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ALEXSANDRA MARYLLEN ROGES COSTA FALCÃO
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TERRITORIALIDADES URBANO – RURAIS: Desenvolvimento do Agronegócio e Suas Modificações Socioespaciais em Balsas/MA
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Data: 26/04/2018
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A presente pesquisa de mestrado teve como objetivo investigar as transformações sofridas no território e a inserção à luz do mercado globalizado com aprofundamento no caso específico da produção de soja e suas repercussões socioespaciais na cidade de Balsas/MA. Buscou-se compreender a dinâmica territorial considerando as mudanças ancoradas na tríplice aliança entre capital, o Estado e o mercado, em uma interpretação da realidade pautada na compreensão das diferentes territorialidades produzidas na interface do espaço urbano e rural. As atividades gestadas no interior desses espaços, tornam-se cada vez mais interdependentes de uma razão instrumental que se pensa global. Nesse espectro, como e de que maneira o território se configura rebate nas necessidades de uma demanda externa, aos lugares que através do capital empregado modifica as relações entre o campo e a cidade e o modo como o poder no território é compreendido. Destacamos que para a sua realização percorremos o caminho metodológico centrado no método dialético, com abordagem qualitativa, privilegiando procedimentos como à realização das técnicas de entrevista semiestruturada. Para tal, utilizou-se como referencial teórico, diferentes vertentes no que se compreende por território, abordando autores como Costa (2002, 2004); Saquet (2007); Elias (2003, 2006), Gonçalves (2002, 2004, 2006,) que contribuíram na percepção de como o território se modifica ao longo do tempo histórico. Mas, a pesquisa em questão fia-se nos conceitos empregado por Souza (1995, 2001, 2013) que trabalha a noção de território e desterritorialização pela via do poder. Notou-se ainda, que na região analisada a difusão do agronegócio, a ação institucional, a evolução da ciência e tecnologia associadas ao fluxo migratório foram determinantes para a expansão da cadeia produtiva da soja. O que impactou de sobremaneira na sociedade e economia da cidade, com o crescimento da área plantada com soja no Sul do Maranhão, verifica-se um crescimento do mercado de trabalho formal, bem como o do setor de comércio e serviços. Notou-se ainda que, o agronegócio se processa de forma conservadora e excludente, ainda que a soja tenha avançado, negando as territorialidades camponesas, a reprodução social se faz presente, em um cenário local que permite analisar as relações contraditórias em seu bojo.
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CARLOS DAVID VEIGA FRANÇA
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RISCOS DE INCÊNDIOS: DIAGNÓSTICO DO MUNICÍPIO SÃO JOSÉ DE RIBAMAR – MA
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Data: 20/12/2018
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O incêndio representa uma ameaça real e crescente à vida das pessoas e uma de suas causas estão ligadas a precariedade dos serviços públicos, desencadeando uma série de problemáticas sociais que estão relacionados com situações de perigos. O hidrante urbano é considerado um dos principais mecanismos na redução da vulnerabilidade das áreas sujeitas aos desastres provocados pelos incêndios. Nesse contexto, destaca-se que a produção e reprodução da região da Grande São Luís – MA foi acompanhada de riscos, danos humanos, materiais e ambientais, dentre outros; resultado do crescimento desordenado dos espaços urbanos que compõem a ilha. Nesta seara da sociedade de risco, insere-se o município de São José de Ribamar, no qual as intervenções antrópicas na organização do espaço geográfico evidenciam a produção de riscos e situações de vulnerabilidades à incêndio. Sendo assim, a presente pesquisa analisa o risco de incêndios urbanos no Munícipio de São José de Ribamar com base nos registros do período de 2015 por meio de técnicas de geoprocessamento e análise espacial. Para tanto, buscou-se identificar os tipos, locais e incidência das ocorrências, diagnosticar as vulnerabilidades das medidas urbanísticas contra incêndio, além de mapear as áreas de riscos e os locais de ocorrências de incêndios. Para o alcance dos objetivos propostos, a presente pesquisa apresenta natureza exploratória com abordagem quanti-qualitativa, pois priorizou apontar numericamente o local, a frequência e a intensidade dos atendimentos do socorro especializado em um determinado espaço geográfico. Os dados obtidos compreenderam o recorte temporal de janeiro de 2015 - dezembro de 2015, por meio, do extrato diário de atendimento da 1ª CIBM que enfoca ocorrências válidas por tipo e local de atendimento quantificando 293 atendimentos. Levantados os dados e tabulados no programa Excel foram elaboradas as estatísticas descritivas e confeccionado os mapas temáticos, em destaque, os mapas de ocorrências, área de atuação de hidrantes e risco de incêndio com o auxílio da ferramenta QGIS para representações cartográficas dos eventos levantados. Com base nos resultados, ficou evidente que durante o período de análise das ocorrências foi caracterizado sinistros de incêndios em 39 bairros do município de São José de Ribamar (MA), que por sua vez foram acometidos, no mínimo, por uma das cinco categorias de incêndio (vegetação, lixo, vazamento de GLP, residência e veículo), com o agravante de tais eventos se materializarem em bairros de elevado adensamento populacional e distantes dos recursos de prevenção e combate ao incêndio. Além disso, a área de cobertura dos hidrantes urbanos para este munícipio apresenta doze pontos de tomada d’água, sendo que apenas dois destes estão em situação de operacionalidade.
