O USO DE APLICATIVOS DE TECNOLOGIA ASSISTIVA ADAPTADOS COMO FORMA DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO DE ALUNOS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA NO ENSINO DE CIÊNCIAS
Tecnologia Assistiva, Inclusão Escolar, Autismo, Ciências
No âmbito educacional, a utilização de tecnologia assistiva (TA) emerge como um recurso metodológico de
significativa relevância para o processo de aprendizagem e inclusão de alunos com Transtorno do Espectro
Autista (TEA) no ambiente escolar. Esta pesquisa teve como objetivo geral avaliar de que forma a utilização
de aplicativos de TA adaptados para o ensino de ciências pode contribuir para o processo de aprendizagem e
inclusão de alunos com TEA. A pesquisa foi conduzida na rede pública municipal da cidade de Santa Quitéria,
no estado do Maranhão. Os participantes foram os alunos com TEA matriculados nos anos finais do ensino
fundamental e os professores regentes de ciências desses alunos. O delineamento metodológico adotado foi de
natureza qualitativa, caracterizando-se como pesquisa aplicada, com abordagem descritiva. Os procedimentos metodológicos da pesquisa consistiram em uma revisão bibliográfica e em um estudo de multicaso. A revisão bibliográfica foi realizada com base em livros, artigos, teses e dissertações que abordavam os temas de educação inclusiva, aplicativos de TA, ensino de ciências e TEA. Para a condução dessa revisão, foram consultados bancos de dados relevantes, como as plataformas Capes, SCIELO, Google Acadêmico, ERIC e o Portal de Periódicos da CAPES. A coleta de dados da pesquisa foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas aplicadas aos professores regentes de ciências dos alunos com TEA participantes. Em relação aos alunos com TEA, foram conduzidas observações participantes ao longo de toda a intervenção, além da aplicação de pré-testes e pós-testes, realizados antes e após a intervenção, respectivamente. A análise dos dados foi realizada mediante a aplicação da técnica de Análise de Conteúdo, conforme proposta por Bardin (2011). Os resultados parciais da pesquisa sugerem que a utilização de aplicativos adaptados de TA no ensino de ciências para alunos com TEA apresenta impactos positivos. Até o momento, os dados indicam que esses aplicativos têm potencial para atender às necessidades específicas desses alunos, promovendo um aprendizado mais dinâmico, acessível e engajador. Além disso, os resultados preliminares apontam para uma contribuição significativa na ampliação da inclusão escolar, favorecendo a participação dos alunos durante as aulas. No entanto, algumas análises ainda estão em andamento para aprofundar a compreensão sobre o papel da TA no processo de aprendizagem dos alunos com TEA. Portanto, embora os dados obtidos até o momento indiquem que a adoção dessas ferramentas tem potencial para contribuir na construção de ambientes educacionais mais inclusivos e eficazes na aprendizagem de ciências, a conclusão definitiva sobre o impacto da intervenção depende da análise completa de todos os resultados coletados.