Telefone/Ramal: | Não informado |
Caminhos da Formação Continuada no Atendimento Educacional Especializado: entre o proposto e o vivido na rede municipal de educação de São Luís-MA
Formação Continuada. Educação Especial. Atendimento Educacional Especializado.
Este trabalho de Qualificação elaborado dentro do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual do Maranhão possui como principal objetivo analisar a formação continuada de professores da Educação Especial que atuam no Atendimento Educacional Especializado (AEE) na rede municipal de educação de São Luís-MA. A intenção compreende em discutir o que é proposto e o que é vivido, a partir do reconhecimento de documentos legais da área da Educação Especial e de uma pesquisa de campo a ser desenvolvida na Superintendência da Área da Educação Especial (SAEE) na Secretaria Municipal de Educação de São Luís (SEMED). Para o desenvolvimento do nosso trabalho, a pesquisa está desenhada pela abordagem Qualitativa, utilizando procedimentos da análise de conteúdo norteada pelo método Materialista Histórico-Dialético. Desenvolveremos também uma análise documental e o emprego de instrumentos para coleta de dados na SAEE como a observação, a entrevista semiestruturada e o envio de formulário online. A contextualização teórica está apoiada na contribuição de cinco autores âncoras em destaque: Imbernón (2009, 2010), Nóvoa (1995, 2014), Gatti (1998, 2013), Mazzotta (1993, 2011) e Tardif (2010) que dialogam com diversos outros autores em pesquisas e estudos próximos e, de significativa relevância para as discussões que serão gestadas nesta pesquisa. Apresentamos parcialmente que a formação continuada para os professores da Educação Especial se apresenta mais intensa hoje do que em épocas anteriores, o que vai de encontro com o repensar dessa formação em meados da década de 1990. Associado a isso, a ampla oferta de cursos, palestras e oficinas, remanescentes dessa época ainda são muito empregadas no dia a dia, porém para a Educação Especial o modelo médico-assistencial ainda é o mais usual como receituário do processo de inclusão escolar, reflexo analisando em algumas “cartilhas” e “fascículos” de coleções oriundas como políticas educativas de âmbito nacional. Concluímos parcialmente que a formação continuada contém ações que contribuem para o fortalecimento do trabalho docente e, ao mesmo tempo, subsídios em que as formas de controle e de responsabilização docente beneficiam um trabalho docente mais técnico e automático, se abstendo de reflexões na sua prática docente cotidiana. Portanto, compreendemos que a formação continuada de professores do AEE é fundamental na construção da autonomia docente, no processo de inclusão escolar verdadeira e consequentemente na sua identidade profissional.