ± 0,005 µg semente-1. Nossos resultados sugerem que sementes ricas em Mo aumentam a produtividade de grãos e a nutrição nitrogenada do feijão-caupi em solos coesos com baixa fertilidade natural do Maranhão e dispensam a adubação nitrogenada.

  • FLAVIANA ALMEIDA DOS SANTOS
  • CARACTERIZAÇÃO MORFO-AGRONÔMICA E QUÍMICA DOS FRUTOS DE ECÓTIPOS DE AÇAI (Euterpe oleracea Mart.) DE DIFERENTES AMBIENTES DA BAIXADA MARANHENSE

  • Data: 29/03/2019
  • Mostrar Resumo
  • O Brasil possui uma variedade de espécies frutíferas, especialmente nativas, mas pouco pesquisadas, como exemplo o açaí (Euterpe oleracea Mart.) quanto ao desenvolvimento em ambientes de várzea e aterrados. Objetivou-se caracterizar parâmetros morfo-biométricos e químicos de frutos de ecótipos de açaí dos ambientes (várzea e aterrados) na Baixada Maranhense. As análises foram realizadas na UEMA e UFMA em São Luís- MA. Para os atributos morfo-agronômicos dos frutos dos ecótipos de açaí nos dois ambientes parece haver variabilidade fenotípica na população de E. oleracea, para massa de frutos por cacho, massa total do cacho, massa de ráquis mais ráquilas, número de frutos por cacho, diâmetro transversal dos frutos e comprimento da ráquis. Os ecótipos Caminho Novo (ambiente de várzea) e Caeteto (ambiente aterrados) foram mais promissores quanto a produção e proporção de frutos em relação à massa total do cacho Em 83% dos ecótipos, seus frutos apresentaram formato oblato. Os resultados químicos relacionados aos sólidos solúveis totais (SST), pH e rátio das polpas dos frutos foram afetados significativamente pelos ecótipos, contrário aos valores de acidez. Já as polpas dos frutos dos ecótipos Santana dos Nunes e Olho d’água dos Gomes (ambiente várzea) e de Água Preta e Caeteto (ambiente de aterrado) diferiram estatisticamente das demais quanto ao SST, porém todas estavam em conformidade com a Instrução Normativa nº 01, de 07 de janeiro de 2000, Ministério da Agricultura, quanto aos atributos pH e acidez. Os frutos dos ecótipos Caeteto e Moita do Campo apresentaram elevados teores de antocianinas totais. No conjunto, os ecótipos do ambiente aterrados proporcionaram valor de antocianinas 14,8% superior ao ambiente várzea.

  • GEUSA FONSECA DOURADO
  • MANEJO ECOLÓGICO DE FITOPATÓGENOS EM SEMENTES DE PIMENTÃO

  • Data: 08/07/2019
  • Mostrar Resumo
  • A presença de fungos fitopatogênicos em sementes é prejudicial em todas as fases de produção da cultura do pimentão, por comprometer tanto a qualidade sanitária, quanto a fisiológica. A pesquisa objetivou avaliar a qualidade sanitária e fisiológica de sementes de pimentão, a redução de fitopatógenos e o controle da antracnose com o uso de termoterapia, extratos vegetais e de produtos químicos e biológicos. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado para todos os experimentos e na análise estatística as médias foram comparadas entre si pelo teste de Tukey (p<0,05). Nos ensaios in vitro, a qualidade fisiológica e sanitária, foi realizada conforme as Regras para Análise de Sementes. Nos ensaios com produtos químicos (Thiofanato Metílico, Tebuconazole, Carbendazin e Azoxistrobina+Thiram) e biológicos (Quality® - Trichoderma asperellum e Rizos® - Bacillus subtillis), as sementes foram tratadas de acordo com as recomendações do fabricante em sete tratamentos e cinco repetições. Na termoterapia, as sementes ficaram imersas em banho-maria com seis combinações diferentes de tempo e temperatura em sete tratamentos e cinco repetições. Nos extratos aquosos vegetais: nim (Azadirachta indica A. Juss), eucalipto (Eucalyptus citriodora L.), canela (Cinnamomum zeylanicum Blume) e manjericão (Ocimum basilicum L.), as sementes foram imersas por dez minutos em cinco tratamentos e cinco repetições. No controle biológico, as sementes foram imersas em solução dos isolados de Bacillus, B41 (Bacillus cereus), B47 (B. methylotrophicus), B22 (B. polymyxa), B7’ (Bacillus sp.) e B22’ (B. pentothenticus) em seis tratamentos e cinco repetições. Logo após os tratamentos, as sementes foram plaqueadas, incubadas e avaliadas após sete dias. O experimento “in vivo”, foi conduzido em casa de vegetação com os tratamentos com maior redução nos fitopatógenos das sementes: termoterapia (45º/25 min.), extrato aquoso de manjericão, 5%; Bacillus methilotrophicus; Quality®; Tiofanato Metílico. Após 30 dias do plantio das sementes tratadas, as plântulas de pimentão foram inoculadas com o patógeno C. gloeosporiodes. Para avaliação da severidade da antracnose adotou-se escala de notas específica para o patossistema. Observou-se os gêneros fúngicos Penicillium sp., Cladosporium sp, Aspergillus sp., Trichoderma sp. e Nigrospora sp., a germinação das sementes se manteve dentro dos padrões comerciais. Na redução dos fitopatógenos nas sementes, sem interferir na germinação, o extrato aquoso de manjericão apresentou menor incidência de fungos, com 0,19 patógenos/tratamento. Na termoterapia foi o tratamento com 45°C/ 25’. No uso dos produtos químico, o Tiofanato Metílico e, no biológico, o Quality® (Trichoderma asperellum). No controle biológico, o isolado B47 (B. methylotrophicus). No manejo da antracnose os resultados foram significativos no controle da doença, em que, o extrato aquoso de manjericão a 5 %, o isolado B47 e o produto Quality® promoveram melhor resposta na redução da severidade da antracnose no pimentão.

  • LARISSA REBECA RÊGO SANTOS PAIXÃO
  • EFEITO DE DIFERENTES ESTRATÉGIAS DE RESTAURAÇÃO SOBRE O ESTOQUE DE CARBONO NA AMAZÔNIA MARANHENSE.

  • Data: 30/09/2019
  • Mostrar Resumo
  • Os sistemas biodiversos de restauração ecológica podem ser importantes sumidouros de carbono contribuindo para a mitigação das alterações climáticas. A presente pesquisa teve como objetivo avaliar três métodos de restauração ecológica de áreas degradadas (regeneração natural, nucleação e sistema agroflorestal/SAF) após seis anos da sua implantação. A área experimental foi delineada por 18 parcelas permanentes de 900 m2, inseridas em 6 blocos com 3 tratamentos, onde a vegetação (árvores, arvoretas, arbustos, cipós, herbáceas e palmeiras), necromassa (serapilheira, galhos e árvores mortas) e o solo (0-10 e 10-20cm) foram amostrados. A biomassa foi estimada mediante modelos alométricos (vegetação com DAP > 1cm e árvores mortas) e de forma destrutiva (herbácea, serapilheira e galhos finos). O incremento do estoque total de carbono apresentou valores superiores nos SAFs (37,4 ± 22,1 t C ha-1) seguido dos tratamentos de nucleação (20,6 ± 9,3 t C ha-1) e regeneração natural (13,4 ± 3,4 t C ha-1). A biomassa viva acima do solo (BVAS) foi o componente que mais contribuiu para o estoque de carbono total nos SAFs (70 ± 15%) e nos sistemas de nucleação (67 ± 14%), enquanto na regeneração natural se sobressaiu o carbono orgânico do solo (47 ± 22%). Quanto aos componentes que integram a BVAS, as árvores (DAP>10cm) tiveram maior participação nos tratamentos de SAFs (47 ± 25%) e nucleação (39 ± 31%), principalmente devido às árvores plantadas, já na regeneração natural se sobressaíram as palmeiras (47 ± 34%). O carbono fixado é fortemente correlacionado com a abundância, riqueza e diversidade de árvores plantadas. A adoção dessas estratégias de restauração ativa em atividades agrícolas podem proporcionar benefícios econômicos ao agricultor, permitir a regularização ambiental das propriedades rurais e restabelecer serviços ecossistêmicos vitais, como o sequestro de carbono, contribuindo para os compromissos internacionais de restauração assumidos pelo Brasil.

  • LARISSE RAQUEL CARVALHO DIAS
  • REGULAÇÃO DA EXPLOSÃO OXIDATIVA, QUALIDADE FISIOLÓGICA DE MAMÕES E EFEITO IN VITRO DO EXTRATO DA ALGA MARINHA Ascophyllum nodosum SOBRE O FUNGO Colletotrichum sp

  • Data: 25/02/2019
  • Mostrar Resumo
  • O mamoeiro (Carica papaya), pertence à família Caricaceae, produz durante o ano todo,
    mantendo a geração de emprego e renda continuadamente, ressaltando sua importância social.
    Porém, os problemas fitossanitários afetam negativamente a produtividade. Na pós-colheita, a
    antracnose causada por espécies do gênero Colletotrichum, se destaca como uma das doenças
    mais importantes para a cultura. Objetivando estabelecer um método de controle natural como
    alternativa de manejo agroecológico da doença, foi avaliado o efeito indutor de resistência do
    extrato da alga marinha Ascophyllum nodosum, em diferentes doses, sobre o parasitismo de
    Colletotrichum sp. em mamões, na pós-colheita. Os isolados para a execução dos testes foram
    obtidos a partir de frutos sintomáticos coletados na CEASA da Ilha de São Luís, MA. Os ensaios
    consistiram em duas etapas. Na primeira, foi verificado o efeito direto do extrato sobre o fungo.
    Nesse sentido, foi realizado teste in vitro, para avaliação do efeito fungistático do produto. A
    segunda etapa observou se o extrato da alga tem potencial em induzir resistência em mamões.
    Assim, os frutos foram tratados com diferentes concentrações do produto, inoculados com o
    fungo e acompanhados diariamente para a observação da severidade das lesões formadas, nessa
    ocasião foram realizadas as análises de perda de massa. Ao final desse experimento, a polpa
    dos frutos foi retirada para análises químicas e as cascas foram retiradas, liofilizadas e
    destinadas às análises bioquímicas que consistiram em: conteúdo total de proteínas das parcelas,
    atividade das enzimas catalase, guaiacol peroxidase e polifenoloxidase. O extrato de A.
    nodosum, nos testes in vitro, não inibiu o crescimento micelial do fungo, porém as maiores
    doses usadas influenciaram negativamente na esporulação e germinação do patógeno. Embora
    o extrato não tenha apresentado efeito contra a severidade de Colletotrichum sp. nos frutos,
    apresentou efeito eliciador para peroxidase e polifenoloxidase, e também demostrou não
    influenciar na qualidade pós-colheita dos frutos e ainda retardou o processo de amadurecimento
    na dose de 1%, como revelado nas análises químicas.

  • LUIS MANUEL HERNANDEZ GARCIA
  • B-DIVERSIDADE DAS COMUNIDADES DE OLIGOQUETAS DA ÁREA DE ENDEMISMO DE BELÉM.

  • Data: 28/02/2019
  • Mostrar Resumo
  • A Área de Endemismo de Belém (AEB) é atualmente a área mais desmatada da amazônia, nela existe um mosaico de usos de solos com diferentes graus de degradação que permitem a avaliação complexas interações ecológicas e de uma grande quantidade de nichos edáficos ainda desconhecidos. As minhocas representam uns dos grupos mais importantes da fauna do solo, porem são susseptíeveis as mudanças do uso do solo, sendo as espécies nativas mais vulneráveis e podendo serem extintas se a perturbação é prolongada e se a área afetada tem dimensões espaciais no nível de paissagem. Neste trabalho caracterizou-se as comunidades de oligoquetas em diferentes condições de uso de solo, paisagem e relevo, localizados na Reserva Biológica do Gurupi e assentamentos rurais vizinhos nos municípios de Centro Novo do Maranhão, Itinga do Maranhão e Bom Jesus do Maranhão. Amostras existentes coletadas no período 2010-2015 nas localidades de Tome Açú, São Luís, São José do Ribamar e Alcântara foram consideradas para completar registros taxonômicos de espécies novas na AEB. As minhocas foram coletadas durante o período chuvoso (2015-2017) usando o método do TSBF modificado (3 monolitos até 20cm) complementado com uma busca ativa durante 4h nos diferentes microhabitats susceptíveis a terem minhocas. Como resultados principais temos a descripção de 8 espécies novas para a ciência sendo dois delas pertencentes a dois gêneros novos. Outras espécies provavelmente novas estão atualmente em processo de descripção. Observamos que muitas espécies consideradas nativas sobrevivem o desmatamento, no entanto a relação entre a comunidade de minhocas e usos do solo depende do tipo de paisagem. Apesar de não haver mudanças na diversidade local de minhocas, existe uma alta taxa de substituição (18-19%) de espécies dentro de cada tipo de uso de solo. O modelo de -diversidade mostra que o clima, e as variáveis físico-químicas estão relacionados com a taxa de substituição de espécies de minhocas e o gradiente geográfico só é importante na fase clímax da floresta.

  • MAURIANA DA ROCHA SOBRINHO
  • EFEITOS DA RESTRIÇÃO HÍDRICA SOBRE ASPECTOS FISIOLÓGICOS E ANATÔMICOS EM SOJA

  • Data: 30/09/2019
  • Mostrar Resumo
  • A soja tem grande importância para a economia nacional, contudo, as regiões de 2 expansão da cultura dentro do país, parte dessas no Estado do Maranhão, são sujeitas a 3 instabilidades climáticas. A espécie é descrita como sensível, sobretudo no estágio 4 reprodutivo, sendo raros registros a respeito de adaptações no estágio vegetativo. Nesses 5 termos, essa pesquisa objetivou descrever nos níveis fisiológico e anatômico, os efeitos 6 da restrição hídrica no organismo vegetal durante o estágio vegetativo. Plantas da cv. brs 7 tracajá foram cultivadas em vasos e mantidas sob capacidade de campo (CC) até o estágio 8 V3, nesse ponto, foram subdivididas em quatro tratamentos (T), estes sendo CC, 25, 50 e 9 75, que recebiam respectiva e diariamente volume de água necessária para a manter o 10 solo na CC (100%) e os percentuais de 25%, 50% e 75% desse volume. Dos parâmetros 11 biométricos avaliados, a ontogenia e diâmetro do caule apresentaram variação 12 significativa entre os tratamentos na maior parte das medidas tomadas. Apesar da redução 13 severa na massa fresca dos órgãos do T25 tal redução se deu de modo proporcional entre 14 os órgãos. A área foliar total (AFT) foi ajustada em todos os tratamentos conforme a 15 restrição, contudo apenas o T25 apresentou área foliar específica (AFE) 16 significativamente menor, evidenciando a adaptação diferencial do genótipo no estresse 17 mais severo. As variáveis fisiológicas de trocas gasosas foram reduzidas no T25 18 implicando por um lado em menor eficiência instantânea no uso da água (EUA) e por 19 outro em maior eficiência intrínseca no uso da água (EIUA). A fluorescência da clorofila 20 e índice SPAD não foram alterados pela aplicação dos tratamentos, do mesmo modo que 21 as medidas de condutividade hidráulica de raiz (CHR) aos 32 dias após a restrição (DAR). 22 As medidas de potencial hídrico foliar (Ψw foliar) antemanhã refletiram a condição hídrica 23 do solo, enquanto ao meio dia o decréscimo na variável foi equivalente entre os tratamentos. Quanto a organização na composição dos tecidos da nervura central foliar e 25 caule não foram identificadas distinções entre os tratamentos, a análise anatômica 26 apontou adaptações no T25, definidas pela maior espessura do esclerênquima no caule e 27 o menor diâmetro médio dos vasos do xilema da raiz.

