Dissertações/Teses

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2024
Descrição
  • DIEGO ARMANDO DE SOUSA PAZ
  • ECONOMIA DE FRONTEIRA E A TERRITORIALIZAÇÃO DO CAPITAL AGROFLORESTAL EM MUNICÍPIOS DA REGIÃO GEOGRÁFICA IMEDIATA DE AÇAILÂNDIA, MARANHÃO, BRASIL

  • Data: 04/03/2024
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  • A implementação da silvicultura do eucalipto no Maranhão e, consequentemente, na Região Geográfica Imediata de Açailândia, está diretamente relacionada ao Projeto Grande Carajás (PGC), iniciado pela então Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) na década de 1980. Esse projeto, junto com a criação da Estrada de Ferro Carajás (EFC), que conecta Parauapebas, Pará, ao Porto do Itaqui, em São Luís, Maranhão, estimulou projetos de produção de ferro-gusa em Açailândia, onde o eucalipto era usado como insumo energético. Todavia foi em 2008, com a formalização da indústria Suzano Papel e Celulose, localizada em Imperatriz, Maranhão, que as áreas de eucalipto na região assumiram grandes proporções, tornando-se a principal matéria-prima para a produção de celulose. Desse modo, o objetivo geral desta pesquisa é compreender o processo de territorialização do capital agroflorestal sobre o uso da terra em municípios produtores de eucalipto na Região Geográfica Imediata de Açailândia. Metodologicamente, utiliza como recorte espacial a Região Geográfica Imediata de Açailândia, localizada na porção oeste do estado do Maranhão. A pesquisa em questão estrutura-se em duas etapas. A primeira corresponde à pesquisa bibliográfica e à fundamentação teórica, utilizando autores como Adam Smith, David Ricardo, Karl Marx, Bertha Becker e David Harvey. Além disso, sistematiza e analisa dados secundários provenientes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ) e Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). A segunda etapa, além da revisão de literatura, inclui a sistematização de dados primários obtidos em estudos de campo em fazendas produtoras de eucalipto e comunidades próximas. Também analisa dados secundários de fontes como Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), IBGE, IBÁ, MDIC e Suzano Papel e Celulose. Os resultados indicam que a territorialização do capital agroflorestal do eucalipto na Região Geográfica Imediata de Açailândia tem transformado o espaço agrário, e isso se reflete não apenas em mudanças na cobertura vegetal de vastas áreas alteradas pela monocultura, mas também afeta aspectos tradicionais do campo, como os usos da terra relacionados às práticas agrícolas tradicionais da região, além de agravar o processo de concentração fundiária no local.

  • ELIZABETH PESSANHA SILVA
  • PRODUÇÃO DO ESPAÇO E INFRAESTRUTURA URBANA EM SÃO LUÍS - MA: uma perspectiva de análise do Renascença II o bairro mais desejado da cidade

  • Data: 31/01/2024
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  • Esta dissertação tem por objetivo analisar a produção do espaço do bairro Jardim Renascença II, um dos bairros mais valorizados de São Luís-MA, a partir da sua infraestrutura urbana com o intuito de identificar como este se insere na lógica do empreendedorismo urbano que favorece os interesses do setor imobiliário. Nesta perspectiva, partiu-se de uma análise que buscou identificar à luz do planejamento urbano os processos que configuraram a cidade a partir da intensificação do processo de urbanização, dado a partir da segunda metade do século XX, com o objetivo de identificar os agentes e as ações que repercutiram na área que hoje corresponde ao bairro Renascença II; foi feita uma caracterização da infraestrutura urbana do bairro considerando a sua morfologia e os seus sistemas técnicos a partir de um recorte metodológico que se dividiu em três eixos: o sistema viário, oferta de serviços e equipamentos coletivos urbanos e saneamento básico; por fim, buscou-se compreender como a concepção ideológica do empreendedorismo urbano se reifica no Renascença II a partir da infraestrutura urbana que dispõe e a forma como esta favorece a atuação do capital imobiliário. A pesquisa foi desenvolvida considerando os seguintes procedimentos técnicos: pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, levantamento de dados e trabalho de campo, ancorados sob a perspectiva do materialismo histórico-dialético. Assim sendo, do ponto de vista da abordagem do problema a pesquisa pode ser considerada mista, já que contou com uma abordagem qualitativa feita sob a pujança das relações, processos e fenômenos que não podem ser calculados a partir apenas de variáveis quantificáveis, mas, também se utilizou da abordagem quantitativa, dada a partir de dados que forneceram informações da mensuração dos fenômenos analisados. Com o desenvolvimento da pesquisa foi possível identificar os agentes que produziram o espaço urbano de São Luís no período observado os quais se pode destacar o Estado, em suas três esferas, e os promotores imobiliários. Identificou-se que estes agentes atuaram a partir de quatro vetores que contribuíram para a produção do espaço da cidade: a ampliação do sistema viário, os programas de habitação, a modernização do campo e a reestruturação produtiva. A análise feita sob a perspectiva do planejamento da cidade permitiu constatar que o Renascença II sempre foi reconhecido como sendo um bairro propenso à valorização em razão da sua localização e “qualidade urbanística”, isto é, por estar próximo ao litoral da cidade e possuir boas condições de infraestrutura. Evidenciou-se que essa perspectiva de reconhecimento do Renascença reflete a lógica do empreendedorismo urbano, do planejamento estratégico, ao qual o bairro fora submetido ao longo do tempo e que o colocou em vantagem locacional em razão da sua infraestrutura urbana. A análise descritiva da infraestrutura e de alguns dos empreendimentos imobiliários permitiu elucidar como a localização e as infraestruturas físicas e sociais do Renascença II favorecem a atração dos investimentos das empresas do capital imobiliário no ramo da construção civil e como estas atividades econômicas demandam mais investimentos em infraestrutura urbana que, por sua vez, valoriza ainda mais o bairro e atrai novos empreendimentos imobiliários (residenciais e comerciais). Em definitiva, todo este movimento em torno das atividades que se desenvolvem no bairro promovem o ciclo de (re)produção do espaço do Renascença II.

  • GABRIEL IRVINE FERREIRA ALVES DOS SANTOS
  • ANÁLISE DOS PARÂMETROS MORFOMÉTRICOS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PINDARÉ - MA

  • Orientador : JOSE FERNANDO RODRIGUES BEZERRA
  • Data: 11/04/2024
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  • Os rios desempenham uma função essencial na manutenção da vida e no equilíbrio dos Geossistemas. Dentro do campo da geomorfologia fluvial, a análise morfométrica é responsável pela determinação e avaliação dos componentes de redes de drenagem de bacias hidrográficas. Esta especialidade se fundamenta no método analítico, que considera e caracteriza o conjunto das vertentes e canais pertencentes ao relevo. Nesta perspectiva, as medidas dessas variáveis constituem a base para a composição dos parâmetros morfométricos. O objetivo desta pesquisa é analisar as características morfométricas da bacia hidrográfica do rio Pindaré, localizada na porção centro oeste do estado do Maranhão. Para isso, o caminho metodológico trilhado para alcançar os objetivos constaram em: levantamento e análise de material bibliográfico; elaboração de base cartográfica em ambiente Sistema de Informação Geográfica (SIG), ArcGIS®, versão 10.2.2 da Environmental Systems Research Institute (ESRI), e trabalhos de campo. Assim, os parâmetros adotados foram baseados nas literaturas clássicas de Horton (1945), Strahler (1952), Miller (1953), Schumm (1956), Christofoletti (1980), Alves e Castro (2003), tais como: área, perímetro, rede de drenagem, números de canais, comprimento total dos canais, altitude máxima da bacia, amplitude altimétrica da bacia, comprimento do canal principal, distância axial do canal principal, declividade, densidade de drenagem, densidade hidrográfica, coeficiente de Manutenção e índice de forma. À vista disso, os resultados alcançados indicam que as nascentes principais do rio Pindaré estão localizadas nas cidades de Montes Altos e Amarante do Maranhão em terra indígena Krikati. A uma altitude de 371 m, e sua drenagem apresenta um padrão dendrítico de 6ª ordem de hierarquia, segundo a classificação de Strahler (1952), com uma densidade de drenagem regular de 0,53 km/km² e um densidade hidrográfica de 0,114 km/km². Além disso, a bacia hidrográfica do Pindaré demonstrou uma forte influência do controle estrutural, onde os rios fluem pelos elementos estruturais e falhas geológicas. A despeito, de seu canal principal mostrou-se predominantemente retilíneo com resultado de 1,57 do índice de sinuosidade e a presença de meandros bem definidos restritos ao baixo curso. Foi constatado que rio principal percorrendo cerca de 466,3 km a sua foz, possuindo uma área total de drenagem de 40.280 km². Ademais o índice de circularidade 0,39 e fator de forma de 0,21, reforçam baixa suscetibilidade a inundações em condições normais de chuva. A área de estudo é predominantemente caracterizada pela unidade geológica do Grupo Itapecuru. Quanto à classe geomorfológica em destaque, são os Platôs Dissecados, e em relação às características pedológicas, predomina o Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico. Este trabalho busca incentivar a implementação de medidas futuras para preservar e manter as matas ciliares e os recursos hídricos superficiais.

     

  • JUCIANA DA CONCEICAO BIRINO DE SOUZA
  • USO E COBERTURA DA TERRA COM INCIDÊNCIA DE QUEIMADAS NA RESERVA BIOLÓGICA DO GURUPI ENTRE OS ANOS DE 1985 A 2020

  • Orientador : SWANNI TATIANA ALVARADO ROMERO
  • Data: 20/02/2024
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  • A Reserva Biológica do Gurupi é uma unidade de Proteção Integral localizada nos municípios de Centro Novo do Maranhão, São João do Caru e Bom Jardim. Está dentro do Centro de Endemismo Belém (CEB), uma região comprometida pelo desmatamento, extração e comercialização da madeira, queimadas, etc. Com base nisso, esta pesquisa tem como objetivo compreender o comportamento dos usos sob a cobertura da terra na Reserva Biológica do Gurupi (REBIO), nos anos de 1985 a 2020, propondo-se analisar as distribuições espaciais de uso e cobertura da terra pelo MAPBIOMAS Coleção 8.0 e verificando por meio da reconstrução dos dados de áreas de queimadas disponíveis no MAPBIOMAS FOGO Coleção 2.0, a incidência do fogo ao longo dos 35 anos. Ademais, analisar-se-á o balanço de carbono entre as classes de regeneração, desmatamento e queimadas dentro da REBIO. A metodologia foi dividida em três partes, constituídas de gabinete, atividade de campo e aplicação de entrevistas. Os dados quantitativos mostraram que a classe da Formação Florestal reduziu cerca de 9,97% desde 1985, com maior queda entre os anos de 2000 a 2005 (4,62%), período este que a classe da Pastagem aumentou (4,62%). O desmatamento sucedido pela queima corroborou para o declínio da cobertura nativa, uma vez que atividades de extração de madeira para venda e comercialização, expansão agropecuária e construções de assentamentos eram evidentes até a primeira década dos anos 2000. A maior detecção de desmatamento e queimadas ocorreram no período de 2010 a 2015 com taxas consecutivas de 5,68% e 0,84%, sendo este período que mais emitiu CO2 para a atmosfera. Em contrapartida, as remoções ocorreram de forma crescente dentro da classe de regeneração, apontando que a REBIO está entrando em processo de recuperação florestal, como afirmaram os dados e os entrevistados. Este trabalho tem como relevância trazer à luz o cenário atual de uma área protegida frente a expansão das atividades humanas, podendo servir como subsídio para futuras pesquisas científicas que discutem sobre a proteção do bioma amazônico, auxiliando na elaboração de políticas intervencionistas para o estado do Maranhão.

  • LUCIANO ARANHA ANDRADE
  • IMPACTOS AMBIENTAIS DA INDÚSTRIA DE CERÂMICA VERMELHA EM ITAPECURU-MIRIM/MA


  • Orientador : JOSE FERNANDO RODRIGUES BEZERRA
  • Data: 23/02/2024
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  • Os minerais desempenham um papel essencial à humanidade e a indústria de mineração tem um reconhecimento como impulsionadora do desenvolvimento econômico, pois os minerais são recursos naturais indispensáveis, que fornecem matérias-primas para várias indústrias. A argila, desde antigas civilizações como Mesopotâmia, Egito e Oriente Médio até culturas romanas e islâmicas, é o mineral primordial na produção de cerâmica vermelha. Produtos cerâmicos feitos de argila, como tijolos e telhas, têm uso difundido atualmente devido à sua qualidade e resistência. A extração de argila, frequentemente executada com retroescavadeiras, modifica a paisagem onde ocorre, o que acarreta diversos impactos socioambientais. No Brasil, a indústria de cerâmica vermelha é tradicional e produz cerca de 63,6 bilhões de peças anualmente com um consumo de aproximadamente 140 megatoneladas de argila. No município de Itapecuru-Mirim/MA, 24 empresas se destacam na mineração e produção da cerâmica vermelha, com milhões de peças por mês, sendo um dos maiores produtores do Estado. A pesquisa tem o objetivo de analisar a indústria de cerâmica vermelha no município supracitado para direcionar o equilíbrio entre o desenvolvimento da atividade econômica com a manutenção dos recursos naturais, além de propor medidas para mitigar os impactos relacionados com base na relação estabelecida a partir do Geossistema conforme Bertrand (2004) e no mapeamento realizado, como também as atividades de campo. Foi constatado que os impactos incluem o desmatamento sem reflorestamento, a degradação de nascentes, a degradação da drenagem por lagos artificiais, a degradação de corpos d’água e áreas de preservação permanente, doenças respiratórias e falta de fiscalização, há ainda o histórico da apropriação das terras públicas, a subnotificação da quantidade produzida visando o pagamento de menos impostos de compensação, o contínuo desmatamento em outras áreas não previamente delimitadas, o desuso de filtros nas chaminés e o uso ilegal de energia elétrica. Foi observado um cenário de degradação que interfere significativamente na dinâmica do ambiente natural da localidade em questão, sendo necessário o fortalecimento dos órgãos públicos de fiscalização e da gestão ambiental nas empresas.

  • MARCOS VINICIUS LIMA DE SOUSA
  • USO E COBERTURA DA TERRA NA AMAZÔNIA MARANHENSE: uma análise multitemporal de 1985 a 2020

     

  • Orientador : SILAS NOGUEIRA DE MELO
  • Data: 27/02/2024
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  • Este trabalho tem como área de estudo a Amazônia maranhense, que vem sofrendo um processo de degradação ambiental causado pela extração de madeira, corte raso, abertura de áreas agrícolas, implantação de pastagem e reflorestamento, como a monocultura do eucalipto. O objetivo geral deste estudo é compreender os conflitos de uso e cobertura da terra na Amazônia Maranhense durante os anos de 1985 a 2020, identificando as informações espaciais de uso e cobertura da terra disponíveis no MapBiomas (Coleção 7) durante os anos de 1985, 1990, 1995, 2000, 2005, 2010, 2015 e 2020. Além disso, o estudo visa analisar os principais amparos legais que tratam sobre as áreas de proteção ambiental e a destinação de uso da terra vigentes na Amazônia Maranhense e realizar um estudo de caso com o objetivo de avaliar a eficácia das unidades de proteção em duas regiões de planejamento contidas na Amazônia maranhense. A metodologia adotada envolveu abordagens qualitativas e quantitativas, fundamentais no levantamento dos dados, através do uso das geotecnologias, sensoriamento remoto, Análise de covariância (ANCOVAS) e referencial bibliográfico. Os resultados mostraram que a principal dinâmica de uso e cobertura da terra na região se trata da mudança da classe Formação Florestal para a Pastagem. A Formação Florestal é a cobertura vegetal nativa da região e vem apresentando declínio durante os anos estudados, possuindo sua pior porcentagem em 2015, ano em que pela primeira vez se tornou inferior à Pastagem. Em contrapartida, a classe Pastagem tem apresentado crescimento em todos os anos estudados. Além disso, a análise dos instrumentos legais de proteção ambiental revelou que, embora existam leis e normas que visem conservar a biodiversidade e os recursos naturais na Amazônia Maranhense, a efetividade dessas medidas muitas vezes é desafiada pela falta de fiscalização adequada, ausência de planejamento integrado e conflitos de interesses entre diferentes setores. Como é o caso das regiões de planejamento do Baixo Munim e do Pindaré, duas áreas contidas na Amazônia maranhense que apresentam graus de proteção distintos. Os resultados mostraram que enquanto a região do Baixo Munim não apresentou grandes variações percentuais nas classes de uso da terra ao longo dos anos graças ao seu grau de proteção elevado (91,3%), a região de Pindaré, que possui um grau baixo de proteção, apresentou diminuição da formação florestal devido ao aumento de pastagens.

  • THAYRLAN SILVA SOUZA
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    VULNERABILIDADE AMBIENTAL DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PINDARÉ – MA

  • Orientador : LUIZ CARLOS ARAUJO DOS SANTOS
  • Data: 20/03/2024
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  • A presente pesquisa visa analisar a vulnerabilidade ambiental na bacia hidrográfica do rio Pindaré – MA, considerando o uso e cobertura da terra na mesma entre os anos de 1991 a 2021. Para alcançar o objetivo proposto, realizou-se pesquisa bibliográfica; seleção de bases cartográficas; aplicação de técnicas de geoprocessamento para a produção de mapas temáticos, onde se utilizou da escala de 1:250.000; e a utilização do Sistema de Informações Geográficas QGIS. Como caminho metodológico, recorreu-se a Crepani et. al. (2001) para a obtenção dos fatores de vulnerabilidade, onde se avaliaram os diferentes graus de vulnerabilidade predominantes na bacia hidrográfica do rio Pindaré, a partir de três tipos de meios tidos como unidades ambientais, sendo eles: meios estáveis, nos quais prevalece a pedogênese; meios intergrades, nos quais há equilíbrio entre pedogênese e morfogênese; e os fortemente instáveis, nos quais predomina a morfogênese. Os resultados finais permitiram identificar que quanto aos aspectos estáveis da bacia hidrográfica do rio Pindaré, os cursos de água e as áreas localizadas na parte sul da bacia, onde identificou-se solos bem desenvolvidos, com a presença de cobertura vegetal remanecente, baixa taxa de energia potencial erosiva do relevo, além de, em maioria, níveis estáveis de intensidade pluviométrica, correspondem a ambientes com ocorrência do processo de pedogênese. Quanto as unidades de paisagem consideradas vulneráveis, encontrou-se a norte da bacia a maior predominância, com a presença das unidades litoestratigráficas Depósitos Aluvionares, Depósitos de Pantanos e Mangues e os Depósitos Flúvio-lagunares, caracterizando, além da presença de solos pouco desenvolvidos, também um intenso processo de retenção de água e dificuldades no escoamento superficial, como as múltiplas classes de plintossolo. Nas áreas centrais da bacia identificou-se grandes níveis de energia potencial erosiva do relevo, em relação a declividade e dissecações horizontais e verticais, além de altas variações de intensidade pluviométrica no ano de 1991. Além disso, o uso e cobertura da terra montrou-se intenso nessas regiões, com abrangência principalmente da pastagem e monoculturas, em prejuízo a cobertura vegetal natural. Por fim a bacia hidrográfica do rio Pindaré apresentou múltiplos processo de modificação de suas unidades de paisagem, sendo essas mais estáveis ao sul, intergrade no centro e vulnerável ao norte. Tal informação fomenta-se em vista do crescente processo de desenvolvimento agropecuário e urbano na região nos últimos trinta anos, além do uso desenfreado dos recursos naturais e supressão da vegetação, atividades essas que contribuem para o crescente estado de vulnerabilidade ambiental da área, propiciando cada vez mais cenários de eventos catastróficos para as características ambientais da bacia hidrográfica do rio Pindaré.

  • VINÍCIUS CASTELO BRANCO DE AGUIAR
  • ECONOMIA POLÍTICA DA CIDADE E DIGITALIZAÇÃO EM SÃO LUÍS: a plataformização dos serviços de entrega de comida

  • Orientador : CRISTIANO NUNES ALVES
  • Data: 13/05/2024
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  • A plataformização é derivada da intensa digitalização do espaço e se apresenta como uma das feições do mundo atual. Em consideração a isso, esses fenômenos foram assimilados nesta pesquisa por meio de movimento de método: do sistema-mundo às situações geográficas da cidade. A fim de discutir os usos do território e a economia política da cidade (Santos, 2012 [1994]), este trabalho analisou a operação de empresas de plataforma do segmento de entrega de comida em recorte empírico na cidade de São Luís. A pesquisa teve interesse particular no trabalho realizado por entregadores cadastrados na plataforma do iFood e em estabelecimentos locais que utilizam esses serviços na cidade. Além disso, procurou-se discorrer sobre a condição hegemônica do iFood em São Luís, e como o território acolhe e reage aos desígnios dessa empresa. O objetivo geral consistiu em analisar as dinâmicas da economia política da cidade a partir da digitalização do território e plataformização dos serviços de entrega de comida em São Luís - MA. Quanto aos objetivos específicos, buscou-se responder quatro, listados da seguinte forma: i) contextualizar a difusão territorial da digitalização e da plataformização dos serviços de entrega de comida, mediante enfoque que contemple do sistema-mundo à economia política da cidade; ii) enfatizar a operação do iFood no território nacional e em situações geográficas de São Luís, através de seus nexos territoriais no contexto de plataformização dos serviços de entrega; iii) identificar na economia política da cidade as dinâmicas territoriais de trabalho e as formas de organização e cooperação dos entregadores por plataforma e; iv) caracterizar a atuação de empresas de Plataforma de Cardápio Digital e os usos de Plataformas Próprias de Pedido em estabelecimentos da cidade de São Luís. Em seus procedimentos metodológicos, o trabalho recorreu a levantamento bibliográfico e de dados e informações sobre a temática proposta; ao uso de metodologias mistas, como observação em campo, entrevistas e questionários; a organização dos resultados se deu por meio de mapas, figuras, tabelas, quadros, gráficos e uso de fotografias. Como resultados, apreendemos aspectos relacionados ao trabalho dos entregadores em suas formas de organização e dinamização na cidade. Ainda, discutimos o papel das empresas de Plataforma de Cardápio Digital, Anota AI e MenuDino, e das empresas de Plataforma Própria de Pedido, CCM Pedido Online e Neemo Delivery App, em meio a adesões e resistências aos interesses do iFood em áreas selecionadas de São Luís.

  • WALBER DA SILVA PEREIRA FILHO
  • PAISAGEM URBANA NO CENTRO HISTÓRICO DE SÃO LUÍS (MARANHÃO): uma análise de conteúdo  a partir da netnográfia em meios de comunicação.

  • Data: 08/04/2024
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  • A paisagem é uma das categorias de análise da ciência geográfica, portanto, torna-se fundamental compreender, por meio de conteúdo netnográfico, como que os meios de comunicação (mais especificamente os jornais da cidade de São Luís) apontam por meio de matérias publicadas virtualmente a evolução da paisagem por meio de abordagens geográficas quanto a fatores diversos do ambiente, no território do centro histórico de São Luís (Maranhão), patrimônio mundial pela UNESCO. Desta forma, objetiva-se analisar a evolução da paisagem urbana do território centro histórico de São Luís (Maranhão), através de análise de conteúdo netnográfico por meio de reportagens publicadas em três distintos portais de comunicação local: “O Imparcial”, “Imirante.com”e “Jornal Pequeno”, entre os períodos de 2020 a 2022. O recorte metodológico tomado leva em consideração a pesquisa bibliográfica e documental, além de caracterizar como pesquisa exploratória e descritiva. Quanto a análise qualitativa das reportagens identificadas, adotou-se palavras-chave pré-definidas, para mapeamento das reportagens nos portais de notícias, criando assim uma base de dados que foi analisada por meio do software livre “IRaMuTeQ”. Os primeiros resultados apontam que o centro histórico de São Luís apresenta dentre vários problemas, sendo o mais citado e encontrado nas fontes acima os problemas de infraestrutura dos casarões, sendo recorrente a ausência da iniciativa privada acarretando sérios problemas na paisagem do centro histórico. Ao longo dos últimos dois anos, a paisagem urbana no centro histórico de São Luís vem incorporando novas abordagens e formas, principalmente ocasionadas por políticas públicas de preservação e turismo, que ganharam força nas décadas de 70 e anos 2000, possibilitando uma mudança paisagística principalmente na área de reconhecimento da UNESCO.

2023
Descrição
  • ALEX DA SILVA PEREIRA
  • PAISAGEM RELIGIOSA E FESTIVA DE NOSSA SENHORA MÃE DOS HOMENS, JUÇATUBA, SÃO JOSÉ DE RIBAMAR/MA - UM TERRITÓRIO QUILOMBOLA

  • Data: 25/05/2023
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  • A presente pesquisa tem como objetivo interpretar a paisagem religiosa do festejo de Nossa Senhora Mãe dos Homens, no território quilombola de Juçatuba, São José de Ribamar, Maranhão. Neste intento, a abordagem que se segue alberga-se pelas vias teórico-metodológicas da Geografia Cultural, com ênfase na Geografia da Religião. A paisagem do festejo, de tal maneira, desponta problematizada a partir de variadas camadas de significados, e levando em consideração as vivências e experiências de campo alcançadas no tempo de doze dias de festa a cada ano acompanhado (2021 e 2022). Nestas circunstâncias, buscando aproximações de cunho fenomenológico (DARDEL, 2011), tomamos como metodologia práticas etnogeográficas (CLAVAL, 1999), quando nos incursamos na vida da Comunidade em festa como um procedimento salutar à captura do sentimento de communitas (TURNER,1974) entre aquelas pessoas, agora que percebemos desde as primeiras observações que fizemos naquela realidade. O sentimento em questão nos parece ser a grande força motora de sustentação da paisagem da festa de Nossa Senhora Mãe dos Homens, em Juçatuba, uma comunidade remanescente de quilombolas que, de geração em geração, fenômeno relacionado à ancestralidade, apre(e)nde e reproduz a cultura religiosa em tela.

  • DINAZILDA MENDES SILVA
  • USO E COBERTURA DA TERRA E HIDRODINÂMICA DO RIO ITAPECURU NA ÁREA PERIURBANA DE COLINAS – MA


  • Orientador : QUÉSIA DUARTE DA SILVA
  • Data: 23/10/2023
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  • O presente trabalho teve por objetivo analisar a hidrodinâmica (sedimentos de fundo e vazão), as feições morfológicas do rio Itapecuru e os usos e cobertura da terra na área periurbana do município de Colinas – MA. As etapas metodológicas foram operacionalizadas com o trabalho de gabinete, trabalho de campo em dois períodos: de estiagem (outubro/2021) e chuvoso (março/2022) e análises de laboratório. Os mapas de uso e cobertura da terra foram confeccionados sobre a base de dados do MapBiomas. No presente estudo utilizou-se do Sistema de Informação Geográfica (SIG). Para a análise das feições morfológicas presentes no corredor fluvial foram realizados mapeamentos tendo como base a imagens orbitais de dois períodos, julho de 2011 e julho 2021 disponível no Software Google Earth Pro e posterior confirmação das informações através de atividade de campo em outubro 2021.Para o monitoramento da batimetria (largura e a profundidade do canal), usou o ecobatímetro GARMIN echomap 50s. Para medir a velocidade do fluxo, fez-se uso do molinete fluviométrico, modelo MLN 7 – 200.09.15. Para a coleta de sedimentos de fundo, foi empregada a draga do tipo Van Veen (mostrador de mandíbulas). As amostras foram secas na estufa modelo TE – 394/2 e o processo de peneiramento ocorreu por meio da utilização do agitador eletromagnético. Registraram-se diferentes tipos de usos. As feições morfológicas registradas em 2021 nos compartimentos I, II e III foram: oito barras de sedimentos, catorze bacias de inundação, trinta e nove canais artificiais e um lago. Quanto ao comportamento da hidrodinâmica, constatou-se o predomínio de areia finas.