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CRISTIANE MOUZINHO COSTA
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Risco de inundações no alto curso da bacia hidrográfica do rio Anil, São Luís - Maranhão
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Data: 31/10/2018
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O risco de inundação tem sido uma temática amplamente estudada e debatida pelos diferentes ramos da ciência pela afetação de pessoas e bens e consequente impacto nas atividades econômicas, nas comunicações e na vivência social das populações atingidas. As inundações caracterizam-se como os mais impactantes desastres de maior ocorrência no mundo. O município de São Luís, capital do estado do Maranhão, há mais de três décadas apresenta desastres relacionados à inundações que aumentam tanto em frequência, quanto intensidade. Assim, no presente trabalho, estudou-se o risco de inundações no alto curso da bacia hidrográfica do rio Anil, situado no município de São Luís, na porção centro noroeste da Ilha do Maranhão. Objetivou-se analisar o risco de inundações da área a partir do perigo estimado de inundação e da vulnerabilidade da área de estudo. Para isto, utilizou-se como unidade de análise os setores censitários da área em questão. Utilizou-se como procedimentos metodológicos para o alcance dos objetivos: a pesquisa cartográfica; pesquisa em jornais; organização do ambiente de trabalho; caracterização dos aspectos geoambientais da área de estudo; realização de trabalhos de campo; realização de entrevistas; adaptação dos mapas de localização, drenagem, relevo e formas de terreno, hipsometria, e clinografia; e elaboração dos mapas de conflitos de uso da terra,manchas de inundação, perigo, índices de vulnerabilidade, vulnerabilidade, risco; e análise do coeficiente de determinação R². Através da presente metodologia, obtiveram-se como resultados sete manchas de inundação mapeadas ao longo da pesquisa e o perigo estimado de inundação a partir da cota de inundação de 30m, obtida através do mapeamento das manchas de inundação e trabalhos de campo. Além disso, obteve-se o índice de vulnerabilidade da área de estudo através das variáveis censitárias relacionadas a características socioeconômicas, que agrupadas geraram sete variáveis de vulnerabilidade. Após isto, considerando que o risco é uma função do perigo e da vulnerabilidade, obteve-se o índice de risco de inundação do alto curso da bacia hidrográfica do rio Anil por setores censitários, sendo o risco classificado em: muito alto, alto, médio e baixo/nulo. E como forma de analisar em que proporções as variáveis independentes explicam as variáveis dependentes aplicou-se o coeficiente de determinação R² entre as variáveis perigo e risco, vulnerabilidade e risco, e perigo e vulnerabilidade, no qual foram gerados três gráficos de dispersão. Desta forma, conclui-se que os setores que apresentaram risco muito alto não obrigatoriamente mostraram valores de vulnerabilidade muito alta, mas todos os setores censitários com risco muito alto apresentaram perigo muito alto, isso se explica, pois o perigo possui maior coeficiente de determinação no risco do que a vulnerabilidade. Além disto, a área de inundação não alcança todos os setores censitários, desta maneira, áreas com muito alta vulnerabilidade, mas com perigo nulo, não apresentaram risco de inundação. Entretanto, a partir da classificação da vulnerabilidade, pode-se identificar os setores censitários prioritários, que são de suma importância para gestão municipal e estadual, tendo em vista subsidiar políticas públicas para essas populações.
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DANILLO JOSÉ SALAZAR SERRA
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O POTENCIAL TURÍSTICO DO BOQUEIRÃO EM ICATU-MA: DINÂMICAS DA NATUREZA E COMUNIDADE
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Data: 09/05/2018
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A dissertação tem como tema o desenvolvimento do turismo comunitário no povoado quilombola do Boqueirão em Icatu-MA, localizado na Mesorregião Geográfica do Norte Maranhense/Microrregião Geográfica de Rosário. O turismo é um setor em expansão que dinamiza as atividades nas localidades onde se insere, causando impactos sociais, econômicos e ambientais em diferentes escalas. O turismo comunitário visa minimizá-los ao buscar um ambiente ecologicamente equilibrado com a inserção das comunidades receptoras dos fluxos no processo de gestão da atividade. Atualmente, Icatu encontra-se entre os oitenta municípios menos desenvolvidos no Maranhão (IMESC,2014), apesar de possuir potencialidades propícias ao turismo comunitário que podem contribuir na modificação desse cenário. A pesquisa direciona-se a compreensão dos impactos do turismo convencional e as relações sociais existentes no povoado. Optou-se pelo método dialético pois possibilita analisar os conflitos de uso do território e a compreensão do homem sob a perspectiva processual. Foram utilizados o estudo de Capacidade de Carga Turística (CCT) de Cifuentes (1992) e o Manejo de Impactos da Visitação (MIV) do ICMBio (2011) como ferramentas de gestão do território turístico. Como técnica de pesquisa, foram aplicados trinta formulários e vinte e uma entrevistas semi estruturadas com moradores e visitantes e assim perceber as visões dos agentes envolvidos. Para Creswell (2010), a pesquisa é de caráter exploratório e classifica-se como quanti qualitativa, tendo em vista os caminhos adotados. Constatou-se que 90% dos moradores entrevistados acreditam que o turismo pode gerar renda à comunidade, formada por 63 famílias. Os impactos do turismo convencional no povoado crescem de forma exponencial, todavia a comunidade busca alternativas de gestão para minimizá-los como: sinalização, iniciativas de reflorestamento, construção de banheiros coletivos para atender a demanda turística, entre outras. Com o estudo de CCT e do MIV foi possível estabelecer parâmetros de gestão turística como o número de visitantes diários para as condições atuais do atrativo que é de 125, mas que pode subir para 1.050 com as intervenções propostas como exemplo: construção de pontes suspensas e desvio do acesso ao atrativo. Com a gestão, a comunidade poder arrecadar o valor inicial de R$ 42.000 por mês ao se considerar apenas os finais de semana com uso máximo. Ressalta-se que os valores arrecadados pela comunidade com o turismo atualmente servem para melhorias no atrativo, construção da sede da associação de moradores e da igreja comunitária. Conclui-se que os resultados apresentados à comunidade e debatidas em assembleias fornecem diretrizes para a gestão eficiente do turismo, resultando em intervenções no território.