  • RAFAEL MENDES DE SOUSA
  • EFICIÊNCIA DO USO DO NITROGÊNIO AFETADA PELOS INDICADORES FÍSICOS DO SOLO

  • Data: 11/03/2019
  • Mostrar Resumo
  • A manutenção da cobertura do solo pode ser uma alternativa válida para a redução da compacidade e lixiviação de nutrientes em solos tropicais. A eficiência do uso do nitrogênio (EUN) pode ser definida como a razão entre a produtividade alcançada e a dose de nitrogênio aplicada. O sistema de cultivo em aléias com leguminosas arbóreas pode ser uma opção de manejo adequada ao aumento da EUN. Objetivamos, com este trabalho, avaliar o efeito do uso de resíduos de leguminosas arbóreas sobre a EUN e a sua relação com indicadores físicos de qualidade do solo. O experimento foi realizado em um sistema de cultivo em aléias implantado em 2009 na região Leste do Maranhão, Brasil. Foram semeadas duas espécies arbóreas de alta qualidade de resíduos: leucena e gliricídia e duas espécies arbóreas de baixa qualidade de resíduos: sombreiro e acácia. Entre os anos de 2010 a 2018 o milho foi semeado entre as fileiras de leguminosas arbóreas e sob a sua palhada. Em 2018 foram estabelecidos 10 tratamentos, os quais consistiam das combinações de leguminosas acompanhadas ou não de adubação via uréia. As doses das combinações de leguminosas foram determinadas de modo a fornecer 150 Kg N ha-1 via resíduos vegetais. Plantas de milho foram coletadas no pendoamento e maturidade para determinação do conteúdo de N e cálculo da EUN. Após a colheita, amostras de solo foram coletadas com anel volumétrico e a resistência a penetração foi determinada com um penetrômetro digital. Entre os indicadores físicos de qualidade do solo somente a resistência à penetração apontou diferenças entre tratamentos, com os maiores valores nos tratamentos controle. De modo geral, os tratamentos controle apresentaram menor acúmulo e eficiência do uso do nitrogênio, como resultado da maior compacidade do solo e menores teores de matéria orgânica. A cobertura do solo com resíduos de leguminosas arbóreas aumenta o acúmulo e eficiência do uso do nitrogênio através de melhorias nas características físicas do solo.

  • RAIMUNDO NONATO VIANA SANTOS
  • PERÍODO CRÍTICO E MANEJO AGROECOLÓGICO DE PLANTAS ESPONTÂNEAS NA CULTURA DO QUIABEIRO COM ADUBOS VERDES

  • Data: 19/07/2019
  • Mostrar Resumo
  • A pesquisa objetivou avaliar a influência da estação climática sobre os períodos de interferência das plantas espontâneas na cultura do quiabeiro em sistema orgânico e a viabilidade dos adubos verdes consorciados com quiabeiro para supressão de plantas espontâneas e aumento da produtividade. Assim, foram realizados dois experimentos: (1) matocompetição das plantas espontâneas com a cultura do quiabeiro em sistema orgânico; (2) consórcio de adubos verdes com quiabeiro para supressão de plantas espontâneas e aumento do rendimento da cultura. O primeiro experimento foi conduzido em duas estações climáticas em sistema orgânico no povoado Andiroba em São Luís-MA. Os tratamentos foram constituídos de períodos crescentes de convivência ou de controle das plantas espontâneas. Essas foram avaliadas quanto à densidade, massa seca e frequência de ocorrência, e a cultura quanto à produtividade comercial. As principais plantas espontâneas foram Commelina benghalensis, Cynodon dactylon, Eleusine indica, Alternanthera tenella e Amaranthus spinosus. O período crítico de interferência das plantas daninhas na estação chuvosa foi de 12 a 36 dias após a emergência da cultura e na estação seca, de 04 a 53 dias após o transplantio. A estação climática influencia com menos intensidade o período crítico de interferência das plantas espontâneas no quiabeiro em sistema orgânico. O segundo experimento foi realizado no Pólo de Produção Jardim São Cristóvão em São Luís-MA. Os tratamentos foram constituídos pelos adubos verdes Vigna unguiculata, Crotalaria juncea, Mucuna nivea e Cajanus cajan em consórcio com quiabeiro e em monocultivo; além de testemunhas sem adubos verdes (quiabeiro capinado e quiabeiro com plantas espontâneas). As plantas espontâneas foram avaliadas quanto ao acúmulo de massa seca, frequência, densidade, índice de valor de importância, riqueza de espécies, índice de Shannon-Wiener. Os adubos verdes foram avaliados quanto a massa fresca e seca da parte aérea e cobertura vegetal; e para a cultura, a produção média de frutos e o índice equivalente de área. As plantas espontâneas mais importantes nos consórcios foram Alternanthera tenella, Commelina benghalensis, Eragrostis ciliaris e Synedrella nodiflora. Os consórcios do quiabeiro com Crotalaria juncea e com Mucuna nivea proporcionaram menor acúmulo de massa seca das plantas espontâneas. Os adubos verdes Vigna unguiculata, Crotalaria juncea e Mucuna nivea em consórcio com quiabeiro proporcionam vantagens de rendimento quando comparados às monoculturas do quiabeiro e dos adubos verdes. Em sistema orgânico ocorre maior tolerância do quiabeiro às plantas espontâneas e os adubos verdes consorciados com quiabeiro são alternativas viáveis para supressão das plantas espontâneas e aumento de rendimento.

  • REGILLA MARTINS FEITOSA DOS REIS
  • QUALIDADE DOS FRUTOS E REAÇÃO À FUSARIOSE DE SELEÇÕES CLONAIS DE ABACAXI ‘TURIAÇU’

  • Data: 29/03/2019
  • Mostrar Resumo
  • O fruto do abacaxizeiro Ananas comosus var. comosus (L) Merril), é muito apreciado e consumido na sua forma “in natura”, além disso é uma cultura com elevado potencial econômico e social, pela remuneração da mão-de-obra familiar. Um dos objetivos dos programas de melhoramento genético do abacaxizeiro é selecionar genótipos resistentes/tolerantes à fusariose causada pelo fungo Fusarium guttiforme Nirenberg; O'Donnell, e obter frutos de qualidade superior. O abacaxi ‘Turiaçu’, adaptado e cultivado no município maranhense do mesmo nome, no qual apresenta características físico-químicas do fruto com potencial para o consumo “in natura”, surge nesse cenário como uma alternativa de promover seleções resistentes ou tolerantes para o produtor, bem como, inserção em programas de melhoramento. Com base nesse enfoque, objetivou-se analisar a qualidade físico-biométrica e química de frutos de seleções clonais de abacaxi ‘Turiaçu’ e avaliar a reação ao F. guttiforme, com a finalidade de obter materiais resistentes ou tolerantes para uso direto aos produtores e acessos valiosos para programas de melhoramento. Em experimento de competição de seleções/cultivares, em condições de campo, visando a avaliação da qualidade dos frutos, utilizou-se as seleções clonais ‘Cilíndrico’, ‘Livino’, ‘Nanico’, ‘Pérola’ e ‘Turiaçu’ tradicional, para os quais determinou-se os atributos biométricos relativos a massa do fruto e seus componentes e dimensões e atributos químicos. Para avaliação da reação à fusariose utilizou-se as seleções do experimento anterior adicionado das seleções ‘Turiouro’, ‘Pérola da Serra’ e ‘Turipaz’, conduzido em condições de laboratório, utilizando o método de inoculação com palito contaminado com estruturas do patógeno e em casa de vegetação por meio da imersão das mudas em suspensão de conídios. Os resultados para a qualidade dos frutos permitem inferir que as seleções clonais de abacaxi ‘Turiaçu’ possuem características biométricas e químicas com potencial aceitação no mercado consumidor, com exceção da seleção ‘Nanico’ por apresentar tamanho e peso do fruto reduzido. Quanto a reação à fusariose, a seleção ‘Turipaz’ apresentou maior tolerância ao F. guttiforme em ambos os experimentos, a qual é recomendada para os produtores de abacaxi, bem como, para programas de melhoramento genético.

  • STEFANIA PINZON TRIANA
  • EFEITO DO MANEJO DO SOLO E DA REGENERAÇÃO FLORESTAL SOBRE A COMUNIDADE DE FORMIGAS EM MATAS CILIARES E TERRA FIRME NA AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Data: 28/08/2019
  • Mostrar Resumo
  • A crescente pressão antrópica na Amazônia torna imperativo avaliar o efeito da 106 degradação florestal nas comunidades-chave dentro dos ecossistemas ribeirinhos (matas 107 ciliares) e de terra firme adjacentes, em particular na Amazônia Oriental, a região mais 108 degradada da Amazônia. No estado do Maranhão, práticas agrícolas com baixo impacto 109 ambiental são necessárias para mitigar a eliminação quase completa destes ecossistemas. Um 110 exemplo disso é o sistema agroflorestal de “corte da vegetação e cobertura do solo” (Slash 111 and Mulch), que surgiu como uma alternativa da agricultura de “corte e queima” (Slash and 112 Burn). Assim, a presente tese tem como objetivo encontrar evidências do efeito na riqueza, 113 frequência, densidade e composição de Formicidae da regeneração em bosques ribeirinhos e 114 nas terras altas, assim como do manejo agrícola com ou sem uso do fogo nas terras altas. Foi 115 explorada também, a relação da cobertura do dossel e da físico-química do solo em sistemas 116 agrícolas e ao longo da sucessão secundária com a abundância e na densidade de formigas, 117 dois parâmetros pouco considerados na ecologia de formigas, mas proporcionados pelo 118 método de coleta TSBF que permite ter um volume constante da amostra de liteira e solo. Os 119 resultados obtidos indicam que Formicidae reflete mudanças em relação ao manejo do solo e 120 a sucessão florestal, diminuindo sua riqueza e frequência no período seco nas áreas abertas 121 das matas ciliares e em áreas agrícolas de corte e queima nas terras altas. Os remanescentes 122 florestais ainda favorecem a colonização e turnover de espécies entre usos do solo, com maior 123 riqueza presente nas terras altas. Embora não seja um método específico para coleta de 124 formicídeos, o TSBF mostrou ser um método custo/benefício favorável.

2018
Descrição
  • ALMERINDA AMELIA RODRIGUES ARAUJO
  • LEVANTAMENTO DE MOSCAS-DAS-FRUTAS (DIPTERA: TEPHRITIDAE) EM ÁREA DE CERRADO E BIOECOLOGIA DE Anastrepha alveata Stone

  • Data: 28/03/2018
  • Mostrar Resumo
  • O objetivo com este trabalho, foi estudar a infestação de espécies de Anastrepha (Diptera: 3 Tephritidae) em frutíferas diversas e de Anastrepha alveata em ameixeira silvestre Ximenia 4 americana (Olacaceae), descrever através de análise faunística a composição específica da 5 comunidade de moscas-das-frutas e analisar a flutuação populacional, em uma área de cerrado, 6 além disso, caracterizar aspectos biológicos e comportamentais de A. alveata em ameixeira 7 silvestre. Para isso foram realizadas coletas sistemáticas de frutos de ameixeira silvestre e de 8 outras espécies botânicas e em armadilhas modelo McPhail contendo, como atrativo, proteína 9 hidrolisada a 5%, no período de nov./2014 a dez./2017, no Sítio das Palmeiras, município de 10 São Pedro do Piauí, PI. Duas espécies de Anastrepha foram detectadas infestando frutos: A. 11 alveata que apresentou índices de infestação na ameixeira silvestre de 144,2 pupários/kg, 216,1 12 pupário/kg e 321,6 pupários/kg nos anos 2014, 2015 e 2016; e A. obliqua em ceriguela Spondias 13 purpurea com infestação de 146,1 pupários/kg e 479,2 pupários/kg nos anos de 2016-2017, e 14 em umbu-cajá Spondias sp. com 607,3 pupários/kg somente em 2017. As espécies de 15 Anastrepha constituintes da comunidade foram: A. alveata, A. ethalea, A. obliqua, A. zenildae, 16 A. sororcula, A. fraterculus e Anastrepha sp., as duas primeiras foram predominantes, A. 17 obliqua e A. zenildae dominantes e acessórias e as demais foram acidentais. Quanto a flutuação 18 populacional, para A. alveata foi observada praticamente na frutificação da ameixeira silvestre, 19 de outubro a dezembro, A. ethalea entre março a outubro, A. obliqua de novembro a março e 20 A. zenildae em maio e junho. Com os adultos obtidos de frutos da ameixeira silvestre foi 21 desenvolvida uma criação de A. alveata, em condições de laboratório (temperatura 27 ± 2 ºC, 22 UR 70 ± 5%, fotoperíodo 12 h), no período de nov./2015 a out./2017. Foram selecionados 150 23 adultos (60 fêmeas e 90 machos) para determinação da maturidade, horário e tempo de cópula, 24 número de cópulas e fecundidade. A maturidade sexual para A. alveata foi de 5-7 dias da 25 emergência para os machos e para as fêmeas de 8-13 dias e o ritmo de acasalamento é 26 crepuscular/noturno. Fêmeas de A. alveata não acasalam com mais de um macho, mas copulam 27 mais de uma vez. O período médio de pupa para A. alveata é de 17,5 dias e existem dois picos 28 preferenciais para emergência do adulto, às 10:00 horas e às 15:00 horas. A longevidade em A. 29 alveata é superior a 300 dias de idade e sobrevive sem diapausa à frutificação do ano seguinte 30 da ameixeira silvestre. Portanto Anastrepha alveata é uma espécie univoltina de hábito 31 alimentar estritamente monófago associada ao hospedeiro ameixeira silvestre Ximenia 32 americana.

  • ALMERINDA AMELIA RODRIGUES ARAUJO
  • LEVANTAMENTO DE MOSCAS-DAS-FRUTAS (DIPTERA: TEPHRITIDAE) EM ÁREA DE CERRADO E BIOECOLOGIA DE Anastrepha alveata Stone

  • Data: 28/03/2018
  • Mostrar Resumo
  • O objetivo com este trabalho, foi estudar a infestação de espécies de Anastrepha (Diptera: 3 Tephritidae) em frutíferas diversas e de Anastrepha alveata em ameixeira silvestre Ximenia 4 americana (Olacaceae), descrever através de análise faunística a composição específica da 5 comunidade de moscas-das-frutas e analisar a flutuação populacional, em uma área de cerrado, 6 além disso, caracterizar aspectos biológicos e comportamentais de A. alveata em ameixeira 7 silvestre. Para isso foram realizadas coletas sistemáticas de frutos de ameixeira silvestre e de 8 outras espécies botânicas e em armadilhas modelo McPhail contendo, como atrativo, proteína 9 hidrolisada a 5%, no período de nov./2014 a dez./2017, no Sítio das Palmeiras, município de 10 São Pedro do Piauí, PI. Duas espécies de Anastrepha foram detectadas infestando frutos: A. 11 alveata que apresentou índices de infestação na ameixeira silvestre de 144,2 pupários/kg, 216,1 12 pupário/kg e 321,6 pupários/kg nos anos 2014, 2015 e 2016; e A. obliqua em ceriguela Spondias 13 purpurea com infestação de 146,1 pupários/kg e 479,2 pupários/kg nos anos de 2016-2017, e 14 em umbu-cajá Spondias sp. com 607,3 pupários/kg somente em 2017. As espécies de 15 Anastrepha constituintes da comunidade foram: A. alveata, A. ethalea, A. obliqua, A. zenildae, 16 A. sororcula, A. fraterculus e Anastrepha sp., as duas primeiras foram predominantes, A. 17 obliqua e A. zenildae dominantes e acessórias e as demais foram acidentais. Quanto a flutuação 18 populacional, para A. alveata foi observada praticamente na frutificação da ameixeira silvestre, 19 de outubro a dezembro, A. ethalea entre março a outubro, A. obliqua de novembro a março e 20 A. zenildae em maio e junho. Com os adultos obtidos de frutos da ameixeira silvestre foi 21 desenvolvida uma criação de A. alveata, em condições de laboratório (temperatura 27 ± 2 ºC, 22 UR 70 ± 5%, fotoperíodo 12 h), no período de nov./2015 a out./2017. Foram selecionados 150 23 adultos (60 fêmeas e 90 machos) para determinação da maturidade, horário e tempo de cópula, 24 número de cópulas e fecundidade. A maturidade sexual para A. alveata foi de 5-7 dias da 25 emergência para os machos e para as fêmeas de 8-13 dias e o ritmo de acasalamento é 26 crepuscular/noturno. Fêmeas de A. alveata não acasalam com mais de um macho, mas copulam 27 mais de uma vez. O período médio de pupa para A. alveata é de 17,5 dias e existem dois picos 28 preferenciais para emergência do adulto, às 10:00 horas e às 15:00 horas. A longevidade em A. 29 alveata é superior a 300 dias de idade e sobrevive sem diapausa à frutificação do ano seguinte 30 da ameixeira silvestre. Portanto Anastrepha alveata é uma espécie univoltina de hábito 31 alimentar estritamente monófago associada ao hospedeiro ameixeira silvestre Ximenia 32 americana.

