Dissertações/Teses

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2024
Descrição
  • EDSON DIAS DOS SANTOS NETO
  • A ESCOLARIZAÇÃO NA TERRA INDÍGENA RIO PINDARÉ: RESSIGNIFICAÇÕES INTERCULTURAIS FRENTE À LÓGICA DESENVOLVIMENTISTA.

  • Orientador : MARIVÂNIA LEONOR SOUZA FURTADO
  • Data: 12/04/2024
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  • A configuração socioespacial do Maranhão, na atualidade, é marcada pelos grandes projetos “desenvolvimentistas” implantados nesse Estado a partir da década de 1960, sendo destacado o Projeto Grande Carajás, administrado pela então Companhia Vale do Rio Doce, atual Vale S.A. Entretanto, esses investimentos “desenvolvimentistas”, sob o discurso de fortalecer a economia nacional e/ou o capital privado, geraram no estado profundas desigualdades sociais, além de efeitos socioambientais que afetam, sobretudo, povos e comunidades tradicionais que historicamente habitam esse território, de modo que, necessário se faz um olhar que problematize o “desenvolvimento” em suas múltiplas formas e efeitos sociais. As atividades da Vale S.A. têm provocado circunstâncias nocivas às comunidades localizadas no Noroeste do Maranhão, sobretudo aos territórios indígenas presentes nessa região, uma vez que fragiliza o controle territorial e desmobiliza as políticas e práticas de proteção e conservação ambiental, conforme se observa na Terra Indígena Rio Pindaré, do povo indígena Tentehar/Guajajara. Diante desse contexto, este estudo se preocupa em indagar como os indígenas da Terra Indígena Rio Pindaré têm se articulado em frentes de resistências, buscando uma forma de definir o projeto societário dessa comunidade e colocar em questão a imposição da lógica colonizadora hegemônica, sendo uma dessas estratégias utilizadas o processo de escolarização intercultural. Para a construção desta pesquisa, me apropriei metodologicamente da etnografia apresentada por Geertz (1989); das noções decoloniais fundamentadas nas “histórias fronteiriças” propostas por Mignolo (2003); da interculturalidade crítica proposta Walsh (2009); das interpretações de Almeida (2008) a respeito dos processos de ocupação territorial maranhense, dentre outras. Utilizo como estratégias para construção reflexiva: interlocuções, observações situadas, além de registros fotográficos. Conclui-se que há a (im)possibilidade de que as estratégias político-pedagógicas de cunho educacional específico e diferenciados estejam sendo construídas como um elemento que opera em oposição às investidas desenvolvimentistas do capital. Por isso, no presente trabalho observou-se a relação dos efeitos socioculturais impostos pela presença da Vale S.A. na Terra Indígena Rio Pindaré, cuja consequência refletiu na construção de uma educação intercultural e diferenciada voltada para o projeto próprio Tentehar, frente à dinâmica do “desenvolvimento” hegemônico.

     

  • FLAVIA NUNES MACEDO


  • OS REFLEXOS DO PRONAF EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS DE BEQUIMÃO - MA.

     

  • Orientador : ITAAN DE JESUS PASTOR SANTOS
  • Data: 30/04/2024
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    Como problemática deste estudo, entendemos que políticas públicas implantadas no Brasil para o desenvolvimento rural atuam de forma distinta dentro do território brasileiro, visto que as desigualdades regionais afetam a implementação e eficácia de programas, como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF). Com foco nas barreiras específicas enfrentadas pelos agricultores familiares de comunidades quilombolas em regiões rurais menos desenvolvidas, apresentamos o objetivo deste trabalho que esteve relacionado a uma análise dos reflexos da inserção dos projetos financiados pelo Pronaf nas comunidades quilombolas de Bequimão. Os objetivos específicos incluíram uma compreensão sobre a relação do Pronaf com a segurança alimentar nas comunidades quilombolas investigados; uma avaliação das mudanças socioeconômicas nas comunidades que contrataram os créditos do programa; e uma avaliação do papel do Estado na implementação de políticas públicas garantam a segurança alimentar e as territorialidades de comunidades quilombolas. Sob a hipótese de que instituições locais, municipais e estaduais poderiam preencher as lacunas de implementação do programa, com potencial de mitigar as barreias enfrentadas pelos agricultores familiares, a exemplo dos sindicatos rurais, cooperativas agrícolas, associações comunitárias e principalmente a atuação dos órgãos de assistência técnica, poderiam operar para a superação dessas barreiras e promover o acesso ao PRONAF e seus benefícios. Quanto a metodologia o presente trabalho tem caráter exploratório, onde foi realizado uma revisão de literatura assim como também, recorremos a uma pesquisa de campo através dos dados do SIDRA-IBGE, em que o recorte temporal se dá entre os anos de 2017 a 2021, foi realizado entrevistas na Secretaria de Desenvolvimento Rural do município de Bequimão e coletado dados junto ao Banco do Nordeste. Como resultado deste trabalho chegamos aos reflexos do Pronaf nos quais destacamos, dificuldade de acesso ao programa pelas comunidades quilombolas desse município, refletindo num número de contratações pouco expressivas no período analisado e os contratos se resumem nas modalidades Pronaf B e Pronaf Mais Alimentos.