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EDILANA WASNEY VIEIRA
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TURISMO E USO DO TERRITÓRIO NO POLO MUNIM, MARANHÃO: Dinâmicas e perspectivas socioespaciais.
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Data: 01/03/2018
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Visando estabelecer o desenvolvimento da atividade turística, o governo do Estado do Maranhão, lançou em 2010 a segunda versão do Plano de Desenvolvimento do Turismo do Maranhão (Plano Maior 2010-2020), que propõe promover o turismo essa unidade da Federação de acordo com características e potencialidades municipais agrupadas em forma de polos turísticos. Nesse contexto, insere-se o Polo Munim que é integrado por seis municípios (Axixá, Cachoeira Grande, Presidente Juscelino, Icatu, Morros e Rosário), cuja referência principal é o rio Munim. O objetivo dessa pesquisa é analisar a dinâmica de uso e ocupação do Polo Munim no período de 2010 a 2017, fornecendo subsídios para ações de manejo territorial. Buscamos ainda identificar os usos do território turístico nos municípios pertencentes ao referido Polo; compreender planos, programas e políticas públicas voltadas pra o desenvolvimento do turismo no Polo Munim; analisar os principais conflitos dos territórios turísticos pertinentes ao Polo. Para alcançar os objetivos propostos, usou-se da dialética, que permitiu uma interpretação dinâmica e totalizante da realidade considerando que os fatos sociais só podem ser entendidos a partir de contextos políticos, econômicos, culturais, etc. Para tanto, os procedimentos metodológicos adotados foram: levantamento bibliográfico e cartográfico; levantamento documental; trabalho em campo; Entrevistas abertas; seleção, análise e interpretação dos dados. Os resultados apontaram que a regionalização proposta pelo Plano Maior adquire uma falsa preocupação desenvolvimentista, pois o turismo é praticado nos municípios sem planejamento por parte dos gestores estaduais, municipais e sociedade civil. O que é proposto pelo Plano Maior, continua algo somente descrito em documentos oficiais, de caráter retórico uma vez que, na prática, a visitação ocorre de maneira espontânea e pouco estruturada, pouco inclusiva no sentido de possibilitar a participação das comunidades, o que é reflexo de um modelo de turismo que possui baixo efeito multiplicador econômico e social.
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GILBERLENE SERRA LISBOA
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PROCESSOS EROSIVOS POR VOÇOROCAMENTO EM LINHA DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA NO MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS-MA
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Data: 11/09/2018
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A pesquisa tem como objetivo analisar os processos de erosão por voçorocamento na linha de transmissão de energia, da área de influência indireta da LT (linha de transmissão) 230 kV no município de São Luís- MA. Os procedimentos metodológicos constaram de: levantamento bibliográfico; atividade de campo; elaboração dos mapas temáticos; análise no laboratório; mensuração das taxas de infiltração. A metodologia usada para as análises dos atributos foram as seguintes: o manual de descrição de solo de Lemos; Santos (2015) e Oliveira (2011), para as seguintes características: cor, textura, estrutura (forma e tamanho), consistência e pegajosidade. Os atributos físicos dos solos coletados nos voçorocamentos foram realizadas considerando as seguintes propriedades: densidade aparente do solo, densidade de partículas , porosidade total, granulometria, conforme manual de análise de solos da EMBRAPA (2011) e o método do balão volumétrico segundo Blake; Hartge (1986) e Bowes (1986), os atributos químicos pH e matéria orgânica EMBRAPA (2017). Os teste de infiltração decorreram de acordo com os procedimentos apresentados por Hills (1970) e a proposta de Guerra (2011). Na Linha de transmissão identificou-se diferentes feições erosivas como as voçorocas Torres 1 , Torres 2, Sacavém, BR 1 e BR 2. A origem e desenvolvimento destes processos estão ligados a implantação das torres de energia elétrica, aos fatores controladores da erosão, como a erodibilidade, erosividade, cobertura vegetal, uso e manejo do solo e declividade. Os atributos morfológicos predominantes nas erosões foram : cores do solo amarelo avermelhado e vermelho; textura entre média, arenosa e argilosa; formas subangulares e tamanhos variando pequena e média; consistência do solo em sua maioria são macia, muito friável, ligeiramente plástica, ligeiramente pegajosa. Nestes processos erosivos os atributos físicos como a densidade aparente do solo variou entre 1,28 a 1,96 g/cm³ sendo na voçoroca BR 1, a densidade de partículas variou entre os limites 2,35 g/cm3 na voçoroca Torres 1 a 3,33 g/cm³ na mesma voçoroca. Em relação à porosidade, o menor valor é de 26% encontrada na voçoroca BR 1 e o maior valor foi encontrado na voçoroca Torres 1 (ponto 2) de 52,25%, a granulometria com frações areia e texturas variando de franco arenosa, franco siltosa e areia franca. As taxas de infiltração nas feições erosivas mostraram resultados significativos nas voçorocas Sacavém, BR 1 e BR 2,onde as taxas de infiltração da água no solo é mais acelerada A ocorrência das incisões está ligada às torres de energia elétrica da linha de transmissão e ocupações irregulares ao longo da faixa de servidão , bem como as características geoambientais da área em questão.