  • ASSISTONE COSTA DE JESUS
  • EFEITOS DA FORMA DE APLICAÇÃO DO FÓSFORO NA CULTURA DO FEIJÃO CAUPI INOCULADA COM Bradyrhizobium NA EFICIÊNCIA DO USO DO NITROGÊNIO.

  • Data: 01/03/2018
  • Mostrar Resumo
  • O nitrogênio (N) e o fósforo (P) geralmente são os dois nutrientes que
    ocorrem em menores teores no solo em relação à necessidade da planta e são os mais exigidos pelas culturas. Além disso a Fixação Biológica de Nitrogênio é reconhecidamente eficiente em feijão-caupi que, quando bem nodulado, pode atingir altos níveis de produtividade. Objetivou-se verificar se a forma de aplicação do fósforo aumenta a eficiência do uso do nitrogênio e a produtividade de grãos do feijão caupi inoculado com Bradyrhizobium em diferente disponibilidade de nitrogênio. O experimento foi realizado em esquema fatorial [ (3x4) +2], com três formas de aplicação de P (lanço, sulco de plantio-SP e parcelado no sulco de plantio-PS) combinadas a quatro doses de N (0, 20, 60 e 120 kg ha-¹) aplicadas em cobertura, mais dois tratamentos adicionais, só inoculante na semente e o controle (sem fertilização). Utilizou-se o delineamento de blocos casualizados, com quatro repetições. A parcela experimental foi constituída de quatro fileiras de 4 m, espaçadas de 0,80 m. Foram distribuídas 10 sementes por metro de sulco. A cultivar de feijão caupi utilizada foi a BRS Guariba, e as sementes foram inoculadas com estirpes de Bradyrhizobium sp. Aos 30 dias após a emergência, no estádio V4 (com a quarta folha completamente desenvolvida), foi realizada a adubação de cobertura. As variáveis avaliadas foram: Índice spad, produtividade de grãos (PG, kg ha-1), teor de N nos grãos (TNg, g kg-1), conteúdo de N no grão (CNg, kg ha-1), proteína bruta (PB), índice de colheita de N (ICN), índice de colheita de grão (ICg), Remobilização de N (RN, kg ha-1), eficiência de remobilização de N (ERN, %) e eficiência do uso do N (EUN, kg kg-1). As doses de N influenciam positivamente a produtividade de grãos onde o fósforo foi distribuído no sulco de plantio e parcelado no sulco. A dose de 67,0 kg ha-1 de N aplicada em cobertura proporciona a PG máxima de 955,27 kg ha-1, associada com a aplicação do fósforo parcelada no sulco. As doses de N não influenciam a PG quando o fósforo foi aplicado a lanço. As formas de aplicação de fósforo localizadas proporcionam maiores PG para a cultura. As sementes inoculadas apenas com Bradyrhizobium sp. proporcionam incremento de 24,6% na produtividade de grãos em relação ao tratamento sem fertilização e bactérias. As doses de N influenciam de forma quadrática crescente o teor de N nos grãos (TNg) e a proteína bruta (PB) nos grãos, e linear crescente o índice Spad; o tratamento de aplicação de fósforo a lanço proporciona menor TNg, PB e índice Spad. As doses de N aplicadas em cobertura e as formas de aplicação de fósforo não influenciam a EUN, a ERN, o ICg e o ICN. Essas variáveis são influenciadas quando é utilizado só inoculantes com Bradyrhizobium sp. nas sementes em relação ao tratamento sem fertilização e bactérias.

     

  • CARLOS WENDELL SOARES DIAS
  • EFICIÊNCIA FOTOSSINTÉTICA DE PLANTAS DE ARROZ INFECTADAS POR Curvularia lunata (Wakker) Boedijn Meyerno

  • Data: 28/09/2018
  • Mostrar Resumo
  • Dentre os fatores que diminuem a produtividade da cultura do arroz, os problemas fitossanitários derivados de doenças fúngicas são potencialmente causadores de perda em todo o mundo. A mancha foliar associada a Curvularia lunata só foi relatada no Brasil e na Índia, e tem se tornado comum nos arrozais do Estado do Maranhão. Conhecer os danos que essa doença pode causar tanto na fenologia quanto na fisiologia das plantas de arroz é essencial para desenvolver, caso haja necessidade, estratégias de controle. Dessa forma, objetivou-se avaliar o desenvolvimento da doença mancha foliar em função de diferentes números de inoculações com C. lunata e variáveis fisiológicas nas plantas de arroz. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, utilizando-se um esquema fatorial 2x6, consistido por duas cultivares (BRS Primavera e IRGA 424) e seis tratamentos, sendo duas testemunhas, uma absoluta (sem adubação – T0), uma relativa (com adubação – T1), plantas com uma inoculação, duas inoculações, três inoculações e quatro inoculações (T2, T3, T4 e T5) e cinco repetições. Foram encontradas diferenças estatísticas entre as cultivares ao avaliar a área lesionada, número de lesões e número de folhas lesionadas (Tratamento T5), se sobressaindo a cultivar BRS Primavera. A severidade na mancha de grãos foi maior na cultivar IRGA 424 nos tratamentos que receberam uma e duas inoculações (T2 e T3), enquanto a severidade da mancha foliar não apresentou diferenças significativas. O Tratamento T5 apresentou diferença significativa em relação aos demais nas cultivares estudadas na avaliação da área lesionada e número de folhas lesionadas, bem como para severidade na folha para a cultivar BRS Primavera. Com a análise de regressão observou-se uma correlação linear positiva altamente significativa (p < 0.001) nas duas cultivares estudadas entre a severidade da mancha foliar e da mancha nos grãos causadas por C. lunata. Quanto aos parâmetros fisiológicos, foram observadas variações de índice fotossintético (PI) entre os tratamentos da cultivar IRGA 424, comportamento similar a densidade de centro de reação por molécula de clorofila (RC/ABS). A análise de regressão entre a condutância estomática e o Índice de Ball-Berry demostrou uma correlação linear positiva muito significativa (p < 0,01) na cultivar BRS Primavera, enquanto a cultivar IRGA 424 apresentou uma correlação exponencial positiva altamente significativa (p < 0,001). Quanto a assimilação fotossintética de CO2, as médias dos tratamentos na cultivar IRGA 424 com três e quatro inoculações e maior severidade (T4 e T5) tiveram um aumento da assimilação fotossintética de CO2 superior aos demais tratamentos (3,42 e 3,89 molm-2s-1) e superior ainda na comparação entre cultivares nos mesmos tratamentos, o que levanta a necessidade de mais estudos para o esclarecimento dos mecanismos associados à esses resultados.

  • DANILO NUNES SODRÉ
  • SEMENTE DE FEIJÃO-CAUPI COM ALTO CONTEÚDO DE MOLIBDÊNIO ORIGINAM PLANTAS MAIS PRODUTIVAS EM SOLOS COM BAIXA FERTILIDADE NATURAL NA AMAZÔNIA ORIENTAL.


  • Data: 27/09/2018
  • Mostrar Resumo
  • O feijão-caupi é um dos alimentos mais consumidos no Norte e Nordeste do Brasil e uma das principais fontes de renda dos agricultores familiares. Objetivou-se estudar os efeitos do conteúdo de Mo da semente combinado ou não com inoculante (rizóbio) na nutrição nitrogenada e na produtividade do feijão-caupi em solos com baixa fertilidade natural na Amazônia Maranhense. Para tanto, foram conduzidos dois experimentos. No primeiro, em Coimbra-MG produziram-se sementes com três conteúdos de Mo. Nesse experimento, as plantas foram pulverizadas com 0, 250 e 850 g ha-1 de Mo e as sementes da cv. Guariba foram avaliadas quanto ao conteúdo de Mo. Com essas sementes colhidas no primeiro experimento foi instalado um experimento em São Luís-MA no esquema fatorial 3 x 2: três conteúdos de Mo da semente (0,014 ± 0,005; 0,674 ± 0,151 e 1,987 ± 0,278 µg Mo semente-1) e uso ou não de rizóbio com estirpes de Bradyrhizobium (BR 3262). A média do TNF e da produtividade no conteúdo de Mo da semente de 1,987 ± 0,278 foram, respectivamente, 36,1% e 35% maiores que a média do TNF e da produtividade no conteúdo de Mo de 0,014 ± 0,005. O uso da inoculação com rizóbio aumentou 17% o teor de N na folha em relação ao tratamento que não recebeu inoculante. A inoculação não aumentou a produtividade de grãos. Semente de feijão-caupi com alto conteúdo de Mo aumenta a nutrição nitrogenada e a produtividade de grãos da cultura plantada em solos pobres. A inoculação aumenta a nutrição nitrogenada e não aumenta a produtividade de grãos da cultura. Nossos resultados sugerem que sementes ricas em Mo aumenta a produção de grãos do feijão-caupi na região do tropico úmido, independentemente da inoculação. O uso de sementes ricas em Mo pode trazer benefícios ao agricultor, mesmo para os que não usam inoculante.

  • DIOGO HERISON SILVA SARDINHA
  • HELICONIA PSITTACORUM: INFLUÊNCIA DE FITOESTIMULANTES NO CONTROLE DE MANCHAS FOLIARES E NA QUALIDADE DE FLORES PÓS-COLHEITA

  • Data: 22/08/2018
  • Mostrar Resumo
  • Um dos entraves à produção de helicônias são as doenças foliares que podem reduzir a fotossíntese, danificar as brácteas e inviabilizar as flores para comercialização. A utilização de fitoestimulantes pode reduzir a incidência das manchas foliares e influenciar a qualidade das flores pós-colheita. O objetivo deste trabalho foi identificar fitoestimulantes capazes de induzir resistência em H. psittacorum cv. Golden Torch e influenciar positivamente a pós-colheita desta espécie. Os fitoestimulantes Agro-Mos® (10 ml L-1), Bion® (0,5 g L-1), Quartz® (40 ml L-1), K - Fosfitotal® (3 g L-1) e Ca - Fosfitotal® (3 g L-1) foram aplicados com auxílio de pulverizador costal e cada parcela foi protegida durante a aplicação eliminando a deriva dos produtos. A indução foi avaliada durante o cultivo experimental com a quantificação da severidade causada pelo complexo fúngico, da taxa fotossintética das plantas e da coleta de material vegetal para análise da atividade enzimática de peroxidase, polifenoloxidase, β-1,3 gluconase. A influência pós-colheita foi mensurada em flores de H. psittacorum cv. Golden Torch colhidas no período da manhã considerando os parâmetros: aspecto visual, perda de massa fresca, extravasamento de eletrólitos, peroxidação lipídica, além da quantificação de carboidratos solúveis e das enzimas peroxidase, polifenoloxidase, superóxido dismutase e compostos fenólicos solúveis totais. Os resultados indicaram que os fitoestimulantes Bion® e os fosfitos aplicados, reduziram a severidade do complexo fúngico, aumentaram a atividade de peroxidase, polifenoloxidase, β-1,3 gluconase e não promoveram alterações na taxa de fotossíntese liquida das plantas. O valor encontrado para β > 1, sugere que a estimativa visual da severidade do complexo fúngico é um bom indicador visual do efeito dos fitopatógenos na taxa fotossintética do hospedeiro. Já a influência dos fitoestimulantes na qualidade das hastes demonstraram ser positivas, preservando a qualidade das hastes florais colhidas. Nos parâmetros avaliados os fosfitos, sobretudo o K - Fosfitotal®, obtiveram as melhores notas para o aspecto visual, apresentando reduzido extravasamento de eletrólitos e menor peroxidação lipídica. Os resultados deste trabalho, são respostas concretas a produtores do setor, sobre alternativas de manejo das doenças associadas ao cultivo de helicônias.

  • ELIZANGELA PEREIRA DA SILVA SOUSA
  • Parasitoides de moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) em Spondias spp. no estado do Piauí

  • Data: 03/04/2018
  • Mostrar Resumo
  • Os parasitoides são os inimigos naturais mais importantes das moscas-das-frutas, são utilizados
    em programas de controle biológico em vários países para regular as populações destes
    tefritídeos. O objetivo deste trabalho foi avaliar dinâmica populacional, determinar os índices
    de parasitismo natural e registrar a diversidade de parasitoides de Anastrepha obliqua
    (Macquart, 1835) associados as Spondias spp. nativas no estado do Piauí. Foram realizadas
    coletas de frutos em Teresina, Campo Maior, São Pedro do Piauí e Curimatá, durante os ciclos
    de frutificação das Spondias spp., que ocorreu no período de março de 2015 a junho de 2017.
    As coletas em Teresina e Curimatá foram (semanal) e em Campo Maior e São Pedro do Piauí
    (quinzenal), os frutos foram coletados na planta e os caídos no chão. Os frutos foram
    transportados em bandejas plásticas para o Laboratório de Entomologia no Centro de Ciências
    Agrárias (CCA) da Universidade Federal do Piauí em Teresina-PI. No laboratório os frutos
    foram contados, pesados e distribuídos em bandejas plásticas, forradas com areia autoclavada
    e cobertas com tecido voile preso com liga elástica. Decorridos 10 a 12 dias, a areia foi
    peneirada para a retirada das pupas, as mesmas foram acondicionadas em potes plásticos
    transparentes (250 mL), com areia autoclavada e cobertos com voile até a emergência de moscas
    e/ou parasitoides. Após a emergência, procedeu-se a triagem, separando as moscas dos
    parasitoides que foram contados, conservados em criotubos (5 mL) em álcool a 70% e
    etiquetados para posterior identificação. O número total de coletas foi 198 amostras de frutos
    de Spondias spp. (cajá, umbu-cajá e umbu), obteve-se 2.725 espécimes de parasitoides de A.
    obliqua. Foram obtidas sete espécies de parasitoides pertencentes às famílias Braconidae,
    Figitidae (Eucoilinae) e Pteromalidae. Os braconídeos foram o Opius bellus Gahan,
    Doryctobracon areolatus (Szépligeti), Utetes anastrephae (Viereck) e Asobara anastrephae
    (Muesebeck). Os eucoilíneos foram Aganaspis pelleranoi (Brèthes) e Dicerataspis flavipes
    (Kieffer), e Pachycrepoideus vindemiea Rondani, pertencente à família Pteromalidae. Opius
    bellus foi a espécie de parasitoide mais frequente e que apresentou maior índice de parasitismo
    em A. obliqua associadas as Spondias spp. no estado do Piauí. As espécies de parasitoides A.
    anastrephae, D. flavipes e P. vindemiea são registradas pela primeira vez no estado do Piauí.

  • ERNESTO GOMEZ CARDOZO
  • Os sistemas agroflorestais na provisão de serviços ecossistêmicos e na transição agroecológica na Pan-Amazônia.

  • Data: 17/08/2018
  • Mostrar Resumo
  • Sistemas agroflorestais são uma alternativa para reduzir o nível de dióxido de carbono atmosférico. As árvores, palmeiras e arbustivas armazenam carbono como biomassa no sistema. O objetivo desta tese é avaliar serviços ecossistêmicos e processos de transição agroecológica nos sistemas agroflorestais na Amazônia. Esta tese está dividida em três artigos. O primeiro artigo testa a hipótese de que a diversidade florística dos sistemas agroflorestais contribui no incremento nos estoques de carbono, e concluímos que o carbono na biomassa aumento com a riqueza de espécies e a estratificação das espécies é o fator regulador da diversidade. O segundo artigo testa a hipótese de que os sistemas agroflorestais recuperam quantidades similares de carbono às florestas secundarias da mesma idade, tendo como principais conclusões que os sistemas agroflorestais e florestas secundárias sequestram similares quantidades de carbono nos diferentes gradientes de sucessão, portanto as agroflorestas tem um potencial para mitigar a degradação florestal e o sequestro de carbono. O terceiro testa a hipótese de que a valorização do conhecimento local promove a transição agroecológica, tendo como principais conclusões que a valorização do conhecimento local é essencial para construir a transição agroecológica e os sistemas agroflorestais surgem como uma alternativa viável de produção que contribuem no processo de restauração da região.