  • ERGSON DE SOUSA MORAES
  • ESPECIALIZAÇÃO E SUPEREXPLORAÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO EM REGIÕES PERIFÉRICAS: uma análise baseada no circuito madeireiro do município de Nova Esperança do Piriá, Pará, Brasil

     

  • Data: 19/01/2023
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  • A Amazônia tem no circuito espacial da produção madeireira uma atividade econômica de peso na distribuição regressiva da renda e da riqueza regional, associada a uma marginalidade e exclusão crescente nos municípios que apresentam o setor madeireiro em seu portifólio econômico. Dentre esses municípios destacamos Nova Esperança do Piriá, município do Nordeste paraense que tem no circuito madeireiro ilegal uma atividade proeminente na economia local, onde seu funcionamento nem de longe contribui para dinamizar outros segmentos produtivos internos e melhorar os padrões de qualidade de vida de sua população, mas que atua de forma incisiva no desenvolvimento regional periférico em voga. Foi no âmbito do “Programa de Integração Nacional” (PIN) a partir da década de 1960, via discurso desenvolvimentista do “Projeto de Desenvolvimento Econômico da Amazônia” que as operações do circuito madeireiro tiveram ampliação na escala de atuação na região amazônica, passando a operar em integração as demais regiões e mercados tanto nacionais, quanto internacionais, coesos a uma lógica de Divisão Territorial do Trabalho. A partir de tais aspectos, o funcionamento de diversos circuitos espaciais de produção na Amazônia Legal, dentre eles o circuito madeireiro passa a operar fincado sobre uma considerável especialização produtiva de sua força de trabalho. Dessa forma, busca-se compreender como se processa o desenvolvimento periférico no município de Nova Esperança do Piriá-PA, a partir do circuito espacial da produção da madeira serrada bruta, em que seu funcionamento se baseia na transformação primária (desdobramento de vastos estoques de madeira nativa em tora da região em madeira serrada bruta: prancha, pranchão, caibro, tabua, viga e ripa). Função essa contemplada a partir da existência de uma estrutura produtiva composta majoritariamente por de diversas serrarias espalhadas pelas bordas da Amazônia – sendo esta atividade uma das restritas alternativas de trabalho em que uma considerável massa de sujeitos em situação de vulnerabilidade social se engaja de forma precária, com: baixos salários, em situação de trabalho desregulamentado/precário, sem a disponibilidade de Equipamentos de Proteção Individuais, em suma, em nítidos aspectos de superexploração do trabalho (longas jornadas, trabalho intenso e de remuneração abaixo de seu valor) – uma situação em que a intensidade do trabalho implica na decrepitude da saúde física e mental dos sujeitos que trabalham. Sintetizando dessa forma um espaço em que os aspectos de dependências, desigualdades, segregação, informalidade e decrepitude socioambiental imperam.

     

  • HENRIQUE COELHO DA SILVA
  • ­A QUESTÃO AGRÁRIA E A LUTA PELA TERRA NO MARANHÃO: o caso do Assentamento São Bartolomeu/Luzilândia em Vitorino Freire e Santa Inês

  • Data: 15/03/2023
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  • A presente pesquisa tem como objetivo analisar o processo de territorialização dos camponeses posseiros que deu origem ao Projeto de Assentamento São Bartolomeu/Luzilândia nos municípios de Vitorino Freire e Santa Inês no Estado do Maranhão. Para alcançar o objetivo proposto, buscamos compreender, através de pesquisa bibliográfica, o cenário da questão agrária no território nacional capitalista, assim como do Maranhão e da Microrregião do Pindaré, onde está situado o assentamento em questão e como esse processo se relaciona e culmina na constituição do mesmo. Realizamos a pesquisa de campo na área de estudo onde foi possível o diálogo com os trabalhadores e trabalhadoras para melhor compreensão daquela realidade específica. Os resultados parciais permitiram identificar que a constituição do assentamento se deu por meio da luta pela terra e pela resistência na terra dos camponeses com auxílio de agentes sociais como a Igreja Católica e STTRs. Decorridos 27 anos da criação do assentamento em questão, os principais desafios enfrentados pelos camponeses consistem na luta para permanecer na terra, frente a fatores e agentes que descaracterizam atualmente o assentamento, como a reconcentração da propriedade da terra, descontinuidades das políticas públicas, ausência de atuação de movimentos sociais, infraestrutura precária e ausência de serviços públicos.

  • JOSÉ AGLAILTON DOS SANTOS MONTEIRO
  • OS OLHARES DOS DISCENTES SOBRE O RIO PINDARÉ PELO CAMINHO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

  • Data: 09/03/2023
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  • A educação ambiental é um desafio a ser enfrentando por toda a sociedade, visto que promove a sensibilização, para que possamos cuidar melhor do ambiente onde vivemos, de onde tiramos vários recursos e que proporciona a nossa sobrevivência. Portanto, nas escolas se faz necessário tentar chegar a essa compreensão, aliando a teoria e a prática na formação da sociedade para uma consciência crítica para uma educação que gere ação-reflexão-ação. Neste caminho foi empreendida uma pesquisa realizada no Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão- Up Pindaré com os discentes do curso de Meio Ambiente do 1° ano. Tendo como pergunta geradora: quais as percepções dos discentes em relação aos impactos gerados ao rio Pindaré e seu entorno na perspectiva da educação ambiental? O objetivo geral da pesquisa foi compreender o olhar dos discentes mediantes às atividades desenvolvidas durante o processo de pesquisa participante, partindo do lugar Rio Pindaré. O estudo teve como base metodológica a abordagem da pesquisa qualitativa e com um delineamento a partir da pesquisa participante, mostrando a visão dos sujeitos da pesquisa, suas percepções e soluções referentes as questões socioambientais e culturais envolvendo o lugar e o rio Pindaré. A pesquisa utiliza como técnicas o uso de questionários semiestruturados, caminhada perceptível e chuva de ideias, observando o enxergar dos discentes sobre os impactos ambientais e suas percepções, suas definições do que seria esses impactos e consequências principalmente relacionados ao rio Pindaré fonte de recursos para grande parte da população da cidade. Como resultados, foram identificados em conjunto com os discentes, vários pontos impactados com resíduos sólidos nas margens do rio Pindaré, presente ainda nas praças, cais e feira, registrando também animais abandonados próximo no entorno do rio, destacando a presença de esgoto sem tratamento caindo direto no curso d’água. Os problemas citados e observados pelos discentes e pesquisador, problemas esses, que partem principalmente da ação antrópica que diversos locais sofrem, o que vem nos mostrar que é preciso fazer um trabalho de educação ambiental que trabalhe a sensibilização das pessoas, visando fazer entendê-las que elas fazem partem desse ambiente. A partir das observações e vivências realizadas, os discentes elaboraram um podcast, com as percepções e informações coletadas, com a inspiração nos ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável) denominado: “EcoCast”, para que possa ser utilizado em outras atividades de sensibilização ambiental sobre os impactos ambientais estudados por este trabalho, e buscar envolver outras pessoas para ajudar a cuidar do rio Pindaré.

  • JOSY MILENA SOUSA SANTOS
  • DESIGUALDADES SOCIOESPACIAIS NO ACESSO À INTERNET NO MARANHÃO: difusão de Internet gratuita e inclusão digital por meio dos Programas WI-FI BRASIL e MARANET

  • Orientador : CARLOS EDUARDO NOBRE
  • Data: 22/09/2023
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  • Atualmente, a internet é considerada o mais completo, abrangente e complexo sistema técnico de comunicação e informação do mundo. Com sua difusão, a internet passou a ser o meio de comunicação essencial à organização do sistema produtivo, mas também a consecução de atividades básicas do cotidiano. Com o advento das tecnologias de informação e comunicação propiciou a ampliação dos ambientes de interação social, especificamente no que diz respeito à educação e à cidadania. Redes sociais, tecnologias de multimídia, websites, dentre outras inovações informáticas, tornaram mais acessíveis o acesso à informação, a participação cidadã e a educação fundamental. Contudo, com as facilidades informáticas surge um fenômeno social: a exclusão digital. No Brasil, com a propagação da COVID-19, foi ampliada as desigualdades de acesso à internet, onde coloca os mais pobres, os moradores de áreas rurais, comunidades quilombolas, aldeias indígenas, assentamentos rurais e de áreas periféricas nos centros urbanos em desvantagem com relação aos segmentos da população e as áreas providas dos equipamentos necessários ao acesso à rede. O objetivo é investigar a difusão da internet no Estado do Maranhão por meio dos Programas de rede de Internet gratuita WI-FI BRASIL e MARANET e compreender as implicações geográficas dessa difusão, bem como mapear e discutir os resultados dessas políticas públicas na difusão da Internet em espaços públicos, instituições e escolas públicas da rede municipal de São Luís, Maranhão, selecionados para pesquisa. Foram investigadas duas escolas da rede ensino municipal de São luís, Maranhão e os resultados parciais apontam para carência de tecnologias digitais nas escolas. Nesse sentido, entendemos ser fundamental que se garanta à população carente e, em particular aos estudantes de escolas públicas, em geral oriundos de classes sociais de baixa renda, o acesso à internet como condição à garantia do direito à informação. Partimos do pressuposto de que todas as pessoas tem o direito ao acesso à de modo que o acesso à informação eletronicamente transmitida deve constituir um dever do Estado e um compromisso social.

  • LUCIANO SILVA GOUVEIA
  • RETRATOS COTIDIANOS DO LUGAR: experiências, vivências e percepções dos moradores de Aldeias Altas - MA

  • Data: 19/09/2023
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  • A presente pesquisa tem como objetivo interpretar o lugar através das vivências, experiências e percepções cotidianas dos moradores da cidade de Aldeias Altas, no Maranhão. Neste sentido, os caminhos percorridos têm bases em discussões teóricas-metodológicas da Geografia Humanista e nas influências fenomenológicas e existencialistas, enfatizando o lugar, o espaço vivido e a percepção dos moradores em meio aos diferentes ritmos do cotidiano. A cidade, interpretada como lugar, tem respaldo em discussões de Tuan (1983), Relph (2012) e Buttimer (2015), sobretudo valorizando a perspectiva da experiência como base para construção de significados, identidades e pertencimento aos lugares de vida. O lugar em Aldeias Altas é problematizado e interpretado a partir de uma constituição do lugar na tensão com a “fabricação”, iniciada pós-emancipação e o processo de construção da cidade, exaltando as relações experienciais subjetivas e intersubjetivas dos moradores com o ambiente, existência, memórias e identidades que emergem, assim como a geograficidade e as significações dadas pelos habitantes, considerando a aproximação amálgama do corpo com a cultura, valores, símbolos, história e sentidos na manutenção de características e metamorfoses no vivido. Para tanto, houve a realização de trabalho de campo, observações e entrevistas, além de um levantamento documental, com base em premissas fenomenológicas e na geograficicidade de Dardel (2011), possibilitando interpretações sobre as diferentes escalas da experiência banal. Assim, com base na existência, realizamos uma interpretação do lugar dos moradores de Aldeias Altas, exaltando processos de tensão, historicidade e sentidos do viver a cidade ao longo dos seus anos enquanto emancipada; além de uma conversa entre gerações e uma possibilidade de pensar, refletir e ver os retratos desse lugar/cidade.

  • POLIANA DOS SANTOS DE CARVALHO
  • TERRITÓRIO DE BENZIMENTOS E CURA DO POVOADO KM 17, CODÓ-MA: uma análise geocultural

  • Data: 05/04/2023
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  • Ato de bondade e fé, benzer, mesmo com todo o processo de modernização social, permanece (re)existindo e criando marcas identitárias em diversos locais, assim como acontece no povoado Km 17, Codó, Maranhão, objeto de estudo desta pesquisa e aqui entendido como território cultural. Pretendida como uma análise geocultural (BONNEMAISON, 2012), esta pesquisa objetivou interpretar o território cultural dos benzimentos e de cura do povoado em tela. Combinando benzimento, fé e cura, o grupo cultural formado por benzedeiras e benzedores sustentam ali territorialidades simbólicas que denotam buscas relacionadas a desconfortos físicos e espirituais. As casas que nos referimos funcionam como espaços rituais nos quais as benzeduras ocorrem, o que envolve a espessura mágica de altares que evocam divindades, bem como de quintais e de plantas de poder. Os resultados alcançados indicam que o território de benzimentos e cura do povoado km 17, tem significado e função que extrapolam os ensinamentos da medicina formal, estruturando-se numa espécie de medicina popular, cumprindo, assim, papel social relevante. Por outro lado, ainda que reconhecendo o preconceito religioso, sobretudo, por conta da relação do povoado com Codó – uma cidade marcada pela presença de religiões de matrizes africana, mal interpretada do ponto de vista religioso – os praticantes dos benzimentos só desejam continuar com seus costumes, mantendo suas convivências secretas com seus territórios de cura, invisibilizados por alguns, mas essencialmente vividos por eles: uma vivência que comporta forças ocultas, como, humildemente, nos revela o benzedor, a benzedeira.

  • RICARDO EVERTON LIMA
  • AS FRENTES DE (DES)ARTICULAÇÃO E RESISTÊNCIA DOS PRODUTORES AGRÍCOLAS FRENTE AO AVANÇO DA ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA: estudo do bairro Mercês, Paço do Lumiar – MA.

  • Data: 27/02/2023
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  • O desenvolvimento desta pesquisa tem por objetivo analisar as formas de organização do espaço produtivo dos agricultores frente à especulação imobiliária no bairro Mercês, Paço do Lumiar – MA. A escolha da localidade deu-se pela mesma possuir um importante histórico de produção agrícola familiar, com destacado abastecimento ao mercado consumidor ludovicense, e, ao longo dos últimos anos está sofrendo com uma redução territorial, que de forma direta impacta nos ritos sociais, culturais e econômicos dos moradores do bairro. O entendimento desse avanço urbano sobre os residuais rurais da Ilha do Maranhão, passa pela análise da explosão urbana ocorrente em São Luís – MA a partir dos anos 1960, o que levou à que seus limites urbanos mesclassem-se com os limites dos municípios vizinhos de Paço do Lumiar e São José de Ribamar. A proximidade entre os municípios citados fez com que a indústria imobiliária utilizasse os territórios luminense e ribamarense para implantação de diversos condomínios residenciais, em grande parte para o atendimento da população da capital do estado, onde três deles deram-se sobre Mercês, o que gerou diversos danos ao meio ambiente, enfatizando o assoreamento e poluição do rio das Mercês, principal abastecedor hídrico da população e produções agrícolas daquele local. Para o desdobramento deste estudo dissertativo, optamos pela utilização do Materialismo Histórico Dialético, pois entendemos que ele nos subsidiará na complexa análise contraditória entre o rural e urbano que envolve o território das Mercês.

  • THIAGO HENRIQUE ARAUJO DE MORAIS
  • OS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PROVOCADOS PELA PRODUÇÃO DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA: um estudo de caso da comunidade   Salinas no município de Ribeira do Piauí

     

     


  • Data: 28/09/2023
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  • O Piauí, devido suas características naturais favoráveis e incentivos governamentais, virou um grande centro atrativo de investimentos relacionados a produção de energia solar. A Celeo Redes Brasil, que possui um parque solar funcionando em São João do Piauí, trabalha na construção de um novo, com o investimento de aproximadamente R$ 1,5 bilhões. A Ibitu  Energia, inaugurou em abril de 2023, no município de Caldeirão Grande, o parque solar Caldeirão Grande 2, com capacidade produtiva instalada de 252 MW, e com investimento de 816 milhões de reais. Todos esses investimentos vêm trazendo visibilidade para o Estado do Piauí, contudo, é necessário discutir de que forma estão sendo executados os projetos de instalação e desenvolvimento dessas atividades, e se está havendo fiscalização governamental, principalmente no que diz respeito aos limites ambientais e qualidade de vida da comunidade local pois, são essas pessoas que convivem diretamente com as alterações            provocadas a por esses empreendimentos. Na implantação e operação de um parque solar, a paisagem pode ser comprometida, havendo perda considerável da cobertura vegetal, gerando impactos consideráveis nos ecossistemas, modificando os ciclos de desenvolvimento da fauna e da flora. Outro problema que pode ser observado, está relacionado a estrutura física e social das cidades que recebem esses investimentos, geralmente cidades pequenas, que enfrentam uma série de problemas socioeconômicos. Essa pesquisa aborda a categoria paisagem através de um estudo de caso da produção de energia solar em Ribeira do Piauí, especificamente na comunidade Salinas, esse município foi escolhido por abrigar um   dos maiores parques solares da América do Sul, o Parque Solar Nova Olinda. Para compreender   a dinâmica da paisagem que envolve todo esse processo, esse estudo trabalha com o objetivo geral de: Analisar os impactos socioambientais da produção de energia solar no município de Ribeira do Piauí, especificamente na comunidade Salinas, bem como as ações governamentais relacionadas ao monitoramento e fiscalização dessa atividade. Os específicos são: Destacar as atividades desenvolvidas pelo Parque Solar Nova Olinda, identificar os impactos socioambientais provocados pela produção de energia solar fotovoltaica do Parque Solar Nova Olinda e avaliar a percepção da comunidade local em relação a produção de energia solar naquele município. O método geossistêmico foi utilizado para ajudar a contemplar os objetivos desse estudo, seu percurso metodológico passa pela utilização de geoprocessamento para tratamento de dados relacionados à área de estudo, bem como questionários e entrevistas aplicados a uma parcela dos moradores da Comunidade Salinas, e outros grupos sociais que tem relação ou afinidade com o tema proposto. Somado a isso, realizou-se também a análise dos resultados divulgados pelo relatório de impacto ambiental referente ao Parque Solar Nova Olinda, onde esses dados foram discutidos e comparados com a percepção dos moradores locais. Sabe-se que a produção de energia solar proporciona uma série de impactos positivos, contribuindo para ampliação da matriz energética nacional e meio ambiente, porém, esse trabalho aponta para a existência de impactos socioambientais influenciados pela chegada do empreendimento em questão, o que torna necessário o debate sobre essa temática.

     

  • VITORIA GLEYCE SOUSA FERREIRA
  • ANÁLISE DOS ATRIBUTOS QUÍMICOS E FÍSICOS DO SOLO DIANTE DOS USOS DA TERRA NA MICRORREGIÃO DE CAXIAS – MA

  • Data: 28/04/2023
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  • A crescente utilização das terras, sem levar em consideração suas potencialidades e limitações, sucede em alterações nos atributos dos solos, sobretudo quando não há um manejo adequado. Dessa maneira, o objetivo principal desta pesquisa foi avaliar os atributos químicos e físicos dos solos sob diferentes usos da terra na Microrregião de Caxias – MA. A região conhecida historicamente por sua importância econômica e ambiental, vem passando por fortes problemas associados ao uso da terra, interligados aos manejos inadequados dos solos. Nesse ínterim, esta pesquisa foi desenvolvida a partir do conceito de paisagem, consistindo na discussão da Geografia enquanto ciência que compreende o processo de construção entre o tempo e o espaço através da inter-relação entre natureza e sociedade assistido na paisagem. Na realização da pesquisa, analisou-se a caracterização das paisagens regional e local da área de estudo, caracterização Pedológica do Maranhão, bem como a caracterização climática da região. Como resultados principais foram classificados e caracterizados dois perfis de solos em cada município da Microrregião, totalizando 12 perfis e 58 amostras deformadas. Os solos foram classificados até o quarto nível categórico (subgrupos) do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos, conforme Santos et al. (2018). A descrição e a coleta das amostras foram realizadas seguindo os procedimentos recomendados pelo IBGE (2015), as análises químicas e físicas conforme a Embrapa (1997), e a partir de Camargo et al. (2009), a análise estatística descritiva básica. Também foi realizada a caracterização das relações de usos da terra na Microrregião de Caxias sob sistema de capoeira, pastagem, área de vegetação primária e reserva legal e a análise temporal das mudanças de usos da terra dos municípios pertencentes à Microrregião entre os anos de 1985, 2010 e 2020, conforme dados do MapBiomas (2020). Como resultados, observouse nas análises químicas dos solos um pH (4,6 a 5,3) fortemente ácido no perfil em área de Reserva Legal. Em área de capoeira são moderadamente ácidos (5,6 a 6,5), (5, 9 e 6,1), (5,73 e 6,0) e apenas o Perfil 08 apresentou reação fortemente ácida, com pH entre (4,31 e 4,61). Os dois perfis em área de pastagem apresentaram pH na faixa de (5, 09 e 6,01) e (5,5 e 5,8) e os perfis em área de vegetação primária pH entre (5,9 e 6,0), (5,0 e 5,4), (5,6 e 6,1), (5,3 e 6), respectivamente, o que permite classificá-los como moderadamente ácidos. São solos com limitações quanto seus atributos físicos e químicos, apresentaram baixa fertilidade natural (exceto perfil 11). São solos de baixa saturação por base, presença de erosão e licitações quanto à drenagem. Em relação às potencialidades dos solos analisados, destaca-se a elevada quantidade de matéria orgânica e a forma de relevo (planos e suave ondulados), o que facilita o uso da terra em diversas culturas sobretudo a agricultura mecanizada, em razão de o maquinário agrícola ser facilitado nesses tipos de relevo. A análise estatística mostrou que os teores de K+, Ca+ e Mg+ variaram entre os diferentes usos do solo, tal como os teores de Potássio (K) dos perfis em sistema de capoeira, vegetação primária e pastagem, que apresentaram maior homogeneidade, enquanto os teores de Ca + , Mg e Ca 2apresentaram menor homogeneidade. Os valores médios do K foram menores no sistema pastagem, devido ao manejo inadequado do solo ou pelo superpastejo. Apesar disso, o teor de potássio no solo pode ser elevado com o desenvolvimento de uma estratégia de manejo de potássio com a fertilização de nutrientes essenciais. A análise estatística comprovou que a média dos atributos químicos (pH, Al, P, Ca, Mg, H, Al, SB e MO) são abaixo do desejável para um solo produtivo. Na avaliação das mudanças de usos da terra da microrregião de Caxias entre os anos 1985, 2010 e 2020 constatou-se que houve significativo aumento da pecuária e redução da vegetação natural.

2022
Descrição
  • ALLANA PEREIRA COSTA
  • PRESSÕES DE USO DA TERRA NO BIOMA AMAZÔNICO MARANHENSE

  • Data: 08/08/2022
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  • O bioma Amazônico que se insere no Estado do Maranhão, a Amazônia Oriental ou Amazônia Maranhense, compreende 3,4 % de toda a Amazônia brasileira. Nesse território, soma-se um conjunto de paisagens marcadas pela biodiversidade dos mais diversos ecossistemas e construções socioculturais que vem remodelando, sobretudo nas últimas seis décadas, os espaços e ambientes naturais. No entanto, agravados pelas atividades humanas produtivas tem se mostrado um grande desafio das aplicações políticas ambientais e aos entes competentes em manter os ambientes naturais remanescentes, isso em detrimento da demanda econômica do mercado por recursos naturais. Essa perspectiva leva a diligência, que apesar do desafio, em analisar o comportamento da dinâmica desse recorte no espaço, levando em consideração as pressões de usos da terra. Para demonstrar tais cenários busca nesse estudo relacionar a dimensão dos aspectos fitogeográficos, de focos de calor, aspectos climatológicos e as contradições entre o reconhecimento das fitofisionomias regionais e as áreas estabelecidas como prioritárias para conservação biológica. Assim, o s resultados evidenciam que a década de 2010 foi constatado que o estresse hídrico regional foi uma constante, bem como os focos de calor se concentram, sobretudo, nas proximidades de Terras Indígenas e Unidade de Conservação, ademais o bioma apresenta fitofisionomias tanto de Amazônia quanto do Cerrado e estão em cômputo de 25%, os 75 % restantes se distribuem em usos consolidados, dos quais desde o processo de construção do território, acompanhados por incentivos estatais ou por demanda de territórios pela população, tem instituído as zonas de pressões de uso da terra. Assim, para obter os resultados foi realizado um levantamento bibliográfico, produção cartográfica em ambientes SIG (Sistema de Informação Geográfica) e realizadas etapas de trabalho de campo a fim de verificar tais eventos dispostos espacialmente no bioma e validar os dados levantados em gabinete. Á vista disso, esse estudo pretende analisar as inter-relações de pressões de Uso e Cobertura da Terra no Bioma Amazônico Maranhense para a indicação das áreas de maior criticidade de ruptura das relações ambientais, com vistas à recuperação ambiental. E têm como objetivos específicos caracterizar os processos de usos da terra e pressões antropogênicas associadas ao ano de 2020; avaliar as tipologias de cobertura da terra no Bioma Amazônico Maranhense, para fins de reconhecimento dos padrões de distribuição das paisagens naturais remanescentes; analisar os focos de calor como configuração de pressões de uso e cobertura da terra no Bioma Amazônico Maranhense e a sua correlação com os ambientes naturais remanescentes, a fim de sinalizar o grau de ameaças e comprometimento do equilíbrio ambiental da área preterida e, por fim, propor aos tomadores de decisão estratégias de mitigação e segurança ambiental para indicação de políticas públicas, de monitoramento, avaliação e controle dos usos e pressões regionalizados no Bioma Amazônico do Estado do Maranhão.

  • ANNY KAROLYNY OLIVEIRA PORTELA
  • DEPÓSITOS TECNOGÊNICOS: historicidade, classificação e identificação na bacia hidrográfica do rio Anil – São Luís - MA

  • Data: 27/12/2022
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  •  As alterações ambientais são produtos de uma nova configuração geológica-geomorfológica, causadas pelos desenvolvimentos das técnicas exercidas pelo ser humano principalmente pelo desenvolvimento das cidades, transformando as paisagens. No Brasil os estudos sobre a presença de depósitos tecnogênicos em meio urbano datam desde a década de 1990. Desde de então, foram criadas uma gama de denominações de classificações, baseadas em referencias internacionais. Onde os ambientes urbanizados e a gênese dos depósitos tecnogênicos, possuem uma relação com o uso e ocupação do solo sem planejamento, promovendo a transformação dos materiais superficiais, resultando em depósitos tecnogênicos. Pois a ação geológica do homem produz variados efeitos em áreas urbanas. Em geral, têm-se observado a formação de depósitos tecnogênicos em planícies de maré e nas vertentes próximas aos cursos d’água, onde possui os maiores índices altimétricos e oscilações na declividade. Este trabalho se propõe a uma análise histórica, identificação e caracterizacterização os depósitos tecnogênicos a partir das características geoambientais da área de estudo. A metodologia utilizada baseou-se em revisão bibliográficas, analises em gabinete de imagens de satélites do Google Earth®, para identificação prévia dos depósitos, atividade de campo para reconhecimento da área de pesquisa e para a validação e caracterização dos depósitos tecnogênicos para o mapeamento destes na área de estudo. Constatou-se também que a ocorrência de depósitos tecnogênicos enquadram-se dentro da categoria de agradação e degradação.

  • ANTONIO JOSE ARAUJO CRUZ
  • MODERNIZAÇÕES, EXPULSÕES E RESISTÊNCIAS NA METRÓPOLE DE SÃO LUÍS: os territórios rurais do Cajueiro e da Camboa dos Frades

  • Data: 18/03/2022
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  • A partir da concepção teórica de território usado, entendido como sinônimo de espaço geográfico, problematizamos – à luz das situações geográficas dos territórios rurais do Cajueiro e da Camboa dos Frades – as relações entre modernizações e expulsões e resistência na metrópole de São Luís. Em ambas as situações o que se observa são pressões modernizantes sobre territórios rurais, movimento substanciado pela implantação de macrossistemas técnicos esgarçando a vida nos lugares em nome da fluidez territorial para commodities agrominerais. Nessa perspectiva, com base em revisão bibliográfica, no levantamento de dados secundários, em pesquisas de campo e em trabalhos técnicos: (i) elaboramos uma periodização para as “modernizações”, a “periferização” e as “expulsões” no contexto da formação urbana de São Luís; (ii) apresentamos as situações geográficas dos territórios rurais em tela, os quais, historicamente, vivem a experiência da brutalidade das expulsões; (iii) esmiuçamos os modos de cooperação e resistência que exprimem a articulação dos sujeitos abrigados no Cajueiro e na Camboa dos Frades com outros lugares e movimentos sociais; (iv) examinamos o cotidiano desses lugares enquanto espaços do enfrentamento através das lutas e das solidariedades. Trata-se de um esforço que visa interpretar a realidade e os dilemas dessa complexa metrópole, prenhe de desigualdades socioterritoriais.