    *PALAVRAS-CHAVE: Pronaf. Comunidades Quilombolas. Agricultura Familiar.

  • GEORLINDA DE JESUS FERRO DE ARAUJO
  • INTERVENÇÃO JUDICIAL EM ÁREAS DE RISCO: Reflexões sobre Racismo Institucional e Justiça Ambiental em São Luís – Maranhão.

  • Data: 26/04/2024
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  • Os desastres em áreas de risco são recorrentes e frequentemente destacados pela mídia devido aos prejuízos e fatalidades causados pela ocupação humana em regiões propensas a diversos riscos naturais. A aparente negligência na resolução desses eventos motivou a condução deste estudo. Esta pesquisa investigou como os diversos atores envolvidos no processo judicial coletivo abordam a problemática das áreas de risco em São Luís, Maranhão, por meio da análise de peças e manifestações processuais. Os processos em questão foram instaurados pelo Município de São Luís contra os moradores de áreas impactadas por riscos de desastres decorrentes de fortes precipitações ocorridas em março de 2019, totalizando sete processos com o único objetivo de ordenar a desocupação imediata das residências. Os principais atores identificados incluem o Município de São Luís, os moradores (alternando entre réus e vítimas), a Defensoria Pública, o Ministério Público e o juízo. A análise dos registros processuais evidencia a prevalência dos interesses institucionais sobre os direitos fundamentais, refletindo uma consequência do racismo estrutural presente nos argumentos e demandas apresentadas, sem considerar de forma prioritária as garantias constitucionais dos cidadãos e das comunidades afetadas. Este estudo ressalta a necessidade de adequar a visão dessas instituições, incentivando-as a ultrapassar seus objetivos meramente funcionais e a se engajar na resolução do problema das áreas de risco, visando proporcionar dignidade, segurança e desenvolvimento tanto para os moradores quanto para a sociedade como um todo.

  • ISABELA PINHO DE LUCENA
  • GESTÃO AMBIENTAL EM RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS: análise sobre a situação no município de São Bento – MA.

  • Data: 09/02/2024
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  • O Brasil negligencia o tratamento e disposição dos resíduos sólidos produzidos em seu território. Ageração de resíduos cresce à proporção que aumenta a população e o consumo, impactando diretamente o meio ambiente e a saúde pública. No Brasil, de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei nº 12.305/10, os lixões deveriam ter sido extintos e os Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) somente destinados aos Aterros Sanitários. As prefeituras são responsáveis por assegurar o serviço de limpeza pública incluindo a coleta e disposição final dos RSU. É nesse contexto que se justifica a realização desta pesquisa, a qual tem como necessidade investigar a eficiência da Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos no município de São Bento, localizado no estado do Maranhão. Nesse cenário, estabelece-se a questão que norteia a pesquisa: Como o município realiza a Gestão dos RSU? O objetivo geral foi analisar a implementação e as práticas adotadas em relação ao que preconiza a política nacional dos resíduos sólidos no município de São Bento – Maranhão. Como metodologia, estabeleceu-se a pesquisa descritiva, com coleta de dados por meio da análise documental, pesquisa bibliográfica e da legislação disponível, entrevistas com representantes municipais responsáveis pela gestão dos RSU e levantamento de dados primários em campo. A pesquisa bibliográfica aprimorou as bases teóricas do estudo, tratando os aspectos relacionados àsustentabilidade e à gestão dos resíduos sólidos. A pesquisa documental abordou a normatização referente aos resíduos sólidos, identificando as políticas públicas já adotadas, e avaliando a eficiência no gerenciamento desses resíduos, bem como, possibilitou a comparação das normas ambientais referentes aos resíduos sólidos nos níveis federal, estadual e municipal, e, a obrigatoriedade do poder público na sua execução. Na pesquisa de campo utilizou a aplicação de questionário a membros da administração pública municipal responsáveis pela gestão e destinação correta dos RSU, usando a técnica SWOT para avaliar os pontos fortes e fracos da gestão, além de visitas com registro fotográfico de locais públicos aonde se destinam os resíduos. Portanto, conhecer as ações que vêm sendo desenvolvidas pela prefeitura municipal, os desafios enfrentados na gestão de resíduos sólidos, trouxeram à luz o que está sendo realizado e desenvolvido nesse município. Quanto aos resultados, constatou-se que no município de São Bento, a legislação federal sobre os resíduos sólidos não está sendo implementada segundo as diretrizes nacionais. Tais constatações evidenciam a necessidade premente de uma sistematização e aceleração do processo de conformidade com a referida legislação, destacando a urgência de medidas corretivas. 