  • GIVAGO LOPES ALVES
  • COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTUDO FITOSSOCIOLÓGICO DE PLANTAS ESPONTÂNEAS E PRODUÇÃO DO ARROZ SOB COBERTURA MORTA DE PALHA DE BABAÇU

  • Data: 20/02/2018
  • Mostrar Resumo
  • Objetivou-se analisar os efeitos da cobertura de folhas de babaçu trituradas sobre a vegetação espontânea no cultivo de duas cultivares de arroz no município de Arari-MA. O experimento foi conduzido nos anos agrícolas 2016/2017 em delineamento experimental de blocos ao acaso, com os tratamentos dispostos em esquema fatorial com quatro repetições. Os quais foram distribuídos em dois níveis para o fator cultivar (Comecru e Cambará) e quatro níveis para o fator palha de babaçu (0, 15, 20, 25 t ha-1), mais duas testemunhas com controle total das plantas espontâneas nas parcelas das cultivares Comecru e Cambará. O levantamento das plantas espontâneas foi realizado por meio de um retângulo metálico de 0,5 m x 0,3 m lançado quatro vezes, aleatoriamente nas parcelas durante sete avaliações (20, 30, 40, 50, 60, 70 e 110 dias após a emergência da cultura). As plantas foram separadas por espécie, identificadas e secadas em estufa de 65-70°C para obtenção da matéria seca. Os índices fitossociológicos obtidos foram: densidade relativa, frequência relativa, dominância relativa e o índice de valor de importância. Na cultivar Comecru com cobertura de palha de babaçu foram identificadas 23 espécies distribuídas em 14 famílias botânicas, três do grupo das monocotiledôneas e onze das eudicotiledôneas e para cultivar Cambará 17 espécies em 12 famílias das quais, três famílias do grupo das monocotiledôneas e nove das eudicotiledôneas. A família com maior riqueza de espécies foi Cyperaceae com quatro espécies na cv Comecru e quatro espécies na cv Cambará. As famílias das eudicotiledôneas, Convolvulaceae, Fabaceae e Euphorbiaceae foram relevantes na cultivar Comecru. A avaliação das plantas espontânea em 15, 20 e 25 t ha-1 de palha de babaçu nas em ambas cultivares dos 20 aos 70 DAE mostraram que a espécie de maior índice de valor de importância foi C. iria com valores acima de 100% na cv Comecru e de 120% na cv Cambará para 15 t ha-1de palha. Em 20 t ha-1 os valores de IVI foram de 100% na cv Comecru e a 140% na cv Cambará. Para a quantidade de 25 t ha-1 a cv Comecru apresentou 149,46%, enquanto a cv Cambará obteve 148,81%. Na avaliação realizada na colheita, aos 110 DAE para os tratamentos com palha de babaçu na cv Comecru a espécie C. iria, apresentou o IVI de 32,78%, 52,83% e 31,46% em 15, 20 e 25 t ha-1 de palha de babaçu respectivamente. Na cv Cambará a C. iria apresentou IVI de 62,40%, 56,00% e 120,93% em 15, 20 e 25 t ha-1 de palha de babaçu respectivamente. Nas cultivares as maiores produtividades foram obtidas na ausência de palha (0 t ha-1) com 1553,01 Kg ha-1 para cv Comecru e 1392,41 Kg ha-1 para a cv Cambará, entretanto entre as quantidades de palha, 25 t ha-1 proporcionou maior produtividade para a cv comecru com 953,91 Kg ha-1 e 339,73 Kg ha-1 para a cv Cambará. Na cultura do arroz sob cobertura de palha de babaçu, o grupo botânico das monocotiledôneas predomina em todas as quantidades de palha cuja família de maior importância foi Cyperaceae. A presença da palha e as cultivares influenciam a composição florística da comunidade de plantas espontânea, principalmente, a maior quantidade de palha (25 t ha-1). As características agronômicas de arquitetura moderna da cv. Cambará favorece maior presença das espécies do grupo das monocotiledôneas comparada à cv. Comecru, de característica “tradicional” que permite mais espécies do grupo das eudicotiledôneas. As características agronômicas da cv Comecru permite maior diversidade de plantas espontâneas que reflete em menos interferência dessas espécies em sua altura e produtividade, principalmente na maior quantidade de palha de babaçu. A espécie de maior índice de valor de importância nas duas cultivares foi C. iria, seguida pelas espécies A. tenella, E. sellowiana e F. dicothoma. Apesar das características agronômicas da cv Cambará não contribuírem para o potencial competitivo da cultura, a maior quantidade de palha favoreceu sua produtividade. Assim, a palha de babaçu apresenta grande relevância como uma alternativa de manejo das plantas espontâneas na cultura do arroz nas condições da Baixada Maranhense.

  • JOSE RIBAMAR MUNIZ CAMPOS NETO
  • FORMULAÇÕES DE Bacillus methylotrophicus NA PROMOÇÃO DO CRESCIMENTO E INDUÇÃO DE RESISTÊNCIA EM TOMATEIRO CONTRA MURCHA DE FUSARIUM

  • Data: 22/08/2018
  • Mostrar Resumo
  • O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia do tratamento de sementes com suspensões frescas e formulações em pó contendo Bacillus methylotrophicus na promoção do crescimento de plantas e a indução de resistência à murcha de fusarium (Fusarium oxysporum f. sp. lycopersici) em tomateiro em casa de vegetação, verificando a ocorrência de alterações morfológicas e bioquímicas nas plantas avaliadas. Formulações de pó à base de mandioca (Manihot esculenta), araruta (Maranta arundinacea) e alginato de sódio contendo Bacillus, em Além do produto comercial Quartz®, foram utilizados para microbiolização das sementes de tomate da cultivar Santa Cruz. As formulações promoveram o crescimento das plantas, com um índice de vigor de plântulas maior que 50 % para todos os tratamentos contendo B. mthylotrophicus, além de um aumento significativo na matéria seca total. Os tratamentos induzidos resistência sistêmica, controlando o fusarium murchado com redução de 75 % da doença e ativação de enzimas como peroxidase e polifenoloxidase, somente β-1,3-glucanase apresentou menor atividade que os controles (tratamentos sem B. mthylotrophicus). Assim, evidenciou-se que o uso de formulações contendo Bacillus é eficiente na promoção do crescimento de plantas de tomateiro e na indução de resistência ao controle da murcha do fusarium.

  • KENESON KLAY GONÇALVES MACHADO
  • Tibraca limbativentris Stal (HEMIPTERA: PENTATOMIDAE): INCIDÊNCIA DE PARASITOIDES E DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL EM LAVOURAS ORIZÍCOLAS DA BAIXADA MARANHENSE

  • Data: 27/03/2018
  • Mostrar Resumo
  • Tibraca limbativentris (Stal, 1860) é um dos insetos mais prejudiciais à cultura do arroz no Brasil, pois afeta as fases vegetativa e reprodutiva da planta e causa danos significativos na produtividade dos grãos. Identificar os parasitoides que atacam as fases de ovo e fase adulta, além de caracterizar a distribuição espacial da praga nas lavouras de arroz são medidas importantes para o estabelecimento de programas de Manejo Integrado de Pragas. Objetivou-se com esta pesquisa verificar a incidência natural de parasitoides de T.limbativentris e sua distribuição espaço-temporal em lavouras orizícolas da Baixada Maranhensedurante os anos agrícolas de 2015-2016 e 2016-2017. O inventário das espécies de parasitoides foi realizado a partir de coletas mensais de posturas de T. limbativentris. As folhas e colmos com as posturas foram retiradas manualmente das plantas de arroz. Na análise espaço-temporal, a amostragem foi realizada quinzenalmente. Foram contabilizados e coletados os insetos nas fases de desenvolvimento de ninfa (exceto primeiro ínstar) e adulto de T. limbativentris durante as fases vegetativa e reprodutiva do arroz. Para avaliar a distribuição da praga, foram demarcadas estacas de 1,10 m de altura em touceiras de arroz. Para identificação e descrição da nova espécie de parasitoide da fase adulta, percevejosadultos de T. limbativentris foram coletados em campos de arroz. Os adultos foram sexados e mantidos em grupos de 30 espécimes (15 fêmeas e 15 machos) em pote de plástico com tampa de pressão e capacidade de 750 mL. Esses potes foram vistoriados diariamente até emergência dos parasitoides do inseto adulto de T. limbativentris. No ano agrícola de 2015-2016, observou-se 1.857 ovos parasitados enquanto que no ano agrícola de 2016-2017 foi observado o parasitismo em 450 ovos. No estudo da distribuição espacial para o ano agrícola de 2015-2106, a dependência espacial foi agregadapara a fase de ninfas e ninfas + adultos de T. limbativentris. No ano agrícola de 2016-2017, ninfas e adultos de T. limbativentris na fase vegetativa e reprodutiva do arroz se distribuíram aleatoriamente. Uma nova espécie do gênero Hexacladia parasitou o estágio adulto de T. limbativentris, com uma taxa de parasitismo total de 14,2%. Conclui-se que as espécies de parasitoides identificadas nos ovos foram Telenomus sp. aff. podisi (morfoespécie A), Telenomus sp. aff. podisi (morfoespécie B), Telenomus sp. aff. podisi (morfoespécie C), T. urichi), Ooencyrtus submetallicus e Anastatus sp.; o monitoramento de T. limbativemtris deve ser realizado a partir das plantas que estão na bordadura da área do plantio e Hexacladia sp. nov. exerce um papel importante na regulação natural de T. limbativentris nas lavouras orizícolas maranhenses.

  • LIZANDRA CONCEIÇÃO PIMENTA SILVA
  • PLANTAS E ANIMAIS MEDICINAIS EM ASSENTAMENTOS RURAIS DO BAIXO MUNIM, MARANHÃO

  • Data: 27/03/2018
  • Mostrar Resumo
  • A Etnobiologia é um campo interdisciplinar que envolve tanto o estudo quanto a interpretação de todo o conhecimento tradicional que envolve os componentes do Reino Plantae e Animalia. A Etnobotânica e a Etnozoologia são as ciências que estudam as interações entre o ser humano e as plantas e os animais, respectivamente, principalmente as espécies nativas da região em que habita uma dada população. O conhecimento tradicional, que é transmitido ao longo das gerações, está em risco de desaparecimento em várias regiões devido à perda e fragmentação dos ecossistemas nativos e ao acelerado processo de êxodo rural e urbanização. O objetivo dessa pesquisa foi investigar práticas medicinais que utilizam árvores e animais nativos, realizadas por comunidades tradicionais em assentamentos rurais da Região do Baixo Munim no Maranhão. Para isso, foram identificados os especialistas locais através do método “Bola de Neve” com os quais foram aplicados questionários semi-estruturados e observação participativa. Foram entrevistadas 52 pessoas, sendo que as mulheres representaram 83% desse público. Todos os entrevistados são agricultores (as) e dentre eles apenas 8% concluíram os estudos. Foram registradas 42 espécies de plantas arbóreas medicinais nativas utilizadas em humanos pelas comunidades, dentre as quais foram observadas 18 famílias botânicas, sendo Fabaceae a que teve maior representatividade (21,4%). As espécies com maior frequência de citação foram a Ameixa (Bunchosia sp.) e Janaúba (Himathanthus drasticus), ambas com 21 citações.  Em relação aos animais, foram registradas 18 espécies e 17 famílias usadas medicinalmente em humanos. Mamíferos foi o grupo taxonômico mais representativo foi o dos (44,4%) e Boidae a família com a maior representatividade (11,1%). A espécie animal com maior frequência de citação foi a cobra Cascavel (Crotalus durissus L.) com 12 citações. Entre os entrevistados 88% transmitem o conhecimento às novas gerações, sendo a forma oral a única forma de transmissão citada. Os entrevistados relataram um número expressivo de plantas e animais para uso em preparo de medicamentos para seres humanos. Considerando o risco de perda de conhecimento, é fundamental registrar essas práticas em comunidades tradicionais.

  • MARCIO FERNANDES ALVES LEITE
  • IMPACTO DA SUCESSÃO ECOLÓGICA E DO MANEJO DO SOLO NAS INTERAÇÕES DO SISTEMA PLANTA-SOLO-MICRORGANISMOS

  • Data: 28/11/2018
  • Mostrar Resumo
  • Interações planta-solo-microrganismos determinam qual porção de recursos uma determinada espécie pode explorar. Por outro lado, o manejo e a sucessão ecológica alteram as condições do solo e a vegetação, o que por consequência pode influenciar o modo como as interações acima e abaixo do solo ocorrem. Essas mudanças podem tanto comprometer como proporcionar o equilíbrio do agroecossistema. Portanto, faz-se necessário entender quais os mecanismos capazes de modificar as interações entre espécies e quais dessas interações podem induzir processos de facilitação. Assim, a presente tese visa encontrar evidências de diferentes formas de manejo do solo e a sucessão ecológica após sistema corte-e-queima influenciam nas interações do sistema planta-solo-microorganismos, buscando formas de manejo do solo capazes de formentar uma maior interação do sistema planta solo. No Capítulo 1 investigamos a influência dos resíduos orgânicos com diferentes teores de carbono e nitrogênio na estrutura e na atividade da comunidade de fungos e bactérias do solo. Já no Capítulo 2 buscamos entender como bactérias promotoras de crescimento podem possibilitar o ganho de biomassa de plantas em uma região do semi-árido do Mediterrâneo e seu impacto na microbiota do solo. Por sua vez, no Capítulo 3 nós avaliamos o efeito da sucessão ecológica e da densidade de palmeira babaçu (Attalea speciosa) após ciclos de corte-e-queima nas interações da biomassa acima do solo entre plantas (árvores e cipós) com serrapilheira, nutrientes e frações da matéria orgânica do solo. No Capítulo 4 verificamos o efeito da idade de um tipo particular de sistema agroflorestal, o quintais agroflorestais, usando como estudo de caso os quintais do município de Eurinepé, estado do Amazonas. Os resultados obtidos indicam que as interações entre diferentes organismos espécies podem ser alteradas pelas formas de manejo e que em situações de estresse de nutrientes ou ação antrópica as interações sofrem um impacto.

  • RAUDIELLE FERREIRA DOS SANTOS
  • CARACTERIZAÇÃO DE SELEÇÕES DE BACURIZEIRO (Platonia insignis Mart.) E MANEJO DE BROTAÇÕES NATURAIS POR SOBRE-ENXERTIA

  • Data: 25/09/2018
  • Mostrar Resumo
  • O bacurizeiro (Platonia insignis Mart.) é uma frutífera de grande ocorrência no Maranhão, apresenta potencial de utilização, mas o aproveitamento adequado da frutífera, ainda é limitado, principalmente em razão da carência de informações técnicas acerca da espécie. O bacurizeiro possui a capacidade de emitir inúmeras brotações de uma única planta, porém, exibe autoincompatibilidade genética, resultando em longo período juvenil e baixa produtividade. Deste modo, objetivou caracterizar, por meio de atributos biométricos e químicos de frutos de diferentes seleções de bacurizeiro e investigar a viabilidade de sobrenxertia direta em campo de brotações de bacurizeiros. Foram coletados 12 frutos por seleção de bacuri, total de 8, para a determinação da massa, diâmetro longitudinal, diâmetro transversal, número de sementes, número de segmentos partenocárpicos, rendimento de polpa, massa da casca, sólidos solúveis (ºBrix), acidez total (% ac. cítrico), relação sólidos solúveis/acidez e pH. Já o experimento de sobrenxertia, desenvolvido em Presidente Juscelino, constou no usou das seleções Domingão e Prata, no experimento de 2017, substituindo-se essa última pela seleção Boa-Vista, no experimento de 2018. E consistiu na combinação das seleções com os métodos de enxertia por garfagem, em fenda cheia e à inglês simples. Houve diferença significativa para os caracteres biométricos e químicos avaliados. Foram observados elevados coeficientes de variação, pressupondo o indicativo de variabilidade genética entre as seleções e a possiblidade de aproveito para o melhoramento genético da espécie. Os resultados permitem indicar os frutos analisados tanto para o mercado industrial quanto para consumo in natura, com destaque para as seleções Domingão e Mamão. Quanto a sobrenxertia, contatou-se a viabilidade da técnica direta em campo sobre brotações naturais de bacuri, devendo-se considerar a seleção, o método de enxertia, o porte das brotações e o período de realização da enxertia, que mostraram importância fundamental para o pegamento dos enxertos.