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GUSTAVO ALEXSANDRO RODRIGUES RAPOSO
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CARACTERIZAÇÃO DE PROCESSOS EROSIVOS MARINHOS E SUBAÉREOS NAS FALÉSIAS DE PANAQUATIRA E OLHO D’ÁGUA, ILHA DO MARANHÃO/MA
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Data: 05/12/2018
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Os ambientes costeiros em sua totalidade, possuem uma dinamicidade e capacidade de fluxos de troca de matéria e energia que podem rapidamente alterar as características paisagísticas de um local em um curto intervalo de tempo. O estudo de processos erosivos costeiros, tem como uma das finalidades subsidiar informações principalmente ao que tange a ocupação humana nas zonas costeiras. As falésias ativas são feições que são importantes fontes de sedimentos para o prisma praial e tem sua atividade erosiva associada principalmente ao poder abrasivo do ataque das ondas. Entretanto, não somente da abrasão marinha estabelece-se a erosão em falésias e os processos subaéreos exercem um papel determinante na dinâmica erosiva. Levando em consideração que as falésias monitoradas durante a realização da pesquisa estão situadas na ilha do Maranhão, com dinâmica pluviométrica irregular (chuvas concentradas no primeiro semestre) a erosão via intemperismo é mais acentuada durante os primeiros meses do ano. Durante a pesquisa, buscou-se realizar procedimentos a fim de elucidar melhor os processos erosivos atuantes nas falésias. Esses procedimentos consistiram no levantamento topográfico, bem como monitoramento por pinas de erosão a fim de estabelecer a quantidade em volume de sedimento erodido e análise granulométrica do prisma praial e da face da falésia
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JONAS JANSEN MENDES
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DINÂMICA DA PAISAGEM NA BACIA DO RIO AURÁ: UM ESTUDO A PARTIR DO MODELO GTP
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Data: 22/08/2018
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A pesquisa investiga a dinâmica da paisagem da bacia hidrográfica do rio Aurá, no estado do Maranhão, utilizando como abordagem o modelo GTP (Geossistema-Território-Paisagem) que é complexo e com diversidade, requerendo três entradas, a naturalista, a socioeconômica e a sociocultural que se relacionam na construção do espaço geográfico integrado, na tentativa de aproximar sociedade e natureza, buscando um manejo sustentável do ambiente. A bacia do rio Aurá tem uma área 1.184,59 km² pertence à região do Atlântico Nordeste Ocidental, sendo de relevância para a recreação, navegação e produção de pescado na região. Os procedimentos metodológicos da pesquisa foram a partir de pesquisas bibliográficas, cartográficas e atividades de campo, sendo possível realizar conversas informais com os produtores rurais e pescadores na região, a fim de compreender as territorialidades e tensões que emanam na área em estudo, já como instrumentos de pesquisa, aplicou-se questionários aos integrantes das prefeituras municipais que contribuíram na formulação do índice de gestão ambiental municipal (IGAM) e entrevistas com os moradores-chaves para investigação da problemática. Os resultados revelaram que a área se caracteriza como uma ampla planície com declividade plana a suavemente ondulada, destacando fortes ondulações das colinas na porção nordeste do divisor de água do curso inferior da bacia que são constituídas pelos sedimentos arenosos do Grupo Barreiras. As condições geológicas, decorrentes da predominância da Formação Itapecuru e substrato hidrogeológico com fraco a médio potencial para o abastecimento público, relacionado ao comportamento hidrológico dos rios, de caráter intermitente, principalmente no período de estiagem, intensificando o problema hídrico na bacia em estudo. A dinâmica territorial ocorre pela exploração dos recursos naturais e está estreitamente relacionada aos períodos de cheias. O processo de barramentos contribui para a redução da lâmina d’água, afetando diretamente a economia dos municípios do médio e baixo curso. Na análise sobre a paisagem concluiu-se que o campo é o elemento presente na memória coletiva, que as intervenções desenvolvimentistas trouxeram impactos socioeconômicos no modo de vida da população e são gatilhos para as tensões territoriais. O conhecimento desses imperativos naturais, somados às condições socioeconômicas dos municípios construídas ao longo de séculos de história, constituem elementos indispensáveis à governança municipal e a busca por transformações na conjuntura regional de pobreza na Baixada Maranhense, melhorando a qualidade de vida e a conservação da natureza.
