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EFICIÊNCIA DO USO DO NITROGÊNIO E DA ÁGUA NO MILHO (Zea mays L.) CULTIVADO COM FABÁCEAS EM SISTEMAS AGROFLORESTAIS
Mudanças climáticas. Nitrogênio. Plantas fabáceas. Fotossíntese
Práticas agrícolas baseadas no uso de pacotes tecnológicos para monocultivo do milho (Zea mays L.) contribuem com a poluição ambiental, aquecimento global e mudanças climáticas. Para reduzir impactos negativos da produção agrícola intensiva no ambiente, o uso de consórcio de milho com fabáceas herbáceas em sistemas agroflorestais (SAF) pode ser uma alternativa viável para os agricultores. A prática de consórcio milho-fabáceas é comumente adotada pelos agricultores tradicionais, mas não existem estudos sobre tais resultados em SAFs na região da Amazônia maranhense. O consórcio milho/fabáceas/SAF pode melhorar ou manter o potencial produtivo, a eficiência do uso da água e do nitrogênio no milho com menores riscos de perdas em relação ao monocultivo. O presente trabalho avaliou o efeito das plantas fabáceas herbáceas no desempenho produtivo, na eficiência de utilização do nitrogênio (EUtN) e na eficiência do uso da água (EUA) na cultura do milho cultivado em /milho em SAF. Os tratamentos de dois experimentos foram combinados em esquema fatorial 4 x 2, no delineamento em blocos casualizados, com três repetições. Em 2017, os tratamentos foram constituídos da combinação de quatro sistemas de cultivos (milho sem N aplicado em cobertura, milho com N aplicado em cobertura, milho cultivado com feijão-de-porco e milho cultivado com soja-perene) e dois ambientes (dentro e fora do SAF). Em 2018, os tratamentos milho cultivado com feijão-de-porco e milho cultivado com soja-perene foram substituídos por milho cultivado com crotalária e milho cultivado com mucuna-cinza. Na antese e fase de grão leitoso foram avaliadas: trocas gasosas, relação Ci/Ca, eficiência do uso do N e da água, bem como a produtividade de grãos. Em 2017 e no ambiente dentro do SAF, a média da produtividade no tratamento milho com N aplicado em cobertura foi 60% maior que a média da produtividade no tratamento milho sem N aplicado em cobertura. As plantas de milho cultivadas dentro do sistema agroflorestal apresentaram 23% mais eficiência intrínseca do uso da água e 24% mais eficiência instantânea do uso da água em relação as plantas de milho cultivadas no ambiente fora do sistema agroflorestal. A média da EUtN no tratamento milho cultivado com soja-perene foi 26% maior que a média da EUtN no tratamento milho com N em cobertura. Na fase de grão leitoso de 2018, a média da EUA no tratamento milho cultivado com crotalária foi 42% maior que a média da EUA no controle, no ambiente dentro do SAF. Fora do SAF, a média da EUA nos sistemas de cultivo milho com crotalária, milho com mucuna e controle foi 32% maior que a média da EUA no milho com N em cobertura. Os resultados indicam que as plantas fabáceas herbáceas plantas nas entrelinhas do milho aumentam a eficiência do uso da água, do N e não prejudica a produtividade da cultura do milho quando cultivado dentro dos SAF’s e é uma prática viável para garantir a sustentabilidade ao agroecossistema na região subtropical.