  • RONILDSON LIMA LUZ
  • Microbiota associada à palmeira babaçu (Attalea speciosa Mart.) e seus impactos na qualidade físico-química e nas comunidades microbiológicas dos solos arredores

  • Data: 06/04/2018
  • Mostrar Resumo
  • A palmeira babaçu (Attalea speciosa) é uma planta ruderal dominante adaptada ao regime de corte e queima, contudo, pouco se sabe sobre o efeito ecológico dessa palmeira sobre os fatores bióticos e abióticos do solo. Para investigar esses efeitos executamos dois diferentes experimentos. No primeiro verificamos a influência da dominância do babaçu e idade da capoeira sobre a dinâmica de decomposição e concentração de nutrientes na folha e raiz de babaçu utilizando duas diferentes plantas de referência, Acacia mangium (decomposição lenta) e Leucaena leucocephala (decomposição rápida) durante 138 dias em litterbags. Nós observamos que a degradação da folha do babaçu é menor que a da A. mangium (qualidade baixa) com 63% de biomassa foliar remanescente após 138 dias. Além disso verificamos elevadas concentrações de K foliar aos 50 dias. As raízes mostraram decomposição mais lentas que as folhas com pouca diferença na redução da biomassa entre as três espécies. No segundo experimento avaliamos o efeito ecológico da palmeira babaçu sobre a comunidade bacteriana no “bulk soil” e na rizosfera em duas contrastantes densidades de palmeiras babaçu (625 e 2500 palmeiras ha-1), em dois pontos amostrais (próximo da palmeira e entre palmeiras equidistantes) e avaliamos a relação com a matéria orgânica do solo, nutrientes, biomassa do sub bosque (< 1 metro) e serrapilheira. No “bulk soil” as densidades de babaçu (650 e 2500 palmeiras ha-1) propiciaram o aumento de grupos de fixadores de nitrogênio e decompositores de matéria orgânica tais como Acidobacteria e Chlroflexi. O aumento desses dois grupos também foi relacionado ao pH, matéria orgânica e biomassa de palmeiras babaçu. A rizosfera selecionou onze diferentes filos, entre eles o Parcubacteria foi o mais adaptado a rizosfera, provavelmente, devida a sua capacidade decompor material vegetal rico em celulose. Este estudo mostrou que a comunidade bacteriana é influenciada via efeitos diretos e indiretos proporcionados pela palmeira babaçu.

  • TÁCILA RAYENE DOS SANTOS MARINHO
  • ESTUDO FITOSSOCIOLÓGICO DE PLANTAS ESPONTÂNEAS E PRODUÇÃO DO FEIJÃO CAUPI EM SISTEMA DE PLANTIO DIRETO EM CAPOEIRA TRITURADA

  • Data: 19/02/2018
  • Mostrar Resumo
  • O feijão caupi, é uma importante fonte alimentar para as populações humanas, no entanto, é uma cultura afetada por fatores ecológicos que podem prejudicar seu rendimento. A presença de plantas espontâneas na cultura do feijão-caupi reduz a produtividade de grãos em até 90%. O manejo dessas espécies pela tecnologia de trituração de capoeira e o uso de inoculantes para a fixação biológica do nitrogênio pode reduzir sua interferência na produtividade do feijão caupi. Assim, o objetivo desta pesquisa foi avaliar a influência da inoculação sobre as plantas espontâneas e produtividade do feijão caupi em sistema de capoeira triturada (tecnologia mulch). A pesquisa foi conduzida no período de maio a junho de 2017 no Assentamento Cristina Alves, Itapecuru Mirim – MA. A área experimental foi preparada com trituração da capoeira para plantio do milho que após a colheita foi sucedido pela cultura do feijão caupi usando-se duas cultivares e inoculação de Rhizobium. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso em arranjo fatorial 2 x 2 + 2, sendo duas cultivares de feijão caupi (BRS Guariba e BR 17 Gurgueia), dois tratamentos microbiológicos (com e sem inoculação) e duas testemunhas adicionais com adubação nitrogenada (na cv BRS Guariba e BR 17 Gurgueia) , com quatro repetições.  As coletas das plantas espontâneas foram realizadas coletas a cada 10 dias (10, 20, 30, 40, 50 e 60 dias após a emergência da cultura), com quadro amostral de 0,5m x 0,5m lançadas aleatoriamente quatro vezes na parcela. As plantas foram coletadas, identificadas e os dados de densidade e biomassa seca das plantas espontâneas foram usados para determinação dos parâmetros fitossociológicos: densidade relativa, frequência absoluta e relativa, dominância relativa e o índice de valor de importância. Aos 40 e 70 dias após a emergência das plantas foi avaliada a nodulação e a colheita respectivamente. Na colheita avaliou-se número de vagens planta -1; o número de grãos vagem -1 e massa média por unidade de grão.  Na cultivar BRS Guariba, foram encontradas 27 espécies de plantas espontâneas pertencentes a 12 famílias botânicas, cuja as monocotiledôneas representaram 48,1% e as eudicotiledôneas 51,9% do total de espécies. Para cultivar BR 17 Gurgueia foram registradas 26 espécies dispostas em dez famílias, com as monocotiledôneas representando 53,8% e as eudicotiledôneas 46,2% do total de espécies. Nas duas cultivares, a principal família das plantas espontâneas foi Cyperaceae e as plantas espontâneas mais importantes foram Vismia guianensis, Cyperus sp. e Scleria melaleuca. Não houve efeitos significativos da interação entre as cultivares e os tratamentos microbiológicos para o número de nódulos. A cv. BR 17 Gurgueia apresentou 22,13 nódulos planta -1 enquanto a cv. BRS Guariba obteve apenas 12,53 nódulos planta -1. No tratamento com inoculação ocorreu o maior número de nódulos (24,35 nódulos planta-1) do que sem inoculação (10,31 nódulos planta-1) e com adubação nitrogenada (testemunhas) com média de 1,62 nódulos planta-1. Para os parâmetros de produção não houve efeitos significativos da interação entre as cultivares e os tratamentos microbiológicos. As cultivares não diferiram estatisticamente para o número de vagens planta -1 com valores médios de 6,87 vagem planta -1, o mesmo ocorreu para a produtividade com média de 1239,05 kg ha-1.  Foram observadas diferenças significativas entre as médias dos tratamentos microbiológicos para todos os parâmetros de produtividade. Os tratamentos com inoculação e adubação nitrogenada das cultivares (testemunhas adicionais) registraram os maiores valores para o número de vagens por planta com média de 7,79 vagens planta -1. Para a produtividade de grãos, o tratamento adubação nitrogenada na cv BRS Guariba foi superior aos demais tratamentos com 1965, 09 kg ha-1. O sistema de capoeira triturada promoveu uma diversidade de espécies na cultura do feijão caupi cujo grupo botânico das eudicotiledôneas foi predominante na cv BRS Guariba, enquanto que na cultivar BR 17 Gurgueia foram as monocotiledôneas. Nas duas cultivares, a principal família das plantas espontâneas foi Cyperaceae e as plantas espontâneas mais importantes foram Vismia guianensis, Cyperus sp. e Scleria melaleuca. As plantas espontâneas não afetaram a produtividade das cultivares BRS Guariba e BR 17 Gurgueia em nenhum dos tratamentos avaliados nesse sistema. A cultivar BR 17 Gurgueia apresentou maior nodulação, e afinidade com as bactérias introduzidas e as nativas do solo em sistema de capoeira triturada, embora não tenha ocorrido diferença para a cv BRS Guariba inoculada quanto a produtividade. Essas cultivares mostram-se serem boas opções de cultivo em plantio direto em capoeira triturada, onde as condições edáficas do solo como o acúmulo de matéria orgânica, temperatura e umidade favoreceram sua produtividade.

  • TAINAN DOS SANTOS PEREIRA
  • ANÁLISE ECOLÓGICA E SOCIOECONÔMICA PARTICIPATIVA DA ÁREA COLETIVA DE SISTEMAS AGROFLORESTAIS DENTRO DA TRANSIÇÃO AGROECOLÓGICA DO PA CRISTINA ALVES, ITAPECURU MIRIM -MARANHÃO

  • Data: 27/09/2018
  • Mostrar Resumo
  • Na Agroecologia o conceito de Transição Agroecológica é um processo gradual e multilinear de mudança nas formas de manejo dos Agroecossistemas, onde se busca a superação do modelo agroquímico de produção para outro de base ecológica. O PA Cristina Alves é caracterizado por desenvolver atividades produtivas baseadas nos modelos tradicional, convencional, orgânico e agroecológico. Entre as de cunho agroecológico, está a experiência cooperada com sistemas agroflorestais numa área de domínio coletivo. O presente trabalho teve por objetivo realizar uma análise participativa da experiência coletiva com SAFs como parte integrante do processo de Transição Agroecológica do PA Cristina Alves. Este se configura um trabalho de pesquisa-ação-participante, que estudou o agroecossistema lançando mão de metodologias e ferramentas participativas, no processo de construção do conhecimento agroecológico. Foram realizadas oficinas participativas de produção, entrevistas semiestruturas e não estruturadas, Caminhada Transversal, Turnê Guiada, Entrevista Coletivas, Reuniões de Planejamento, Mapa Falante, Linha do Tempo e georeferenciamento do agroecossistema.  A área coletiva destinada ao estabelecimento de experiências com SAFs no PA Cristina Alves possui 13 hectares, coberta em sua maior parte por vegetações em estágios avançados e intermediários de regeneração. Foi realizada a análise qualitativa do agroecossistema e de sua trajetória evolutiva de desenvolvimento, através da comparação longitudinal. O diagnóstico rural participativo possibilitou obter uma visão ampla sobre o agroecossistema, considerando sua configuração atual referente aos recursos naturais e produtivos em geral e aspectos sociais relacionados ao grupo que gere a área. A análise socioeconômica e ecológica possibilitou identificar o aumento na autonomia, responsividade, integração social e protagonismo dos jovens e das mulheres do assentamento. A utilização das ferramentas participativas possibilitou uma maior horizontalidade e riqueza no processo de construção do conhecimento agroecológico.

  • THIAGO OLIVEIRA RODRIGUES
  • EFEITO DE DIFERENTES MODELOS DE RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA SOBRE A MACROFAUNA DO SOLO NA AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Data: 28/09/2018
  • Mostrar Resumo
  • As áreas florestais do planeta diminuíram cerca de 5,3 milhões de hectares por ano durante o período de 1990 a 2010 e a expansão agropecuária, juntamente com as atividades de mineração e construção de barragens, estradas e ferrovias, são as principais atividades antrópicas responsáveis pela geração de áreas degradadas, além da atividade madeireira. Ao sofrer perturbação, a natureza por si só, já inicia um processo de regeneração, mas em muitos casos a intervenção do homem é necessária para estabilizar e reverter os processos de degradação, por meio da restauração ecológica. Os métodos de restauração, onde se enquadra o método de ilhas de vegetação, representam uma das melhores formas de implementar a sucessão dentro de áreas degradadas, restituindo a biodiversidade condizente com as características da paisagem e as condições microclimáticas locais, o mesmo vale para os SAF’s, podendo estes serem vistos como forma de restaurar um ambiente degradado e produzir de forma sustentável. Visto que a fauna e flora dos ecossistemas poderão sofrer alteração ao longo do processo de restauração, o ambiente físico é capaz de condicionar a fauna e a estrutura da vegetação pode influenciar o solo, com reflexos na qualidade do mesmo e na dinâmica das populações da macrofauna. Os organismos da macrofauna edáfica contribuem diretamente para a avaliação dos sistemas de produção agrícola, além de estarem intimamente ligados aos processos de ciclagem de nutrientes. Informações obtidas por meio da macrofauna edáfica podem colaborar para o desenvolvimento de estratégias de recuperação do solo ou mitigação de danos causados ao mesmo. O experimento foi realizado na Fazenda Escola da Universidade Estadual do Maranhão, localizada em São Luís – MA, numa área experimental delineada por 18 parcelas, inseridas em 6 blocos com 3 tratamentos. Os tratamentos correspondem a três modelos de restauração ecológica, sendo restauração passiva (R1), restauração florestal em ilhas (R2) e restauração produtiva (SAF’s) (R3). Foram realizadas quatro coletas, duas no final do período chuvoso e duas no período seco, através do método de armadilhas de queda (Pitfall) e os organismos amostrados foram separados, com o auxílio de microscópio estereoscópico óptico, de acordo com os grupos taxonômicos ao qual pertenciam, quantificados e armazenados em frascos eppendorf. Os dados foram analisados através dos índices de Shannon, a equitabilidade através do índice de Pielou e Todas as análises de variância foram realizadas no programa livre R, por meio dos pacotes lattice, car e agricolae.. Foram encontrados 43594 indivíduos, dos quais 81,4% pertenciam ao grupo Formicidae e observou-se que os tratamentos ainda exercem pouca influência sob estes organismos, o que pode ser explicado por um estado inicial de sucessão. Todos os tratamentos foram influenciados pelos períodos de coleta, portanto pelas épocas de seca e chuva ao qual foram submetidos , demonstrando que esse fator pode ser condicionante e talvez mais marcante em ambientes com sucessão mais avançada. O presente estudo concluiu que a comunidade da macrofauna foi capas de indicar informações referentes a como os modelos de restauração a influenciaram, validando-a como indicadora de restauração

  • VANESSA DE ARAÚJO LIRA
  • CONTROLE BIOLÓGICO E BIOATIVIDADE DO ÓLEO ESSENCIAL DE Varronia curassavica Jacq. (BORAGINACEAE) A Raoiella indica Hirst (ACARI: TENUIPALPIDAE)

  • Data: 20/02/2018
  • Mostrar Resumo
  • O ácaro-vermelho-das-palmeiras, Raoiella indica (Acari: Tenuipalpidae), é uma das principais pragas da cultura do coqueiro (Cocos nucifera L.) no mundo. O ácaro predador Amblyseius largoensis (Acari: Phytoseiidae) é encontrado em associação com R. indica em vários países, inclusive no Brasil, e pode auxiliar no controle dessa praga em campo. Os fitoquímicos podem ser usados para o manejo eficiente de pragas e são, geralmente, compatíveis com organismos benéficos e menos prejudiciais ao homem e ao meio ambiente. Nesse contexto, Varronia curassavica Jacq. (Boraginaceae) é uma espécie medicinal nativa do Brasil, cujo óleo essencial possui atividade bactericida, larvicida e fungicida. No entanto, não há estudos sobre a bioatividade do óleo essencial de V. curassavica a ácaros fitófagos e sua compatibilidade com ácaros predadores. O objetivo deste trabalho foi determinar a resposta funcional de A. largoensis sobre diferentes estádios de desenvolvimento do ácaro-vermelho-das-palmeiras e avaliar a toxicidade do óleo essencial do acesso VCUR 404 de V. curassavica a R. indica e sua seletividade a A. largoensis. Ninfas e fêmeas de A. largoensis apresentaram resposta funcional do tipo II ao consumirem ovos, protoninfas e fêmeas de R. indica, com exceção de ninfas do predador consumindo protoninfas da praga, que apresentaram resposta funcional do tipo III. As maiores taxas de oviposição de A. largoensis foram atingidas quando o predador se alimentou de ovos e protoninfas da praga. O óleo essencial do acesso VCUR 404 de V. curassavica foi tóxico a R. indica (CL50 = 1,9 mg/mL e CL99 = 9,5mg/mL). R. indica foi atraído por até 24 horas para áreas pulverizadas com a CL50 e CL75 do óleo essencial de V. curassavica. As CL25, CL50 e CL75 do óleo essencial reduziram a taxa instantânea de crescimento de R. indica, indicando uma tendência à extinção da praga, enquanto a CL99 causou a inviabilidade de 80% dos seus ovos. No entanto, a CL50 do óleo essencial estimada para R. indica causou  redução da taxa instantânea de crescimento do ácaro predador A. largoensis  e  a CL99  causoualta mortalidade (>90 %) nesse predador. Conclui-se que ninfas e fêmeas de A. largoensis podem contribuir para a redução R. indica, principalmente em baixas densidades. Adicionalmente, por ser tóxico e atrativo ao ácaro-vermelho-das-palmeiras,o óleo essencial do acesso VCUR 404 de V. curassavica poderia ser usado como uma armadilha para atrair e matar a praga, embora não tenha sido seletivo ao predador A. largoensis.