  • CHRISLIANNE COSTA PEREIRA
  • Vulnerabilidade à Intrusão Salina na Água Subterrânea da Bacia do Rio Tibiri, São Luís – MA

  • Data: 01/08/2022
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  • No período compreendido entre a década de 1970 e 1980, a cidade de São Luís apresentou um processo de industrialização tardio, marcado pela criação do Distrito Industrial em 1980. Este processo de industrialização foi acompanhado pelo adensamento populacional oriundo de fluxos migratórios para a capital e trouxe como consequência uma forte mudança na dinâmica demográfica na área da bacia do rio Tibiri e adjacências. Nessa perspectiva, as últimas décadas têm sido marcadas pela deterioração dos recursos hídricos subterrâneos devido a ocupação das áreas de recarga de aquífero e aumento da pressão sobre esses recursos na cidade de São Luís, o que indica a necessidade de planejamento e ações para a proteção dos seus aquíferos. Os aquíferos de ambientes insulares tornam-se ainda mais propícios à intrusão salina, a qual pode ocorrer no sentido horizontal, através da percolação da água oriunda do mar, ou também, verticalmente, por influência de manguezais e estuários. A presença de vegetação de mangue indica a ocorrência de águas salobras e ambiente estuarino presentes em todas as bacias costeiras da ilha ludovicense, como as bacias dos rios Tibiri, Anil, Paciência, Bacanga, Rio dos Cachorros, Santo Antônio, Igaraú e outros. Na bacia hidrográfica do rio Tibiri, a água subterrânea é utilizada para satisfazer diversos usos nas comunidades rurais, para o abastecimento público e privado de áreas residenciais e para atender a demanda hídrica de empresas situadas no Distrito Industrial. Diante da importância desta bacia hidrográfica e da problemática da cunha salina, tem-se o método GALDIT proposto por Chachadi e Lobo Ferreira (2001) como alternativa para investigar a vulnerabilidade de aquíferos à intrusão salina, classificando a área de estudo nas classes de vulnerabilidade alta (≥7,5), média (5 -7,5) e baixa (≤5). Dito isto, esta pesquisa apresenta a Carta de Vulnerabilidade dos Aquíferos à Intrusão Salina na Bacia Hidrográfica do rio Tibiri. O estudo identificou as classes de vulnerabilidade na bacia do rio Tibiri, servindo como instrumento na tomada de decisões referentes à gestão de águas subterrâneas na cidade de São Luís. Os resultados obtidos apresentaram a classe de vulnerabilidade alta apenas na zona rural do Mato Grosso situada na margem esquerda, o que é agravado devido a sua localização próxima à foz do rio Tibiri, por onde ocorre a entrada das macromarés. As regiões rurais do Quebra Pote, Santa Helena e Itapera do Quebra Pote, localizados na margem direita do rio, na porção inferior, foram classificadas com vulnerabilidade moderada. Destaca-se que na porção superior da bacia nas regiões Tibirizinho e Tajaçuaba, também indicaram vulnerabilidade moderada. Na margem esquerda do rio, a extensão da Andiroba até o bairro São Raimundo apresentou vulnerabilidade baixa à intrusão salina. Na margem direita, as comunidades Cinturão Verde e Tinaí também apresentaram vulnerabilidade baixa, apesar da proximidade à área de mangue. Além da dinâmica da natureza envolvendo o ecossistema estuarino, as características do uso do solo na bacia envolvendo uso residencial, industrial e rural exercem pressão sobre os recursos hídricos subterrâneos. As classes de vulnerabilidades alta a moderada encontradas na área da bacia indicam a atuação da intrusão da cunha salina na bacia hidrográfica do rio Tibiri, que, apesar de ser majoritariamente rural, apresenta uma condição insular. Esta pesquisa demonstra a importância de utilizar as informações disponíveis referentes aos dados hidrodinâmicos dos poços tubulares e qualitativos das águas subterrâneas, para fins de monitorar o comportamento da cunha salina e subsidiar medidas mitigadoras para evitar a salinização das águas subterrâneas na bacia.

  • DELONY DE QUEIROZ RIBEIRO
  • ANÁLISE DA FRAGILIDADE AMBIENTAL NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOS CACHORROS, SÃO LUÍS – MA.

  • Data: 31/03/2022
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  • A relação conflituosa da sociedade com a natureza, mediante as dinâmicas e tensões territoriais-ambientais por espaços, recursos naturais, conflitos políticos, e a busca desenfreada pela industrialização, promovem impactos no ambiente, principalmente nas áreas costeiras que são particularmente mais sensíveis e frágeis a ocupação dos agentes sociais. Dentre as bacias hidrográficas de São Luís (Maranhão), a bacia hidrográfica do rio dos Cachorros foi uma das áreas da cidade a receber grandes projetos urbanos e industriais. Por sua vez, a urbanização acelerada trouxe diversas consequências ao ambiente. Essa bacia é estuarina, de padrão dendrítico, possui área de 64,37 km² e abrange diversas nascentes. Está situada na porção sudoeste da Ilha do Maranhão e ao sul de São Luís, fazendo parte da Amazônia Oriental. A bacia é vulnerável aos processos erosivos, em virtude de suas características ambientais - um fenômeno natural, mas que é intensificado pelos usos da terra. Nesse sentido, o objetivo dessa dissertação é analisar a fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio dos Cachorros, por meio da Equação Universal de Perdas de Solos (EUPS). Para isso, contou-se com os procedimentos metodológicos de levantamento e análise de material bibliográfico, elaboração de material cartográfico das características geoambientais, trabalhos de campo, assim como análise e espacialização da fragilidade ambiental e de perdas de solos da área de estudo. O conceito norteador dessa pesquisa é o de ambiente, tratando-se de um trabalho marcado pelas relações sociais, tal qual pela união do estudo da natureza e da sociedade. Além disso, estudou-se um ambiente costeiro, por isso houve a adaptação das técnicas que foram usadas para realizar as análises de fragilidade ambiental e de perdas de solo da bacia. Foi constatado que a bacia hidrográfica do rio dos Cachorros possui diversas frações sociais, sobretudo a urbana (uso residencial e serviços), a rural (comunidades e assentamentos) e a industrial, além das áreas de proteção ambiental, e cada um desses grupos utiliza a terra de maneira diferenciada, destacando-se os agentes rurais, que utilizam da bacia como forma de sustento e ainda tentam proteger os corpos d’águas remanescentes, apesar da pressão dos grandes empreendimentos. Também foi constatada a diminuição da área rural, aumento da área urbana e multiplicação de classes industriais, principalmente relacionadas ao sistema portuário e à mineração. Assim, a remoção da cobertura vegetal vem transformando a bacia hidrográfica do rio dos Cachorros, dado que a cobertura vegetal é a principal proteção contra a erosão. Em trabalhos de campo foi possível notar que a degradação está presente principalmente nos locais de mineração, e está relacionada sobretudo com a intensificação dos processos erosivos. No mais, a fragilidade ambiental da área de estudo variou de: Muito Fraca 1 a Muito Forte 5. A maior parte é constituída pela classe Média 3 (36%), seguida por Forte 4 (26%), por Muito Forte 5 (18%), por Muito Fraca 1 (12%) e por Fraca 2 (8%). Além disso, os valores de perdas de solos variaram de 0 a > 200 t.ha-1 ano-1 , e foram divididas em 8 classes, conforme a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, 1967), apud Guimarães et. al. (2011): Nenhuma ou ligeira 1 ( 0 ⊢ 1 t.ha-1 ano-1), ( 65%), Nenhuma ou ligeira 2 ( 1 ⊢ 3 t.ha-1 ano-1), (1%), Nenhuma ou ligeira 3 (3  ⊢ 5 t.ha-1 ano-1), (1%), Nenhuma ou ligeira 4 (5 ⊢ 10 t.ha-1 ano-1), (1%), Moderada 5 (10 ⊢ 20 t.ha-1 ano-1), (4%), Moderada 6 (20  ⊢50 t.ha-1 ano-1), (16%), Alta 7 (50 ⊢ 200 t.ha-1 ano-1), (1%) e Muito Alta 8 (> 200 t.ha-1 ano-1). À vista disso, a tendência é que surjam novas áreas de fragilidade ambiental e de perdas de solos. Dessa forma, análises como essa contribuem como importantes materiais a serem empregados para subsidiar as discussões sobre uso e cobertura, zoneamento, planejamento e gestão territorial-ambiental, degradação dos cursos d’água, dentre outros elementos, posto que a erosão é considerada um dos maiores riscos ambientais e deve ser estudada pela sociedade.

  • ELINALVA ALVES LIMA
  • O AVANÇO DA URBANIZAÇÃO E OS CONFLITOS SOCIOTERRITORIAIS OCORRIDOS NO MUNICÍPIO DE PAÇO DO LUMIAR: a situação da comunidade rural de Tendal Mirim

  • Data: 24/08/2022
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  • O crescimento das cidades traz consigo uma marca da territorialidade brasileira: a informalidade urbana, verificada nos processos de ocupação ilegal que, no geral, são a maneira pela qual um percentual significativo da população tem acesso à moradia. A presente pesquisa traz como estudo de caso a comunidade de Tendal Mirim, localizada na zona periurbana do município de Paço do Lumiar (Maranhão). Nesse contexto, este estudo objetivou analisar os conflitos socioterritoriais existentes na comunidade de Tendal Mirim em Paço do Lumiar mediante processo de urbanização da grande Ilha do Maranhão. A metodologia da pesquisa se configura com o materialismo histórico e dialético. Como processo metodológico, foi desenvolvido a pesquisa de campo no ano de 2021/2022, de caráter descritivo de abordagem quanti-qualitativo. Para coleta de dados, realizou-se os seguintes procedimentos: a) entrevista b) observação participante c) coleta e registro dos dados por meio de diário de campo d) análise e interpretação dos dados obtidos. De acordo com os dados encontrados na pesquisa, verifica-se que a comunidade estudada, Tendal Mirim, vem sofrendo com o processo de desapropriação e busca na justiça a regularização fundiária de seu território. Diante da ameaça de despejo surgida depois de longos anos ocupando aquelas terras, a comunidade comprova que cumpre a função social da propriedade, dever constitucional, exercido através da moradia e do trabalho diário na lavoura. Nesse contexto, no decorrer do estudo observa-se que o desenvolvimento urbano ocasionado pela implantação de novos condomínios no município de Paço do Lumiar, despertou o interesse do mercado imobiliário pelas grandes extensões de terras ali encontradas, dentre elas a ocupada pela comunidade de Tendal Mirim. Evento que trouxe insegurança e vulnerabilidade diante do conflito socioterritorial desencadeado, obrigando os moradores a procurarem a Defensoria Pública do Estado, na tentativa de ter seu direito de posse e titulação assegurados.

  • ELNA LUCILIA SANTOS CORREA
  • INDICADORES DE QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL COMO SUBSÍDIO Á GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS: o caso da sub-bacia do rio Una, Maranhão.

  • Data: 02/06/2022
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  • A recorrente intervenção humana nos mananciais alteram as características naturais desses ambientes, causando sérios problemas direcionados a qualidade e disponibilidade hídrica. O estado do Maranhão é dotado de uma das maiores malhas hídricas do país, tendo o rio Una (Morros, Maranhão, Brasil) como integrante desse sistema, o qual possui, importante influência na economia local, devido seu uso, principalmente para atividade do turismo na região.  A bacia hidrográfica é considerada uma unidade de planejamento para desenvolver políticas que visem a otimização dos recursos hídricos. Desse modo, o objetivo principal do presente trabalho foi analisar os parâmetros físico-químicos, biológicos e indicadores de qualidade das águas superficiais da sub-bacia do rio Una, como elemento de diagnose de qualidade ambiental. A abordagem teórica-metodológica está consusbstânciada na teoria da análise integrada da paisagem, que explica e descreve os fenômenos existentes no ambiente. As coletas foram realizadas em dois períodos distintos sendo chuvoso e de estiagem, onde foram constatados in loco os parâmetros físicos e em laboratório os indicadores químicos e biológicos. O nível de trófia foi mensurado pelo Índice de Estado Trófico (IET), através do modelo proposto por Lamparelli (2004). Os resultados obtidos nas análises indicaram boa situação da qualidade da água da sub-bacia para uso de classes 2 conforme a Resolução CONAMA Nº 357/2005, com estado trófico caracterizado em Ultraoligotrófico para todos os pontos de amostragem. No entanto, após realizar correlações entre os parâmetros estudados e o comportamento das classes de uso e cobertura da terra referente aos anos de 2000 e 2020, identificou-se fragilidades nos pontos (P2, P3, P4) com maior influência antrópica. A partir dessas informações, foram elaborados cenários prospectivos para a mitigação de políticas públicas que visem a conservação dos ambientes naturais, sobretudo, dos recursos hídricos.

  • GABRIEL MACEDO MONTEIRO
  • CONFLITOS DE USO E COBERTURA DAS TERRAS NA AMAZÔNIA MARANHENSE: uso real e uso formal na Microrregião de planejamento do baixo Munim

  • Data: 26/04/2022
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  • A constante expansão dos espaços urbanos somada à demanda cada vez maior por insumos produtivos que visam suprir as atividades antrópicas no território, sejam elas de caráter econômico ou para manutenção das populações, tem estimulado cenários e modelos de produção associados à exploração inadequada dos recursos naturais, isto é, sem que haja a preocupação em integrar a sustentabilidade e a conservação do patrimônio ambiental. A manifestação dessa configuração, sobretudo, nas duas primeiras décadas do século XXI, apresenta-se como uma das principais variáveis que causam rupturas no equilíbrio dos sistemas naturais e que, consequentemente, contribuem para os processos de degradação destes. No decorrer desse período, a Microrregião de Planejamento do Baixo Munim, na qual estão inseridos sete municípios, sendo eles: Axixá, Bacabeira, Cachoeira Grande, Morros, Icatu, Presidente Juscelino e Rosário, presenciou uma significativa restruturação geográfica diante da diversificação de suas atividades econômicas, com base na exploração dos recursos naturais disponíveis; extração mineral voltada à fabricação de materiais utilizados na construção civil; valorização financeira e fundiária do território; estabelecimentos industriais com foco na exploração mineral; potencialidade produtiva de insumos agrícolas; expansão do turismo e veraneio; crescimento da urbanização e a recente integração de seus municípios constituintes na zona de planejamento da Região Metropolitana da Grande São Luís (RMGSL), por exemplo. Faz-se necessário ressaltar que os municípios que compõem a respectiva Microrregião estão inseridos em uma porção bastante vulnerável da Amazônia Legal, ou seja, na borda/transição entre o bioma Amazônico maranhense e o Cerrado. Nesse sentido, ao considerar todos os elementos que subsidiam a construção do espaço geográfico, deve-se enaltecer, muitas vezes, as peculiaridades de cada território municipal como se observa no Estado do Maranhão, assim como destacar a essencialidade da participação do Poder Público, em qualquer de suas esferas de atuação, como legítimos produtores da configuração espacial. Em suma, uma das inúmeras funções do Estado é a de manter as relações sociais e intervir nos processos de produção dos territórios, sobretudo, em sua atribuição de criar e reafirmar centralidades e hierarquias, independentemente dos entes federativos e das esferas jurídicas. Diante dessa perspectiva, o objetivo do presente trabalho é identificar os principais processos de conflitos de Usos e Ocupação das terras presentes na Microrregião de Planejamento do Baixo Munim. A presente pesquisa também vislumbra analisar as modalidades de Usos da terra a partir da comparação entre o Uso (Formal) previsto na legislação e o Uso Real nos municípios que compõem a Microrregião, bem como propor critérios para o ordenamento territorial a partir de entrevistas com gestores públicos com base no levantamento de informações para áreas com alto grau de vulnerabilidade socioambiental. Mediante isso, destaca-se que o Uso Formal é concebido, portanto, pela produção do espaço geográfico graças à racionalidade técnica e à um sistema regulador que se concretiza no território enquanto norma jurídica vigente. Já o Uso Real é percebido como um conjunto de práticas sociais dispostas no próprio espaço que conduz à realidade, práticas essas que originam todas as coisas que existem devido às experiências, vivências humanas e a própria natureza que refletem diretamente nos padrões de Uso e Ocupação das terras em cada localidade, dos quais a interpretação, delimitação e classificação são os principais interesses do presente estudo. Desta maneira, a realização de análises espaciais permitirão a compreensão dos conflitos de usos da terra na Microrregião de Planejamento do Baixo Munim.

  • HAMILTON FERREIRA DE SOUSA NETO
  • URBANIZAÇÃO CORPORATIVA E FRAGMENTADA: o circuito espacial produtivo de materiais de limpeza em Codó – Ma.

  • Orientador : CARLOS EDUARDO NOBRE
  • Data: 15/07/2022
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  • Codó, cidade brasileira pertencente ao Estado do Maranhão, que conta com uma população estimada em 123.368 habitantes (IBGE, 2021), e considerado o sexto município mais populoso do Estado, responsável por abrigar diversos circuitos espaciais produtivos, com destaque para os circuitos de um agente em evidência, responsável por dinamizar as relações e o espaço do município: o Grupo Empresarial F. C. Oliveira, que consiste em uma holding atuante em distintos setores da economia que contemplam atividades agrícolas, industriais, de comércio e serviços, e se apresenta como agente dominante que contribui com o processo de urbanização da cidade, visando sua expansão a partir da concentração de capitais, incluindo as infraestruturas e equipamentos urbanos.  Buscamos investigar se a expansão das atividades econômicas diversificadas desse grupo empresarial pode conduzir um processo de oligopolização dos mais variados setores da economia urbana codoense, e como estas contribuíram para um processo de urbanização corporativa e fragmentada da cidade, que se mantém na busca por modernização e competição de mercado, e que apresenta uma expansão de atividades precarizadas, marcadas pela baixa remuneração, como as famílias que ainda sobrevivem da agricultura familiar e de subsistência, ou dependem de empregos que pagam baixos salários, além das atividades típicas do setor informal. O circuito espacial produtivo das atividades referentes ao grupo F. C. compreende o uso atual do território, paralelo ao seu movimento, através da análise de fluxos promovida pelas suas instâncias da produção, revelando o uso diferenciado do território pelo agente privilegiado em questão, que, em seus processos produtivos, e de circulação, dinamiza fluxos materiais e imateriais. Se, por um lado, as atividades referentes a esse grupo se destacam no cenário estadual e nacional como importantes e bem desenvolvidas, temos em contraponto as desigualdades observadas num outro lado, que revelam as inúmeras demandas não supridas de parcelas menos favorecidas, que ficam à margem desses processos, e que precisam ser vistas e discutidas.  

  • JACKSON SOUSA DOS SANTOS
  • CAIS DA SAGRAÇÃO: alongar o olhar entre Montello e a geografia – lugares em existências

  • Data: 21/06/2022
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  • Ao problematizar o Cais da Sagração, romance escrito pelo maranhense Josué Montello, esta dissertação o entende como um texto que trata de lugares e existências situadas entre o mar e a terra, e que tem com o foco a vida e as práticas sócio espaciais do barqueiro Mestre Severino. Com efeito, tem-se como objetivo interpretar o referido romance de modo a alongar o olhar entre a obra montelliana e a geografia, ora se debruçando nas experiências dos sujeitos-personagens do livro, ora partindo da realidade da comunidade Camboa dos Frades, área do Porto de Itaqui, localizada acerca de 15 km de São Luís, empreendida como trabalho de campo. Do romance, o movimento entre os lugares de Mestre Severino e São Luís dá o ritmo da narrativa literária. Pautada, sobretudo, em contribuições da Geografia Cultural e da Geografia Humanista, inscreve-se sob capítulos cujas questões principais são: revisão e reflexão bibliográfica de noções conceituais fundamentais ao estudo; eleição de temas, personagens e tramas espaciais referentes ao romance a fim de gerar interpretações; exercício de entrevistas e acompanhamento de palestras sobre a vida de Montello e a respeito da obra Cais da Sagração e desenvolvimento de trabalho de campo. Em suma, conclui-se que Cais da Sagração denota ensinamentos que traduzem a literatura como um texto que não se fecha em si mesmo, uma vez que a vida também pode sim imitar a arte. À Geografia também cabe compreender o referido estímulo.

  • JANDERSON ROCHA SILVA
  • ÍNDICE DE POTENCIALIDADE DE OCORRÊNCIA DE CAVIDADES EM ARENITOS NA BACIA HIDROGRÁFICA TOCANTINS/ARAGUAIA NO ESTADO DO MARANHÃO

  • Data: 01/08/2022
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  • Essa pesquisa tem como foco incentivar a preservação das cavidades naturais no Estado do Maranhão. O recorte escolhido para a pesquisa foi a Bacia do Tocantins/Araguaia, localizada na região sudoeste maranhense. Pautada em uma abordagem de aplicação de Sistemas de Informação Geográfica, utilizando métodos quantitativos de análise multifator e álgebra de mapas, em uma escala de 1:100.000, foi guiada pelo conceito de paisagem e pela concepção de carste em arenito. A pesquisa tem como objetivo geral desenvolver um indicador de ocorrência de cavernas aplicável na Bacia do Tocantins/Araguaia no Estado do Maranhão, através do uso de análise multicritério. Tem como objetivos específicos subsidiar a validação do modelo do índice de ocorrências de cavidades e topografar e cadastrar as cavernas encontradas, além de caracterizar, sucintamente, cada uma delas por sua geologia, espeleogênese e existência de recursos biológicos e arqueológicos, se existirem. Entre os fatores que norteiam a necessidade desse estudo, está a localização da Bacia Hidrográfica, pois existem duas províncias espeleológicas tanto do lado maranhense como no Tocantins. Outro fator importante está presente no Decreto n 6.640 de 2008, que versa sobre a necessidade de licenciamento ambiental do patrimônio espeleológico brasileiro, além das características geológicas e morfológicas da área que contribuem para a formação das cavernas na região. Para isso, optou-se pela utilização do método AHP (Analyse Hierarque Processing), que é um dos métodos de tomada de decisão mais utilizados para correlação individual de variáveis, e para apresentar o resultado além da maneira numérica será utilizado álgebra de mapas. Os resultados expressaram que a metodologia foi eficiente para mensurar o potencial de ocorrência de cavidades em arenito, visto a média das cavidades encontradas nos trabalhos de prospecção estarem situadas em áreas de Alta e Muito Alta Potencialidade para a Bacia Hidrográfica do Tocantins/Araguaia, além da realização das topografias e cadastro das cavernas junto a Sociedade Brasileira de Espeleologia. Entre as dificuldades encontradas na pesquisa, está a inexistência de uma base geológica com escala superior à do Serviço Geológico do Brasil de 1:250.000, o que dificulta o cruzamento das variáveis pelo tamanho do pixel ao ser convertido para formato matricial e a base de geomorfologia do IBGE (2009) que foi utilizada em parte para definir as formas de relevo, mas no decorrer do processo de mapeamento apresentou grandes inconsistências.

  • JULIANA LOPES ALMEIDA
  • AVALIAÇÃO DOS MEIOS GEOBIOFÍSICOS E ANTRÓPICOS PARA A FORMAÇÃO DAS PAISAGENS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO TURIAÇU, MARANHÃO.

  • Data: 19/01/2022
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  • A intensa pressão antrópica exercida sobre os recursos naturais têm aumentado nos últimos anos. Estas alterações em uma bacia hidrográfica afetam diretamente na ciclagem de nutrientes, na disponibilidade de água, na estrutura do solo e no clima, pois a cobertura vegetal exerce um papel de estabilidade na bacia, auxiliando na manutenção desses recursos. Por este motivo, a abordagem integrada da paisagem para o planejamento e gerenciamento dos recursos naturais tem a necessidade da identificação e a avaliação dos atributos geobiofísicos e antrópicos de um território, estes possuem características e dinamismos próprios que consequentemente sofre influência humana no tempo e no espaço. Desta forma, o presente trabalho tem como objetivo avaliar como os meios geobiofisicos e antrópicos alteram a paisagem da Bacia Hidrográfica do Rio Turiaçu. Para isso, realizaram-se os seguintes procedimentos: a caracterização ambiental, onde foram utilizados dados de geologia, geomorfologia, solos, geodiversidade, vegetação e clima; a análise da evolução do uso e cobertura da terra através dos dados do MapBiomas dos anos 1985 e 2019 da coleção 5; a estrutura da paisagem da Bacia Hidrográfica do Rio Turiaçu que foi quantificada por meio dos índices de métricas de paisagem. Este procedimento foi realizado para os anos 1985 e 2019. Para o auxílio de cada um dos procedimentos citados, realizou-se duas atividades de campo (fevereiro e novembro). Sendo assim, os resultados consistiram em nove formações geológicas; oito unidades geomorfológicas; cinco tipologias de solos; sete classes geoambientais; oito classes de vegetação. Em relação ao clima, a bacia apresentou dois tipos climáticos e a análise das variáveis climáticas, temperatura média e precipitação, mostraram que a região não apresentou significativas variações entre os anos 1985 a 2019. Os dados de uso e ocupação da terra e de métricas de paisagem evidenciaram mudanças significativas entre os anos de 1985 e 2019, mostrando que as áreas de Florestas perderam mais 20% da sua área, além do aumento da fragmentação e a redução das bordas florestais por conta do avanço de atividades antrópicas. Diante dos resultados adquiridos nesta pesquisa, percebe-se que apesar da Bacia Hidrográfica do Rio Turiaçu ainda ser, em grande parte, protegida por Unidades de Conservação e Terra Indígena, a bacia sofre graves pressões antrópicas ocasionadas, principalmente, pela transformação de florestas em áreas de pastagem, o que pode causar graves impactos, como modificação na ciclagem de nutrientes, na disponibilidade de água, na estrutura do solo e do clima.

  • MARINALVA FERREIRA MONTEIRO
  • TERRITÓRIO COMO ABRIGO E RECURSO: Implicações do desmatamento na reorganização e nas territorialidades da Comunidade Colônia Amélia /Turiaçu-MA.

  • Data: 28/07/2022
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  • O estímulo para desenvolvimento deste trabalho dissertativo emerge diante as transformações ocorridas frente ao desmatamento, os constantes fluxos de caminhões madeireiros que compõem a dinâmica territorial em Colônia Amélia/Turiaçu/MA. Surge assim a questão: Como o avanço do desmatamento tem alterado a territorialidade, na perspectiva do território enquanto abrigo e recurso em Colônia Amélia/Turiaçu-MA? Diante deste contexto, apresenta-se como Objetivo Geral: Analisar o avanço do processo do desmatamento no território Colônia Amélia-Ma e suas implicações na territorialidade da comunidade. E os objetivos específicos: Compreender os aspectos geohistóricos do processo de ocupação e territorialização da comunidade; interpretar a percepção ambiental dos moradores sobre o de transformação ambiental provocada pelo desmatamento; elaborar mapa situacional, evidenciando o que agora existe na localidade, a partir das memórias e das vivencias das pessoas da comunidade. Empreendemos as relações sociais no território buscando discutir aspectos da territorialidade a partir dialética do uso do território como recurso e abrigo enquanto aproximações analíticas da pesquisa. Baseamo-nos em levantamentos bibliográficos e documental, por meio também das visitas a campo, com abordagem quantiqualitativa, aplicação de entrevistas com questões abertas. A partir dessas reflexões, tem-se como resultados: a caracterização da situação geográfica, históricas, culturais e socioambientais, evidenciamos seu contexto de formação territorial intimamente ligada a correntes migratórias no contexto maranhense. Desvelamos as novas territorialidadesdo lugar como recuos das casas de farinhas, bem como os novos modos de produção a partir desse recuo. Foi constatado o avanço do desmatamento, sobretudo pós instalação de serrarias na localidade. Na busca por compreensão do cotidiano e das novas territorialidades dos sujeitos, realizamos uma caminhada perceptiva, que nos permitiu evidenciar a percepção dos moradores locais sobre o processo de desmatamento, como estes veem as transformações socioambientais na localidade, com suas complexidades no que tange as diferentes interpretações dos diferentes sujeitos ocupantes do mesmo espaço-lugar.