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KADJA RÉGIA SILVA LIMA
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ASPECTOS HIDROGEOMORFOLÓGICOS E SOCIOAMBIENTAIS DA LAGOA DO BACURI NO LESTE MARANHENSE
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Data: 31/01/2018
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As análises dos atributos hidrogeomorfológicos são fundamentais para o entendimento sobre a dinâmica dos ambientes fluviais e lacustres. A bacia hidrográfica, em sua estrutura sistêmica proporciona as alterações morfológicas de sua área, uma vez que os rios modelam a superfície terrestre, a partir de sua rede de drenagem pela ocorrência dos processos de erosão, transporte e deposição de materiais. A lagoa do Bacuri, situada no setor Nordeste do Estado do Maranhão, teve sua origem a partir do barramento do rio Buriti pelos sedimentos depositados em sua foz pelo rio Parnaíba. A presente pesquisa teve por objetivo analisar os aspectos hidrogeomorfológicos e socioambientais da Lagoa do Bacuri e seu entorno, situados no território dos municípios de São Bernardo e Magalhães de Almeida. Portanto, foram caracterizados os principais aspectos naturais e antrópicos responsáveis pelas alterações desse ambiente lacustre com a elaboração do mapa de uso e ocupação do solo no entorno da área em estudo, avaliando o nível e os tipos de poluentes existentes nesse corpo hídrico, por meio de coleta e análise bioquímica, físico-química e orgânica de amostras coletadas na Lagoa do Bacuri, afim de identificar as mudanças de uso e os possíveis impactos ambientais decorrentes das novas atividades produtivas desenvolvidas na área em questão. Com o intuito de alcançar os objetivos propostos foram adotados, ainda os seguintes procedimentos metodológicos: delimitação da Bacia do Rio Buriti, onde localiza-se a citada lagoa, utilizando imagens Shurttler Radar Topographic Mission (SRTM); elaboração da carta de uso e cobertura de terra dos anos de 2000, 2009 e 2016, com utilização de imagens de satélite Landsat (resolução 5 m) utilizando técnicas de geoprocessamento; atividades de campo com aplicação de entrevistas e registros fotográficos; análise laboratorial especializada em contaminação por agrotóxicos nas águas da lagoa considerando os parâmetros da Resolução CONAMA357/05. Os resultados indicam os aspectos econômicos e sociais das comunidades por meio de gráficos e tabulações, o crescente avanço da sojicultora e agricultura familiar em direção as margens da lagoa resultando no deslocamento da pecuária extensiva para os locais com matas ciliares que caracterizam Áreas de Preservação Permanentes (APP’s) caracterizando crime ambiental que terminam resultando na alteração da paisagem local, na própria modificação das atividades tradicionais, tendo por consequência os mais diferentes desequilíbrios nesse ambiente os quais serão apresentados neste trabalho científico.
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KARLLA FABIANNA LIMA SANTOS
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DO DELTA AOS PEQUENOS LENÇÓIS: a produção e consumo do espaço turístico em Tutóia (Maranhão)
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Data: 14/12/2018
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O turismo é uma das atividades que possui a capacidade de materializar o processo de produção do espaço, assim como propicia que o aumento da receita do Estado seja possível a partir da prática social do turismo. Por esse motivo, intervenções públicas e privadas planejadas (ou não) acontecem no sentido de transformar o espaço em territórios turísticos; nesse contexto se insere o município de Tutóia, localizado no Litoral Oriental do Maranhão, que com a elaboração do Plano de Desenvolvimento Integral do Turismo no Maranhão- Plano Maior (MARANHÃO, 2000) foi incluído no Polo Turístico Delta das Américas, junto com os municípios de Paulino Neves, Água Doce do Maranhão e Araioses. O objetivo dessa dissertação é analisar a produção e consumo dos espaços turístico, a partir dos principais instrumentos de políticas públicas do turismo, bem como analisar a própria dinâmica espacial do município de Tutóia. O uso do método dialético permitiu chegar a uma identificação e posteriormente a um entendimento sobre os conflitos e contradições que são oriundos do processo do desenvolvimento turístico. Para tanto, o caminho metodológico percorrido envolveu: 1) levantamento bibliográfico, documental e cartográfico; 2) entrevistas estruturadas e abertas com os agentes de produção do espaço turístico: o trade turístico de Tutóia, o turista, a comunidade, e os gestores públicos de turismo; 3) coleta de pontos geográficos para a produção de mapas temáticos; 4) trabalho de campo para a realização de visitas técnicas, aquisição de material documental e registro fotográfico; 5) diálogos com agentes sociais diretamente envolvidos com o turismo. Os resultados apontaram que, apesar da grande potencialidade do lugar e o fato dos operadores estarem ampliando significativamente os equipamentos e serviços, a gestão municipal encontra- se desalinhada com o trade turístico, e essa por sua vez ainda não prioriza o desenvolvimento do turismo, o que gera muito conflito entre esses dois agentes. A finalização dessa dissertação revelou um cenário não favorável à produção e ao consumo do espaço turístico em Tutóia, partindo da conjectura que a ineficiência e ausência do poder público municipal concorre para a exclusão do município do Mapa Turístico Brasileiro 2019, fato que constitui um retrocesso a uma unidade subnacional que vem ganhando visibilidade a partir de referências como a “Rota das Emoções” e a inclusão do Polo Turístico Delta das Américas na promoção e divulgação do turismo do Estado do Maranhão.