  • VINICIUS RIBAMAR ALENCAR MACEDO
  • ATRIBUTOS DO SOLO QUE DETERMINAM A PRODUTIVIDADE DAS CULTURAS PARA PREVENIR A DEGRADAÇÃO DE SOLOS ESTRUTURALMENTE FRÁGEIS

  • Data: 27/03/2018
  • Mostrar Resumo
  • Na região centro norte maranhense, os solos têm maior tendência a degradação em função de algumas de suas características, tais como, alto nível de intemperização, decomposição acelerada da matéria orgânica do solo e predisposição a coesão. A coesão impossibilita ou dificulta o preparo do solo com aração e gradagem, uma vez que a aplicação dessas técnicas pode aumentar a compactação destes solos. Estas características dificultam o desenvolvimento da agricultura. Além disso, é predominante o uso do sistema de corte e queima para plantio de culturas agrícolas, um sistema ultrapassado que já não se sustenta, pela ausência de áreas para desbravar e contribuição com a degradação dos recursos naturais.  Dada essas circunstâncias e ao aumento da preocupação da sociedade com a forma de produzir alimentos, é necessário a adoção de práticas agrícolas que aumentem a produtividade das culturas, considerando as peculiaridades de cada região, permitindo atender às necessidades do presente sem comprometer a produção alimentícia de futuras gerações. Portanto, a eficiência do uso de nutrientes é o principal fator que influencia o manejo dos agroecossistemas no trópico úmido devido à baixa capacidade de enraizamento das plantas no solo e altas taxas de perda de nutrientes. Alguns estudos desenvolvidos na região, tem sugerido o uso do sistema do plantio direto na palha de leguminosas arbóreas (cultivo em aleias) como prática de manejo.  Esse sistema tem se destacado na melhoria de propriedades físicas, químicas e biológicas do solo. Tais vantagens poderiam permitir intensificar a produção pelo aumento da eficiência de uso dos nutrientes e da água com a consequente diminuição da degradação do solo na periferia amazônica.  Essas vantagens precisam ser devidamente mensuradas por indicadores de qualidade do solo que antes de tudo devem ser sensíveis às variações do manejo, bem correlacionado com as funções desempenhadas pelo solo, capaz de elucidar os processos do ecossistema, ser compreensível, útil para o agricultor e preferencialmente, de fácil e barata mensuração.  Baseado nestas experiências, buscou-se aprofundar o entendimento sobre os indicadores que afetam a produção do milho em solo tropical coeso.

2017
Descrição
  • CARLOS CÉSAR MARTINS DE SOUSA
  • INTENSIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DE OVINOS EM UM SISTEMA AGROSSILVIPASTORIL DA REGIÃO DO BAIXO PARNAÍBA MARANHENSE

  • Data: 29/09/2017
  • Mostrar Resumo
  • A maneira de atendimento da demanda por alimentos, bioenergia e produtos florestais têm provocado impactos negativos ao meio ambiente nos últimos tempos, em função do manejo inadequado do solo e, como consequência, provocado baixa produtividade agropecuária. A intensificação do uso da terra em áreas agrícolas e o aumento da eficiência dos sistemas de produção podem contribuir para redução desses efeitos negativos. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito das leguminosas sobre o ganho de peso na terminação de ovinos em um sistema agrossilvipastoril, situado no povoado Acampamento, município de Brejo - MA. Em janeiro de 2017 foi plantado milho AG 1051 e capim mombaça entre as linhas de quatro espécies de leguminosas arbóreas: leucena, acácia, sombreiro e gliricídia, estabelecidas em uma área de 14.875 m² desde 2011. Do milho cultivado foram produzidos cinco dietas a base de silagem de milho com e sem leguminosas (M+A, M+S, M+L, M+G e Controle). Os parâmetros avaliados do material analisado, leguminosas, capim mombaça e silagens foram: matéria seca (MS), proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), matéria orgânica (MO), matéria mineral (MM). As dietas produzidas foram testadas em 20 cordeiros castrados (sem raça definida - SRD com Santa Inês), média de PV (20,63±1,54 kg). Utilizou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado com cinco tratamentos e quatro repetições. Foi mensurado o ganho de peso diário (GPD) dos ovinos. As leguminosas adicionadas ao solo aumentaram a produtividade de MS do capim mombaça e de silagem de milho ha-1 e, adicionadas à dieta dos ovinos, promoveram aporte nos níveis de PB e aumentou o ganho de peso desses animais e, por isso, constitui-se alternativa importante para incremento de nutrientes na alimentação de ovinos terminados em sistema agrossilvipastoril e pode ser alternativa viável para os sistemas familiares de produção integrada do trópico úmido.

  • CAROLINE RABELO COELHO
  • Eficiência de ácaros predadores e Acmela oleracea (Asteraceae) no controle do ácaro-vermelho-das-palmeiras Raoiella indica (Acari: Tenuipalpidae)

  • Data: 14/02/2017
  • Mostrar Resumo
  • O ácaro-vermelho-das-palmeiras, Raoiella indica (Acari: Tenuipalpidae), é uma praga que ataca e causa danos a diversas culturas, principalmente ao coqueiro (Cocos nucifera L.). Os ácaros fitoseídeos Amblyseius tamatavensis e Iphiseiodes zuluagai têm sido encontrados associados a R. indica no Brasil, enquanto queTyphlodromus (Anthoseiusornatus é encontrado frequentemente na acarofauna do coqueiro e podem auxiliar no controle desta praga em campo. O uso de extrato de Acmella oleracea tem demonstrado propriedades acaricida, inseticida, fungicida e larvicida, no entanto, pouco é conhecido sobre sua toxicidade a ácaros fitófagos e sua compatibilidade com ácaros predadores. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a eficiência de ácaros predadores e do extrato de A. oleracea no controle de R. indica. Os três predadores avaliados apresentaram resposta funcional do tipo II, indicando que eles podem auxiliar no controle de R. indica, principalmente em baixas densidades. No entanto, A. tamatavensis consumiu mais ovos, apresentou o menor tempo de manipulação, maior variação média no consumo de ovos em comparação com I. zuluagai e T. ornatus. O extrato de A. oleracea foi tóxico a R. indica (CL50 = 0,45mg/ml; CL80 = 1,34 mg/ml), não causando mortalidade no ácaro predador A. tamatavensisA CL50 e a CL80 do extrato de A. oleracea,estimadas para R. indica, foram repelentes à praga por até 48 horas depois da aplicação, enquanto que repeliu o predador apenas após 1 hora, na maior concentração. A CL50 e a CL80 do extrato de A. oleracea reduziram a taxa de crescimento de R. indica enquanto que as mesmas concentrações não afetaram a taxa de crescimento do predador. Conclui-se que o predador A. tamatavensis é um potencial agente de controle biológico de R. indica e o extrato de A. oleracea foi tóxico, repelente e reduziu o crescimento populacional deR. indica além de ser seletivo ao ácaro predador A. tamatavensis.

  • CEALIA CRISTINE DOS SANTOS
  • SERVIÇOS AMBIENTAIS EM DIFERENTES SISTEMAS DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NO MUNICÍPIO DE MONÇÃO-MARANHÃO, AMAZÔNIA ORIENTAL, BRASIL.

  • Data: 05/03/2017
  • Mostrar Resumo
  • O uso extensivo dos solos tem produzido impactos ambientais, econômicos e sociais. A quantidade de carbono no solo é indicador de sua qualidade. O uso e manejo do solo tem um efeito significativo sobre o teor e estoque de carbono, neste sentido é importante analisar a influência dos sistemas de usos e ocupação nestes estoques no intuito de garantir sua sustentabilidade. A pesquisa busca avaliar Serviços Ambientais (S.A) em  sistemas de uso e ocupação do solo no Projeto de Assentamento Diamante Negro Jutay, município de Monção-Ma, Amazônia Oriental por meio do teor e estoque do carbono, atributos da fertilidade, percepção dos agricultores sobre os serviços ambientais e caracterização socioeconômica da área. O experimento foi realizado em quatro sistemas de uso: Agricultura itinerante (AI), Pastagem (P), Capoeira mista (CM) e Floresta secundária (FS). Os sistemas de uso ou parcelas ocuparam uma área de 50 x 50 m. Em cada sistema de uso foram avaliadas quatro parcelas (repetições) com amostragem em diferentes profundidades. O esquema amostral composto um perfil central (1,2 x 1,0 x 1,2 m), com amostragem em camadas de 10 em 10 cm até 1,0 m de profundidade, e oito mini perfis (0,7 x 0,7 x 0,7 m), onde foram coletadas amostras nas camadas de 0-10, 10-20, 20-30, 30-40 e 40-50 cm de profundidade, totalizando 50 amostras por parcela. Para a análise de carbono e nitrogênio, as amostras foram preparadas de acordo com a metodologia TSBF. O efeito dos sistemas de uso sobre a concentração e estoque de C foi avaliado por meio de Análises da Variância fator único seguida pelo teste de Tukey (p <0,05). As análises foram realizadas com o software Statística 8. Coletou-se também amostras compostas nas profundidades de 0-10 e 10-20 cm para análise da fertilidade das áreas em estudo. Para a avaliação socioeconômica e percepção dos Serviços Ambientais foram aplicados 130 questionários. E de acordo com a percepção dos lavradores a pesca foi considerado o S.A mais importante e também o mais ameaçado assim como o fornecimento de água doce. Os sistemas de uso avaliados não tiveram efeitos sobre a concentração e estoque de carbono e os atributos de fertilidade, estes apresentaram baixos valores que sugerem a necessidade da adoção de práticas adequadas de gestão dos solos.

  • EDUARDO MENDONÇA PINHEIRO
  • Enraizamento de estacas de aceroleira (Malpighia emarginata DC.) em diferentes substratos e eficiência de fungos micorrízicos arbusculares na formação de mudas

  • Orientador : JOSÉ RIBAMAR GUSMÃO ARAUJO
  • Data: 31/03/2017
  • Mostrar Resumo
  • A cultura da acerola (Malpighia emarginata D.C.) devido ao seu alto teor de vitamina C, tem despertado grande interesse econômico e com grande potencial de expansão. Mas devido a desuniformidade dos seus pomares vem gerando características negativas na produção de acerola. O presente estudo foi desenvolvido com o objetivo de avaliar o efeito de diferentes substratos (plantimax, vermiculita, solo + esterco de galinha) sobre o enraizamento de estacas herbáceas e semilenhosas de plantas de acerola e através de inoculação com fungos micorrízicos arbusculares (Claroideoglomus etunicatum- Claretun, Gigaspora margarita - Gimarg e Glomus clarum - Glclar e suas combinações) analisar seu efeito nas taxas de crescimento das mudas em casa de vegetação na Universidade Estadual do Maranhão com sistema de nebulização intermitente. O delineamento estatístico utilizado foram inteiramente casualizado sendo que na primeira fase usou-se o esquema fatorial 2 x 4, dois tipos de estacas e 4 substratos com 8 repetições no período de 60 dias de experimento e na segunda fase o esquema fatorial 2 x 8, dois tipos de estacas (herbácea e semilenhosa) e 7 inoculações e 1 testemunha formando 16 tratamentos no período de 100 dias de experimento. Na primeira fase foi avaliado o percentual de enraizamento, comprimento de raízes, número de novas folhas formadas e altura de muda. Na fase da inoculação de mudas foram avaliados o desenvolvimento das mudas micorrizadas (altura e massa fresco e seco da parte aérea e raízes), correlações positivas entre as características de crescimento da planta, a taxa de crescimento relativo e a taxa de crescimento absoluto e a taxa de colonização micorrízica através da metodologia de Giovannetti e Mosse (1980). As estacas herbáceas em substrato de vermiculita obtiveram maior percentual de enraizamento (86,25%), maior comprimento médio de raiz (5,30 cm), maior altura de muda e formação de novas folhas. A inoculação com Gigaspora margarita + Claroideoglomus etunicatum promove maior crescimento em plantas de aceroleira oriundas de estacas herbáceas e as plantas oriundas de estacas semilenhosas seu crescimento é favorecida pela inoculação de Claroideoglomus etunicatum.

  • GIRLAYNE VELOSO PINHEIRO
  • DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL DO ABACAXI ‘TURIAÇU’ E RELAÇÃO COM OCORRÊNCIA DE LESÕES CORTICOSAS NOS FRUTOS EM PRÉ E PÓS- COLHEITA

  • Orientador : FABRÍCIO DE OLIVEIRA REIS
  • Data: 18/12/2017
  • Mostrar Resumo
  • O plantio de abacaxi ‘Turiaçu’ realizado no município de Turiaçu, Maranhão,
    localizado na microrregião do Gurupi (Amazônia Maranhense), é basicamente familiar,
    em sistema itinerante de corte e queima ainda passando por inovações no processo
    produtivo. Um problema que deprecia o valor comercial da cv. ‘Turiaçu’ e dificulta a
    conquista de novos mercados é a presença de lesões corticosas na casca do fruto que
    parece resultar de uma desordem fisiológica. O objetivo do trabalho foi realizar um
    levantamento sobre a ocorrência de lesões em frutos de abacaxi cv. ‘Turiaçu’
    provenientes do sistema de cultivo de corte e queima e estudar a relação entre o estado
    nutricional das plantas de abacaxi ‘Turiaçu’ com a ocorrência das lesões corticosas nos
    frutos. Os dados relativos à contagem de lesões na casca dos frutos foram submetidos ao
    teste “t” de Student ao nível de 5% de probabilidade. Utilizou-se o software estatístico
    MINITAB® 16. Foram feitos histogramas de frequências percentuais, para os valores
    de contagem total de lesões corticosas típicas e lesões corticosas superficiais dos frutos
    de abacaxi cv. ‘Turiaçu’. De um modo geral, pode-se inferir que a safra 16/17
    apresentou frutos com melhor qualidade comercial, uma vez que obteve uma freqüência
    de frutos sem lesão e uma diminuição da freqüência no grupamento ≥ 50 lesões por
    fruto, em comparação à safra 15/16. A gravidade da situação da presença de lesões
    corticosas típicas foi evidenciada nas propriedades que cultivaram o abacaxi na situação
    de roça no toco, aonde os frutos de um modo geral, nas duas safras apresentaram frutos
    com grande quantidade de lesões típicas, caracterizando frutos com baixo potencial de
    mercado, sendo um fenômeno generalizado na região e agravado em cultivos que não
    recebem nenhum tipo de adubação. A aplicação de boro via foliar proporcionou
    elevados teores de boro na folha D, contudo, nem o boro e nem o biofertilizante,
    influenciaram as características químicas e biométricas dos frutos, exceto pelo
    comprimento de fruto sem coroa/massa do fruto. A aplicação de biofertilizante reduziu
    o número de lesões corticosas típicas, na base dos frutos, enquanto a aplicação de boro,
    via foliar e biofertilizante não reduziram o número de lesões corticosas superficiais.