  • RAQUEL PEREIRA SANTANA
  • ANÁLISE SOBRE 1 ANO DE PANDEMIA: reflexões sobre a saúde pública aos casos de covid-19 na zona rural de São Luís- MA  

  • Data: 07/04/2022
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  • A Geografia da Saúde é um campo de estudo que ganha cada vez mais espaço entre os geógrafos. Frente ao surgimento de surtos epidêmicos, e mais recentemente pandêmicos (COVID-19 em 2019 ainda em vigência), verifica-se a relevância dos estudos da saúde sob a perspectiva geográfica. A presente pesquisa teve como principal objetivo uma reflexão sobre as políticas públicas de saúde no distrito sanitário da Vila Esperança, Dessa forma foi realizado a espacialização das unidades básicas de saúde no distrito sanitário da Vila Esperança, sendo este o distrito com maior quantitativo de bairros da zona rural do município de São Luís. O objetivo a partir deste mapeamento, foi realizar uma análise sobre o acesso a saúde na região. Além disso, foi realizado a sazonalidade dos casos de Covid-19 no distrito frente à crise sanitária em nível pandêmico, doença causada pela nova severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 (SARS-CoV-2). O método utilizado foi o de materialismo histórico. A ferramenta utilizada para a espacialização foram os softwares ArcMap 10.5 e Google Earth. Ao final do estudo concluímos que o distrito conta com 13 unidades básicas de saúde com atendimento ambulatorial, e 1 UPA para atendimento de urgência e emergência; e ainda foi possível identificar os bairros do Maracanã e Vila Sarney como as localidades que mais acumularam casos.

  • WALEFE LOPES DA CRUZ
  • ANÁLISE DO ESCOAMENTO SUPERFICIAL NO ALTO CURSO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ANIL EM SÃO LUÍS - MARANHÃO

  • Data: 11/07/2022
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  • O presente trabalho teve por objetivo analisar o escoamento superficial no alto curso da bacia hidrográfica do rio Anil, localizada na cidade de São Luís/MA, com área de 9,07 km². Os objetivos específicos foram: avaliar o uso e cobertura da terra; caracterizar fisiograficamente o alto curso da bacia; identificar o Curve Number da área através da análise de dados fisiográficos e climatológicos da área; identificar o escoamento superficial da área; e comparar e validar esses dados através de testes de infiltração. Para alcance destes objetivos foram realizadas duas etapas de pesquisa, a saber, trabalho de gabinete e trabalho de campo. Na primeira etapa, foram realizadas atividades de planejamento da pesquisa, elaboração dos mapas, análise bibliográfica e escrita do texto. Na segunda etapa foram realizados trabalhos de campo para conhecer a área, fazer os registros fotográficos e realizar os testes de infiltração. Após essa etapa, voltando à etapa de gabinete, foram elaborados gráficos dos dados obtidos com os testes de infiltração e feita a análise estatística dos dados gerados com os testes. Foram realizados 40 testes para obter os valores de infiltração acumulada, sendo estes utilizados como potencial de armazenamento de água no solo (S). Foi empregada a técnica Curve Number (CN), sendo realizada a estimativa de escoamento superficial para o alto curso com a técnica supracitada e com os testes de infiltração. Os dados indicaram que as taxas de escoamento superficial são menores do que as identificadas com o teste de infiltração nas áreas vegetadas e com solo exposto. Os valores obtidos com os testes de infiltração variam de 24,2mm à 89,89mm para grupo hidrológico B nas de áreas vegetadas e de 0 a 121,88mm nas áreas de solo exposto. Os valores de escoamento superficial nas mesmas áreas vegetadas e com solo expostos obtidos com a técnica CN foram, respectivamente,  42,45mm e 116mm. Em relação ao tipo hidrológico D, as taxas identificadas foram de 2,55mm à 74,33mm  para área vegetada e de 12,48mm à 100,8mm para áreas com solo exposto. A partir da técnica CN, os dados gerados para o mesmo tipo hidrológico D foram de 77,22mm e 107,7mm respectivamente. Os testes com maiores taxas de escoamento superficial geradas foram respectivamente o 14, 17, 20, 29 e 40 sendo estes localizados em áreas com solo exposto com CN que entre 78 à 95 obtendo valores maiores que 100mm para a precipitação de 139,4mm. A análise estatística realizada através da Matriz de Correlação de Spearman indicou que há uma correlação fraca entre os dados gerados de escoamento superficial pela técnica CN e os testes de infiltração realizados nas áreas vegetadas e com solo exposto.


2021
Descrição
  • CRYSTIÃ ARAUJO LEAO
  • ANÁLISE DA DEGRADAÇÃO DA PAISAGEM ATRAVÉS DE INDICADORES AMBIENTAIS: um estudo sobre a aplicação do índice de transformação antrópica na bacia hidrográfica do riacho da Boa Hora, Maranhão.

  • Data: 01/02/2021
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  • O objetivo geral desta pesquisa foi analisar a degradação da paisagem da bacia hidrográfica do Riacho da Boa Hora, no município de Urbano Santos-MA, através do Índice de Transformação Antrópica - ITA. Sabe-se que o espraiamento das atividades humanas sobre os ambientes naturais demanda cada vez mais estudos a respeito das implicações advindas de tal processo, assim como pensar alternativas que se adequem às novas e velhas demandas do ambiente em questão. Diante desse contexto, o presente estudo procurou abordar as bases conceituais pertinentes à pesquisa, identificar os diferentes tipos de usos e cobertura da terra, e analisar o grau de transformação da referida bacia. Para esta pesquisa, analisou-se os últimos 36 anos de transformação na bacia hidrográfica afetada, (área de 554 km², ocupando 32,4% da área total do município) os quais em virtude da expansão do agronegócio, trouxeram novas dinâmicas sociais e econômicas que passaram a ditar a maneira como os ambientes naturais do município são explorados. Neste estudo, o auxílio dos Sistemas de Informação Geográfica (SIGs) foi fundamental para a produção dos cartogramas elaborados e do mapa do ITA, o qual levou em consideração a área ocupada por cada tipo de uso de solo, os pesos pelo grau de antropização definidos a partir do método Delphi construído com a ajuda de pesquisadores da região, proporcionando uma visão geral da transformação da paisagem local. Os resultados do ITA para a bacia do riacho da Boa Hora mostraram uma importante evolução na comparação entre os anos de 1984 e 2020, no entanto, num quadro geral, a bacia aparece como Pouco Degradada segundo os níveis de degradação sugeridos pela metodologia, o que levantou dúvidas sobre a aplicabilidade do índice para qualquer cenário e também para os pesos atribuídos a determinadas classes de uso, principalmente quando levadas em consideração as transformações percebidas nos mapas de uso e na comparação com outros trabalhos. Apesar do resultado inesperado, a discussão sobre a degradação da paisagem foi factível, oportunizando a proposta de recomendações para os usos dentro da bacia, os quais podem ser expandidos para a realidade municipal, tendo em vista a representatividade da área da bacia hidrográfica dentro do território municipal, e as características ambientais e sociais ali percebidas.

  • FERNANDO GUSTAVO MEIRELES BAIMA
  • USOS DO TERRITÓRIO MARANHENSE: Expansão e regionalização do Sistema Prisional Estadual (1830-2020).

  • Data: 19/05/2021
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  • A distribuição espacial das Unidades Prisionais do Maranhão reflete uma racionalidade adotada pelo Sistema Penitenciário Estadual. O território usado pelo sistema prisional é, em verdade, produção de projetos políticos criminais e, portanto, expressões dos usos estatais do território, máxime o fato deles serem usados, também, pela sociedade e pelas empresas. O Estado, ao usar o território para instalar os fixos geográficos (tipologia/arquitetura das Unidades Prisionais) está instituindo uma dada regionalização do território, o que no Direito, por exemplo, se considera como jurisdição - a extensão territorial da competência de determinada instituição jurídica. Não há como descuidar de todas essas variáveis ao enveredar no cotejo de informações para compreensão da dinâmica adotada pelo Estado do Maranhão na implantação da estrutura penitenciária. Outrossim, as próprias transformações vivenciadas na produção e em todas as esferas da vida social, implica, a rigor, em modificar não somente a reprodução do capital, do trabalho e mesmo o modo de vida (cotidiano) das diversas classes sociais, mas em reestruturar o espaço onde se processa a reprodução das relações sociais de produção e totalidade. Nesse diapasão, o objetivo geral do presente trabalho é investigar a expansão territorial do Sistema Penitenciário Maranhense com enfoque na regionalização do respectivo Sistema. A Investigação de como se deu a distribuição das Unidades Prisionais é, sobretudo, necessária para que compreendamos a dinâmica territorial do sistema penitenciário desta unidade federativa, frente à expansão do sistema carcerário maranhense. É importante destacarmos que cada uma dessas unidades desempenham funções específicas além de transmitirem uma lógica da regionalização de suas instalações, isto é, através delas o Estado consegue implementar os seus objetivos e suas finalidades concernentes à política do Sistema Prisional adotado

  • FLÁVIA MARTINS SILVA
  • SANTO AMARO DO MARANHÃO, CENÁRIO DE NOVA TERRITORIALIDADE: a pavimentação da MA-320 como objeto de viabilização de uma nova dinâmica.

  • Data: 28/01/2021
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  • A cidade de Santo Amaro do Maranhão fica localizada na Mesorregião Norte do Estado, na Microrregião dos Lençóis Maranhenses, a qual vem recebendo investimentos públicos e privados voltados para o setor do turismo, porém até menos de uma década ela apresentava-se praticamente isolada, em uma região sem fluxos e redes, onde o modo de vida da população era pautado por uma relação mais estreita com a natureza. A partir da pavimentação da rodovia MA-320, em 2018, que dá acesso à cidade, possibilitou a fluidez em direção ao Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, um dos destinos mais procurados por turistas no Maranhão, isso tem gerado novas territorialidades. Hipotetiza-se que Santo Amaro romperá a relação estreita com a natureza tornando-se uma cidade turística o que gerará mudança no modo de vida e também novos problemas passarão a existir. Para comprovação desses fatores, o trabalho foi realizado por meio do método materialista histórico e dialético que dá possibilidade de investigar o contexto social do objeto de estudo por meio de observação, para isso utilizou-se técnicas de atividade de campo e pesquisa bibliográfica. Como resultados pode-se afirmar que, de fato, a cidade tem mudado seu modo de vida, voltando-se para o tusmo, tem crescido o número de habitantes na cidade e também o número de investimentos como pousadas, agências de turismo e a especulação imobiliária está em alta, isso pode ser percebido pelo surgimento de condomínios e abertura de negócios, e também há crescimento de problemas ambientais como lixões a céu aberto e falta de saneamento básico.

     

  • GISELE POLANSKI FRANÇA DA SILVA
  • DOMINGO É DIA DE FEIRINHA SÃO LUÍS: (re)viver em festa e entre paisagens patrimoniais e turísticas

  • Data: 14/05/2021
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  • Na interface com o turismo, os centros históricos têm sido alvo de políticas públicas que visam revalorizar as suas paisagens patrimoniais. Tema de explicita dimensão espacial e temporal, tais ações vão além da preservação do passado, tornando dinâmico, e às vezes, festivo, o presente. Este parece ser o caso do que vem ocorrendo no Centro Histórico de São Luís, Maranhão, tomado aqui mais especificamente pela Feirinha São Luís. No Centro, diversas têm sido as políticas que vêm tencionando, através do conteúdo histórico, aquecer a imagem cultural da cidade que, dentre outras funções, busca se fortalecer como destino turístico. Relacionada ao Programa Reviva Centro, a Feirinha São Luís ocorre desde 2017 aos domingos na Praça Benedito Leite, com destacada conotação festiva. Privilegiada como nosso campo empírico, dela surge a problemática desta pesquisa, a saber: em meio às políticas de requalificação urbana proporcionadas pelo Programa Reviva Centro, como se estruturam e são vividos os patamares de significados da Feirinha São Luís, enquanto festa, entre paisagens patrimoniais e turísticas, no sentido de contribuir para fazer reviver o Centro Histórico de São Luís? No tratamento com teorias entrecruzadas entre o Turismo e a Geografia, admitindo uma abordagem cultural, guiada, predominantemente, por indicações do método fenomenológico, com posturas de cunho qualitativo, a pesquisa tem como objetivo geral interpretar a dimensão festiva da Feirinha, situadano “coração” do Centro Histórico, rodeada, portanto, de paisagens patrimoniais e turísticas, e que é composta por experiências e percepções múltiplas, das quais condensamos reflexões referentes ao que escutamos da coordenação da Feirinha, de comerciantes, ludovicenses e turistas. Em suma, é possível auferir que a Feirinha vem, de fato, encetando novas configurações culturais ao Centro Histórico de São Luís e à imagem turística da cidade, funcionando como singular estratégia simbólica de apropriação do espaço e do tempo.

  • GLEYCIANE DE JESUS PEREIRA CRUZ
  • O TERRITÓRIO DE HABITAR EM PAÇO DE LUMIAR: uma análise da segregação socioespacial

  • Data: 26/02/2021
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  • Esta pesquisa analisa a segregação socioespacial em Paço do Lumiar promovida pela implantação de loteamentos e condomínios fechados, tendo por base o estudo de caso sobre o loteamento Residencial Portal do Paço. A perspectiva teórico-metodológica do Materialismo histórico dialético permite observar a História, conflitos e contradições inerentes à sociedade e a categoria território os quais foram instrumentos para refletir sobre a ação dos agentes que usam o espaço e os papéis que desempenham na dinâmica territorial do município, destacando as implicações sociais e contradições relacionadas aos condomínios fechados e loteamentos em um município que ainda conserva características periurbanas. Desse modo, discorre o texto sobre a produção do espaço, a cidade capitalista e suas complexidades atreladas às relações de poder. Dessa forma, as áreas rurais e urbanas se submetem à lógica do espaço como ativo financeiro, transformado em mercadoria. Como consequência, o espaço expõe as suas relações conflitantes e contraditórias. Daí surgir o negativo da urbe, a segregação. O distanciamento através de muros é uma nova forma de segregação urbana contemporânea. No município, verifica-se um embate entre valor de uso e valor de troca, que chegam a ter contornos violentos. Os tais ocorrem via remoções de comunidades devido à especulação imobiliária nessa região. Tendo em vista o exposto, Paço do Lumiar possui os efeitos espaciais oriundos de uma urbanizaçãoque privilegia o valor de troca em oposição ao uso social da cidade, e isto é observado: na expansão urbana, na construção de condomínios fechados e, paralelo a tal fato, formam-se a polarização da pobreza e a luta por moradia na cidade. Disto resulta a formação da fragmentação social, por meio da construção de territórios exclusivos para as classes mais abastadas. Ao examinar a realidade do Residencial Portal do Paço, constata-se que os moradores, apesar de habitarem em um bairro residencial planejado, carece de serviços e equipamentos urbanos básicos no cotidiano. É possível afirmar que foi criado para aumentar os investimentos econômicos, cujo objetivo é o lucro de um grupo empresarial em detrimento da qualidade de vida da população, com pouca acessibilidade aos serviços públicos, agregando valor econômico ao sujeito. E então, evidencia-se a dimensão territorial da cidadania ligada ao lugar e à posição socioeconômica do indivíduo. 

  • HUGO LEONARDO REIS DE LIMA
  • OCUPAÇÃO HUMANA E PROCESSOS EROSIVOS NA FALÉSIA DA PRAIA DA PONTA VERDE, MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DE RIBAMAR – MARANHÃO.

  • Data: 21/04/2021
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  • Diversos processos atmosféricos, continentais, oceânicos e humanos são importantes na modelagem das formas naturais do relevo costeiro. Entre essas formas de relevo podemos destacar as falésias – morfologia discutida nessa dissertação – moldadas na Formação Barreiras, encontradas desde o litoral do Amapá, na região norte, até o Rio de Janeiro, na região sudeste. As falésias são caracterizadas pela forte inclinação, constituindo aproximadamente 80% das linhas de costa ao redor do mundo, o que mostra a grande significância para o estudo dessa feição geomorfológica. No município de São José de Ribamar encontra-se um conjunto singular de falésias, de origem sedimentar Tércio-quaternária, facilmente sujeitos à erosão marinha, principalmente por meio de movimentos de massa, fenômenos intensificados durante períodos chuvosos. Como a área de estudo apresenta uma taxa crescente de ocupação humana, o trabalho objetiva analisar os processos erosivos que ocorrem falésia da praia de Ponta Verde e suas consequências para o ecossistema local e as atividades humanas, além de identificar como a ação humana vem causando impactos na área de estudo, como por exemplo, o descarte irregular de resíduos sólidos e a ocupação desordenada da área tem afetado à falésia e o ecossistema de maneira geral. A metodologia foi baseada nos geossistemas, partindo da análise que o objeto de estudo pressupõe um processo evolutivo resultada da combinação de fenômenos naturais e antrópicos; a determinação da cor do solo foi executada a partir do uso da Carta de Munsell (2009), comparando-se a cor de cada amostra de solo seca e úmida com as cores da escala Munsell e anotando-se a cor mais aproximada; para a análise da compactação do solo foram usados dados coletados tanto por meio dos anéis volumétricos, como por meio do penetrômetro; foram realizados teste de infiltração, utilizando a técnica proposta por Guerra (2011). A partir dos dados coletados em campo e nos órgãos competentes (IBGE e INMET) foram gerados mapas, gráficos e tabelas que auxiliam na compreensão dos processos atuantes na área de estudo. Com os dados obtidos sobre a densidade aparente do solo, a densidade de partículas e a porosidade total, verificou-se que o solo apresenta-se compactado, o que acaba dificultando a infiltração da água e, por consequência, um maior escoamento superficial que acelera os processos erosivos no topo da falésia.

  • IDEVAN GUSMÃO SOARES
  • ANÁLISE DA VULNERABILIDADE AMBIENTAL AO PROCESSO EROSIVO COMO SUBSÍDIO AO PLANEJAMENTO E À GESTÃO AMBIENTAL NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PRETO-MA.

  • Data: 18/03/2021
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  • O trabalho tem como área-objeto a bacia hidrográfica do rio Preto a qual localiza-se na região nordeste do estado do Maranhão, ocupa uma área de 5.235,63 km2, sendo afluente da bacia do rio Munim. Esta pesquisa pauta-se na categoria paisagem e tem por objetivo geral analisar a vulnerabilidade ambiental ao processo erosivo da bacia hidrográfica do rio Preto - MA como subsídio a gestão dos recursos hídricos e por objetivos específicos: determinar as unidades de planejamento e gestão da bacia; identificar a vulnerabilidade dos parâmetros físicos da bacia hidrográfica do rio Preto e avaliar o grau de vulnerabilidade a partir do uso e cobertura da terra da bacia do rio Preto. Para atingir os objetivos realizou-se pesquisa bibliográfica sobre a temática da vulnerabilidade, paisagem como categoria de análise na Geografia, método Analítico Hierárquico Processual (AHP), Geoprocessamento aplicado ao estudo da vulnerabilidade; efetuou-se cálculo de parâmetros morfométricos; seleção de bases cartográficas (INPE, CPRM, USGS, ZEE-MA, IBGE); aplicação de técnicas de geoprocessamento e sensoriamento remoto para mapeamento das unidades geológicas, classes de solos, unidades geomorfológicas, declividade, hipsometria, precipitação acumulada anual, uso e cobertura da terra. Toda a produção cartográfica foi realizada nos Sistemas de Informação Geográfica, QGIS, SPRING e ArcGIS. Realizou-se trabalho de campo tendo como objetivos o reconhecimento da área-objeto, registro fotográfico e averiguar a produção cartográfica. Recorreu-se ao método de Crepani et al. (2001), a qual baseia-se na Ecodinâmica de Tricart (1977) e AHP para espacializar os graus de vulnerabilidade ambiental da bacia, já para determinar as unidades de planejamento e gestão utilizou-se o método de Otto Pfafstetter através do qual subdividiu-se a bacia em três Unidades de Planejamento de Recursos Hídricos (UPRH). Os resultados sinalizam que a UPRH do Riacho do Gavião apresenta a maior área de estabilidade na bacia ocupando 67,40%, enquanto a classe medianamente estável/vulnerável ocupa 24,26% e em situação de vulnerabilidade abrange 8,35%. A estabilidade decorre de um relevo tabular, baixas declividades, cobertura vegetal nativa, presença do Latossolo Amarelo e Argissolo Vermelho-Amarelo concrecionário. Já as áreas vulneráveis associam-se a agricultura, pastagem, área urbana, silvicultura, vegetação secundária, os litotipos do Grupo Itapecuru, Barreiras e Depósitos Eólicos Continentais Antigos. Na UPRH do Rio Mocambo predominou a estabilidade com cerca de 48,34%, o meio intergrade compreende 29,34% e as áreas instáveis 22,33%. Nesta unidade a vulnerabilidade associa-se tanto a interação dos componentes naturais da paisagem ao norte da bacia quanto a atuação antrópica relacionada ao uso urbano, a vegetação secundária e o cultivo de eucalipto. Já os meios estáveis na UPRH do Rio Riachão ocupam 43,45%, os intergrades cerca de 28,65% e os instáveis 27,9%. Nessa unidade a agricultura, silvicultura, pastagem, área urbana, formações pioneiras, vegetação com influência marinha (Restinga) foram determinantes para vulnerabilidade ambiental, também observa-se a vulnerabilidade natural ao norte da bacia. Identifica-se ainda conflitos sociais e que problemas ambientais como desmatamento, ocupação de APP, compactação de solos por máquinas pesadas, desertificação dos solos, uso de agrotóxicos e queimadas, ambas relacionadas as monoculturas, têm acarretado impactos a bacia, assim como agravado a vulnerabilidade. Neste contexto, através do mapeamento das áreas de vulnerabilidade as medidas de prevenção e mitigação se tornam mais fáceis de serem vislumbradas devido à espacialização destes riscos, consequentemente, tem-se subsídios essenciais para o poder público atuar no sentido realizar uma gestão ambiental e, por conseguinte conservar a bacia do rio Preto - MA.


     
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  • IVAN LEITE LIMA
  • VULNERABILIDADE AMBIENTAL AOS PROCESSOS EROSIVOS LINEARES NA UNIDADE HIDROGRÁFICA DO TIBIRIZINHO: o caso da voçoroca Rua do Poço, São Luís - MA.

  • Data: 30/01/2021
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  • Estudos sobre vulnerabilidade vêm crescendo no âmbito da Geografia, sobretudo, por essa temática ser bastante abrangente, envolvendo uma polissemia de conceituações. A partir do momento que o ser humano se apropria da natureza para dela sobreviver e criar suas relações sociais, surgem as alterações na paisagem, e os impactos são eminentes, principalmente no meio urbano. Além dos meios naturais, o processo de urbanização engendrado pelas demandas políticas e econômicas da sociedade, também coopera para uma acelerada alteração do relevo. Os processos erosivos no meio urbano também são acelerados devido à pressão sofrida pela ação humana. Para compreender a vulnerabilidade ambiental aos processos erosivos, propôs-se estudar a voçoroca denominada Rua do Poço, localizada na Unidade Hidrográfica do Tibirizinho. Com isso, traçou-se os seguintes objetivos para esse trabalho: analisar a vulnerabilidade ambiental e os fatores que contribuem para os processos erosivos por voçorocamento da Unidade Hidrográfica do Tibirizinho; Compreender a vulnerabilidade ambiental e suas influências aos processos erosivos; identificar os agentes causadores e compreender sua relação com os fatores que contribuem para a ocorrência e evolução das voçorocas; analisar as propriedades físicas, como: granulometria, densidade do solo e de partículas e porosidade, a partir das amostras de solos coletadas no campo; avaliar o uso e cobertura da Terra na área de estudo a partir de mapas temáticos. No intuito de alcançar os objetivos traçados foram seguidos os procedimentos técnico-operacionais da pesquisa, como: trabalhos de gabinete, campo e laboratório; levantamento bibliográfico e cartográfico. Nos trabalhos de campo foram fixadas as estacas de monitoramento em cinco diferentes pontos e monitorados ao longo da pesquisa. Também foram coletadas amostras de solo indeformada para as análises laboratoriais. Em gabinete foram elaborados os mapas de localização, geologia, geomorfologia, curvatura, solo, hipsometria, declividade, uso e ocupação da Terra, índices pluviométricos. Também foi gerado um esboço da vulnerabilidade ambiental da voçoroca Rua do Poço a partir do cruzamento dos mapas de geomorfologia, solos e uso e cobertura da Terra, considerando três classes: baixa, média e alta vulnerabilidade na área de estudo. Como resultados da pesquisa, houve um avanço significativo para a erosão nos pontos 3, 4 e 5. Considerando que a voçoroca é uma área de extração mineral desativada, alguns resultados das análises de laboratório, os mapas e o monitoramento puderam apontar aspectos relevantes à vulnerabilidade ambiental aos processos erosivos na voçoroca Rua do Poço.

  • KATIUSE MENDES LOPES
  • CAMINHOS DA PERCEPÇÃO DO MEU LUGAR: Pindaí.

  • Data: 24/03/2021
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  • A motivação deste trabalho dissertativo se deu a partir da vivência que tenho no lugar Pindaí, como oportunidade de recordar, refletir e seguir. Num processo sistemático de materialização das informações para transformá-las em conhecimento, dessa maneira registrar as memórias e experiências vividas como caminhos da percepção do meu lugar: Pindaí. Este, geograficamente, insere-se em dois municípios, de Paço do Lumiar e São José de Ribamar; ambos localizados na mesorregião norte maranhense e na microrregião da aglomeração urbana de São Luís, na Ilha do Maranhão; trata-se, portanto, de um povoado limítrofe situado à margem da MA-201. Diante das mudanças que ocorreram no povoado Pindaí ao longo dos últimos 20 anos, surgiu a inquietação para realização deste estudo: A partir da experiência dos sujeitos espaciais do lugar alcançar a percepção ambiental que desponta em geografia vivida? Neste contexto, apresenta-se como objetivo Geral: Interpretar a Percepção Ambiental dos sujeitos espaciais sobre o processo de metamorfose socioambiental. E os objetivos Específicos: Levantar os traços geográficos e históricos, culturais e religiosos, e socioambientais; caracterizar a configuração do povoado Pindaí com base em dados georreferenciados e dados descritivos dos sujeitos espaciais e por fim, organizar um portfólio digital com imagens do cotidiano inserido em um processo de construção participativa no lugar. Utilizou-se a abordagem fenomenológica para descrever o lugar, sentir e interpretar a percepção dos sujeitos espaciais e assim alcançar os objetivos salientados, calcada na pesquisa qualitativa, reflexão bibliográfica, pesquisa de campo e para confecção dos mapas se utilizou do software Arcgis no laboratório Geomap-Uema. A partir desses diálogos e reflexões tem-se como resultados: o aporte teórico conceitual do lugar, os traços geográficos, históricos, culturais e socioambientais do povoado Pindaí, com a delimitação e localização da área de estudo, a ancestralidade indígena Gamela como sendo os primeiros habitantes, a observação sobre o padrão de construção das casas, que em sua maioria eram de taipa e palha, a renda basicamente da agricultura, do extrativismo do coco babaçu e da pesca, e a identificação do patrimônio arqueológico como a Camboa de Pedra e os Sambaquis que estão relacionados com esta herança dos povos originários. Foi elaborado um mapa da religiosidade, um aspecto cultural muito diverso no qual destaca-se os cultos de matriz africana com a presença de Terreiro de Mina e de Umbanda, das Igrejas Evangélicas principalmente neopentecostais e a Igreja Católica. Foi constatado que o processo de urbanização intensificou as alterações visualizadas no mapa comparativo do uso da terra com o aumento da área construída, outras alterações no lugar são percebidas como mudança no padrão de moradia e algumas implicações ambientais (aumento dos resíduos sólidos, retirada da vegetação e desgaste do Rio Santo Antônio). Observa-se que a percepção ambiental dos sujeitos espaciais sobre o processo de transformação socioambiental no povoado está muito viva e com a ciência sobre as novas marcas de cercamento, da relação de vizinhança e a presença da violência e drogas. Assim, as narrativas e desenhos dos sujeitos espaciais possibilitaram a interpretação da percepção ambiental e a organização do portfólio digital tornaram possível ampliar o pensar e refletir o lugar, consolidando o trabalho.