     

     

  • LUIS EDUARDO PAIM LONGHI
  • O FEDERALISMO COOPERATIVO E O PATRIMÔNIO CULTURAL: UMA ANÁLISE DO PROGRAMA NOSSO CENTRO, EM SÃO LUIS DO MARANHÃO

     

  • Orientador : CARLOS FREDERICO LAGO BURNETT
  • Data: 30/04/2024
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  • A relação entre federalismo cooperativo e gestão do Patrimônio Cultural, fruto da constituição do moderno Estado brasileiro, desempenha um papel fundamental na preservação da identidade e da história de nossa sociedade. Esta dissertação, com foco na experiência das políticas de preservação do centro histórico de São Luís do Maranhão, analisa e discute a interação entre as diferentes instâncias estatais, explorando as práticas do federalismo cooperativo na concepção e implementação de políticas preservacionistas, com foco no programa "NOSSO CENTRO". Iniciado em 2019 pelo Governo do Maranhão, o "NOSSO CENTRO" representa uma resposta estratégica da administração estadual após períodos de descontinuação de programas anteriores e o estudo se propõe investigar como os princípios do federalismo cooperativo foram implementados em ações para aprimoramento da gestão pública em favor do Patrimônio Cultural de São Luís. A experiência direta do autor como um dos gestores do programa proporciona uma privilegiada e singular perspectiva desde dentro do processo, possibilitando uma abordagem qualitativa que, baseada em entrevistas e investigações documentais, é contextualizada pela observação e análise de procedimentos de concepção e concretização de planos e programas que buscam elucidar e problematizar o estado da harmonia e colaboração dos órgãos legalmente responsáveis pelo Patrimônio Cultural no exercício efetivo do federalismo cooperativo. Visando contribuir com o campo acadêmico e a gestão pública, delineando uma análise crítica e abrangente dessas interações ocorridas no interior do programa, o trabalho almeja iluminar um tema indispensável para o fortalecimento do federalismo cooperativo em futuras iniciativas com foco no Patrimônio Cultural brasileiro.

  • PEDRO HENRIQUE FERNANDES LEITE

  • A Tribuna do Povo, Maria Aragão e o PCB: recepção e difusão das ideias comunistas no Maranhão entre 1945 e 1955

  • Orientador : BRAULIO ROBERTO DE CASTRO LOUREIRO
  • Data: 30/04/2024
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  • O jornal maranhense Tribuna do Povo (1945-1962) foi fundado e dirigido pela comunista maranhense Maria Aragão, num contexto de reorganização das bases do Partido Comunista Brasileiro (PCB) no Maranhão, quando, nacionalmente, o partido fruiu de um breve período de legalidade pós Segunda Guerra. Aragão era também dirigente do PCB no estado. Construída por e voltada a trabalhadores e suas reivindicações, a Tribuna refletiu sobre a dinâmica sociopolítica estadual, nacional e internacional, fomentando a organização política das classes trabalhadoras. O objetivo deste trabalho é investigar as atividades da Tribuna durante seus primeiros dez anos (1945-1955), revelando elementos de sua estrutura organizativa e perscrutando o conjunto de suas publicações. Para isto, partindo do referencial teórico-metodológico ofertado pelo materialismo histórico e por abordagens histórias de análise do pensamento político, como o contextualismo linguístico da Escola de Cambridge, recorremos à pesquisa documental e à pesquisa bibliográfica para o alcance dos objetivos propostos. Como resultados, o trabalho identifica a Tribuna como órgão oficial de comunicação do PCB no Maranhão, recepcionando e difundindo as teses e orientações do partido em terras maranhenses. Em favor dos trabalhadores, sem abrir mão dos referenciais teóricos do PCB, de matriz terceiro-internacionalista, e com o papel decisivo de Maria Aragão à frente do jornal, a Tribuna influiu nas lutas políticas de seu tempo. E, numa perspectiva mais ampla, compôs o todo complexo que foi e é a circulação das ideias marxistas no Brasil, na América Latina e no mundo.