  • HÉLIO DANTAS DE ALMEIDA
  • PRODUTIVIDADE E QUALIDADE DE MANDIOCA, COM ADUBAÇÃO VERDE E APLICAÇÃO DE ÁCIDO HÚMICO, EM SOLO TROPICAL PROPENSO A COESÃO

  • Data: 29/09/2017
  • Mostrar Resumo
  • No solo do trópico úmido, que é submetido a um alto grau de intemperismo, o maior desafio para a agricultura tropical é evitar práticas insustentáveis que podem levar ao desmatamento de áreas novas quando os nutrientes do solo estão esgotados. O objetivo deste trabalho foi estudar as interações dentro do sistema de aléias, avaliando os efeitos da combinação de biomassa de leguminosas e aplicação de ácido húmico, nas propriedades químicas do solo, teor de matéria orgânica e no rendimento e qualidade da mandioca biofortificada, em um solo tropical com baixa fertilidade natural, com foco em sustentabilidade da cultura. A hipótese é de que esse sistema tenha efeitos positivos sobre esses parâmetros da cultura. O experimento de cultivo de mandioca biofortificada em aléias consistiu em dez tratamentos e quatro repetições dispostas em blocos ao acaso, como segue: L + C, leucaena + clitoria; L + A, leucaena + acácia; G + C, gliricidia + clitoria; G + A, gliricidia + acácia; e solo nu, todos com e sem ácido húmico. Nossos resultados confirmam que a biomassa de leguminoss pode melhorar os niveis de bases catiônicas trocáveis e matéria orgânica em solos tropicais. Nestas circunstâncias, a produtividade da mandioca pode ser aumentada em até 60% por aplicação de ácido húmico, mas as interações negativas entre a cultura e biomassa de leguminosa de espécies como Acacia mangium podem neutralizar os efeitos positivos do ácido húmico no crescimento das raízes.Uma combinação de biomassa de leguminosas com alta liberação de nitrogênio e menor efeito antagonista, como gliricidia + clitoria, podem aumentar o teor de amido e proteína na mandioca. No entanto, o conteúdo de beta-caroteno não foi afetado pelos tratamentos.

  • HENRY ALEXANDER REYES MARTINEZ
  • AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO DE FUNGOS MICORRIZICOS ARBUSCULARES - FMA EM DIFERENTES SISTEMAS DE USO DO SOLO NA AMAZONIA ORIENTAL

  • Data: 29/09/2017
  • Mostrar Resumo
  • Como a transformação antrópica das florestas tropicais da Amazônia em terras degradadas continua, o papel dos fungos micorrízicos arbusculares (FMA) permanece no escuro. Este artigo descreve as mudanças na FMA (abundância de glomerosporos, composição e diversidade de espécies e conteúdo de glomalina) ao longo da sucessão de florestas secundárias, e exploramos os impactos da sazonalidade e da fisicoquímica do solo. A pesquisa foi conduzida numa região de agricultura itinerante na periferia oriental da Amazônia, florestas secundarias “jovens”(3-4 anos) e 'meia idade' (6-9 anos), e em florestas maturidade (> 120 anos de idade) nas estações secas (novembro de 2015) como nas chuvosas (maio de 2016). Identificamos um total de 36 espécies de FMA, correspondendo a 24,1% da riqueza de espécies do Brasil e 12,5% da AMF conhecida mundialmente. Os gêneros Glomus e Acaulospora predominaram em todos os estádios sucessionais, com 58,3% e 25% de toda riqueza de espécies, respectivamente. O BCA sugere que a composição de espécies de FMA foi impulsionada principalmente pela sazonalidade (16%) e apenas marginalmente (embora igualmente significativamente) por sucessão (8%). Um subconjunto de variedades de solo (pH, OM, Al, CEC, Ca) apresentou alta correlação (r2 = 0,46) com abundância de glomerosporos e composição de espécies. Embora as espécies de glomerosporos diferissem significativamente entre florestas de 3-4 anos e> 120 anos, as diferenças foram pequenas e - ao contrário da diversidade de espécies de vegetação - a diversidade foi maior no rebrotamento de 3-4 anos. A similaridade florística da FMA entre estes tipos contrastantes de vegetação foi alta (‘r = 0,79’). Nem o conteúdo de glomalina facilmente extraível nem total diferiram significativamente entre estações ou estágios sucessionais, embora contribuíssem substancialmente (média geral de 2,5%) para o total de carbono da matéria orgânica do solo. Nossos resultados apóiam a visão de um conjunto limitado de espécies de FMAs com apenas diferenças muito sutis entre o novo crescimento (degradado) secundário e as florestas maduras. Assim, as trajetórias sucessionais de recuperação da vegetação após repetidos ciclos de cultivo de deslocamento provavelmente não são limitadas pela disponibilidade da FMA.

  • HULDA ROCHA E SILVA
  • ASPECTOS AMBIENTAIS, SOCIAIS E ECONÔMICOS DOS SISTEMAS AGROFLORESTAIS NA AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Orientador : GUILLAUME XAVIER ROUSSEAU
  • Data: 27/09/2017
  • Mostrar Resumo
  • Este trabalho está dividido em três partes, que se constituem em dois artigos e uma nota. O primeiro artigo testa a hipótese de que os SAF são tão eficientes quanto a vegetação secundária na mesma faixa de idade para regulação do clima, por meio do potencial de armazenamento de carbono no solo e na biomassa acima do solo, e conclui que os SAFs são tão eficientes quantos as capoeiras na mesma idade para acumular carbono. O segundo artigo testa a hipótese de que a riqueza e a diversidade de espécies em SAFs podem direcionar a performance sócio econômica desses sistemas, tendo como principal conclusão que a riqueza de espécies produtivas pode influenciar positivamente nos aspectos socioeconômicos nos SAFs. O terceiro, que está no formato de nota, propõe que os SAF sejam utilizados como forma de recuperação de áreas de reserva legal em projetos de assentamento na Amazônia Maranhense, o que irá depender de um maior alinhamento entre as políticas de Reforma Agrária, Políticas Ambientais, Políticas de Financiamento e outras Políticas afins. Os três estudos se entrelaçam e se completam, tornando a tese um documento que aponta problemas e soluções num contexto amplo que inclui toda a região Amazônica.

  • IVANEIDE DE OLIVEIRA NASCIMENTO
  • ManejoEcológico de doenças em arroz (Oryza sativa L.) de terras altas

  • Orientador : ANTONIA ALICE COSTA RODRIGUES
  • Data: 25/01/2017
  • Mostrar Resumo
  • O presente trabalho teve como objetivo avaliaro desempenho agronômico da cultura de arroz e a severidade de doenças utilizando estratégias alternativas de controle, tais como: a aplicação de adubação silicatada no solo, a microbiolização de sementes de arroz com Bacillusmetylotrophicus e a resistência de variedades na baixada maranhense. Para avaliação das doses de agrosilício e a microbiolização das sementes, foram realizados experimentos de campo, no município de Igarapé do Meio, com a variedade Palha Murcha e outro em São Bento-MA, com a variedade Primavera. Esses experimentos foram instalados em delineamento de blocos casualizados, com cinco repetições, em parcelas subdivididas. As parcelas foram constituídas por cinco doses de silício (0,0; 1,0; 2,0; 4,0 e 6 t ha-1) e as subparcelas foram constituídas por sementes de arroz microbiolizadas e não microbiolizadas com B. methylotrophicusna concentração de 108 (UFC/ml). O experimento em casa de vegetação na Universidade Estadual do Maranhão, em São Luís constou da inoculação do patógeno C. lunatana variedade Primavera em delineamento inteiramente casualizado com cinco repetições, em fatorial 5 x 2, e as mesmas dosagens de agrosilício utilizados em campo. A avaliação da resistência das variedades procedeu-se utilizando sementes melhoradas de arroz (Primavera, Esmeralda, Sertaneja, BR Irga 420, Serra Dourada, Arariba) e crioula (Palha Murcha, arroz Vermelho e Come Cru), que constituíram os tratamentos em delineamento de blocos ao acaso, com quatro repetições, nos municípios de São Bento e Arari. Nos experimentos distintos foram avaliados: emergência de plântulas, produtividade de grãos, número de panícula, altura de planta, massa de planta seca, o número de grãos por panícula, número de grãos cheios e chochos, taxa fotossintética e o índice de clorofila nas folhas de arroz, antes e após a inoculação do patógeno e severidade de Mancha Parda, Mancha Estreita, Escaldadura, Mancha de Grãos e Mancha Foliar (C. lunata). As doses de agrosilícioproporcionaram aumento na altura de plantas, da variedade Palha Murcha, enquanto na variedade Primavera promoveram  incremento na emergência de plântula, número de panículas, massa de planta seca e produtividade de grãos. Também reduziram a severidade de mancha de grãos nas variedades Palha Murcha e Primavera. Na cultivar Primavera, ocorreu influência das doses de agrosilício no controle de mancha foliar causada por C. lunata, e sobre a redução do número e porcentagem de folhas doentes. No entanto não promoveu efeito sobre o tamanho de panícula, número de grãos por panícula, número de grãos cheio e chochos por panícula. A Microbiolização das sementes com B. methylotropicusreduziu a severidade da Escaldadura para a variedade Primavera e não influênciou a severidade da Mancha Parda e a severidade da Mancha de Grãos para as duas variedades de arroz, e não controlou a Mancha Foliar causada por C. lunata, bem como não teve efeito sobre a taxa fotossintética, tamanho de panículas, número de grãos cheios e chochos no arroz Primavera. No aspecto produtividade de grãos, as variedades crioulas Palha Murcha (1472 kg ha-1), e Arroz Vermelho (1374 kg ha-1), apresentaram média de produtividade de grãos dentro da esperada para o Maranhão (1350 a 1580 kg ha-1) e estatisticamente igual à variedade melhorada Arariba (1607 kg ha-1), no município de Arari. Em São Bento, as variedades Palha Murcha (1832,74 kg ha-1), BR Irga 420 (2532,04 kg ha-1), Arariba (2161,74 kg ha-1), Sertaneja (2026,15 kg ha-1), Esmeralda (1977,71 kg ha-1), e Primavera (1934,67 kg ha-1), produziram acima da média (1350 a 1580 kg ha-1), prevista para o Maranhão. Quanto à resistência às doenças, todas as variedades apresentaram comportamento moderadamente resistente às doenças Mancha Parda e Mancha de Grãos. As variedades Primavera, Esmeralda, Sertaneja, BR Irga 420, Serra Dourada, Arariba e Palha Murcha tiveram alta suscetibilidade à Escaldadura em São Bento. Houve incidência de Mancha Estreita nas variedades melhoradas Arariba e BR Irga 420, as quais se comportaram como moderadamente resistente, as demais variedades são resistentes a essa doença em Arari.

  • JAILSON FERREIRA MOREIRA
  • VARIABILIDADE ESPACIAL DOS ATRIBUTOS FÍSICOS E QUÍMICOS DO SOLO EM ÁREA SOB CULTIVO DE ARROZ IRRIGADO POR INUNDAÇÃO EM ARARI-MA

  • Data: 29/09/2017
  • Mostrar Resumo
  • O arroz é um produto de grande importância em vários aspectos para o Estado do Maranhão, com destaque para o social, devido o seu papel desempenhado na segurança alimentar, e para o econômico, por seu potencial de geração de renda. A pecuária e a agricultura são atividades que fazem parte da civilização desde tempos remotos, sendo fundamentais à sobrevivência do homem e à manutenção da economia mundial. Os atributos do solo geralmente apresentam alto grau de variabilidade espacial devido a uma combinação de processos físicos, químicos e biológicos que operam em diferentes escalas, sendo a quantificação e interpretação de tal variabilidade espacial questão-chave para o manejo do solo. O estudo foi realizado em uma propriedade rural, situada no município de Arari na Baixada Maranhense. A coleta de amostras de solos foi realizada em setembro de 2016 em uma área medindo100x100m, em malha regular de 20x20m e adensamento de 5x5m, totalizando 66 amostras, com profundidade de 0-20 cm e georeferenciadas. O estudo avaliou a variabilidade espacial dos atributos do solo em sistema de cultivo de arroz irrigado por inundação em uma área manejada a cerca de 11 anos e estudada por Farias Filho (2014), por meio de técnica geoestatística, zoneando teores de nutrientes e outros atributos relevantes à produção rizícola e comparando por meio de mapas de isolinhas os atributos físicos e químicos dos solos. As variáveis analisadas foram pH, MO, P, Ca, Mg, K, H+Al (acidez potencial), Al, S, soma de bases (SB), capacidade de troca catiônica (CTC), saturação por bases (V%) e análises físicas de argila, silte e areia. Os resultados mostram valores de resíduos (RSS) distintos e coeficiente de determinação (R2 ) mais próximos a 1. S e Ca apresentam distribuição mais homogênea em comparação do Al e S, este último apresentando uma distribuição bem heterogênea devido às operações de manejo e a topografia local o que altera a distribuição dos atributos.

  • JESÚS ENRIQUE BURGOS GUERRERO
  • DIVERSIDADE E COMPOSIÇÃO DA MACROFAUNA DO SOLO NO SISTEMA AGROFLORESTAL QUESUNGUAL, AGRICULTURA DE CORTE QUEIMA E SUCESSÕES FLORESTAIS NA AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Orientador : GUILLAUME XAVIER ROUSSEAU
  • Data: 27/03/2017
  • Mostrar Resumo
  • The transformation of forest into agricultural fields, in the Amazon region, occurs basically by the using of slash-and-burn agriculture. However, this system could be no longer sustainable when considered the increasing population and high demand for land.  A suitable alternative for this problem have been the use of another efficient systems called Quesungual agroforestry system. Soil macrofauna is stronger affected by the land use system and is a successful tool to evaluate new soil management systems.  Our aim was determine and compare the biological structure and composition of soil macrofauna in mature forest MF (> 120 yr-old); succession secondary forests (3-6 YSF, 7-12 MSF, 30-40 yr-old OSF); slash-and-burn agriculture and Quesungual agroforestry systems from slashing of succession secondary forests of (3-6 yr-old SBY; QASY, 7-12 yr-old SBM; QASM, respectively). Linear fixed effects analysis and Bray Curtis index showed that Quesungual agroforestry systems from cut of secondary forest between 7-12 yr-old maintain similar richness and total density of soil macrofauna that mature forest. While the slash and burn agriculture showed the lowest richness an density values. In addition, we found that secondary forest age slashed for implantation of agricultural plots has significant influence in the quantity and diversity of soil macrofauna populations.