     
  • MATHEUS ANDRADE MARQUES
  • TRANSFORMAÇÃO DO ESPAÇO URBANO: análise socioespacial e paisagística da Península da Ponta d’Areia em São Luís (Maranhão, Brasil)

  • Data: 29/04/2021
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  • O nosso estudo se propõe a discutir o espaço urbano, visando analisar a cidade de São Luís (Maranhão, Brasil), sobretudo a sua organização socioespacial, transformações e suas implicações para a sociedade ludovicense. Assim, usa-se como recorte espacial de estudo a região popularmente denominada de Península da Ponta d’Areia, área pertencente ao bairro Ponta d’Areia, localizado ao norte da ilha do Maranhão onde encontra-se a capital. A Península ao longo principalmente dos últimos quinze anos passou por um intenso processo de alteração paisagística em seu território, este fato além de reconfigurar a paisagem do lugar, trouxe consigo também outras dinâmicas de uso para este espaço, como por exemplo: a valorização do solo urbano e a implantação de moradias de luxo. Tal fenômeno é fruto de um conjunto de ações advindas de agentes importantes neste processo de formação e transformação do território da cidade, como o Estado, a iniciativa privada e a sociedade em geral. Destarte, têm-se como objetivo central dessa pesquisa analisar a transformação socioespacial e paisagística da Península da Ponta d’Areia, identificando o papel dos já referidos agentes citados nesse acontecimento, além de trazer à tona as consequências para a população da consolidação desse novo território que surge na cidade de São Luís.  Para alcançarmos nosso objetivo, faz-se uso da categoria de análise geográfica ‘território usado’, e por meio desta, buscou-se identificar de forma precisa os papéis dos agentes partícipes desse modelo de gestão territorial que ocorre na Península, relacionando o caso com lógicas de escalas mais abrangentes, que envolvem o sistema econômico que gere o globo, ou seja, o capitalismo. Portanto, também recorremos aos subsídios do método marxista para analisar a Península, pois, fatores como a propriedade privada, fenômeno muito presente neste território, dizem respeito ao já citado sistema. Então, a análise foi construída a partir dessa abordagem, já os procedimentos metodológicos adotados caracterizam-se de acordo com uma pesquisa de viés exploratório, tendo assim etapas de pesquisa bibliográfica nos bancos de dados da CAPES, SCOPUS e REDALYC; trabalho de campo, confecção de mapas da área de estudo e entrevistas com representantes do poder público nas esferas municipais e estaduais. Temos como resultados a constatação de que em virtude de um conjunto de ações a Península da Ponta d’Areia teve seu território reformulado, tornando-se o a área de m² mais cara de São Luís, sendo assim um importante espaço para a execução de práticas de vários mercados, como o da construção civil, que através de grandes investimentos, transformou o local em uma zona residencial de luxo, sendo uma grande contradição no meio urbano de São Luís, já que a grande maioria dos bairros da capital maranhense não seguem os padrões encontrados na Península

  • RICARDO GONCALVES SANTANA
  • FRAGILIDADE AMBIENTAL DO RELEVO À OCUPAÇÃO URBANA NA SUB-BACIA HIDROGRÁFICA DO RIACHO DO ANGELIM, SÃO LUÍS – MA.

  • Data: 29/04/2021
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  • A análise da fragilidade ambiental do relevo à ocupação urbana é um tema fundamental para planejamento ambiental, pois investiga as áreas frágeis, com a intenção de diagnóstica-las, considerando as formas de ocupação. A partir da atuação do ser humano de forma significativa e predatória na descaracterização da paisagem, tem-se como resultado a interferência na morfodinâmica, uma vez que o relevo é ocupado sem estudos prévios junto a fragilidade do ambiente. A fim de compreender esta dinâmica, selecionou-se a sub-bacia hidrográfica do riacho do Angelim, a qual possui 4,34 km² em sua dimensão areal, estando situada à noroeste da Ilha do Maranhão, no médio curso da bacia hidrográfica do rio Anil. Neste sentido, objetivou-se analisar a fragilidade ambiental do relevo à ocupação urbana da sub-bacia hidrográfica do riacho do Angelim, São Luís – MA, por meio da identificação dos parâmetros geoambientais que influenciam na fragilidade do relevo, dos padrões de ocupação do relevo e no entendimento das inter-relações dos aspectos naturais e sociais da área de estudo. Para o alcance do objetivo proposto foram realizados levantamentos bibliográficos e cartográficos, organização do ambiente de trabalho, trabalhos de campo e mapeamento temático, por meio da espacialização de dados da geologia, solos, hipsometria, declividade, formas do terreno, comparação da drenagem, classificação dos canais, unidades de relevo, uso e cobertura da terra, comparativo da impermeabilização, expansão urbana sobre o relevo e transgressões legais. Foi realizada também a caracterização socioeconômica da população residente e a identificação da fragilidade ambiental do relevo à ocupação urbana. Considerando as propostas metodológicas selecionadas para este trabalho, com adaptações necessárias e utilizando os dados de declividade, morfologia, formas do terreno e uso e cobertura da terra, foi gerado o mapa de fragilidade ambiental do relevo à ocupação urbana. A área em análise apresentou 45,6% com média fragilidade emergente e 54,4% com alta fragilidade emergente à ocupação. Destaca-se a classe de alta fragilidade, pois refere-se às áreas que apresentam dinâmicas naturais específicas, somado ao uso e cobertura da terra, que podem gerar diversos problemas ambientais. Em razão da escala de trabalho foram selecionados quatro setores distribuídos ao longo da sub-bacia hidrográfica do riacho do Angelim para realização de uma análise mais detalhada da fragilidade ambiental do relevo à ocupação urbana, os quais estão localizados nos seguintes locais: rua Belo Horizonte – Angelim, rua da Paz – Bequimão, um trecho da avenida Jerônimo de Albuquerque – Angelim e rua Tarquíneo Lopes – Novo Angelim.

2020
Descrição
  • ÂNGELA MARIA PINHEIRO DA SILVA
  • DIREITO DE PROPRIEDADE: análise da política pública fundiária na Cidade Olímpica

  • Data: 27/11/2020
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  • A regularização fundiária é um processo que visa legalizar para fins de moradia, a permanência de moradores em áreas urbanas ocupadas de maneira irregular. A cidade de São Luís, assim como outras cidades do país, passaram por intenso processo de urbanização entre as décadas de 1950 e 1980, caracterizado pela forma acelerada, desordenada e sem qualquer planejamento, resultando no inchaço urbano com a ocupação espraiada e dispersa em áreas periféricas, causando uma série de problemas sociais, ambientais, jurídicos e urbanísticos. Com o elevado número de habitações irregulares e a precariedade habitacional nos espaços urbanos, foi regulamentado no Brasil o direito à moradia digna e as Políticas de regularização fundiária, que se consolidaram como Políticas Públicas a partir da década de 1980. A abordagem desta pesquisa consiste na análise quanto ao Direito de Propriedade, baseada na ocupação da Cidade Olímpica, dando-se enfoque à emissão de títulos de propriedade privada no referido bairro, por meio do Programa de Regularização Fundiária Urbana em São Luís. Ressalta, contudo, que a regularização fundiária não se limita à transferência de títulos fundiários. Essa, para que ocorra de forma plena, deve estar articulada à regularização urbanística abrangendo intervenções nos níveis urbanísticos, habitacionais, de recuperação ambiental e implantação de serviços públicos e equipamentos comunitários.

  • ANTONIA REJANE CAVALCANTE MORAIS
  • CAVERNAS ARENÍTICAS DE TASSO FRAGOSO COMO POTENCIAL GEOTURÍSTICO

  • Data: 19/02/2020
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  • Este trabalho integram dados da pesquisa desenvolvida no município de Tasso Fragoso - Maranhão, visando à interpretação do Patrimônio Espeleológico. O município compõe elementos de grande importância para a Geodiversidade, promovendo em seu valor e singularidade, subsidiando a proteção de seu patrimônio natural, histórico e cultural. Essa condição provém dos eventos geográficos que resultam nas características fisiográficas (geológicas, geomorfológicas, paleontológicas e espeleológicas), que abrigam a fauna e flora do Cerrado, além de agregar elementos históricos e culturais (registros rupestres, lascas e manifestos religiosos), que delega a valorização de uma herança histórica das civilizações em caráter endêmico. Com base no exposto, esta pesquisa tem como objetivo identificar toda a contribuição desse patrimônio que é revelado em Tasso Fragoso-MA, por meio do levantamento espeleológico, contextualizando seus elementos para sua interpretação ambiental, no gerenciamento desses potenciais através da catalogação de informações para a prática geoturística. Os procedimentos consistem na análise dos dados coletados em campo, compostos por registros fotográficos, coleta de pontos dos locais pesquisados, a serem congregados no inventário geoturístico da região. Também são realizadas entrevistas não direcionadas, cujo objetivo é expressar o sentimento do entrevistado, em uma conversa espontânea que revela a verdadeira essência do local por parte de seus moradores. Além disso, a criação de dados georreferenciados além de confirmar as informações coletadas em campo, compõe a interpretação da paisagem. O resultado aponta para a incidência de potencial espeleológico médio, segundo os dados do CECAV, compondo também os dados das cavernas registradas, o que confirma a propensão dessas ocorrências no município. Além dessa indicação, as cavernas de Tasso Fragoso possuem indicadores de importância e relevância no contexto da Geodiversidade, corroborando a valorização e o conhecimento da riqueza desse patrimônio. O acervo espeleológico foi desenvolvido em arenitos do Grupo Balsas, especificamente na Formação Piauí, na forma de paredes esculpidas nessa litologia sedimentar. Esses aspectos geomorfológicos mantêm riquezas imponentes que atestam a evolução geológica da Terra, revelando fatos históricos confirmados nas paredes pelas inscrições nas rochas, além de manifestarem religiosidade como a Caverna Nossa Senhora de Fátima, além de abrigar uma fauna específica. Em Tasso Fragoso, um retrato ambiental do potencial espeleológico é confirmado como testemunho do patrimônio natural, histórico e cultural, além de compor um potencial acervo geoturístico, com princípios que vão muito além da representação do cenário geodiverso, tendo este desencadeamento na conservação deste acervo.

  • CLEYNICE MARIA CUNHA COSTA
  • USO DO TERRITÓRIO E QUESTÃO HABITACIONAL NA ILHA DO MARANHÃO: a situação geográfica do conjunto habitacional Cidade Verde I, Paço do Lumiar-MA.


  • Data: 11/08/2020
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  • A questão habitacional, no processo de urbanização, é uma questão chave que demanda esforços para esmiunçar os diversos fatores e agentes ligados à sua oferta e disposição, as quais têm implicações diretas na formação socioterritorial dos espaços urbanos. O Residencial Cidade Verde I - RCVI, localizado no município de Paço do Lumiar - MA, é um produto dos diversos agentes que contribuem para essa formação socioterritorial, na Ilha do Maranhão, a partir dos usos do território. Para o caso do RCVI, os principais agentes são o Estado, a partir das políticas habitacionais, as construtoras imobiliárias, que definem a localização e impõem lógicas de mercado ao território, e os agentes sociais, representados pelos moradores do residencial, que lutam e conquistam seus direitos e seu espaço. Toda a história socioterritorial da Ilha do Maranhão está conduzida pela dinâmica incorporada através das políticas de habitação, que se materializaram no território através dos conjuntos habitacionais. São Luís, como polo da expansão urbana da Ilha do Maranhão, alcançou índices elevados de densidade demográfica e de demanda por espaço, especialmente nas décadas de 1980 e 1990, quando essa expansão urbana incorporou-se a outros municípios da Ilha - São José de Ribamar e Paço do Lumiar - manifestando-se a partir de conjuntos habitacionais. O município luminense, que era de população rural, até o início dos anos 2000, tem como marco de urbanização de seu território, a instalação do conjunto habitacional Maiobão (1986), tendo na década de 1990 a instalação de outros conjuntos habitacionais provenientes de políticas do Governo Federal em parceria com o Estado. Associadas a esses espaços as ocupações espontâneas, manifestação das desigualdades socioterritoriais e de acesso à moradia, também se avolumaram. O território de Paço do Lumiar passava a ser de potencial valor para a especulação imobiliária. A partir do ano de 2009 com o PMCMV, vários conjuntos habitacionais foram instalados em Paço do Lumiar, entre eles o RCVI (2015), conformando novos fluxos de mobilidade e econômicos para o município. Os conjuntos habitacionais do PMCMV são muito importantes no combate ao déficit habitacional, pois, abrangem as camadas sociais de menor poder aquisitivo, sendo esse programa uma oportunidade ao acesso a casa própria. Porém, existem ainda algumas problemáticas acerca da localização e da infraestrutura dos conjuntos habitacionais, especialmente faixas 1 e 2. Os moradores do RCVI, que pertence a faixa 2 do Programa, enfrentam dificuldades na acessibilidade a bens e serviços, na mobilidade e na infraestrutura das casas e das vias do RCVI. Ainda há uma desarticulação severa entre os municípios pertencentes a Ilha, na resolução desses problemas que são metropolitanos, já que a maioria da população que reside nos conjuntos habitacionais do PMCMV em Paço do Lumiar, morava em São Luís e ainda mantém seus fluxos de trabalho e social na capital.

  • DEUZANIR DA CONCEIÇÃO AMORIM LIMA
  • ANÁLISE DAS UNIDADES DE PAISAGEM NOS MUNICÍPIOS DE ROSÁRIO, AXIXÁ E ICATU – MA, POR GEOPROCESSAMENTO

  • Data: 10/02/2020
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  • A paisagem no contexto geográfico tem papel fundamental para a distribuição de populações e para o uso do espaço, consequentemente os estudos que buscam a compreensão das unidades que a compõem tem-se tornado cada vez mais indispensáveis, especialmente para gerir o uso sustentável do ambiente a que está atrelada. Os municípios de Rosário, Axixá e Icatu fazem frente à baía de São José compondo sua margem direita onde deságuam três importantes rios, dentre os quais se destaca o rio Itapecuru tanto pelo seu porte quanto pela sua importância socioeconômica uma vez que é a principal fonte de abastecimento de água para a capital do Maranhão e outros municípios no entorno. Em vista dessa carência, a presente pesquisa teve o objetivo, fazer uma análise das unidades de paisagem através do uso de geoprocessamento, utilizando para isso a técnica de álgebra de mapas. A partir do uso das metodologias convencionais foi indispensável o desenvolvimento de uma proposta metodológica apropriada que atendesse a expectativa do trabalho quando a clareza e objetividade dos resultados, visto que os autores percursores da álgebra de mapas como os russos Isachenko e Reznikov (1996) e os cubanos Puebla et Al. (2009) e Chávez & Puebla (2013) trazem em suas propostas muita subjetividade. Através da metodologia então desenvolvida foi feita a caracterização Geológica, Geomorfológica, Vegetacional e de Declividade considerando a relação do meio com a proximidade da linha de costa. Na sequência sobrepôs os planos de informação correspondentes a cada aspecto geográfico citado aplicando-se a álgebra de mapas através do programa ArcGis 10.2 (licença EFL 999703439), da qual obteve-se um total de 10 Unidades de Paisagem discutidas de acordo com seus aspectos tipológicos e seu uso e cobertura. Nesse sentido, a metodologia desenvolvida mostrou-se muito eficiente quanto a clareza no processo de cruzamento dos dados na álgebra e suas representações no mapa final. Os resultados apontados pela metodologia puderam ser validados através do shape de geologia da CPRM considerado mais atual do que o do IBGE que fora utilizado na álgebra e da verdade de campo.

  • JEAN CARLOS LOUZEIRO DOS SANTOS
  • DO BATER DOS PANOS À SIRENE ESCOLAR: Uma análise do bairro Anil à luz do lugar como tecido sociocultural

  • Data: 20/02/2020
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  • No contexto de atividades econômicas ligadas à industrialização brasileira no final do século XIX, São Luís passava por transformações espaciais relevantes, sobretudo pela instalação de fábricas têxteis nos arredores de sua área urbana. Um destes empreendimentos diz respeito à Companhia de Fiação e Tecidos Rio Anil, localizada nas proximidades do rio Anil, surgindo dai o primeiro grande bairro suburbano da cidade. A saber, a Companhia de Fiação e Tecidos Rio Anil não resistiu aos entraves econômicos e pediu falência em 1961. Sem uso por cerca de trinta e dois anos, em 1993 o prédio foi refuncionalizado por razões educacionais, dando margem ao Centro Integrado do Rio Anil – CINTRA. Neste sentido, este trabalho dissertativo tem o objetivo de analisar o bairro Anil como um lugar tecido sócio culturalmente por esta dinâmica espacial relatada, entendendo a centralidade simbólica do espaço da Fábrica-Escola. De tal modo, a inquietação de cunho geográfico da pesquisa sobre o bairro Anil está em compreender, pelo menos em parte, os processos e contextos que ocasionaram a refuncionalização da forma da antiga Fábrica Rio Anil, o que, por ventura, ressignificou a ideia de lugar dos agentes constituidores daquele quadro espacial. Uma vez tendo adotado os procedimentos metodológicos de estudo bibliográficos e realização de atividade de campo, apostamos, em aproximações fenomenológicas ao entrevistarmos trabalhadores fabris, antigos moradores, representantes da escola em tela, da comunidade e do setor industrial do Estado. Dos resultados obtidos, pode-se dizer que do bater dos panos à sirene escolar o Anil é um espaço e tempo desafiador às próprias pessoas daquele lugar-bairro que, por meio de suas memórias, desvelam geografias imaginadas e concretas.

     

  • MOZART DE SA TAVARES JÚNIOR
  • O LUGAR DO HABITAR EM OS TAMBORES DE SÃO LUÍS, de Josué Montello.

  • Data: 21/10/2020
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  • Josué Montello escreveu em seu Diário que a cidade de São Luís se derrama em seus romances, e em Os Tambores de São Luís não é diferente. Nesta obra, São Luís é o grande espaço rítmico da narrativa. Ela é e representa uma geografia que está por toda a parte, permeando as relações sociais e culturais, coletivas e pessoais, em especial de Damião (personagem principal), que vive o desafio constante de (re)construção da sua identidade e de seu povo – negros e escravos que sonham e lutam para habitar os lugares da cidade alicerçados por um imaginário fortemente simbólico, e que os remetem às terras africanas. Em tal enlace, os tambores da cidade, por meio do mundo imaginativo de Josué Montello e de sua pena de escrever, fazem tocar o espaço fenomenológico de uma São Luís analisada profundamente em sua condição humana. De tal modo, baseada em perspectivas da Geografia Literária, esta Dissertação objetiva fazer render a discussão iniciada por Montello, e interpretada por vários outros agentes do conhecimento, lançando luz sobre o lugar e o habitar de uma raça numa cidade (des)conhecida, aportando, sob exame geral, a respeito da questão de como Damião e São Luís se (re)construíam afetivamente um para o outro.

  • RAFAEL DE OLIVEIRA ARAÚJO
  • CARTA DE POTENCIAL DO ESCOAMENTO SUPERFICIAL NA SUB-BACIA HIDROGRÁFICA DO RIACHO CAPIVARA NO MUNICÍPIO DE IMPERATRIZ-MA.

     
     

  • Data: 11/12/2020
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  • Nesta pesquisa foi utilizado o método Curva Número (CN), desenvolvido pelo Soil Conservation Service (SCS), para determinação da estimativa do potencial de escoamento superficial com base nas informações de uso e ocupação, tipos de solo presentes e no valor do CN do referido método para a SUB-BACIA DO RIACHO CAPIVARAlocalizada no Município de Imperatriz. Empregou-também se uma análise espaço temporal para o período de 2014 e 2020 com base em técnicas de geoprocessamento associada à análise morfométrica e dos impactos socioambientais, conjugando os conhecimentos científicos e os diversos saberes oriundos da experiência e vivência de moradores. Os maiores índices de escoamento superficial se concentram na porção média a inferior da sub-bacia nos bairros Nova Imperatriz, Boca da Mata, Vila JK, Santa Rita, Santa Inês, Cinco Irmãos e no riacho José de Alencar e Santa Teresa atingindo valores de 143,13mm/mês a 184,89mm/mês. Nessas áreas os índices de CN (curva número) foram os maiores de 90-98, devido à intensa impermeabilização nas áreas urbanas. Os menores índices de escoamento superficial (18,35mm/mês a 108,58 mm/mês) se restringem as áreas com vegetações arbóreas e herbáceas na bacia onde foram verificados os menores valores de CN com 36 a 78 e as áreas de solo neossolo. A análise espaço temporal de 2014 e 2020 indicou que a expansão urbana ocorreu nas direções oeste e nordeste da sub-bacia em direção as sub-bacias do Riacho Bacuri e Riacho Barra Grande e as mudanças registradas nas áreas florestadas para vegetação herbáceas foram em decorrência da formação de pastos para criação de pequeno porte e agricultura familiar com plantio de verduras e leguminosas. O método SCS mostrou resultados favoráveis considerando que as áreas de inundação na sub-bacia se concentram nas áreas de maiores escoamentos superficiais indicados pelo referido método. A intensificação do processo de impermeabilização na sub-bacia produziu problemas socioambientais graves como as inundações e para minimizar essa problemática sugere-se adoção de políticas públicas com práticas conservacionistas para subsidiar o planejamento urbano.

     
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  • TELÉSFORO RODRIGUES MARTINS FILHO
  • RELAÇÃO ESPACIAL ENTRE CRIME VIOLENTO E DESEMPENHO ESCOLAR NO MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS-MA

  • Data: 17/12/2020
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  • Pesquisas têm apontado a educação como um elemento crucial de prevenção do crime. Neste sentido, o objetivo desta pesquisa é analisar a relação espacial entre a criminalidade violenta e o desempenho escolar no município de São Luís – MA. Além de uma revisão da literatura nacional e internacional sobre os principais temas da pesquisa, a metodologia consistiu na criação de polígonos de Thiessen como unidades de análise, sendo as escolas públicas do município os pontos geradores. Com a ajuda do SIG foi elaborado um banco de dados espaciais com as variáveis: ocorrências de homicídios, desempenho das escolas a partir do IDEB, densidade populacional, presença de policiamento e favelas. Estatísticas de correlação de Pearson, Índice Global de Moran, modelos de regressão linear e espacial foram empregados no estudo. Os resultados indicam que o aumento da performance escolar está associado com a prevenção da criminalidade letal no município de São Luís. Já as áreas de favela estão associadas ao aumento da criminalidade violenta na área de influência das escolas. Os resultados reforçam políticas públicas que ofertem à população uma educação de qualidade

  • THIAGO DA ROCHA VASCONCELOS
  • EXPANSÃO DA OCUPAÇÃO HUMANA E TRANSFORMAÇÕES DOS AMBIENTES COSTEIROS NA ÁREA URBANA DO MUNICÍPIO DE RAPOSA – MA

  • Data: 27/08/2020
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  • O ambiente costeiro é caracterizado por sua dinamicidade seja por conta dos aspectos naturais e/ou de atuação da sociedade, cuja relação existente entre esses aspectos no espaço geográfico é estudada por diversos conceitos, entre eles o de ambiente, que permite perceber as categorias natureza e sociedade de maneira conjunta, abordagem pertinente no estudo do ambiente costeiro, visto que é um dos mais ocupados no cenário nacional. Diante dessa discussão, a presente pesquisa toma como objeto de estudo a área urbana do município de Raposa, que está localizado no norte do estado do Maranhão. O lócus de estudo representa a dinâmica existente no ambiente costeiro, expressando os primeiros passos ocupacionais do município no final da década de 1940 e início de 1950 por migrantes cearenses, e o direcionamento ocupacional seguinte para o interior, estabelecendo bases para a configuração atual do ambiente. Diante disso, a pesquisa possui como objetivo geral analisar a expansão da ocupação humana e suas relações com as transformações dos ambientes costeiros na área urbana do município de Raposa – MA. Para alcançar tal objetivo fez-se uso de pesquisa bibliográfica e documental; imagens de satélites dos anos de 1984, 1999 e 2018; mapeamento de: uso e ocupação do solo; geomorfológico; de variáveis censitárias; identificação de impactos ambientais; elaboração de matriz de impacto, além de trabalhos de campo; imagens de drone e atividade de gabinete. De maneira geral, identificou-se que houve acréscimo ocupacional na área de estudo, que se configura em sua maioria em planície de maré, com a presença de manguezais e áreas dunares. Nesses espaços foi identificado o crescimento de ocupação humana no intervalo de 1984 a 2018, com destaque para processos recentes de ocupação de áreas referentes às Áreas de Proteção Permanente (APP), datando da segunda década do século XXI. Em relação aos impactos, a pesquisa evidenciou a inter-relação entre sociedade e natureza no ambiente como elo de entendimento, apontando para a presença de impactos com causas derivadas da ação da sociedade na natureza; da natureza na sociedade e entre ambas. Os impactos em sua maioria foram classificados como de ordem negativa, entretanto, havendo também os de ordem positiva, relacionados em maioria a medidas mitigadoras. Quanto aos impactos negativos, os mais presentes relacionam-se com a deposição de resíduos sólidos e esgotamento in natura na área de planície de maré, que apresentaram relação com a situação econômica e social dos residentes, quando comparado o local dos impactos e variáveis por setor censitário, no caso de renda e lançamento de esgoto diretamente no mar. Entretanto os impactos negativos não se limitam à direção sociedade/natureza, mas também no sentido natureza/sociedade, como no caso dos processos de inundação costeira, que atingem os residentes que ocupam de maneira indevida áreas de planície de maré, ratificando a complexidade do ambiente estudado, em constante transformação.

     

2019
Descrição
  • ALEX NUNES SILVA
  • Territórios da Vida em Raposa - MA: geossimbolismos de Rendas, Redes e Barcos

  • Data: 19/08/2019
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  • Analisar os territórios da vida no município maranhense de Raposa é a intenção central desta pesquisa. Localizado acerca de 30 km de São Luís, situado no norte maranhense, o município tem a sua fundação relacionada com migrações que tiveram como motivações principais a pesca. Dada às condições ambientais favoráveis, os pescadores recém-chegados foram responsáveis por articular a vinda de parentes e conterrâneos para a então terra prometida, na qual se destaca as rendeiras. Na produção da vida naquele espaço, o turismo é outra atividade significativa, a qual é favorecida por um lado pelo quadro natural formado por praias, dunas, ilhas e manguezais e, por outro, pela associação das atividades turísticas com a pesca e com o artesanato local – rendaria. De tal modo, os territórios e as territorialidades (HAESBAERT, 2014) que interessaram ao estudo estão vinculados à pesca, às atividades das rendeiras e do turismo. Entende-se, portanto, que o geossimbolismo (BONNEMAISON, 2012) de rendas, redes e barcos traduzem culturalmente o que é a vida em Raposa. Com efeito, buscou-se gerar interpretações sobre os territórios e as territorialidades que espacializam a vida ali. A saber, os direcionamentos teórico-metodológicos que aqui são seguidos se alinham mais de perto com os estudos da chamada nova Geografia Cultural, campo de estudos que busca engendrar pesquisas que valorizam as representações sociais acerca do espaço geográfico (CLAVAL, 1997). A saber, no que concerne ao exame do campo empírico, tais visões de mundo traduziram a história, o cotidiano, as problemáticas e o sentimento de pertencimento à Raposa, desvelando redes físicas e simbólicas que funcionam como mantenedoras da vida. Desse modo, infere-se que a organização e a dinâmica do espaço de Raposa, perpassando pela perspectiva do trabalho dos homens e das mulheres, traduzem uma vida complexa, simples, mas plural, simbólico e territorialmente tratando.

  • AUGUSTO ANTONIO CARVALHO CAMPOS
  • CONDICIONANTES DOS PROCESSOS EROSIVOS NA ÁREA URBANA DE BURITICUPU-MA: O caso da voçoroca do bairro Santos Dumont

  • Data: 05/08/2019
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  • Uma das problemáticas mais significativas na atualidade relacionada aos solos é a erosão. Este fenômeno apesar do seu caráter natural tem sido intensificado consideravelmente por diversas atividades humanas irregulares, sobretudo nos espaços urbanos. No município de Buriticupu, situado na mesorregião Oeste do estado do Maranhão, observa-se principalmente nas últimas décadas, a presença e o agravamento dos processos erosivos. A pesquisa objetivou analisar os condicionantes dos processos erosivos, mais especificamente da voçoroca situada no Bairro Santos Dumont, periferia da cidade. Também teve por objetivo caracterizar os solos degradados por erosão e relacionar os elementos naturais às ações antrópicas enquanto condicionantes do voçorocamento. Como procedimentos metodológicos, adotou-se as etapas de pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo, análises laboratoriais e interpretação dos dados. Os condicionantes naturais considerados foram: a geologia, os solos, o clima e o relevo. Já os antrópicos foram: o processo de expansão da área urbana do município, o tipo de infraestrutura (arruamentos, drenagem e residências) e as atividades econômicas causadoras de degradação do meio. A área de estudo apresentou relevo irregular com vertentes com alta declividade; solos com textura arenosa-siltosa e baixa estruturação; geologia sedimentar formada por rochas pouco consolidadas e clima com elevados índices pluviométricos. Tais condições ambientais geram uma elevada suscetibilidade da cobertura pedológica aos processos erosivos. Além disto, há um significativo incremento causado por ocupações urbanas mal planejadas com fortes deficiências de infraestrutura e por atividades econômicas inadequadas e degradantes. Todos estes elementos integrados configuram-se como condicionantes dos processos erosivos por voçorocamento na área de estudo. 