     

  • THAYS REGINA ASSUNÇÃO BARROS

  • MATERNIDADE NA ADOLESCÊNCIA: análise sob a perspectiva interseccional no contexto do CRAS- Centro de Referência de Assistência Social.

  • Orientador : NEUZELI MARIA DE ALMEIDA PINTO
  • Data: 25/04/2024
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  • O presente estudo tem como objetivo analisar os fatores que afetaram no cotidiano de mulheres que foram mães na adolescência. Buscou-se fazer um breve histórico sobre adolescência e maternidade no Brasil, trazendo a discussão acerca das relações de gênero, as desigualdades sociais que afetam a vida dos adolescentes, além de olhar a perspectiva socioeconômica e racial sobre a gravidez na adolescência. Abordamos como a Política de Assistência Social atua com gravidez na adolescência na realidade concreta. Participaram da pesquisa mulheres que são usuárias dos serviços do CRAS São Raimundo, São Luís-MA, que foram mães na adolescência e com os profissionais do CRAS. Foram utilizadas entrevistas semiestruturadas, que permitiu avaliar os fatores que afetaram o cotidiano destas. Verifica-se que do número de entrevistadas (sete), 70% evadiram a escola quando estavam grávidas e não retornaram, 40 % trabalham como autônoma/diarista hoje em dia. Relataram como foi a experiência da gravidez na adolescência, as dificuldades e as vitórias que conquistaram ao longo dos anos, ademais informaram como foi a vivência com os serviços públicos ofertados após a gestação, rede de apoio e perspectivas de futuro.

  • VILACIR MOREIRA SILVA REBOUCAS
  • ANÁLISES DO PRONAF NA AGRICULTURA FAMILIAR:um estudo sobre a experiência com pequenos agricultores da comunidade de Itapary no município de São José de Ribamar - MA.

  • Orientador : ADEMIR TERRA
  • Data: 29/04/2024
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    O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – Pronaf teve sua origem a partir das lutas de movimentos sociais como da CONTAG (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), MST (Movimentos dos Sem-terra) e CUT Rural (Central Única dos Trabalhadores), além das jornadas, que passaram a ser denominadas “Gritos da Terra” e sua principal luta era a demanda por políticas específicas para a agricultura. Uma vez que, desde a criação do programa vem sendo discutidos o alcance de suas metas promover o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar, aumento da capacidade produtiva, geração de empregos e a melhoria de renda, apresento o objetivo deste estudo, analisar os impactos socioeconômicos do PRONAF junto aos agricultores familiares do município de São José de Ribamar. A metodologia utilizada foi através dos procedimentos qualitativos . Trata-se de um estudo exploratório, integrante de uma pesquisa de mestrado em Desenvolvimento Socioespacial e Regional-UEMA.

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2023
Descrição
  • ANA KARLA GOMES CAMELO
  • ARRANJO PRODUTIVO LOCAL COMO ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO: uma análise a partir da atividade produtiva da Cerâmica Vermelha em Rosário/MA

  • Data: 03/08/2023
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  • Na atual fase de reestruturação do capitalismo, um novo modelo de desenvolvimento foi ganhando espaço nas políticas públicas brasileiras. Trata-se dos Arranjos Produtivos Locais (APL) que nas últimas duas décadas estão presentes, de forma incisiva, nas agendas de planejamento em escala nacional e estadual. No Maranhão, a perspectiva de utilizar esse modelo para fomentar o desenvolvimento manifestou-se em 2003 com o Programa de Promoção e Desenvolvimento de Arranjos e Sistemas Produtivos Locais do Maranhão – PAPL, e, desde então, faz parte dos planos de governo do estado com base no discurso de que a organização de empresas em aglomeração tem potencial para dinamizar a economia e, por consequência, promover o desenvolvimento local. Dentre os aglomerados produtivos identificados à época do PAPL, destaca-se o de Cerâmica Vermelha no eixo entorno da Região Metropolitana da Grande São Luís (RMGSL) com ênfase nos municípios de São Luís, Rosário e Itapecuru-Mirim. Nesse contexto, o objetivo desta dissertação é analisar a atividade produtiva da Cerâmica Vermelha para a construção civil no polo de Rosário sob o prisma de Arranjo Produtivo Local enquanto estratégia de desenvolvimento local. A referida análise parte da utilização do método dialético, na intenção de perceber os limites e as contradições dessa proposta, considerando a lógica do modo de produção capitalista. Os procedimentos metodológicos utilizados incluíram pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo, análise, seleção e interpretação dos dados e informações obtidas. A pesquisa de campo, por sua vez, utilizou as técnicas de aplicação de entrevistas semiestruturadas, observação direta intensiva e registro fotográfico. Os resultados apontam para a incapacidade do APL Cerâmico de promover o desenvolvimento econômico e social do município de Rosário, tendo em vista o seu alinhamento às demandas do mercado que, por seu turno, valoriza o capital e seu processo de acumulação, ao passo que concorre para métodos predatórios de exploração, tais como precarização das relações de trabalho e danos ambientais, que em última instância se alinham à ausência de uma consciência sustentável entre os ceramistas e oleiros. Conclui-se, assim, pela necessidade de projetos que convirjam para alternativas que respeitem os limites ecológicos do território e que promovam a geração de empregos e a distribuição justa dos benefícios econômicos