  • JOSILENE DIAS CANTANHEDE
  • FITOSSOCIOLOGIA DE PLANTAS ESPONTÂNEAS E PRODUÇÃO DO MILHO VERDE COM RIZOBACTERIA SOB COBERTURA MORTA

  • Data: 27/09/2017
  • Mostrar Resumo
  • O manejo ecológico de plantas espontâneas e a capacidade produtiva da cultura do milho verde podem ser favorecidos pelo uso da cobertura morta com palha de babaçu e associação do milho com bactérias diazotróficas. Foram avaliados os efeitos da cobertura morta na redução da composição florística da vegetação espontânea e ao desenvolvimento das plantas e ganhos produtivos do milho verde em relação ao tamanho e peso de espigas comerciais quando associado à bactérias diazotróficas do gênero Azospirillum brasilense. Com essa finalidade foi desenvolvido um experimento em condições de campo no ano agrícola 2015/2016 em área experimental do Programa de Pós-graduação em Agroecologia da UEMA em São Luís - MA, com delineamento em blocos ao acaso com quatro repetições, em parcela subdividida. O primeiro fator foi constituído pela bactéria Azospirilum brasiliense (com e sem inoculação e, o segundo fator pela quantidade de palha de babaçu utilizada como cobertura: 0,15,20 e 25 t ha-1. Os tratamentos adicionais foram  duas testemunha com controle total de plantas espontâneas, uma  sem inoculação de Azospirilum brasiliense e outra com inoculação. Anterior ao plantio do milho foi realizado o plantio da leguminosa adubadora Mucuna anã (MucunaDeeringiana), roçada aos dias após o cultivo (DAC) e disposta nas parcelas experimentais. O milho foi semeado sobre a camada da leguminosa obedecendo espaçamento de 0,80x0,25 m. A palha de palmeira de babaçu foi adicionada nas entre linhas das parcelas aos 10 dias após a emergência do milho. Foi aplicado, como tratamento das sementes de milho, 84 mL ha-1do inoculante comercial Nitro 1000 Gramínea® que contém 2,0x108 por mL de células viáveis de bactéria diazotrófica. As avaliações das plantas espontâneas foram realizadas aos 10, 20, 30,40 e 60 dias após emergência da cultura (DAE). Os parâmetros fitossociológicos determinados foram: Densidade relativa (De.R), Frequência relativa (Fr.R), Dominância relativa (Do.R) e Índice de Valor de Importância (IVI), além da densidade e massa seca de plantas espontâneas. Foram determinados, a riqueza de espécie, curva de rarefação e Índice de diversidade de Shannon, das plantas espontâneas para os períodos de 10-60 DAC nos tratamentos com 15,20 e 25 t há-1 de palha de babaçu e aos 60 DAC para os todos os tratamentos, incluindo a testemunha sem cobertura. Foram realizadas avaliações dos componentes de produção da cultura nos estádios vegetativo, reprodutivo e no momento da colheita do milho verde como, altura de plantas, altura de inserção da espiga, diâmetro do colmo, peso, diâmetro e comprimento de espigas comerciais com e sem palha.  Com base nos nossos resultados podemos concluir que, Poacea e Cyperacea são as famílias de maior importância para a cultura. A quantidade de 20 t há-1 de palha de babaçu foi eficiente no controle da maioria das espécies. A cobertura com palha de babaçu atuana redução numérica de plantas espontâneas. A produtividade da cultura é favorecida pela cobertura de palha de babaçu e a planta de milho tem melhor desenvolvimento e produtividade quando em associação com bactérias diazotróficas.

  • LÉO VIEIRA LEONEL
  • ECOFISIOLOGIA DE ARBÓREAS UTILIZADAS EM REVEGETAÇÃO DE ÁREAS ANTROPIZADAS NO ECÓTONO CERRADO / AMAZÔNIA

  • Orientador : FABRÍCIO DE OLIVEIRA REIS
  • Data: 28/04/2017
  • Mostrar Resumo
  • Na busca por conforto e capital, o homem vem moldando o Planeta Terra conforme as suas necessidades, o que tem acarretado ao ambiente profundas mudanças ao longo do tempo, levando à degradação de muitos habitats e, com isso, a extinção de espécies da fauna e flora. Porém, nas últimas décadas o homem tem buscado mitigar os danos causados frente à natureza, tornando suas ações mais sustentáveis e, ao mesmo tempo, focando recuperar alguns desses habitats antes perturbados. Para recuperar esses ambientes, a técnica mais utilizada é a revegetação, prática que consiste no plantio de espécies arbóreas, priorizando as espécies nativas da região. No entanto, das muitas espécies utilizadas na recomposição florestal, algumas são de difícil adaptação, o que ocasiona altas taxas de mortalidades.  Pensando nessa problemática, a presente pesquisa teve por objetivo avaliar o comportamento ecofisiologico de arbóreas utilizadas em revegetação de áreas antropizadas no ecótono Cerrado / Amazônia.O experimento foi conduzido no município de Imperatriz, localizado na região sul do Maranhão. O delineamento experimental foi o fatorial 3 x 2 x 2, com 5 repetições. O experimento avaliou 3 fatores referentes às espécies arbóreas (espécies pioneiras, secundárias e clímax), 2 fatores de plantio (Plantio com hidrogel e sem hidrogel) e 2 fatores relacionados à luz (plantio à pleno sol e à sombra). Foram instalados 32 núcleos, cada núcleo foi compostos por 3 mudas distribuídas nos diferentes grupos sucessionais. Foram utilizadas 96 mudas, dessas, 32 são espécies pioneiras, 32 secundárias e 32 clímax. Das 96 mudas, apenas 60 foram avaliadas dentro do proposto na pesquisa. Os parâmetros ecofisiológicos avaliados no viveiro apresentaram diferença estatística, sendo que os resultados estão relacionados às características individuais de cada espécie, pois, todas estavam sob as mesmas condições edafoclimáticas. Já para os dados relacionados ao campo, os piores resultados foram observados na 4º avaliação, o que podem ter sido influenciados pela baixa precipitação ocorrida no período. Dentre as espécies avaliadas na pesquisa, a A. fraxinifoliumfoi a que apresentou a melhor plasticidade fenotípica, o que proporcionou sua adaptação aos mais variados ambientes. Em relação ao condicionante de solo, o seu uso foi mais eficaz para o desenvolvimento das mudas no período de estiagem e nas áreas a pleno sol. A ecofisiologia se apresentou como uma excelente ferramenta na detecção de possíveis estresses ocasionada nas mudas quando expostas às condições naturais de campo. 

  • LUCIANA LINS OLIVEIRA SANTOS
  • FILOGENIA DE Tibraca limbativentris Stal 1860 (HEMIPTERA: PENTATOMIDAE) UTILIZANDO MARCADOR MITOCONDRIAL COI

  • Orientador : RAIMUNDA NONATA DE LEMOS ARAUJO
  • Data: 28/09/2017
  • Mostrar Resumo
  • O percevejo-do-colmo Tibraca limbativentris é um inseto fitófago da família Pentatomidae que causa muitos prejuízos em áreas orizícolas. Sua distribuição no Maranhão ocorre em cultivos de terras altas ou sequeiro, mas também é possível encontrá-lo em várzeas úmidas. Estudos filogenéticos de espécies permitem estimar as relações evolutivas de diferentes grupos. As maiores aplicabilidades estão associadas a correta classificação sistemática e agrupamento das espécies, considerando caracteres morfológicos, comportamentais e genéticos, que podem implicar em sistemas de manejo de pragas. A busca pela similaridade entre os indivíduos indica os caminhos percorridos pelas espécies no curso evolutivo. A sistemática filogenética é uma ferramenta baseada em vários métodos, mas o sequenciamento de regiões do gene fortalece as relações de similaridade. Essas relações podem ser estimadas pela divergência e índices de diversidade genética e representadas por árvores filogenéticas. Neste trabalho, objetivou-se inferir e entender as relações filogenéticas de T. limbativentris provenientes de áreas orizícolas em diferentes localidades do Maranhão (Arari, Viana, São Mateus, Pedreiras, Nina Rodrigues, Zé Doca e Caxias) e de outras espécies neotropicais de Pentatomideos, usando o marcador de DNA mitocondrial COI. As análises foram feitas apenas com 27 sequências de Tibraca, das quais foram gerados nove haplótipos. As distâncias genéticas para T. limbativentris foram baixas com média de 0,41% e valores acima de 14% entre o grupo externo. O arranjo da árvore filogenética confirmou os resultados de divergência apresentando um único clado para as populações de Tibraca. Testes de neutralidade indicaram que o grupo populacional da espécie sofreu expansão populacional recente e que a espécie não segue o modelo de tamanho constante.

  • MARCELO MARINHO VIANA
  • PRODUTIVIDADE E EFICIÊNCIA DO USO DO NITROGÊNIO NA CULTURA DO MILHO INOCULADO COM Azospirillum brasilense

  • Data: 10/02/2017
  • Mostrar Resumo
  • A associação do nitrogênio com bactérias diazotróficas do gênero Azospirilum brasilense pode garantir uma maior capacidade produtiva e eficiência do uso do N para a cultura do milho. No sentido de testar essa hipótese avaliou-se a associação entre formas de inoculação de Azospirillum brasilense e doses de N sobre a produtividade de grãos e eficiência do uso do N pela cultura do milho. Para esse fim, foram realizados dois experimentos de campo (2015-2016). O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, em esquema fatorial com quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos pela combinação de quatro doses de N (0, 45, 90 e 180 kg ha-1), aplicadas em cobertura, na forma de ureia (45% de N) com três níveis de inoculação com bactérias daespécieA. brasilense (sementes, foliar e controle). A adubação com N em cobertura foi realizada no estádio vegetativo V4, com o quarto par de folha completamente desenvolvida. A aplicação de A. brasilense via foliar também foi realizada no estádio vegetativo V4. A dose utilizada foi de 200 ml ha-1 do inoculante Nitro1000 Gramíneas®, aplicado por meio de pulverizador costal. Foram coletadas plantas representativas na antese e na maturação fisiológica de grãos. As plantas coletadas foram secas em estufa de circulação forçada de ar a 70 °C até atingirem peso constante. Posteriormente, as amostras foram moídas e submetidas a determinação do teor e conteúdo de N. O conteúdo de N foi obtido pela multiplicação entre o teor de N e a matéria seca. Foram avaliadas as seguintes variáveis: produtividade (kg ha-1), índice de colheita de N (ICN), índice de colheita (IC), remobilização do N (RN, kg ha-1), eficiência de remobilização do N (ERN, %), eficiência do uso do N (EUN, kg kg-1), eficiência agronômica (EA, kg kg-1), eficiência de utilização do N (EUtN, kg kg-1) e eficiência de absorção do N (EAN, kg kg-1). Com os nossos resultados podemos concluir que houve incremento de 50% e 20% na produtividade de grãos e 50% e 42% na EUN onde recebeu inoculação com A. brasilense via semente em relação ao tratamento que não foi inoculado, em 2015 e 2016, respectivamente. As doses de N influenciam positivamente a PG e reduzem a EUN e dos seus componentes.

  • NATÁLIA NICOLLE FURTADO COSTA DE OLIVEIRA
  • Bioatividade de óleos vegetais ao ácaro-da-necrose-do-coqueiro Aceria guerreronis Keifer (Acari: Eriophyidae) e seletividade ao Neoseiulus baraki(Athias-Henriot) na cultura do coqueiro

  • Data: 30/03/2017
  • Mostrar Resumo
  • O ácaro-da-necrose, Aceria guerreronis (Acari: Eriophyidae), é a principal praga do coqueiro e os ácaros predadores da família Phytoseiidae são considerados seus principais inimigos naturais, sendo Neoseiulus baraki (Athias-Henriot) frequentemente relatado em associação com este eriofídeo. Óleos brutos vegetais vêm sendo usados para o controle dessa praga, porém pouco se sabe sobre seus efeitos em ácaros predadores. O objetivo do trabalho foi avaliar os perfis químicos e o potencial dos óleos de coco, soja degomado e babaçu ao ácaro-da-necrose bem como sua toxicidade ao ácaro predador N. baraki, assim como avaliar se os óleos de algodão e de soja degomado interferem na resposta funcional e numérica do ácaro predador N. baraki alimentado com o ácaro-da-necrose.Todos os óleos avaliados foram tóxicos ao A. guerreronis, e menos tóxicos ao predador N. baraki. Fêmeas de N. baraki foram indiferentes ao óleo bruto de coco em ambas as concentrações (CL50 ou CL99, estimadas para A. guerreronis), independentemente dos períodos de exposição (1h ou 24h), já o óleo de babaçu repeliu o predador, quando aplicado a CL99, nos dois períodos de avaliação (1h e 24h), este óleo também exibiu atratividade ao N. baraki após 24h de exposição, quando aplicada a CL50. Padrão similar de atração foi registrado após 24h de exposição ao óleo de soja degomado em ambas as concentrações testadas (CL50; CL99) ao N. baraki. No entanto, N. baraki foi repelido pelo óleo de soja degomado CL50 após 1h de exposição. Adicionalmente a exposição do predador aos óleos vegetais, mudou a resposta funcional de N. baraki do tipo III para o tipo II, no entanto, na resposta tipo II, os predadores consumiram altas proporções do ácaro-da-necrose em baixas densidades da praga, caracterizando-se como agente eficiente ao controle biológico. A taxa de ataque e a variação de consumo não foram afetadas pela exposição aos óleos. O tempo de manipulação e o pico de consumo não foram afetados pela exposição ao óleo de algodão, em contraste ao óleo de soja degomado. A oviposição de fêmeas expostas ao óleo de soja degomado foi menor em relação aos demais tratamentos. Contudo, os óleos (coco, soja degomado e babaçu) podem ser utilizadoscomo ferramentas potenciais nos programas de manejo ao ácaro A. guerreronis e a mudança no tipo de resposta funcional e numérica após a exposição aos óleos (algodão e de soja degomado), não interferiu na eficiência da ação do predador como agente de controle biológico.

  • RONES DOS SANTOS CASTRO
  • GERMINAÇÃO E CRESCIMENTO INICIAL DE MILHO SOB APLICAÇÃO DE BIOFERTILIZANTES INOCULADOS COM Azospirillum brasilense

  • Data: 08/03/2017
  • Mostrar Resumo
  • Bactérias diazotróficas como o Azospirillum brasilense e biofertilizantes produzidos a partir de resíduos orgânicos podem contribuir para a redução da dependência de adubos químicos na produção de milho (Zea mays L.). O objetivo dessa pesquisa foi testar as seguintes hipóteses: 1) o biofertilizante produzido com resíduos de pescado em substituição ao esterco bovino funciona como veículo de A. brasilense; 2) os biofertilizantes com a adição de A. brasilense melhoram os índices de germinação das sementes, a qualidade das plantas, a absorção de N pelas plantas de milho. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado seguindo o arranjo fatorial 2 x 5 + 1, com quatro repetições. Os tratamentos consistiram da combinação da ausência ou presença de A. brasilense em de biofertilizantes (BIO) produzidos com cinco substituições do componente esterco bovino por resíduos de pescado. Biofertilizantes produzidos a partir de resíduos de pescado não são bons veículos deaplicação de Azospirillum. Biofertilizantes produzidos com esterco bovino e inoculação de A. brasilense favoreceram melhores índices de germinação de sementes. Biofertilizantes produzidos com resíduos de pescado sem a inoculação de A. brasilenseproporcionam maior o teor de clorofila em plantas de milho. Biofertilizantes produzidos com resíduos de pescado sem a inoculação de A. brasilense podem proporcionar maior teor de nitrogênio total de plantas de milho.

  • ZELIA MARIA NUNES
  • USO DE IMAGEM ORBITAL DE ALTA RESOLUÇÃO ESPACIAL PARA MONITORAMENTO DE NÍVEIS DE DEGRADAÇÃO FLORESTAL NO BAIXO CURSO DO RIO MEARIM NO MARANHÃO

  • Orientador : CHRISTOPH GEHRING
  • Data: 28/09/2017
  • Mostrar Resumo
  • A degradação das florestas em todo mundo constitui-se um dos mais graves problemas ambientais à ser enfrentado pelas sociedades, a saúde dos ecossistemas e o bem-estar social, proporcionados pelos bens e serviços ecossistêmicos, estão a cada dia mais ameaçados. Pensar em preservação, conservação e restauração perpassa por entender os processos inerentes à estes e à própria degradação. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho foi analisar as implicações ambientais causadas pelo desmatamento ciliar no baixo curso do rio Mearim, no Maranhão. Para isso, um primeiro capítulo trouxe uma revisão de literatura focada nos principais conceitos e nas pesquisas atuais com fim de apresentar um panorama da temática. Um segundo capítulo aborda as possibilidades de utilizar as informações de bandas espectrais (Green, Red, Red Edge e NIR) e índices de vegetação (NDVI, NDVIre, VIgreen) baseados em Sensoriamento Remoto para definir gradientes de degradação florestal, testar a sensibilidade desses em vegetação em zonas hidrográficas (Aquática, Semi Aquática e Terra Firme) e ainda quanto à composição da biomassa florestal. Analises estatísticas (ANOVA e regressão linear) foram realizadas e constatou-se a sensibilidade de NDVI, NDVIre e VIgreen para definir dois dos quatro níveis de degradação propostos e para diferenciar vegetação em uma das três zonas hidrográficas apresentadas. A reflectância na banda Red Edge apresenta sensibilidade às zonas hidrográficas. Índices e bandas são sensíveis à composição da biomassa florestal.

SIGUEMA Acadêmico | Coordenação de Sistemas de Informação - 2016-8200, ramal 9950/2016-8201/2016-8202 | Copyright © 2006-2024 - UEMA - AppServer2.s2i1