Banca de QUALIFICAÇÃO: EDSON DIAS DOS SANTOS NETO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: EDSON DIAS DOS SANTOS NETO
DATA: 17/11/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Plataforma google Meet
TÍTULO:

A ESCOLARIZAÇÃO NA TERRA INDÍGENA RIO PINDARÉ: RESSIGNIFICAÇÕES INTERCULTURAIS FRENTE À LÓGICA DESENVOLVIMENTISTA. 

PALAVRAS-CHAVES:

Povo indígena Tentehar, Desenvolvimento, Vale S.A, Educação Intercultural, Resistência.

PÁGINAS: 123
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Ciências Sociais
RESUMO:

A configuração socioespacial do Maranhão, na atualidade, é marcada pelos grandes projetos “desenvolvimentistas” implantados nesse Estado a partir da década de 1960, sendo destacado o Projeto Grande Carajás, administrado pela então Companhia Vale do Rio Doce, atual VALE S.A. Entretanto, esses investimentos “desenvolvimentistas”, sob o discurso de fortalecer a economia nacional e/ou o capital privado, geraram no Estado profundas desigualdades sociais, além de impactos socioambientais que afetam, sobretudo, povos e comunidades tradicionais que historicamente habitam esse território, de modo que necessário se faz um olhar que problematize o “desenvolvimento” em suas múltiplas formas e efeitos sociais. As atividades da VALE S.A tem impactado, diretamente, as comunidades localizadas no Noroeste do Maranhão, sobretudo os territórios indígenas presentes nessa região, uma vez que fragiliza o controle territorial e desmobiliza as políticas e práticas de proteção e conservação ambiental, conforme se observa na Terra Indígena Rio Pindaré, do povo indígena Tentehar/Guajajara. Diante desse contexto, este estudo se preocupa em indagar como os indígenas da Terra Indígena Rio Pindaré têm se articulado em frentes de resistência, buscando uma forma de definir o projeto societário dessa comunidade e colocar em questão a imposição da lógica colonizadora hegemônica, sendo uma das estratégias utilizadas o processo de escolarização intercultural.  Para a construção desta pesquisa, nos apropriamos metodologicamente da etnografia apresentada por Geertz (1989); Noções Decoloniais fundamentadas nas “histórias fronteiriças” propostas por Mignolo (2003); Interculturalidade crítica proposta Walsh (2009) e Baniwa (2019); Das interpretações de Almeida (2008) a respeito dos processos de ocupação territorial maranhense. Tendo como estratégias para construção de dados analíticos entrevistas, observações situadas, registros fotográficos e etc. Infere-se que há a (im)possibilidade de que as estratégias político-pedagógicas de cunho educacional específico e diferenciados estejam sendo construídas como um elemento que opere em oposição às investidas desenvolvimentistas do capital. Por isso, o presente trabalho visa analisar os efeitos socioculturais impostos pela presença da VALE S.A na Terra Indígena Rio Pindaré e como isso tem refletido na construção de uma educação intercultural e diferenciada voltada para o projeto próprio Tentehar, frente à dinâmica do “desenvolvimento” hegemônico.

 

MEMBROS DA BANCA:
Interno - 866855 - BRAULIO ROBERTO DE CASTRO LOUREIRO
Externo à Instituição - HORÁCIO ANTUNES DE SANT’ANA JÚNIOR - UFMA
Presidente(a) - 7099 - MARIVÂNIA LEONOR SOUZA FURTADO