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LILIAN DANIELE PANTOJA GONÇALVES
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ALTERAÇÕES SOCIOAMBIENTAIS PROVOCADAS PELA EXPLORAÇÃO MINERAL NO GARIMPO DE CAXIAS, MUNICÍPIO DE LUÍS DOMINGUES – MA
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Data: 22/01/2018
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Este estudo investiga as alterações ambientais e sociais em área de extração de ouro- Garimpo de Caxias-município de Luís Domingues - MA. A descoberta de ouro na porção norte do Estado do Maranhão, na região localizada entre os rios Gurupi e Maracaçumé, remonta ao ano de 1624, com os primeiros aventureiros europeus em território maranhense. Sendo até hoje considerada um grande potencial de recurso mineral, neste caso, o ouro. A área de estudo dá-se no garimpo de Caxias, que está localizado a 8 km da sede do município de Luís Domingues - MA, na porção Noroeste do Estado. A potencialidade aurífera da área foi identificada em 1934, mas somente em 1980 ocorreu período de maior exploração. Segundo Ramos (2005), a interferência do homem na natureza com a finalidade de exploração dos recursos naturais gera problemas ambientais, onde o solo e a água são os primeiros recursos afetados. Essas áreas podem ser inutilizadas caso haja teores de elementos-traço acima do estipulado pelas legislações em vigor, sendo que esses podem permanecer no ambiente por um longo período. O estudo apoia-se em autores renomados que tratam sobre a temática. Quanto ao arcabouço metodológico está centrado na metodologia sistêmica, conforme proposto por Bertrand, o qual entende o geossistema como uma estrutura dinâmica resultante da interação entre o potencial ecológico, a exploração biológica e a ação antrópica, sendo que todos esses componentes se inter-relacionam e influenciam o funcionamento do geossistemas. Os objetivos do estudo consistem na identificação da concentração de mercúrio nos corpos líquidos das superfícies dos lagos do garimpo e teor do metal mercúrio em água do poço comunitário, o que diante dos primeiros resultados obtidos já apresentou considerável teor do elemento químico nos corpos líquidos. Para a identificação das características, fragilidades e desencadeamento de processos erosivos do solo, ocorrerá a análise morfológica de solos, densidade, porosidade solo e análise granulométrica. Com relação ao entendimento dos aspectos sociais e percepção ambiental da comunidade, investigou-se através da aplicação de entrevistas semi-estruturadas alcançando líderes da comunidade, garimpeiros e Presidente da Cooperativa de garimpeiros do Município de Luís Domingues - MA. Portanto, é na perspectiva de totalidade que entende-se a importância desta pesquisa, visando compreender como a atividade de exploração mineral tem se manifestado aos elementos da natureza a partir de toda essa dinâmica gerada e suas inter-relações com os aspectos socioambientais.
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MARINALVA COSTA
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ESTIAGEM E SECA NA PORÇÃO SUL DO MUNICÍPIO DE BEQUIMÃO-M E SUA RELAÇÃO COM A CONSTRUÇÃO DE BARRAGENS NO RIO AURÁ
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Data: 01/02/2018
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Esta pesquisa analisou os fenômenos da estiagem e seca na porção sul do município de Bequimão-MA e sua relação com a construção de barramentos na bacia hidrográfica do rio Aurá. Para subsidiar a análise, foi fundamental caracterizar os aspectos geoambientais do referido município e, por conseguinte da área estudada, identificar a ocorrência dos referidos fenômenos e suas causas geradoras e, detectar as principais mudanças na paisagem dos campos inundáveis, associadas à ocorrência das estiagens e secas. Esse município localiza-se na Mesorregião Norte e Microrregião do Litoral Ocidental Maranhense, estando inserido nas regiões hidrográficas do Atlântico Nordeste Ocidental e do Rio Pericumã. Pertence a duas Unidades de Conservação, sendo elas: Áreas de Proteção Ambiental das Reentrâncias Maranhenses e da Baixada Maranhense e à Convenção sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional (Convenção de Ramsar). A área estudada tem influência dos rios do Jacioca, da Mata e do Mojó - afluentes do rio Aurá, fazendo limites com municípios da Baixada Maranhense.Dados oficiais da Agência Nacional de Águas (ANA), através do Monitor de Secas do Nordeste Brasileiro, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), Centro de Estudos e Pesquisas em Engenharia e Defesa Civil (CEPED), vêm indicando Bequimão como um dos municípios do estado do Maranhão que apresenta o fenômeno da seca. Além dos dados oficiais, a população que reside no entorno dos campos inundáveis afirma que essa área “vem secando” muito rápido, fato que outrora não ocorria. Conceitualmente, os fenômenos das estiagens e secas apresentam distintos entendimentos. Para Castro (2003); Pires, Silva e Mendes (2010); Leivas (2014); Magalhães (2016), tais fenômenos se constituem em uma ocorrência natural e se diferenciam porque, as secas, do ponto de vista meteorológico, são resultantes de um período prolongado de estiagem, resultantes de índices de precipitação pluviométricas abaixo da média e taxas de evaporação elevadas, e que provoca uma redução sustentada das reservas hídricas existentes, resultando em escassez de água. As estiagens ocorrem com maior frequência do que a seca, porém ambas produzem reflexos sobre as reservas hidrológicas e resultam em distintos prejuízos para o setor produtivo e a biodiversidade das áreas atingidas. Os pressupostos da Abordagem Geossistêmica juntamente com os métodos qualitativo e quantitativo possibilitaram a análise ora realizada. Igualmente, a Paisagem enquanto categoria de análise da Geografia foi importante para a análise e interpretação das alterações ambientais observadas na área estudada. Os resultados alcançados conduzem para a aceitação de ocorrência de períodos prolongados de estiagens, os quais se caracterizam em distintas tipologias de secas, sobretudo nos anos 2007, 2010, 2012 a 2015, anos em que as chuvas ficaram abaixo da média anual (Normais Climatológicas do Brasil 1961-1990) para a região e, as temperaturas apresentaram índices elevados (média 27 a 30,89 oC). A ocorrência de tais fenômenos tem relação com as variações de padrões de Temperatura da Superfície do Mar (TSM) sobre os oceanos tropicais, os quais afetam a posição e a intensidade da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) sobre o Oceano Atlântico, assim como às anomalias de temperatura observadas no Oceano Pacífico, que resultam em anos com La Niña e/ou El Niño. As principais mudanças observadas nas paisagens da área estudada e adjacências são significativas, sobretudo resultantes da intervenção humana, a exemplo da inserção de retiros, construção de cercas e cultivos de pastagens nativas em áreas de matas ciliares, além de inúmeros açudes e barramentos na área dos campos inundáveis, dentre outras. O tema ora abordado demanda estudos complementares, subsidiado por monitoramento e avaliação de outros índices, para que se compreenda especificamente a ocorrências da estiagem e/ou seca na área estuda