  • BRUNO NEVES MARTINS
  • PROCEDIMENTOS PARA AVALIAÇÃO DA VULNERABILIDADE À INTRUSÃO SALINA NO CURSO INFERIOR DO RIO BACANGA ATRAVÉS DO MÉTODO GALDIT

  • Data: 28/01/2019
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  • A água é uma fonte imprescindível para o abastecimento humano e através dos tempos a busca por este recurso, tem se intensificado pela alta procura por água de boa qualidade. A bacia do rio Bacanga, localizada inteiramente dentro dos limites do município de São Luís, mais precisamente na porção noroeste da Ilha do Maranhão, demarcada pelos pares de coordenadas geográficas: 2°31’50,85”S a 2°34’34,11”S e 44°18’14,22”W a 44°28’92,00” W, possui papel singular no abastecimento público de água do município de São Luís. Neste sentido, investiga-se a relação entre a perfuração de poços tubulares e a alta explotação das águas subterrâneas no curso inferior da bacia do rio Bacanga, fato este que poderá proporcionar a intrusão da cunha salina nos aquíferos da Formação Barreiras e Itapecuru. Para isso, se utiliza o método GALDIT proposto Chachadi e Lobo Ferreira (2001), utilizado em diversas partes do mundo, que analisa dados hidrodinâmicos de poços tubulares, para a avaliação do grau da vulnerabilidade à intrusão salina, classificando-a em vulnerabilidade alta (≥7,5), média (5 -7,5) ou baixa (≤5).  As letras do método refletem cada parâmetro que esta sendo analisado, tais como: G – Ocorrência do aquífero, A – Condutividade Hidráulica; L – Nível piezométrico; D – Distância da Linha de Costa; I – Estado atual da intrusão salina no aquífero (Bicarbonatos/Cloretos); e T – a espessura do aquífero. Para cada letra será acrescentado um valor de ponderação que varia de 1 a 5. Nesta pesquisa descrevem-se as atividades desenvolvidas no período de agosto de 2016 a 2018 onde foram reunidos o levantamento de banco de dados do curso inferior da bacia do rio Bacanga, tabulação e análise dos dados, tratamento e tabulação dos mesmos. Os dados foram tratados no software AquiferWin32 para identificação dos parâmetros G – Ocorrência do aquífero e A – Condutividade Hidráulica; associada a espacialização dos dados utilizando-se técnicas de interpolação de dados espaciais para a espacialização das informações coletadas. Os resultados obtidos através do AquiferWin32  apontam que o aquífero da área classifica-se como semi-confinado, obedecendo a curva de permanência proposta por Theis (1963),  além de uma Condutividade Hidráulica (K) variando de 1,27x10-7 m/s a 3,86x10-6 m/s o que reflete em uma produtividade geralmente baixa a moderada, conforme tabela proposta por Struckmeir e Margat (1995) e Diniz et al (2012). O parâmetro L - Nível Piezométrico na área de estudo apresentou uma variação do Nível Estático ocorre de +44,2 m a -38,5 m indicando valores do parâmetroentre  2,5 a 7,5. O parâmetro D- Distância da linha de Costa na área de estudo a variação da linha de costa ocorre de 119 m (P-13) a 7.708,9 m indicando o valor do parâmetro D o índice de 2,5 a 7,5 e 10 conforme (CHACHADI E LOBO FERREIRA, 2001). Para o Parâmetro I realça-se os trabalhos de campo para a identificação de poços tubulares, assim como para análise de água através da sonda multiparâmetro Aquaread AP800 e amostras de 6 (seis) poços tubulares enviadas ao laboratório, além de dados de poços cadastrados pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente - SEMA. Apresenta-se ainda, 21 amostras de água com o parâmetro salinidade da barragem do bacanga, as quais apontam uma água com características salgada e salobras variando de 22 ppt a 32,39 ppt. Os resultados obtidos, através do método GALDIT, demonstram que a vulnerabilidade à intrusão salina na área de estudo, em sua maior parte, encontra-se nas vulnerabilidades baixa a moderada, entretanto poços localizados na região norte da bacia, mais precisamente, os poços P-13 e P-17, P-10 e P-28 apresentaram uma vulnerabilidade alta à intrusão salina, possivelmente ocasionado pela sua proximidade a linha de costa, assim como pela dinâmica estuarina da área   o que nos remete a uma maior atenção e monitoramento nessas regiões. . O método apresentou resultados satisfatórios para a pesquisa, demonstrando ser um confiável e de fácil aplicabilidade, além de possibilitar a produção documentos cartográficos para um melhor planejamento territorial para a conservação dos recursos hídricos subterrâneos na Ilha do Maranhão.

  • CAROLINE SILVA DA CUNHA
  • UM OLHAR PARTICIPATIVO SOBRE AS QUESTÕES SOCIOAMBIENTAIS NA VILA LUIZÃO, SÃO LUÍS/MA

  • Data: 23/08/2019
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  • Este trabalho de pesquisa ocorreu na ilha do Maranhão, município de São Luís, na Vila Luizão, área que surgiu no início da década de 1990 como alternativa de moradia em razão da segregação socioespacial vivenciada na capital maranhense. Tal processo regido pela lógica de produção capitalista, aliada à atuação controversa do Estado, determinou o surgimento de ocupações espontâneas lideradas por comunidades de baixa renda. Tem-se como objetivo geral analisar os principais problemas socioambientais da área por meio da Educação Ambiental participativa amparada pela abordagem fenomenológica e seguindo indicações da pesquisa-ação por meio de círculos de diálogos comunitários. Os fundamentos teóricos perpassam por: Thiollent (2004), Haesbaert (2004;2014), Souza (2013), Saquet (2013), Diniz (1999), Ferreira (1999) e Maricato (1996). Seguindo o princípio de que a natureza da questão ambiental, baseia-se na compreensão de que a sociedade e o meio ambiente são inseparáveis, visto ser o mundo material recortado por sujeitos que constroem projetos distintos de uso e significação do espaço. Como resultados, destacamos o processo de círculos de diálogos com as lideranças comunitárias nos quais foram discutidos problemas socioambientais quanto ao: diagnóstico socioambiental, saneamento básico, água e saúde, resíduos sólidos (descarte ecologicamente correto), coleta seletiva do lixo e compostagem na Vila Luizão. Neste âmbito participativo, constatamos diversos problemas socioambientais que a comunidade tem enfrentado em seu território, como a carência de serviços públicos, diversos pontos de lixões a céu aberto, ausência de saneamento básico. Observa-se, desta feita, que o espaço urbano afirma-se como referência singular para a compreensão e minimização da problemática socioambiental de forma coletiva com a discussão e potencialização de ações a partir da pesquisa-ação, cuja revelou um cotidiano que envolve as relações de poder no território e também a exposição aos graves problemas de saúde – provocados pela falta de infraestrutura à qualidade ambiental.

  • CÍCERO HERMES BATISTA LOBO
  • TERRITÓRIO USADO E MODERNIZAÇÕES NA METRÓPOLE SÃO LUÍS: a situação geográfica do Sítio Grande

  • Data: 29/11/2019
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    O presente trabalho analisará o território usado e as modernizações na metrópole de São Luís a partir da situação geográfica do Sítio Grande. Embora situada numa região com atividades típicas do meio rural, o Sítio Grande tem sofrido nos últimos anos fortes transformações socioespaciais em decorrências de novos objetos e ações oriundos da dinâmica urbana da metrópole São Luís. Procuraremos analisar em que medida as mudanças socioespaciais na situação geográfica em questão podem revelar processos típicos da metropolização da Ilha do Maranhão. Para tal, realizou-se levantamento bibliográfico e documental, visitas técnicas à região e entrevistas. Usando o território como alicerce metodológico para desvendar as novas formas conteúdo na situação geográfica do Sítio Grande, apresenta-se uma proposta de periodização para análise do uso do território até seu atual processo de expansão e consequente influência sobre a formação das novas formas conteúdo na região de Sítio Grande, bem como análises sobre os circuitos da economia urbana e as relações socioespaciais do lugar.


  • DANYELLA VALE BARROS FRANÇA
  • Vulnerabilidade Ambiental a Alagamentos no Alto Curso da Bacia Hidrográfica do Santo Antônio, Ilha do Maranhão

  • Data: 29/10/2019
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  • A Geografia é a ciência que procura compreender a relação sociedade/natureza. Apesar de ao longo dos anos ter sido dicotomizada, esta ciência possui caráter integrador. Dentre os subcampos geográficos, têm-se na geomorfologia urbana os estudos que apresentam diretamente a relação supracitada. No ambiente urbano, a atividade antrópica altera a paisagem, por meio da apropriação dos compartimentos geomorfológicos pelos agentes produtores do espaço, resultando em uma morfodinâmica fortemente instável, ocasionando problemas relacionados a erosões, inundações e alagamentos. Tais fenômenos atingem a população residente, a qual torna-se ambientalmente vulnerável. A fim de compreender esta dinâmica elegeu-se o alto curso da bacia hidrográfica do Santo Antônio como área de estudo, o qual possui 29,15 Km² estando situado na porção centro-leste da Ilha do Maranhão. Neste sentido, objetivou-se analisar a dinâmica da relação sociedade/natureza por meio da vulnerabilidade ambiental aos fenômenos de alagamentos no alto curso da bacia hidrográfica do Santo Antônio, Ilha do Maranhão, por meio da caracterização dos aspectos geoambientais, sociais, histórico de ocupação e alteração da paisagem, correlação dos atributos físicos e sociais e identificação dos níveis de vulnerabilidade ambiental a alagamentos. Sob a perspectiva do método dialético foram realizados diversos procedimentos com o intuito de alcançar os objetivos propostos, tais como: levantamento bibliográfico e cartográfico, mapeamento temático (impermeabilização do solo, comparação da drenagem, classificação de canais, direção do escoamento, hipsometria, declividade, unidades de relevo, formas de terreno, distribuição de índices pluviométricos, uso e cobertura da terra, expansão territorial urbana sobre o relevo, alagamentos, mapas de caracterização social e vulnerabilidade ambiental a alagamentos) e trabalhos de campo (realização de entrevistas e identificação de áreas alagáveis). Todos estes procedimentos metodológicos proporcionaram alcançar os resultados referentes à vulnerabilidade ambiental a alagamentos no alto curso do Santo Antônio. Levando em consideração os meios morfodinâmicos de Tricart (1977), o processo de ocupação, as formas de uso, as características geoambientais e a infraestrutura urbana da área de estudo gerou-se o mapa de vulnerabilidade ambiental à alagamentos tendo como norte as ideias de Crepani et al (2001) com as adaptações necessárias para a área e o fenômeno em questão. A partir destes procedimentos metodológicos foram alcançados resultados importantes, como: a caracterização da geomorfologia urbana da localidade em estudo a partir da identificação dos agentes produtores do espaço responsáveis pela esculturação das formas de relevo e alteração da paisagem; a morfodinâmica resultante das intervenções antrópicas no ambiente; o perfil socioeconômico da população residente; as áreas com ocorrência de alagamentos bruscos e os níveis de vulnerabilidade ambiental a estes fenômenos. Em virtude da escala de trabalho foram selecionados quatro setores distribuídos ao longo do alto curso para realizar uma análise mais detalhada da vulnerabilidade ambiental e da morfodinâmica da paisagem, os quais estão localizados nos seguintes bairros: Cidade Olímpica, Jardim América, Jardim Tropical e Residencial Orquídeas. Todos os setores destacados apresentaram o predomínio da alta vulnerabilidade ambiental a alagamentos com ocorrência de alagamentos bruscos e prejuízos materiais diversos sofridos pela população. 

  • ELZA RIBEIRO DOS SANTOS NETA
  • Análise da paisagem da zona ripária do rio Tocantins na seção Usina Hidrelétrica de Estreito ao ponto de captação de água da Suzano

  • Data: 29/11/2019
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  • A pesquisa objetiva analisar o processo de transformação da zona ripária na seção da Usina Hidrelétrica de Estreito ao ponto de captação de água da empresa Suzano, a partir da análise das mudanças que ocorreram na paisagem na escala temporal de 1997 a 2018, como forma de contribuir no entendimento dos processos que se desenvolveram ao longo do tempo ocasionando mudanças tanto nos aspectos físicos como também sociais. Objetiva-se também caracterizar os elementos da paisagem que compõem a zona ripária; identificar as transformações dessa paisagem no rio Tocantins em diferentes cenários; e apresentar uma análise integrada dessa paisagem. Nesta perspectiva, apresenta-se a fundamentação teórica pautada na discussão da categoria paisagem e análise integrada em bacias hidrográficas. Destaca-se ainda revisão dos conceitos de zona ripária tanto na ciência geográfica como em outras ciências ambientais e a legislação ambiental vigente no Brasil, Maranhão e Tocantins. Adota-se a proposta metodológica sistêmica e a aplicação de técnicas de geoprocessamento que permitiram a elaboração dos produtos cartográficos: localização da área de estudo, delimitação da zona ripária utilizando como elemento físico a hipsometria, localização das praias no percurso pesquisado, unidades litoestratigráficas, relevo, solos e declividade. Realização de trabalho de campo com registro de fotografias da área de estudo por meio de câmera fotográfica, visita à quatro (04) colônias de pescadores, duas (02) associações de barqueiros e seis (06) associações de barraqueiros com aplicação de entrevistas aos representantes de cada um desses estabelecimentos. Apresentam-se como resultado reflexões teóricas e conceituais de zona ripária; características geológicas, geomorfológicas e pedológicas; uso e ocupação da terra na área da zona ripária que foram divididas em cinco (classes), sendo elas: agropecuária, solo exposto, uso urbano, vegetação e água; análise integrada da paisagem na zona ripária o que possibilitou identificar o índice de vulnerabilidade na zona ripária; as implicações para os agentes sociais, em especial aos ribeirinhos, que utilizam o rio em suas atividades cotidianas, seja para o lazer ou atividade econômica para o sustento de suas famílias. Desta forma, pode inferir-se, que as modificações na zona ripária na seção pesquisada não ocorrem somente no âmbito físico, mas também social, ocasionando implicações tanto para o ambiente como para a sociedade.

  • GIZELE BARBOSA FERREIRA
  •  ANÁLISE INTEGRADA DA PAISAGEM DA SUB-BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PRETO – MARANHÃO - BRASIL


  • Data: 28/11/2019
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  • A bacia hidrográfica é uma área de captação natural de água, sedimentos e matéria dissolvida que converge o escoamento oriundo da precipitação e materiais para um único ponto de saída. Estrutura-se a partir de um conjunto de superfícies vertentes e de uma rede de drenagem formada por cursos de água que confluem até resultar em um leito único no seu exutório. As bacias podem ocupar diferentes proporções e tamanhos articulando-se como unidades do espaço que são utilizadas para uso do homem nas mais diversas atividades. É no território definido como bacia hidrográfica que se estabelecem as atividades antrópicas. Áreas urbanas, rurais ou industriais tendem a compor as principais ocupações territoriais em torno das bacias. A sub-bacia do Rio Preto em sua extensão total de 5.235,61 km², sofre alterações oriundas dos processos antrópicos que nela ocorrem alterado de forma significativa a paisagem objeto de estudo. Para realizar a análise integrada da paisagem na sub-bacia do Rio Preto, foi necessário o levantamento dos aspectos físiográficos da bacia como tipo de solo, geomorfologia, geologia, clima, tipologias de uso e ocupação, cobertura vegetal, regime fluviométrico e pluviométrico, fatores que contribuem para a disponibilidade hídrica numa bacia. Neste sentido, esta pesquisa objetivou desenvolver a análise integrada da sub-bacia Hidrográfica do Rio Preto-MA, consubstanciado na dinâmica da paisagem, com ênfase no processo de uso e ocupação da terra. A pesquisa identificou as transformações ambientais a partir dos atores sociais envolvidos e análise integrada dos elementos da paisagem. Os resultados obtidos demonstram que os processos antrópicos atuam em desequilíbrio com o meio ambiente alterando de forma significativa a paisagem da bacia. Os resultados apontam os avanços do plantio de soja e eucalipto bem como a prática de queimada como preparação da terra para o plantio de outras lavouras. A sub-bacia hidrográfica do Rio Preto vem passando por processos de acelerada transformação na paisagem desde a inserção da soja e do eucalipto, atividades estas tem contribuído na alteração nos corpos hídricos e no uso da terra, implicando em problemas ambientais decorrentes da falta ou ineficiente gestão da área de estudo.

  • JEFFERSON DOMINGOS VIANA

  • ESTUDO DOS FATORES CONTROLADORES DOS PROCESSOS EROSIVOS EM ÁREA URBANA: caso da voçoroca na cidade de Bom Jesus das Selvas/MA

  • Data: 05/08/2019
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  • Essa pesquisa teve como finalidade apresentar os resultados obtidos sobre o estudo dos fatores controladores dos processos erosivos na área urbana da cidade de Bom Jesus das Selvas/MA. A análise desses fatores contribui significativamente para o conhecimento sobre a erosão em estudo, relacionando-os com os agentes deflagradores que convergem para avanço da erosão denominada de voçoroca sete de setembro, onde na mesma houve a realização de coletas de amostras de solo, ensaios de teste de infiltração e atividades como registro fotográfico da área de estudo, aplicação de questionários com os moradores, entre outros. Para realização deste trabalho, foram utilizados os seguintes ambientes: 1 - Atividade em Gabinete, para levantamento bibliográfico e cartográfico, com a busca por arcabouço teórico, assim como dados e arquivos para elaboração de mapas; 2 - Atividades em campo (cuja finalidade foi a realização de testes de infiltração, coleta de amostras de solo, sendo coletadas 8 amostras indeformadas e 38 deformadas para realização da descrição morfológica do solo, bem como análise da densidade do solo, de partículas e granulometria; e 3 - Análise em laboratório das amostras coletadas. Os resultados alcançados indicaram que a voçoroca sete de setembro sofre influência dos fatores controladores naturais e o humano, onde evidenciou-se principalmente as características das vertentes, a declividade, o uso e cobertura do solo, a hipsometria e tipologia dos solos. Mediante as análises do solo, constatou-se que a fração granulométrica predominante na voçoroca é franco argilo arenosa, não sendo um solo altamente suscetível a erosão, o que indica que outros fatores são mais significativos em atuação sob a erosão. Em relação à densidade do solo, os dados demonstraram uma compactação média, refletindo também uma mediana porosidade. Quanto à densidade de partícula, os dados indicaram que as partículas do solo não apresentam resistência aos agentes exógenos, sendo água o principal agente natural influenciador, assim como o homem como agente antrópico. Quanto a morfologia do solo, os resultados indicam que o mesmo é caracterizado como de textura média/arenosa, estrutura em forma granular e tamanhos pequenos; sua consistência seca, úmida, e em relação a plasticidade e pegajosidade indicaram pouca variação, compreendendo aspectos referentes a um solo de textura média a argilosa. O mapa de suscetibilidade indicou as áreas com maior probabilidade a ocorrência de erosões, sendo elas confirmadas em campo, com presença de vários processos erosivos. Os questionários aplicados indicaram que a população entende como agente causador do avanço da erosão, a falta de ações do poder público, não refletindo em grande parte a sua participação como também agente influenciador neste avanço, apesar disso, afirmam que esta erosão possui uma solução e bloqueio do seu impacto. Este trabalho culminou em uma soma de esforços em busca de dados e informações escassos em maior detalhamento da área de estudo, mas que apesar da dificuldade, obteve resultados satisfatórios, que corroboram para a necessidade de contínuo estudo e aprofundamento em relação a este trabalho final, para melhor detalhamento do tema tratado.

  • JOSIANE RODRIGUES DOS SANTOS CABRAL
  • ROTA DAS EMOÇÕES: uma análise geográfica da atividade turística no Município de Paulino Neves (MA)

  • Data: 30/09/2019
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  • O estudo da atividade turística no viés do pensamento geográfico possibilita verificar a sua dinamicidade na sociedade e incidências que pode ocasionar nos territórios e implicações econômicas, culturais e políticas. A presente pesquisa analisa a atividade turística no município de Paulino Neves/MA, na perspectiva da Rota das Emoções. Para o desenvolvimento da pesquisa foi necessário o levantamento bibliográfico que abrangem a Geografia e o Turismo e levantamento documental. Optou-se pelo método dialético para verificação dos conflitos de interesse entre os diversos agentes envolvidos na atividade. Como procedimentos metodológicos foram realizados também atividades de campo para realização de entrevistas semiestruturadas e registros fotográficos entre os meses de dezembro/2017, abril, maio, junho/2018, junho de 2019 além da construção de mapas no software Arcgis nos laboratórios Geurb/Geomap-Uema. Além de visitas ao SEBRAE, IMESC, Secretária de Turismo do Maranhão, Secretaria de Turismo do Município de Paulinho Neves e Instituições Governamentais para obtenção de dados referentes aos elementos turístico da área de estudo. A pesquisa classifica-se como qualitativa para abranger os diversos olhares e informações dos agentes sociais, que trabalham com o turismo do local e com a comunidade residente em Paulino Neves. Os resultados apontaram que o Município de Paulino Neves possui relevantes atributos naturais, culturais e sociais, mas apresenta-se com intensa interdependência com suas áreas vizinhas, Barreirinhas (Lençóis Maranhenses) e Tutóia. A prática turística na localidade dispõe de forma incipiente de infraestrutura criadas em razão de outros usos do território a exemplo a atuação da Energia Eólica Ômega. Com a Rota das Emoções os empreendedores locais acreditam no aumento do fluxo de turístico com a construção da Rodovia Estadual MA- 315, sendo necessária a parceria de gestores, comunidade e envolvidos com o setor para o desenvolvimento de ações de forma mais empreendedora para a capacitação profissional e investimentos de infraestrutura turística em Paulino Neves, possibilitando ao município superar a sua situação atual como local de passagem turística. Ressaltando-se a importância do ordenamento do território por meio do planejamento turístico para efetivação de resultados a médio e longo prazo para alcance de resultados positivos ao município.

  • JUCÉLIA MARIA ROCHA OLIVEIRA

  • VELHAS E NOVAS TERRITORIALIDADES CAMPONESAS NO CERRADO PIAUIENSE: os desafios dos assentados do Projeto de Assentamento Fazenda Flores-PI pela permanência na terra

  • Data: 29/08/2019
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  • O cerrado da mesorregião sudoeste piauiense vem sendo palco de transformações nas últimas décadas com o processo de expansão da fronteira agrícola. Tal processo foi impulsionado por uma série de investimentos e incentivos fiscais estatais voltados à modernização da agricultura que contribuíram de forma significativa para a apropriação do cerrado piauiense pela dinâmica do agronegócio. Os impactos dessa nova estrutura são sentidos principalmente no campo, pois tratou de agravar ainda mais a estrutura fundiária tendo em vista que a terra na área do cerrado torna-se cada vez mais valorizada, intensificando a concentração fundiária e consequentemente a grilagem de terras. O Projeto de Assentamento Fazenda Flores, de onde partimos para entender as novas dinâmicas que se processam com o avanço da fronteira agrícola no Piauí, encontra-se localizado entre os munícipios de Currais e Bom Jesus que se destacam entre os principais produtores de soja no estado. Nesse viés, analisa-se os desafios encontrados pelos assentados para a conquista e permanência no Assentamento Fazenda Flores. Para o alcance de tal objetivo foi realizado o seguinte processo investigativo: a) pesquisa teórica e metodológica sobre fronteira,assentamentos rurais; b) pesquisa de documentos oficiais, em órgãos como o INCRA, que revelou o processo de constituição do Assentamento Fazenda Flores; c) Levantamento de dados em sites oficiais do IBGE e do INCRA; d) trabalho de campo com aplicação de entrevistas semiestruturadas com os assentados, permitindo conhecer o processo histórico de criação do assentamento, o modo de vida e a leitura que os lavradores fazem dos desafios presentes para permanecer no território, bem como entrevista com representante do INCRA e da Comissão Pastoral da Terra que contribuiram para o entendimento da reforma agrária e da luta pela terra no Piauí frente ao avanço da fronteira agrícola. Com este processo investigativo foi possível compreender que os lavradores do referido assentamento enfrentam dificuldades desde a conquista da terra e após a consolidação do PA estão diante dos desafios pela permanência no território, pois enquanto incentivos são direcionados para impulsionar o agronegócio, os assentados resistem na terra sem assistência, sem políticas públicas e diante dos casos de grilagem que deixa-os inseguros com relação ao futuro do assentamento. 

  • KELLY CRISTINA MELO DE CARVALHO
  • PLANEJAMENTO TERRITORIAL E REGIONALIZAÇÃO NO PIAUÍ: Uma análise a partir dos Territórios de Desenvolvimento

  • Data: 17/10/2019
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  • A pesquisa em questão trata da regionalização vigente no estado do Piauí. Conforme a Lei Complementar nº 87, de 22 de agosto de 2007 que estabelece o Planejamento Participativo Territorial para o Desenvolvimento Sustentável, o Piauí foi regionalizado por meio de um instrumento denominado “Territórios de Desenvolvimento”. Um modelo de regionalização em que o estado referido, que possui 251.529 km² de extensão territorial e conta 224 municípios, foi dividido em 11 Territórios de Desenvolvimento. Assim, a pesquisa tem como objetivo analisar os resultados e as implicações territoriais da atual regionalização adotada pelo estado do Piauí como estratégia de planejamento regional. Em 2016, após uma revisão da regionalização em vigor, o Piauí passou a ter 12 Territórios de Desenvolvimento. Com essa regionalização, a questão do ordenamento territorial e do planejamento é analisada principalmente pela busca de identidade entre os municípios de uma mesma região do estado. Nessa estratégia para o desenvolvimento, além da participação do governo, é fundamental a participação do município e da sociedade civil. A regionalização surge como uma forma de estimular o desenvolvimento, pois de acordo com o discurso do Governo, a sua intenção é exatamente melhorar as condições da região, identificando suas dificuldades e potencialidades. Como a regionalização e o planejamento estão relacionados com políticas governamentais com vistas para o crescimento socieconômico, a necessidade de planejar se faz cada vez mais presente para a organização e gestão da região, uma vez que o planejamento acontece principalmente por ações do Governo. A análise dos Territórios de Desenvolvimento nos remete aos diversos conceitos de região, regionalização e planejamento. Dessa forma, para alcançar os objetivos propostos na pesquisa foram utilizados como procedimentos metodológicos a revisão bibliográfica, a pesquisa documental e pesquisa de campo, em que foram realizadas visitas técnicas e entrevista na Secretaria do Planejamento do Estado do Piauí (SEPLAN). Visando o desenvolvimento das potencialidades e a superação dos problemas encontrados nas regiões, a população tem a possibilidade de participar das reuniões por meio dos conselhos, o que pode contribuir para o melhor planejamento da região, uma vez que a sociedade civil vivencia essas dificuldades e tem a oportunidade de apontá-las e propor melhorias nas unidades territoriais definidas. Como resultado, a falta de articulação dos municípios e dentro da própria SEPLAN, pode ser considerada importantes entraves para o planejamento e o desenvolvimento das regiões instituídas. Uma vez que não existem recursos regulares destinados a cada região, a atuação dos conselhos é de grande relevância para que os projetos possam ser executados, como no caso da implantação do sistema de inspeção animal e vegetal no Território de Desenvolvimento dos Carnaubais. Nessa perspectiva, amplia-se o conhecimento dos Territórios de Desenvolvimento, compreendendo as potencialidades e os entraves para essa estratégia de planejamento.

  • RENATA MARIA SOUSA CASTRO
  • AVALIAÇÃO DA VULNERABILIDADE À INTRUSÃO MARINHA NA FRANJA COSTEIRA DE SÃO LUÍS UTILIZANDO O MÉTODO GALDIT.

  • Data: 28/08/2019
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  • O recorte espacial da área de estudo, a qual está localizada ao norte da Ilha do Maranhão, no litoral ocidental e é banhada pela Baía de São Marcos, é a franja costeira ao norte da cidade de São Luís, delimitada da Foz do Rio Anil até o limite do município, área essa intensamente influenciada pelas dinâmicas costeiras. Esta pesquisa realizou a análise da vulnerabilidade à intrusão marinha do aquífero costeiro de São Luís, utilizando o método GALDIT para zonear as áreas em elevada, moderada e baixa vulnerabilidade. De modo a determinar a vulnerabilidade à entrada de cunha salina, fez-se necessário obter dados referentes às características do tipo de aquífero, a saber:  condutividade hidráulica do aquífero, distância à linha de costa, espessura do aquífero, estado atual da intrusão marinha na região e nível piezométrico, além da profundidade e da qualidade da água subterrânea. Para obtenção desses dados utilizou-se, como forma de análise preliminar, os dados físico-químicos dos poços tubulares, disponíveis nos Termos de Outorga disponibilizados pela Secretária Estadual de Meio Ambiente do Estado do Maranhão.  Com esses dados foram elaborados três perfis do substrato geológico através da análise dos dados da planilha com coluna estratigráfica de 32 (trinta e dois) poços tubulares de propriedades privadas, os quais forneceram a indicação das características litológicas e hidrodinâmicas do aquífero semi-confinado Itapecuru e do aquífero livre Barreiras, além de sua espessura ao longo da Franja Costeira de São Luís. Foram utilizadas duas formas de espacialização: a primeira através da interpolação de dados por IDW e a segunda forma através da intercessão de polígonos. Em ambas as formas de mapeamento observou-se que as áreas com maior número de poços tubulares ou maior densidade populacional apresentam média e elevada vulnerabilidade mais próximo à faixa costeira. Observou-se também que os parâmetros que mais influenciaram o índice GALDIT foram o parâmetro L (nível piezométrico) e o parâmetro D (distância da linha de costa), demonstrando que o peso atribuído a estes dois parâmetros influencia muito o resultado final. Essas informações sobre a vulnerabilidade dos aquíferos indicam a necessidade da realização de monitoramento dos poços tubulares e a aplicação urgente de gestão na exploração das águas subterrâneas, considerando sua capacidade de vazão e seu tempo de bombeamento diário. O cuidado na exploração da água subterrânea se faz necessário e emergencial para a manutenção e a conservação da água doce de qualidade, a partir de uma gestão sustentável da zona costeira para proteção dos recursos hídricos subterrâneos na Ilha do Maranhão.

2018
Descrição
  • ALEXSANDRA MARYLLEN ROGES COSTA FALCÃO
  • TERRITORIALIDADES URBANO – RURAIS: Desenvolvimento do Agronegócio e Suas Modificações Socioespaciais em Balsas/MA

     

  • Data: 26/04/2018
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  • A presente pesquisa de mestrado teve como objetivo investigar as transformações sofridas no território e a inserção à luz do mercado globalizado com aprofundamento no caso específico da produção de soja e suas repercussões socioespaciais na cidade de Balsas/MA. Buscou-se compreender a dinâmica territorial considerando as mudanças ancoradas na tríplice aliança entre capital, o Estado e o mercado, em uma interpretação da realidade pautada na compreensão das diferentes territorialidades produzidas na interface do espaço urbano e rural. As atividades gestadas no interior desses espaços, tornam-se cada vez mais interdependentes de uma razão instrumental que se pensa global. Nesse espectro, como e de que maneira o território se configura rebate nas necessidades de uma demanda externa, aos lugares que através do capital empregado modifica as relações entre o campo e a cidade e o modo como o poder no território é compreendido. Destacamos que para a sua realização percorremos o caminho metodológico centrado no método dialético, com abordagem qualitativa, privilegiando procedimentos como à realização das técnicas de entrevista semiestruturada. Para tal, utilizou-se como referencial teórico, diferentes vertentes no que se compreende por território, abordando autores como Costa (2002, 2004); Saquet (2007); Elias (2003, 2006), Gonçalves (2002, 2004, 2006,) que contribuíram na percepção de como o território se modifica ao longo do tempo histórico. Mas, a pesquisa em questão fia-se nos conceitos empregado por Souza (1995, 2001, 2013) que trabalha a noção de território e desterritorialização pela via do poder. Notou-se ainda, que na região analisada a difusão do agronegócio, a ação institucional, a evolução da ciência e tecnologia associadas ao fluxo migratório foram determinantes para a expansão da cadeia produtiva da soja. O que impactou de sobremaneira na sociedade e economia da cidade, com o crescimento da área plantada com soja no Sul do Maranhão, verifica-se um crescimento do mercado de trabalho formal, bem como o do setor de comércio e serviços. Notou-se ainda que, o agronegócio se processa de forma conservadora e excludente, ainda que a soja tenha avançado, negando as territorialidades camponesas, a reprodução social se faz presente, em um cenário local que permite analisar as relações contraditórias em seu bojo.

  • CARLOS DAVID VEIGA FRANÇA
  • RISCOS DE INCÊNDIOS: DIAGNÓSTICO DO MUNICÍPIO SÃO JOSÉ DE RIBAMAR – MA

  • Data: 20/12/2018
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  • O incêndio representa uma ameaça real e crescente à vida das pessoas e uma de suas causas estão ligadas a precariedade dos serviços públicos, desencadeando uma série de problemáticas sociais que estão relacionados com situações de perigos. O hidrante urbano é considerado um dos principais mecanismos na redução da vulnerabilidade das áreas sujeitas aos desastres provocados pelos incêndios. Nesse contexto, destaca-se que a produção e reprodução da região da Grande São Luís – MA foi acompanhada de riscos, danos humanos, materiais e ambientais, dentre outros; resultado do crescimento desordenado dos espaços urbanos que compõem a ilha. Nesta seara da sociedade de risco, insere-se o município de São José de Ribamar, no qual as intervenções antrópicas na organização do espaço geográfico evidenciam a produção de riscos e situações de vulnerabilidades à incêndio. Sendo assim, a presente pesquisa analisa o risco de incêndios urbanos no Munícipio de São José de Ribamar com base nos registros do período de 2015 por meio de técnicas de geoprocessamento e análise espacial. Para tanto, buscou-se identificar os tipos, locais e incidência das ocorrências, diagnosticar as vulnerabilidades das medidas urbanísticas contra incêndio, além de mapear as áreas de riscos e os locais de ocorrências de incêndios. Para o alcance dos objetivos propostos, a presente pesquisa apresenta natureza exploratória com abordagem quanti-qualitativa, pois priorizou apontar numericamente o local, a frequência e a intensidade dos atendimentos do socorro especializado em um determinado espaço geográfico. Os dados obtidos compreenderam o recorte temporal de janeiro de 2015 - dezembro de 2015, por meio, do extrato diário de atendimento da 1ª CIBM que enfoca ocorrências válidas por tipo e local de atendimento quantificando 293 atendimentos. Levantados os dados e tabulados no programa Excel foram elaboradas as estatísticas descritivas e confeccionado os mapas temáticos, em destaque, os mapas de ocorrências, área de atuação de hidrantes e risco de incêndio com o auxílio da ferramenta QGIS para representações cartográficas dos eventos levantados. Com base nos resultados, ficou evidente que durante o período de análise das ocorrências foi caracterizado sinistros de incêndios em 39 bairros do município de São José de Ribamar (MA), que por sua vez foram acometidos, no mínimo, por uma das cinco categorias de incêndio (vegetação, lixo, vazamento de GLP, residência e veículo), com o agravante de tais eventos se materializarem em bairros de elevado adensamento populacional e distantes dos recursos de prevenção e combate ao incêndio. Além disso, a área de cobertura dos hidrantes urbanos para este munícipio apresenta doze pontos de tomada d’água, sendo que apenas dois destes estão em situação de operacionalidade.

  • CRISTIANE MOUZINHO COSTA
  • Risco de inundações no alto curso da bacia hidrográfica do rio Anil, São Luís - Maranhão

  • Data: 31/10/2018
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  • O risco de inundação tem sido uma temática amplamente estudada e debatida pelos diferentes ramos da ciência pela afetação de pessoas e bens e consequente impacto nas atividades econômicas, nas comunicações e na vivência social das populações atingidas. As inundações caracterizam-se como os mais impactantes desastres de maior ocorrência no mundo. O município de São Luís, capital do estado do Maranhão, há mais de três décadas apresenta desastres relacionados à inundações que aumentam tanto em frequência, quanto intensidade. Assim, no presente trabalho, estudou-se o risco de inundações no alto curso da bacia hidrográfica do rio Anil, situado no município de São Luís, na porção centro noroeste da Ilha do Maranhão. Objetivou-se analisar o risco de inundações da área a partir do perigo estimado de inundação e da vulnerabilidade da área de estudo. Para isto, utilizou-se como unidade de análise os setores censitários da área em questão. Utilizou-se como procedimentos metodológicos para o alcance dos objetivos: a pesquisa cartográfica; pesquisa em jornais; organização do ambiente de trabalho; caracterização dos aspectos geoambientais da área de estudo; realização de trabalhos de campo; realização de entrevistas; adaptação dos mapas de localização, drenagem, relevo e formas de terreno, hipsometria, e clinografia; e elaboração dos mapas de conflitos de uso da terra,manchas de inundação, perigo, índices de vulnerabilidade, vulnerabilidade, risco; e análise do coeficiente de determinação R². Através da presente metodologia, obtiveram-se como resultados sete manchas de inundação mapeadas ao longo da pesquisa e o perigo estimado de inundação a partir da cota de inundação de 30m, obtida através do mapeamento das manchas de inundação e trabalhos de campo. Além disso, obteve-se o índice de vulnerabilidade da área de estudo através das variáveis censitárias relacionadas a características socioeconômicas, que agrupadas geraram sete variáveis de vulnerabilidade. Após isto, considerando que o risco é uma função do perigo e da vulnerabilidade, obteve-se o índice de risco de inundação do alto curso da bacia hidrográfica do rio Anil por setores censitários, sendo o risco classificado em: muito alto, alto, médio e baixo/nulo. E como forma de analisar em que proporções as variáveis independentes explicam as variáveis dependentes aplicou-se o coeficiente de determinação R² entre as variáveis perigo e risco, vulnerabilidade e risco, e perigo e vulnerabilidade, no qual foram gerados três gráficos de dispersão. Desta forma, conclui-se que os setores que apresentaram risco muito alto não obrigatoriamente mostraram valores de vulnerabilidade muito alta, mas todos os setores censitários com risco muito alto apresentaram perigo muito alto, isso se explica, pois o perigo possui maior coeficiente de determinação no risco do que a vulnerabilidade. Além disto, a área de inundação não alcança todos os setores censitários, desta maneira, áreas com muito alta vulnerabilidade, mas com perigo nulo, não apresentaram risco de inundação. Entretanto, a partir da classificação da vulnerabilidade, pode-se identificar os setores censitários prioritários, que são de suma importância para gestão municipal e estadual, tendo em vista subsidiar políticas públicas para essas populações. 

  • DANILLO JOSÉ SALAZAR SERRA
  • O POTENCIAL TURÍSTICO DO BOQUEIRÃO EM ICATU-MA: DINÂMICAS DA NATUREZA E COMUNIDADE




  • Data: 09/05/2018
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  • A dissertação tem como tema o desenvolvimento do turismo comunitário no povoado quilombola do Boqueirão em Icatu-MA, localizado na Mesorregião Geográfica do Norte Maranhense/Microrregião Geográfica de Rosário. O turismo é um setor em expansão que dinamiza as atividades nas localidades onde se insere, causando impactos sociais, econômicos e ambientais em diferentes escalas. O turismo comunitário visa minimizá-los ao buscar um ambiente ecologicamente equilibrado com a inserção das comunidades receptoras dos fluxos no processo de gestão da atividade. Atualmente, Icatu encontra-se entre os oitenta municípios menos desenvolvidos no Maranhão (IMESC,2014), apesar de possuir potencialidades propícias ao turismo comunitário que podem contribuir na modificação desse cenário. A pesquisa direciona-se a compreensão dos impactos do turismo convencional e as relações sociais existentes no povoado. Optou-se pelo método dialético pois possibilita analisar os conflitos de uso do território e a compreensão do homem sob a perspectiva processual. Foram utilizados o estudo de Capacidade de Carga Turística (CCT) de Cifuentes (1992) e o Manejo de Impactos da Visitação (MIV) do ICMBio (2011) como ferramentas de gestão do território turístico. Como técnica de pesquisa, foram aplicados trinta formulários e vinte e uma entrevistas semi estruturadas com moradores e visitantes e assim perceber as visões dos agentes envolvidos. Para Creswell (2010), a pesquisa é de caráter exploratório e classifica-se como quanti qualitativa, tendo em vista os caminhos adotados. Constatou-se que 90% dos moradores entrevistados acreditam que o turismo pode gerar renda à comunidade, formada por 63 famílias. Os impactos do turismo convencional no povoado crescem de forma exponencial, todavia a comunidade busca alternativas de gestão para minimizá-los como: sinalização, iniciativas de reflorestamento, construção de banheiros coletivos para atender a demanda turística, entre outras. Com o estudo de CCT e do MIV foi possível estabelecer parâmetros de gestão turística como o número de visitantes diários para as condições atuais do atrativo que é de 125, mas que pode subir para 1.050 com as intervenções propostas como exemplo: construção de pontes suspensas e desvio do acesso ao atrativo. Com a gestão, a comunidade poder arrecadar o valor inicial de R$ 42.000 por mês ao se considerar apenas os finais de semana com uso máximo. Ressalta-se que os valores arrecadados pela comunidade com o turismo atualmente servem para melhorias no atrativo, construção da sede da associação de moradores e da igreja comunitária. Conclui-se que os resultados apresentados à comunidade e debatidas em assembleias fornecem diretrizes para a gestão eficiente do turismo, resultando em intervenções no território.

     

  • EDILANA WASNEY VIEIRA
  • TURISMO E USO DO TERRITÓRIO NO POLO MUNIM, MARANHÃO: Dinâmicas e perspectivas socioespaciais.

     

  • Data: 01/03/2018
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  • Visando estabelecer o desenvolvimento da atividade turística, o governo do Estado do Maranhão, lançou em 2010 a segunda versão do Plano de Desenvolvimento do Turismo do Maranhão (Plano Maior 2010-2020), que propõe promover o turismo essa unidade da Federação de acordo com características e potencialidades municipais agrupadas em forma de polos turísticos. Nesse contexto, insere-se o Polo Munim que é integrado por seis municípios (Axixá, Cachoeira Grande, Presidente Juscelino, Icatu, Morros e Rosário), cuja referência principal é o rio Munim.  O objetivo dessa pesquisa é analisar a dinâmica de uso e ocupação do Polo Munim no período de 2010 a 2017, fornecendo subsídios para ações de manejo territorial. Buscamos ainda identificar os usos do território turístico nos municípios pertencentes ao referido Polo; compreender planos, programas e políticas públicas voltadas pra o desenvolvimento do turismo no Polo Munim; analisar os principais conflitos dos territórios turísticos pertinentes ao Polo. Para alcançar os objetivos propostos, usou-se da dialética, que permitiu uma interpretação dinâmica e totalizante da realidade considerando que os fatos sociais só podem ser entendidos a partir de contextos políticos, econômicos, culturais, etc. Para tanto, os procedimentos metodológicos adotados foram: levantamento bibliográfico e cartográfico; levantamento documental; trabalho em campo; Entrevistas abertas; seleção, análise e interpretação dos dados. Os resultados apontaram que a regionalização proposta pelo Plano Maior adquire uma falsa preocupação desenvolvimentista, pois o turismo é praticado nos municípios sem planejamento por parte dos gestores estaduais, municipais e sociedade civil. O que é proposto pelo Plano Maior, continua algo somente descrito em documentos oficiais, de caráter retórico uma vez que, na prática, a visitação ocorre de maneira espontânea e pouco estruturada, pouco inclusiva no sentido de possibilitar a participação das comunidades, o que é reflexo de um modelo de turismo que possui baixo efeito multiplicador econômico e social.

  • GILBERLENE SERRA LISBOA
  • PROCESSOS EROSIVOS POR VOÇOROCAMENTO EM LINHA DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA NO MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS-MA

  • Data: 11/09/2018
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  • A pesquisa tem como objetivo analisar os processos de erosão por voçorocamento na linha de transmissão de energia, da área de influência indireta da LT (linha de transmissão) 230 kV no município de São Luís- MA. Os procedimentos metodológicos constaram de: levantamento bibliográfico; atividade de campo; elaboração dos mapas temáticos;  análise no laboratório; mensuração das taxas de infiltração. A metodologia usada para as análises dos atributos foram as seguintes: o manual de descrição de solo de Lemos; Santos (2015) e Oliveira (2011), para as seguintes características: cor, textura, estrutura (forma e tamanho), consistência e pegajosidade. Os atributos físicos dos solos coletados nos voçorocamentos foram realizadas considerando as seguintes propriedades: densidade aparente do solo, densidade de partículas , porosidade total, granulometria, conforme manual de análise de solos da EMBRAPA (2011) e o método do balão volumétrico segundo Blake; Hartge (1986) e Bowes (1986), os atributos químicos pH e matéria orgânica EMBRAPA (2017). Os teste de infiltração decorreram de acordo com os procedimentos apresentados por Hills (1970)  e a proposta de Guerra (2011). Na Linha de transmissão  identificou-se diferentes feições erosivas como as voçorocas Torres 1 , Torres 2, Sacavém, BR 1 e BR 2. A origem e desenvolvimento destes processos estão ligados a implantação das torres de energia elétrica, aos fatores controladores da erosão, como a erodibilidade, erosividade, cobertura vegetal, uso e manejo do solo e declividade. Os atributos morfológicos predominantes nas erosões foram : cores do solo amarelo avermelhado e vermelho; textura entre média, arenosa e argilosa; formas subangulares e tamanhos variando pequena e média; consistência do solo em sua maioria são macia, muito friável, ligeiramente plástica, ligeiramente pegajosa. Nestes processos erosivos os atributos físicos como a densidade aparente do solo variou entre 1,28 a 1,96 g/cm³ sendo na voçoroca BR 1, a densidade de partículas variou entre os limites 2,35 g/cm3 na voçoroca Torres 1 a 3,33 g/cm³ na mesma voçoroca. Em relação à porosidade, o menor valor é de 26% encontrada na voçoroca BR 1 e o maior valor foi encontrado na voçoroca Torres 1 (ponto 2) de 52,25%, a granulometria com frações areia e texturas variando de franco arenosa, franco siltosa e areia franca. As taxas de infiltração nas feições erosivas mostraram resultados significativos nas voçorocas Sacavém, BR 1 e BR 2,onde as taxas de infiltração da água no solo é mais acelerada A ocorrência das incisões está ligada às torres de energia elétrica da linha de transmissão e ocupações irregulares ao longo da  faixa de servidão , bem como as características geoambientais da  área em questão.

     

  • GUSTAVO ALEXSANDRO RODRIGUES RAPOSO
  • CARACTERIZAÇÃO DE PROCESSOS EROSIVOS MARINHOS E SUBAÉREOS NAS FALÉSIAS DE PANAQUATIRA E OLHO D’ÁGUA, ILHA DO MARANHÃO/MA

  • Data: 05/12/2018
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  • Os ambientes costeiros em sua totalidade, possuem uma dinamicidade e capacidade de fluxos de troca de matéria e energia que podem rapidamente alterar as características paisagísticas de um local em um curto intervalo de tempo. O estudo de processos erosivos costeiros, tem como uma das finalidades subsidiar informações principalmente ao que tange a ocupação humana nas zonas costeiras. As falésias ativas são feições que são importantes fontes de sedimentos para o prisma praial e tem sua atividade erosiva associada principalmente ao poder abrasivo do ataque das ondas. Entretanto, não somente da abrasão marinha estabelece-se a erosão em falésias e os processos subaéreos exercem um papel determinante na dinâmica erosiva. Levando em consideração que as falésias monitoradas durante a realização da pesquisa estão situadas na ilha do Maranhão, com dinâmica pluviométrica irregular (chuvas concentradas no primeiro semestre) a erosão via intemperismo é mais acentuada durante os primeiros meses do ano. Durante a pesquisa, buscou-se realizar procedimentos a fim de elucidar melhor os processos erosivos atuantes nas falésias. Esses procedimentos consistiram no levantamento topográfico, bem como monitoramento por pinas de erosão a fim de estabelecer a quantidade em volume de sedimento erodido e análise granulométrica do prisma praial e da face da falésia

  • JONAS JANSEN MENDES
  • DINÂMICA DA PAISAGEM NA BACIA DO RIO AURÁ: UM ESTUDO A PARTIR DO MODELO GTP

  • Data: 22/08/2018
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  • A pesquisa investiga a dinâmica da paisagem da bacia hidrográfica do rio Aurá, no estado do Maranhão, utilizando como abordagem o modelo GTP (Geossistema-Território-Paisagem) que é complexo e com diversidade, requerendo três entradas, a naturalista, a socioeconômica e a sociocultural que se relacionam na construção do espaço geográfico integrado, na tentativa de aproximar sociedade e natureza, buscando um manejo sustentável do ambiente. A bacia do rio Aurá tem uma área 1.184,59 km² pertence à região do Atlântico Nordeste Ocidental, sendo de relevância para a recreação, navegação e produção de pescado na região. Os procedimentos metodológicos da pesquisa foram a partir de pesquisas bibliográficas, cartográficas e atividades de campo, sendo possível realizar conversas informais com os produtores rurais e pescadores na região, a fim de compreender as territorialidades e tensões que emanam na área em estudo, já como instrumentos de pesquisa, aplicou-se questionários aos integrantes das prefeituras municipais que contribuíram na formulação do índice de gestão ambiental municipal (IGAM) e entrevistas com os moradores-chaves para investigação da problemática. Os resultados revelaram que a área se caracteriza como uma ampla planície com declividade plana a suavemente ondulada, destacando fortes ondulações das colinas na porção nordeste do divisor de água do curso inferior da bacia que são constituídas pelos sedimentos arenosos do Grupo Barreiras. As condições geológicas, decorrentes da predominância da Formação Itapecuru e substrato hidrogeológico com fraco a médio potencial para o abastecimento público, relacionado ao comportamento hidrológico dos rios, de caráter intermitente, principalmente no período de estiagem, intensificando o problema hídrico na bacia em estudo. A dinâmica territorial ocorre pela exploração dos recursos naturais e está estreitamente relacionada aos períodos de cheias. O processo de barramentos contribui para a redução da lâmina d’água, afetando diretamente a economia dos municípios do médio e baixo curso. Na análise sobre a paisagem concluiu-se que o campo é o elemento presente na memória coletiva, que as intervenções desenvolvimentistas trouxeram impactos socioeconômicos no modo de vida da população e são gatilhos para as tensões territoriais. O conhecimento desses imperativos naturais, somados às condições socioeconômicas dos municípios construídas ao longo de séculos de história, constituem elementos indispensáveis à governança municipal e a busca por transformações na conjuntura regional de pobreza na Baixada Maranhense, melhorando a qualidade de vida e a conservação da natureza.

  • KADJA RÉGIA SILVA LIMA
  • ASPECTOS HIDROGEOMORFOLÓGICOS E SOCIOAMBIENTAIS DA LAGOA DO BACURI NO LESTE MARANHENSE

  • Data: 31/01/2018
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  • As análises dos atributos hidrogeomorfológicos são fundamentais para o entendimento sobre a dinâmica dos ambientes fluviais e lacustres. A bacia hidrográfica, em sua estrutura sistêmica proporciona as alterações morfológicas de sua área, uma vez que os rios modelam a superfície terrestre, a partir de sua rede de drenagem pela ocorrência dos processos de erosão, transporte e deposição de materiais. A lagoa do Bacuri, situada no setor Nordeste do Estado do Maranhão, teve sua origem a partir do barramento do rio Buriti pelos sedimentos depositados em sua foz pelo rio Parnaíba. A presente pesquisa teve por objetivo analisar os aspectos hidrogeomorfológicos e socioambientais da Lagoa do Bacuri e seu entorno, situados no território dos municípios de São Bernardo e Magalhães de Almeida. Portanto, foram caracterizados os principais aspectos naturais e antrópicos responsáveis pelas alterações desse ambiente lacustre com a elaboração do mapa de uso e ocupação do solo no entorno da área em estudo, avaliando o nível e os tipos de poluentes existentes nesse corpo hídrico, por meio de coleta e análise bioquímica, físico-química e orgânica de amostras coletadas na Lagoa do Bacuri, afim de identificar as mudanças de uso e os possíveis impactos ambientais decorrentes das novas atividades produtivas desenvolvidas na área em questão. Com o intuito de alcançar os objetivos propostos foram adotados, ainda os seguintes procedimentos metodológicos: delimitação da Bacia do Rio Buriti, onde localiza-se a citada lagoa, utilizando imagens Shurttler Radar Topographic Mission (SRTM); elaboração da carta de uso e cobertura de terra dos anos de 2000, 2009 e 2016, com utilização de imagens de satélite Landsat (resolução 5 m) utilizando técnicas de geoprocessamento; atividades de campo com aplicação de entrevistas e registros fotográficos; análise laboratorial especializada em contaminação por agrotóxicos nas águas da lagoa considerando os parâmetros da Resolução CONAMA357/05. Os resultados indicam os aspectos econômicos e sociais das comunidades por meio de gráficos e tabulações, o crescente avanço da sojicultora e agricultura familiar em direção as margens da lagoa resultando no deslocamento da pecuária extensiva para os locais com matas ciliares que caracterizam Áreas de Preservação Permanentes (APP’s) caracterizando crime ambiental que terminam resultando na alteração da paisagem local, na própria modificação das atividades tradicionais, tendo por consequência os mais diferentes desequilíbrios nesse ambiente os quais serão apresentados neste trabalho científico. 

  • KARLLA FABIANNA LIMA SANTOS

  • DO DELTA AOS PEQUENOS LENÇÓIS: a produção e consumo do espaço turístico em Tutóia (Maranhão)

  • Data: 14/12/2018
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  • O turismo é uma das atividades que possui a capacidade de materializar o processo de produção do espaço, assim como propicia que o aumento da receita do Estado seja possível a partir da prática social do turismo. Por esse motivo, intervenções públicas e privadas planejadas (ou não) acontecem no sentido de transformar o espaço em territórios turísticos; nesse contexto se insere o município de Tutóia, localizado no Litoral Oriental do Maranhão, que com a elaboração do Plano de Desenvolvimento Integral do Turismo no Maranhão- Plano Maior (MARANHÃO, 2000) foi incluído no Polo Turístico Delta das Américas, junto com os municípios de Paulino Neves, Água Doce do Maranhão e Araioses. O objetivo dessa dissertação é analisar a produção e consumo dos espaços turístico, a partir dos principais instrumentos de políticas públicas do turismo, bem como analisar a própria dinâmica espacial do município de Tutóia. O uso do método dialético permitiu chegar a uma identificação e posteriormente a um entendimento sobre os conflitos e contradições que são oriundos do processo do desenvolvimento turístico. Para tanto, o caminho metodológico percorrido envolveu: 1) levantamento bibliográfico, documental e cartográfico; 2) entrevistas estruturadas e abertas com os agentes de produção do espaço turístico: o trade turístico de Tutóia, o turista, a comunidade, e os gestores públicos de turismo; 3) coleta de pontos geográficos para a produção de mapas temáticos; 4) trabalho de campo para a realização de visitas técnicas, aquisição de material documental e registro fotográfico; 5) diálogos com  agentes sociais  diretamente envolvidos com o turismo. Os resultados apontaram que, apesar da grande potencialidade do lugar e o fato dos operadores estarem ampliando significativamente os equipamentos e serviços, a gestão municipal encontra- se desalinhada com o trade turístico, e essa por sua vez ainda não prioriza o desenvolvimento do turismo, o que gera muito conflito entre esses dois agentes. A finalização dessa dissertação  revelou um cenário não favorável  à produção e ao consumo do espaço turístico em Tutóia, partindo da conjectura que a ineficiência e ausência do poder público municipal concorre para  a exclusão do município do Mapa Turístico Brasileiro 2019, fato  que constitui um retrocesso a uma  unidade subnacional que vem ganhando visibilidade  a partir de referências como a “Rota das Emoções” e a inclusão do Polo Turístico Delta das Américas na promoção e divulgação do turismo do Estado do Maranhão.