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MARLY SILVA DE MORAIS
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IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS CAUSADOS POR PROCESSOS EROSIVOS EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: O CASO DO PARQUE ESTADUAL DO BACANGA, SÃO LUÍS - MA
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Data: 10/09/2018
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A pesquisa teve como finalidade analisar os impactos socioambientais causados por processos erosivos no Parque Estadual do Bacanga, localizado no município de São Luís. Assim, Fez-se necessário o uso de ferramentas como a matriz de impacto socioambiental adaptada (SÁNCHEZ, 2013), entrevistas e o mapeamento da vulnerabilidade ambiental, considerando os meios morfodinâmicos instáveis, vulneráveis aos processos erosivos a partir da proposta de (TRICART, 1977), (ROSS, 1990 e 1994) e (CREPANI et al, 1996; TAGLIANI, 2003 e 2009). Os procedimentos metodológicos adotados constam de três etapas, descrita a seguir: A primeira refere-se à abordagem indireta através do levantamento bibliográfico e cartográfico; a segunda refere-se à abordagem direta que foi realizada através dos trabalhos de campo; e a 3ª o trabalho de gabinete, envolvendo as análises em laboratório, análise da matriz de impacto socioambiental, transcrição das entrevistas e os mapeamentos temáticos como a declividade, hipsometria, solos, propriedades físicas (densidade do solo, partículas e porosidade), índices pluviométricos, uso e cobertura da terra, resultando no mapa de vulnerabilidade ambiental do Parque Estadual do Bacanga, por meio do geoprocessamento utilizando o software Arcgis 10.2. Os resultados demonstram uma grande relação entre as classes de declividade, os tipos de solos e suas propriedades físicas além de chuvas concentradas indicando a intensidade da ação dos agentes geomorfológicos, pedogenéticos e manejo do solo na estruturação do ambiente em estudo. O mapa de uso e cobertura da terra constituiu um parâmetro relevante na pesquisa, demostrando que a Unidade de Conservação em questão, vem sofrendo várias formas de impactos socioambientais, devido à urbanização que atualmente chega a 73,40hab/km² causando prejuízos ao ambiente. No mapa de vulnerabilidade ambiental, a vulnerabilidade média representa 33,11% da área total do parque, seguida das vulnerabilidades forte 27,21% e muito baixa ou nula 13,66%. As classes de menores representatividade, são as vulnerabilidades baixa e muito forte, que chegaram a 13,06% e 12,96% respectivamente.
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PAULA RAMOS DE SOUSA
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ANÁLISE DE ÁREAS DEGRADADAS POR PROCESSOS EROSIVOS NO BAIXO CURSO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ANIL, ILHA DO MARANHÃO.
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Data: 22/10/2018
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A erosão dos solos é um dos principais tipos de degradação de terras, tanto em áreas rurais como urbanas. É um processo que está intimamente relacionado às características do próprio ambiente natural, porém tem sido intensificado através das atividades humanas. A bacia hidrográfica do rio Anil é amplamente urbanizada apresentando atributos naturais que contribuem para a degradação do solo desta área. Está localizada no quadrante noroeste da Ilha do Maranhão, totalmente inserida nos limites do município de São Luís, possuindo aproximadamente 13,8 km de extensão. A área objeto de estudo faz parte desta bacia e se concentra no seu baixo curso com uma área de 23,26 km2. A pesquisa consistiu em analisar os processos erosivos lineares e os fatores que contribuem para a degradação do solo no baixo curso da bacia hidrográfica do rio Anil em São Luís - MA. Os procedimentos utilizados consistiram em pesquisa de campo para levantamento de informações, coleta de amostras de solo do tipo volumétricas e deformadas; análise laboratorial das propriedades físicas dos solos que envolveram produção de dados sobre a textura, densidade do solo, densidade de partículas e porosidade total das amostras coletadas; elaboração de mapas temáticos por meio de técnicas de geoprocessamento. Todos esses instrumentos de pesquisa foram fundamentais na avaliação dos parâmetros de erodibilidade, considerando que na Ilha do Maranhão os solos são altamente friáveis e inconsolidados, indicando a tendência de uma fragilidade natural. Os resultados mostraram que a área apresenta geologicamente uma predominância do Grupo Itapecuru e áreas de mangue. A elaboração do esboço simplificado das classes de solos em conjunto com a análise de aspectos geomorfológicos e descrição morfológica da área contribuiu para a caracterização dos solos e indicou a ocorrência dos Neossolos Quartzarênicos e Latossolos nos pontos de coleta. A análise granulométrica revelou uma quantidade elevada da fração areia total e predomínio de textura arenosa; quanto à densidade do solo e de partículas verificou-se alto grau de compactação dos solos e reduzidos percentuais de porosidade total devido à baixa cobertura vegetal; os testes de infiltração revelaram um regime estacionário dos fluxos de infiltração da água no solo o que contribui para o escoamento superficial. As feições erosivas ocorrem predominantemente em áreas de colinas esparsas, vertentes retilíneas, solos de textura arenosa e nas classes de declividades que configuram uma tipologia de relevo que variam de plano a ondulado. O avanço do desmatamento tem contribuído para exposição do solo e aceleração dos processos erosivos lineares. Considera-se, portanto que os estudos com abordagens ambientais urbanas principalmente no que se refere ao uso e ocupação do solo e os impactos decorrentes destas ações sem planejamento adequado são essenciais para a gestão de áreas degradadas.
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SUELLEN CRISTINA DOS SANTOS APOLIANO PACHECO
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PRODUÇÃO DE HABITAÇÃO POPULAR POR AUTOGESTÃO E INICIATIVA PRIVADA COMO ESPAÇO DE SUJEITOS SOCIAIS NA ILHA DO MARANHÃO
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Data: 15/12/2018
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Esta pesquisa pretende analisa a dinâmica de produção do espaço urbano com foco para habitação de interesse social, através da autogestão e iniciativa privada na provisão de moradias populares para as famílias de baixa renda na Ilha do Maranhão. Historicamente, um dos principais problemas sociais e urbanos presentes no Brasil está relacionado à questão da habitação, tendo em vista que um dos fatores apontados como grande entrave para o acesso à moradia no país diz respeito ao pouco crédito ofertado às famílias de baixo rendimento econômico. Entretanto, a população sempre criou alternativas de acesso a ela suprindo a necessidade de garantir a sobrevivência, em virtude da precária atuação do Estado em promover meios para a aquisição da casa própria. Pretende-se discutir as políticas habitacionais implantadas pelo Estado em atendimento à população de menor renda e as contradições existentes na produção capitalista do espaço urbano. Os fundamentos desta pesquisa apoiam-se no materialismo histórico dialético, um método de interpretação da realidade, que articula as contradições e conflitos da produção desigual do espaço. Assim, discutem-se as políticas de habitação de interesse social, através dos programas destinados às camadas populares, principalmente os Programas Crédito Solidário, Minha Casa Minha Vida – empresarial e o Minha Casa Minha Vida – Entidades, objetos desse estudo. Para entender os objetivos propostos, o trabalho propõe investigar dois conjuntos habitacionais (João do Vale, em São Luís e Novo Horizonte em Paço do Lumiar), voltados para a população de baixa renda. Como foco desta pesquisa é a habitação social, vamos considerar e avaliar a satisfação dos moradores diante dos espaços construídos, a qualidade das casas, os serviços disponíveis nos conjuntos bem como o grau de contentamento dos residentes com seus conjuntos habitacionais. Para essa etapa, foram aplicados 27 questionários semiestruturados no residencial João do Vale, construído através da autogestão, sendo o primeiro conjunto analisado e 26 questionários aplicados no conjunto Novo Horizonte, construído pelo sistema empresarial. Os resultados revelaram que o conjunto João do Vale, embora possua uma localização diferenciada, não se diferencia do conjunto Novo Horizonte, que esta localizado na periferia da cidade. Ambos os conjuntos são desprovidos de infraestrutura urbana e possuem precariedades de serviços e equipamentos urbanos disponíveis nesses espaços. Sendo assim, é possível perceber a insatisfação dos moradores em relação a estrutura do conjunto e a prestação de serviços públicos por parte das autoridades competentes. Entretanto, existe um sentimento de satisfação por parte dos moradores pelo fato de adquirirem o sonho da casa própria.
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THAIS AGUIAR FRANÇA
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Análise Espaço Temporal da Linha de Costa, das Áreas de Manguezal e de Apicuns do Município da Raposa/Ma.
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Data: 04/12/2018
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Os impactos gerados pela dinâmica natural de áreas costeiras apresentam-se através da progradação e retrogradação. Estudos australianos demostram a importância de pesquisas voltadas para indicadores. Estes estudos recentemente propuseram analisar o ecossistema de manguezal e apicum como um meio para monitorar mudanças em ambientes costeiros como indicadores de aquecimento global , mudança climática , efeitos de tempestades, mudanças no nível do mar, taxas de poluição e sedimentação Insere-se no contexto das mudanças costeiras, o Município de Raposa, caracteriza-se por um intenso processo de alteração na paisagem natural e elevada vulnerabilidade e dinâmica costeira afetada por diversos fatores naturais, porém que nos últimos anos vem sendo intensificada pela ação antrópica. A presente pesquisa tem por objetivo geral, analisar as alterações da linha de costa, dos manguezais e apicuns no município de Raposa, utilizando técnicas de geoprocessamento. Os fundamentos desta pesquisa apoiam-se, na abordagem sistêmica, para o entendimento da dinâmica da paisagem, e posterior análise da referida área numa visão integrada, enfocando dessa forma suas particularidades, potencialidades, limitações e suas inter-relações com os componentes ambientais e sociais da paisagem. Para a analisar a evolução espaço-temporal do ecossistema de mangue e apicum foi realizado o processamento através do método de álgebra de mapas, e para identificação dos setores em erosão e progradação, foi realizado a partir de duas linhas de costas distintas o cruzamento destas e posteriormente foram gerados uma série de polígonos de forma a evidenciar as regiões de ocorrência de erosão e deposição através da subtração de polígonos. Embora o município ainda apresente grandes áreas de manguezal preservadas, algumas áreas tiveram a vegetação suprimida em decorrência do tensor antrópico através do processo de urbanização e ocupação desordenada do munícipio. Durante o período analisado não houveram variações da feição apicum, permanecendo sua forma durante os anos analisados, com pequenas mudanças de franja, caracterizando esta feição como estável. A partir da explanação destas unidades de paisagem como indicadores de mudanças costeiras, pode-se afirmar que dos indicadores utilizados para analisar a dinâmica da área de estudo, o ecossistema de apicum foi o único que se manteve-se estável durante todo período analisado.
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