     

  • LILIAN DANIELE PANTOJA GONÇALVES
  • ALTERAÇÕES SOCIOAMBIENTAIS PROVOCADAS PELA EXPLORAÇÃO MINERAL NO GARIMPO DE CAXIAS, MUNICÍPIO DE LUÍS DOMINGUES – MA

  • Data: 22/01/2018
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  • Este estudo investiga as alterações ambientais e sociais em área de extração de ouro- Garimpo de Caxias-município de Luís Domingues - MA. A descoberta de ouro na porção norte do Estado do Maranhão, na região localizada entre os rios Gurupi e Maracaçumé, remonta ao ano de 1624, com os primeiros aventureiros europeus em território maranhense. Sendo até hoje considerada um grande potencial de recurso mineral, neste caso, o ouro. A área de estudo dá-se no garimpo de Caxias, que está localizado a 8 km da sede do município de Luís Domingues - MA, na porção Noroeste do Estado. A potencialidade aurífera da área foi identificada em 1934, mas somente em 1980 ocorreu período de maior exploração. Segundo Ramos (2005), a interferência do homem na natureza com a finalidade de exploração dos recursos naturais gera problemas ambientais, onde o solo e a água são os primeiros recursos afetados. Essas áreas podem ser inutilizadas caso haja teores de elementos-traço acima do estipulado pelas legislações em vigor, sendo que esses podem permanecer no ambiente por um longo período. O estudo apoia-se em autores renomados que tratam sobre a temática.  Quanto ao arcabouço metodológico está centrado na metodologia sistêmica, conforme proposto por Bertrand, o qual entende o geossistema como uma estrutura dinâmica resultante da interação entre o potencial ecológico, a exploração biológica e a ação antrópica, sendo que todos esses componentes se inter-relacionam e influenciam o funcionamento do geossistemas. Os objetivos do estudo consistem na identificação da concentração de mercúrio nos corpos líquidos das superfícies dos lagos do garimpo e teor do metal mercúrio em água do poço comunitário, o que diante dos primeiros resultados obtidos já apresentou considerável teor do elemento químico nos corpos líquidos. Para a identificação das características, fragilidades e desencadeamento de processos erosivos do solo, ocorrerá a análise morfológica de solos, densidade, porosidade solo e análise granulométrica. Com relação ao entendimento dos aspectos sociais e percepção ambiental da comunidade, investigou-se através da aplicação de entrevistas semi-estruturadas alcançando líderes da comunidade, garimpeiros e Presidente da Cooperativa de garimpeiros do Município de Luís Domingues - MA. Portanto, é na perspectiva de totalidade que entende-se a importância desta pesquisa, visando compreender como a atividade de exploração mineral tem se manifestado aos elementos da natureza a partir de toda essa dinâmica gerada e suas inter-relações com os aspectos socioambientais.

  • MARINALVA COSTA
  • ESTIAGEM E SECA NA PORÇÃO SUL DO MUNICÍPIO DE BEQUIMÃO-M E SUA RELAÇÃO COM A CONSTRUÇÃO DE BARRAGENS NO RIO AURÁ

  • Data: 01/02/2018
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  • Esta pesquisa analisou os fenômenos da estiagem e seca na porção sul do município de Bequimão-MA e sua relação com a construção de barramentos na bacia hidrográfica do rio Aurá. Para subsidiar a análise, foi fundamental caracterizar os aspectos geoambientais do referido município e, por conseguinte da área estudada, identificar a ocorrência dos referidos fenômenos e suas causas geradoras e, detectar as principais mudanças na paisagem dos campos inundáveis, associadas à ocorrência das estiagens e secas. Esse município localiza-se na Mesorregião Norte e Microrregião do Litoral Ocidental Maranhense, estando inserido nas regiões hidrográficas do Atlântico Nordeste Ocidental e do Rio Pericumã. Pertence a duas Unidades de Conservação, sendo elas: Áreas de Proteção Ambiental das Reentrâncias Maranhenses e da Baixada Maranhense e à Convenção sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional (Convenção de Ramsar). A área estudada tem influência dos rios do Jacioca, da Mata e do Mojó - afluentes do rio Aurá, fazendo limites com municípios da Baixada Maranhense.Dados oficiais da Agência Nacional de Águas (ANA), através do Monitor de Secas do Nordeste Brasileiro, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), Centro de Estudos e Pesquisas em Engenharia e Defesa Civil (CEPED), vêm indicando Bequimão como um dos municípios do estado do Maranhão que apresenta o fenômeno da seca. Além dos dados oficiais, a população que reside no entorno dos campos inundáveis afirma que essa área “vem secando” muito rápido, fato que outrora não ocorria. Conceitualmente, os fenômenos das estiagens e secas apresentam distintos entendimentos. Para Castro (2003); Pires, Silva e Mendes (2010); Leivas (2014); Magalhães (2016), tais fenômenos se constituem em uma ocorrência natural e se diferenciam porque, as secas, do ponto de vista meteorológico, são resultantes de um período prolongado de estiagem, resultantes de índices de precipitação pluviométricas abaixo da média e taxas de evaporação elevadas, e que provoca uma redução sustentada das reservas hídricas existentes, resultando em escassez de água. As estiagens ocorrem com maior frequência do que a seca, porém ambas produzem reflexos sobre as reservas hidrológicas e resultam em distintos prejuízos para o setor produtivo e a biodiversidade das áreas atingidas. Os pressupostos da Abordagem Geossistêmica juntamente com os métodos qualitativo e quantitativo possibilitaram a análise ora realizada. Igualmente, a Paisagem enquanto categoria de análise da Geografia foi importante para a análise e interpretação das alterações ambientais observadas na área estudada. Os resultados alcançados conduzem para a aceitação de ocorrência de períodos prolongados de estiagens, os quais se caracterizam em distintas tipologias de secas, sobretudo nos anos 2007, 2010, 2012 a 2015, anos em que as chuvas ficaram abaixo da média anual (Normais Climatológicas do Brasil 1961-1990) para a região e, as temperaturas apresentaram índices elevados (média 27 a 30,89 oC). A ocorrência de tais fenômenos tem relação com as variações de padrões de Temperatura da Superfície do Mar (TSM) sobre os oceanos tropicais, os quais afetam a posição e a intensidade da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) sobre o Oceano Atlântico, assim como às anomalias de temperatura observadas no Oceano Pacífico, que resultam em anos com La Niña e/ou El Niño. As principais mudanças observadas nas paisagens da área estudada e adjacências são significativas, sobretudo resultantes da intervenção humana, a exemplo da inserção de retiros, construção de cercas e cultivos de pastagens nativas em áreas de matas ciliares, além de inúmeros açudes e barramentos na área dos campos inundáveis, dentre outras. O tema ora abordado demanda estudos complementares, subsidiado por monitoramento e avaliação de outros índices, para que se compreenda especificamente a ocorrências da estiagem e/ou seca na área estuda

  • MARLY SILVA DE MORAIS
  • IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS CAUSADOS POR PROCESSOS EROSIVOS EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: O CASO DO PARQUE ESTADUAL DO BACANGA, SÃO LUÍS - MA

  • Data: 10/09/2018
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  • A pesquisa teve como finalidade analisar os impactos socioambientais causados por processos erosivos no Parque Estadual do Bacanga, localizado no município de São Luís. Assim, Fez-se necessário o uso de ferramentas como a matriz de impacto socioambiental adaptada (SÁNCHEZ, 2013), entrevistas e o mapeamento da vulnerabilidade ambiental, considerando os meios morfodinâmicos instáveis, vulneráveis aos processos erosivos a partir da proposta de (TRICART, 1977), (ROSS, 1990 e 1994) e (CREPANI et al, 1996; TAGLIANI, 2003 e 2009). Os procedimentos metodológicos adotados constam de três etapas, descrita a seguir: A primeira refere-se à abordagem indireta através do levantamento bibliográfico e cartográfico; a segunda refere-se à abordagem direta que foi realizada através dos trabalhos de campo; e a 3ª o trabalho de gabinete, envolvendo as análises em laboratório, análise da matriz de impacto socioambiental, transcrição das entrevistas e os mapeamentos temáticos como a declividade, hipsometria, solos, propriedades físicas (densidade do solo, partículas e porosidade), índices pluviométricos, uso e cobertura da terra, resultando no mapa de vulnerabilidade ambiental do Parque Estadual do Bacanga, por meio do geoprocessamento utilizando o software Arcgis 10.2. Os resultados demonstram uma grande relação entre as classes de declividade, os tipos de solos e suas propriedades físicas além de chuvas concentradas indicando a intensidade da ação dos agentes geomorfológicos, pedogenéticos e manejo do solo na estruturação do ambiente em estudo. O mapa de uso e cobertura da terra constituiu um parâmetro relevante na pesquisa, demostrando que a Unidade de Conservação em questão, vem sofrendo várias formas de impactos socioambientais, devido à urbanização que atualmente chega a 73,40hab/km² causando prejuízos ao ambiente. No mapa de vulnerabilidade ambiental, a vulnerabilidade média representa 33,11% da área total do parque, seguida das vulnerabilidades forte 27,21% e muito baixa ou nula 13,66%. As classes de menores representatividade, são as vulnerabilidades baixa e muito forte, que chegaram a 13,06% e 12,96% respectivamente.

     

     

  • PAULA RAMOS DE SOUSA
  • ANÁLISE DE ÁREAS DEGRADADAS POR PROCESSOS EROSIVOS NO BAIXO CURSO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ANIL, ILHA DO MARANHÃO.

  • Data: 22/10/2018
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  • A erosão dos solos é um dos principais tipos de degradação de terras, tanto em áreas rurais como urbanas. É um processo que está intimamente relacionado às características do próprio ambiente natural, porém tem sido intensificado através das atividades humanas. A bacia hidrográfica do rio Anil é amplamente urbanizada apresentando atributos naturais que contribuem para a degradação do solo desta área. Está localizada no quadrante noroeste da Ilha do Maranhão, totalmente inserida nos limites do município de São Luís, possuindo aproximadamente 13,8 km de extensão. A área objeto de estudo faz parte desta bacia e se concentra no seu baixo curso com uma área de 23,26 km2. A pesquisa consistiu em analisar os processos erosivos lineares e os fatores que contribuem para a degradação do solo no baixo curso da bacia hidrográfica do rio Anil em São Luís - MA.  Os procedimentos utilizados consistiram em pesquisa de campo para levantamento de informações, coleta de amostras de solo do tipo volumétricas e deformadas; análise laboratorial das propriedades físicas dos solos que envolveram produção de dados sobre a textura, densidade do solo, densidade de partículas e porosidade total das amostras coletadas; elaboração de mapas temáticos por meio de técnicas de geoprocessamento. Todos esses instrumentos de pesquisa foram fundamentais na avaliação dos parâmetros de erodibilidade, considerando que na Ilha do Maranhão os solos são altamente friáveis e inconsolidados, indicando a tendência de uma fragilidade natural. Os resultados mostraram que a área apresenta geologicamente uma predominância do Grupo Itapecuru e áreas de mangue. A elaboração do esboço simplificado das classes de solos em conjunto com a análise de aspectos geomorfológicos e descrição morfológica da área contribuiu para a caracterização dos solos e indicou a ocorrência dos Neossolos Quartzarênicos e Latossolos nos pontos de coleta. A análise granulométrica revelou uma quantidade elevada da fração areia total e predomínio de textura arenosa; quanto à densidade do solo e de partículas verificou-se alto grau de compactação dos solos e reduzidos percentuais de porosidade total devido à baixa cobertura vegetal; os testes de infiltração revelaram um regime estacionário dos fluxos de infiltração da água no solo o que contribui para o escoamento superficial. As feições erosivas ocorrem predominantemente em áreas de colinas esparsas, vertentes retilíneas, solos de textura arenosa e nas classes de declividades que configuram uma tipologia de relevo que variam de plano a ondulado. O avanço do desmatamento tem contribuído para exposição do solo e aceleração dos processos erosivos lineares. Considera-se, portanto que os estudos com abordagens ambientais urbanas principalmente no que se refere ao uso e ocupação do solo e os impactos decorrentes destas ações sem planejamento adequado são essenciais para a gestão de áreas degradadas.

  • SUELLEN CRISTINA DOS SANTOS APOLIANO PACHECO
  • PRODUÇÃO DE HABITAÇÃO POPULAR POR AUTOGESTÃO E INICIATIVA PRIVADA COMO ESPAÇO DE SUJEITOS SOCIAIS NA ILHA DO MARANHÃO

  • Data: 15/12/2018
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  • Esta pesquisa pretende analisa a dinâmica de produção do espaço urbano com foco para habitação de interesse social, através da autogestão e iniciativa privada na provisão de moradias populares para as famílias de baixa renda na Ilha do Maranhão. Historicamente, um dos principais problemas sociais e urbanos presentes no Brasil está relacionado à questão da habitação, tendo em vista que um dos fatores apontados como grande entrave para o acesso à moradia no país diz respeito ao pouco crédito ofertado às famílias de baixo rendimento econômico.  Entretanto, a população sempre criou alternativas de acesso a ela suprindo a necessidade de garantir a sobrevivência, em virtude da precária atuação do Estado em promover meios para a aquisição da casa própria. Pretende-se discutir as políticas habitacionais implantadas pelo Estado em atendimento à população de menor renda e as contradições existentes na produção capitalista do espaço urbano. Os fundamentos desta pesquisa apoiam-se no materialismo histórico dialético, um método de interpretação da realidade, que articula as contradições e conflitos da produção desigual do espaço. Assim, discutem-se as políticas de habitação de interesse social, através dos programas destinados às camadas populares, principalmente os Programas Crédito Solidário, Minha Casa Minha Vida – empresarial e o Minha Casa Minha Vida – Entidades, objetos desse estudo. Para entender os objetivos propostos, o trabalho propõe investigar dois conjuntos habitacionais (João do Vale, em São Luís e Novo Horizonte em Paço do Lumiar), voltados para a população de baixa renda. Como foco desta pesquisa é a habitação social, vamos considerar e avaliar a satisfação dos moradores diante dos espaços construídos, a qualidade das casas, os serviços disponíveis nos conjuntos bem como o grau de contentamento dos residentes com seus conjuntos habitacionais. Para essa etapa, foram aplicados 27 questionários semiestruturados no residencial João do Vale, construído através da autogestão, sendo o primeiro conjunto analisado e 26 questionários aplicados no conjunto Novo Horizonte, construído pelo sistema empresarial. Os resultados revelaram que o conjunto João do Vale, embora possua uma localização diferenciada, não se diferencia do conjunto Novo Horizonte, que esta localizado na periferia da cidade. Ambos os conjuntos são desprovidos de infraestrutura urbana e possuem precariedades de serviços e equipamentos urbanos disponíveis nesses espaços. Sendo assim, é possível perceber a insatisfação dos moradores em relação a estrutura do conjunto e a prestação de serviços públicos por parte das autoridades competentes. Entretanto, existe um sentimento de satisfação por parte dos moradores pelo fato de adquirirem o sonho da casa própria.

  • THAIS AGUIAR FRANÇA
  • Análise Espaço Temporal da Linha de Costa, das Áreas de Manguezal e de Apicuns do Município da Raposa/Ma.

  • Data: 04/12/2018
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  • Os impactos gerados pela dinâmica natural de áreas costeiras apresentam-se através da progradação e retrogradação. Estudos australianos demostram a importância de pesquisas voltadas para indicadores. Estes estudos recentemente propuseram analisar o ecossistema de manguezal e apicum como um meio para monitorar mudanças em ambientes costeiros como indicadores de aquecimento global , mudança climática , efeitos de tempestades, mudanças no nível do mar, taxas de poluição e sedimentação Insere-se no contexto das mudanças costeiras, o Município de Raposa, caracteriza-se por um intenso processo de alteração na paisagem natural e elevada vulnerabilidade e dinâmica costeira afetada por diversos fatores naturais, porém que nos últimos anos vem sendo intensificada pela ação antrópica. A presente pesquisa tem por objetivo geral, analisar as alterações da linha de costa, dos manguezais e apicuns no município de Raposa, utilizando técnicas de geoprocessamento. Os fundamentos desta pesquisa apoiam-se, na abordagem sistêmica, para o entendimento da dinâmica da paisagem, e posterior análise da referida área numa visão integrada, enfocando dessa forma suas particularidades, potencialidades, limitações e suas inter-relações com os componentes ambientais e sociais da paisagem. Para a analisar a evolução espaço-temporal do ecossistema de mangue e apicum foi realizado o processamento através do método de álgebra de mapas, e para identificação dos setores em erosão e progradação, foi realizado a partir de duas linhas de costas distintas o cruzamento destas e posteriormente foram gerados uma série de polígonos de forma a evidenciar as regiões de ocorrência de erosão e deposição através da subtração de polígonos. Embora o município ainda apresente grandes áreas de manguezal preservadas, algumas áreas tiveram a vegetação suprimida em decorrência do tensor antrópico através do processo de urbanização e ocupação desordenada do munícipio. Durante o período analisado não houveram variações da feição apicum, permanecendo sua forma durante os anos analisados, com pequenas mudanças de franja, caracterizando esta feição como estável. A partir da explanação destas unidades de paisagem como indicadores de mudanças costeiras, pode-se afirmar que dos indicadores utilizados para analisar a dinâmica da área de estudo, o ecossistema de apicum foi o único que se manteve-se estável durante todo período analisado.

2017
Descrição
  • GISSELLY POLIANA SANTOS MUNIZ


  • Ecoturismo em Carolina-Maranhão: que prática é essa?

  • Data: 13/11/2017
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  • Os estudos geográficos sobre o Turismo buscam analisar a relevância social, política e eOs estudos geográficos sobre o Turismo buscam analisar a relevância social, política e econômica dessa atividade nos últimos tempos, ressalta-se que a atividade permite o desenvolvimento econômico de regiões, além de ser um fenômeno humano estabelecido por padrões sociais e de caráter cultural que expressam a vivência de novas experiências. Um segmento que tem sido amplamente divulgado é o Ecoturismo, entendido como atividade turística que utiliza o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações. Nesse contexto, o município de Carolina, Estado do Maranhão, tornou-se parte dos roteiros de Ecoturismo estabelecidos pelo Governo do Estado com o lançamento do Plano Estratégico de Turismo (Plano Maior 2000-2010), tendo como principais atrativos cachoeiras e o Parque Nacional da Chapada das Mesas, criado em 2005 e que alavancou o turismo no município. Diante deste quadro, destaca-se que o município tem sido uma das principais unidades de promoção turística, mas que passa por problemas relacionados ao ordenamento da atividade, que tem acarretado impactos diretos na conservação de ambientes naturais e culturais, além de conflitos entre as diferentes representações envolvidas na atividade. Mediante o exposto o objetivo dessa pesquisa é analisar o uso turístico em Carolina-MA. Outrossim, têm-se como objetivos específicos: compreender em que medida o turismo alterou o território municipal; identificar as concepções e as representações dos envolvidos no turismo, quanto aos elementos necessários na implementação turística e prática do Ecoturismo; Identificar os conflitos existentes decorridos da atividade; e indicar o Limite Aceitável de Câmbio- LAC.  Os resultados revelaram que a apropriação turística esta constituída em um processo sem critérios para ordenamento espacial; conflitos de interesses entre diversos atores envolvidos na atividade; uso intensivo de recursos naturais; ausência de estudos específicos sobre a atividade turística e sua relação com uso do ambiente. 

  • JUSCINALDO GOES ALMEIDA
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    A LUTA NA/PELA TERRA FRENTE À EXPANSÃO DA SOJA NO MUNICÍPIO DE BREJO – MA


  • Orientador : JOSÉ SAMPAIO DE MATTOS JÚNIOR
  • Data: 08/11/2017
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  • Buscou-se nesta pesquisa analisar as formas de mobilização camponesa para a permanência na terra frente à implantação da soja pelos chamados gaúchos no município de Brejo, situado na Microrregião de Chapadinha, leste do Maranhão. O encaminhamento metodológico que norteou a presente investigação foi o método dialético, tendo como procedimentos principais: levantamento e análise de material bibliográfico já produzido sobre a temática e área de estudo, bem como dos conceitos/categorias que fundamentaram o trabalho, a saber: território e conflitualidade; obtenção de informações estatísticas da área plantada e quantidade produzida com soja, mandioca e arroz no período de 1990 a 2015 referente ao estado do Maranhão e à Microrregião de Chapadinha na base de dados SIDRA do IBGE; levantamento das ocorrências de conflitos por terra, projetos de assentamentos rurais e comunidades remanescentes de quilombos certificadas na Microrregião de Chapadinha e, em específico no município de Brejo através do banco de dados da CPT, INCRA e Fundação Cultural Palmares; realização de trabalho de campo em povoados de Brejo e também em instituições do município como o SINTRAF e a Diocese no período de abril a junho de 2017. Foi realizado também pesquisa em órgãos em São Luís, a exemplo da CPT e INCRA. Por meio do estudo em tela constatou-se que as ações de luta pela terra estão relacionadas à mobilização para criação de assentamentos de reforma agrária; o acionamento de identidades étnicas específicas, enquanto remanescentes de quilombos. Enfatiza-se também a luta daqueles autodenominados herdeiros pelo reconhecimento enquanto legítimos donos da terra e a continuidade do ofício de artesão mesmo com a escassez da matéria prima ocasionada pela transformação das chapadas em campos de soja. Entretanto, é importante também levar em consideração a existência de formas mais silenciosas de resistência expressas na manutenção de um modo de vida específico, apesar de todas as adversidades trazidas pela expansão do agronegócio para o território camponês.

     

  • LAÉCIO DA SILVA DUTRA


  • MERCADO PÚBLICO: função, forma e transformação no espaço urbano na região do Itaqui - Bacanga, São Luís (MA).

  • Data: 18/12/2017
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  • O trabalho faz uma análise de como o estudo do mercado é relevante para a ciência geográfica, podendo considerar que essa se preocupa com as questões relacionadas aos elementos do espaço urbano, compreendidas por meio dos centros citadinos, ou em suas áreas periféricas. Com o crescimento acelerado da cidade, essa cada vez mais, apresenta-se recheada de complexidade, atrelada assim a diversos problemas urbanos, que interferem diretamente no modo de vida da sociedade. Diante dessa questão, destaca-se o Mercado Público: função, forma e transformação no espaço urbano, na região do Itaqui - Bacanga, São Luís (MA). Onde teve como objetivo geral analisar os mercados públicos dos bairros de urbanização popular, Anjo da Guarda e Vila Embratel, em seus aspectos sociais e estruturais, assim como suas transformações. O método de abordagem utilizado foi o dialético, pois através desse é possível compreender o espaço citadino, que possui diversas inter-relações, entre sociedade, espaço físico e espaço construído. Os procedimentos metodológicos desenvolvidos foram observações sistemáticas, aplicações de formulários com perguntas semiestruturadas junto aos trabalhadores, check list e análise microbiológica de alimentos no Laboratório de Microbiologia, do Departamento de Tecnologia Química, do Programa de Controle de Qualidade de Alimentos e Água, do PCQA/ UFMA - Universidade Federal do Maranhão. Pode-se considerar como resultados, que o processo de urbanização acelerado impulsionou a formação da área de estudo, agregando populações que passaram a necessitar de elementos de infraestrutura, os mercados públicos, que atualmente, encontram-se em condições infraestruturais e higiênico-sanitárias insalubres; devido às aglomerações e falta de planejamento, formaram-se assim ainda em seus arredores, territorialidades, que junto aos mercados se expandiram, ausentes de políticas públicas direcionadas para melhoria dessas condições urbanas, logo, conclui-se que os mercados públicos em estudo, da região Itaqui-Bacanga, necessitam de  políticas e projetos concretos que viabilizem reestruturação desses.

     

  • MARLON MARCOS PEREIRA DE SOUSA
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    FESTA RELIGIOSA DO CÍRIO DE NAZARÉ: DIFUSÃO DA FÉ E GEOSSIMBOLISMOS NA CIDADE DE SÃO LUÍS (MA) 

  • Data: 21/08/2017
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  • O elo entre espaço e religião fornece material rico à reflexão na Geografia (CORREA, 2002). Desse modo, ao analisarmos a Festa do Círio de Nazaré, podemos observar as possíveis transformações no espaço urbano no Bairro do Cohatrac, na Cidade de São Luís, sabendo que este, como objeto de estudo da geografia cultural, pode ser construído sempre pelo indivíduo, com inúmeras finalidades. Celebrada há mais de dois séculos na Cidade de Belém no Estado do Pará, e a mais de duas décadas na Cidade de São Luís (MA), o Círio representa uma importante festividade religiosa, de raiz portuguesa, que consiste numa celebração católica que reverencia a figura de Maria de Nazaré, considerada a mãe de Jesus Cristo, e em São Luís, vive um momento de grande visibilidade adquirido ao longo dos últimos anos. Mediante o exposto, este trabalho tem como objetivo compreender, baseado em uma abordagem cultural da Geografia, a importância cultural-religiosa da Festa do Círio de Nazaré para a Cidade de São Luís, além de analisar a dimensão espacial dos itinerários simbólicos. O método utilizado foi a Observação Participante, através do contato direto, frequente e prolongado do investigador com os atores sociais, sendo assim o próprio investigador o instrumento de pesquisa, compreendendo a utilização de técnicas de pesquisa essencialmente qualitativas. Assim efetuou-se uma detalhada pesquisa, levantamento e seleção bibliográfica, trabalho de campo, entrevistas abertas e produção de um de diário de campo descrevendo todas as percepções dos momentos. Por fim, com base nas observações realizadas, podemos afirmar que no período festivo, o Bairro do Cohatrac se transforma, a dinâmica urbana ganha uma nova orientação, com intenso fluxo de devotos e visitantes, que se estende durante todo o festejo e adquire força nos itinerários simbólicos, quando se (re) organiza o espaço e se altera o cotidiano urbano, (re) criando formas e (re) funcionalizando-as para atender os fiéis. 

  • RONALDO BARROS SODRE
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    O MARANHÃO AGRÁRIO: dinâmicas e conflitos territoriais

  • Data: 15/09/2017
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  • A complexidade de formas adquiridas pela questão agrária brasileira ao longo do seu percurso histórico, criou expressões contraditórias que dão corpo a conflitualidade no campo, os conflitos agrários são representativos dessa afirmação. Nas relações de poder os conflitos nos/por territórios, resguardam distintas e contraditórias lógicas geradoras de possibilidades para quem nelas estão envolvidas, modificando o espaço geográfico através das dinâmicas territoriais. Os conflitos evidenciam a incapacidade institucional do Estado, ao tempo que mostram também a capacidade dos mais pobres na busca dos seus direitos pela luta que aponta caminhos para a cidadania. Apesar da grande extensão territorial do Brasil e das transformações sociais e econômicas das últimas décadas, os conflitos agrários continuam acentuados, sob a vigência do padrão da propriedade da terra. No Maranhão, Estado com a população mais rural do país, eles envolvem um alto número de famílias camponeses que lutam para voltar/permanecer na terra, mesmo com todas as barreiras impostas pelo capital em diferentes momentos da história. Objetivamos por meio deste trabalho analisar os conflitos socioterritoriais como parte estruturante de elementos que contemplam a questão agrária maranhense no período de 2001 a 2015, buscamos ainda, identificar as regiões potencialmente conflituosas no Maranhão e chamar atenção para o avanço das estruturas conflituosas sobre os territórios camponeses, a partir das novas/velhas relações de trabalho no campo. Para alcançar os objetivos propostos, preliminarmente levantamos, analisamos e discutimos referenciais que discutem território (e seus processos), questão agrária, violência, conflitos agrários, entre outros. Levantamos ainda dados diversos que compõe esse trabalho, bem como confeccionamos mapas, levando em consideração a Cartografia Geográfica Crítica. Como resultados apontamos que os conflitos por são elementos paradoxais da questão agrária brasileira, geradores de desenvolvimento rural e de dinâmicas territoriais. Desde o início do século XXI, o estado do Maranhão quantifica os maiores números de casos de conflitos por terra do país. Embora eles estejam espalhados por todo o Estado, é na região Leste, área de ocupação antiga e de expansão do agronegócio que os conflitos atingem os maiores quantitativos.

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