  • BRUNA FEITOSA SERRA DE ARAÚJO
  • RELAÇÕES ESCRAVISTAS CONTEMPORÂNEAS: uma análise socioespacial no estado do Maranhão.

  • Data: 16/08/2023
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  • A presente dissertação analisa as relações escravistas contemporâneas, a partir de um recorte socioespacial no estado do Maranhão, abordando o trabalho escravo contemporâneo na temporalidade histórica do capitalismo na sua fase neoliberal. A relação capital-trabalho foi objeto da primeira parte da exposição, recuperando os eixos trabalho e força de trabalho e o processo de reprodução do capital. Na sequência, buscou -se a polissemia da expressão contemporânea como designações plurais dada ao fenômeno da exploração ilícita e precária do trabalho escravo como parte integrante de uma lógica perversa. Na segunda parte, discute-se as repercussões normativas e o marco regulatório do enfrentamento do trabalho escravo na esfera internacional e nacional, atentando para a Lista Suja do Trabalho Escravo do Ministério do Trabalho. Nesse cenário, o Maranhão na representação contemporânea da escravatura, compreendendo que a vitimização para o trabalho escravo está ligada às raízes culturais de um estado periférico com forte tração oligárquico, somado à impunidade e o isolamento geográfico que favorecem este tipo de conduta em determinadas regiões do estado com maior número de trabalhadores vítimas deste crime. Por fim, analisa-se os fatores fundamentais para configuração da escravidão contemporânea no Maranhão, tendo a “precisão” como o ambiente propício para o desenvolvimentode de relações escravistas em face do modelo econômico concentrador e gerador de exclusões sociais.

  • DANIELA STRASSER SANTOS
  • OS DESAFIOS DOS TRABALHADORES RURAIS FRENTE A DESARTICULAÇÃO DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL NO MUNICÍPIO DE MIRANDA DO NORTE-MA

  • Data: 28/09/2023
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  • O presente trabalho que ainda está em construção, aborda a temática das políticas públicas para o desenvolvimento territorial através da ação nos chamados Programas de Territórios Rurais. O Maranhão é constituído por oito territórios, no qual o Território Vale do Itapecuru será abordado com campo empírico Miranda do Norte. Através de teóricos que discutem temas relevantes como a discussão sobre território e questão agraria e trazer a discussão sobre o desmonte das políticas públicas, seus processos de desencontros e desarticulações culminam no abandono dos trabalhadores ruais que ficam à mercê da insegurança alimentar. Tem por objetivo analisar os desafios da comunidade inserida nos projetos produtivos implantados a partir da Política de Desenvolvimento no município de Miranda do Norte no Estado do Maranhão. O trabalho em desenvolvimento analisa também os desafios dos trabalhadores rurais diante as desarticulações das políticas públicas e as consequências para a agricultura familiar no município de Miranda do Norte. A pesquisa versa sobre as resistências que a comunidade tem em relação ao desmonte da política de desenvolvimento territorial através dos projetos produtivos Agroindústria de Farinha e Fábrica de Ração e quais os processos de organização social que se desenvolveu para que suas atividades e seu modo de vida não fossem desmobilizados.

  • DIOGO DINIZ RIBEIRO CABRAL
  • FINCADOS NA TERRA COMO UM BACURI: a luta da comunidade Carrancas pelo direito de existir

  • Data: 20/07/2023
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  • A presente pesquisa se propõe a analisar os impactos decorrentes da expansão do agronegócio da soja que atingiu a comunidade tradicional Carrancas, município de Buriti/MA, processo violento que ameaça as maneiras de ser, de fazer e de viver de populações tradicionais em um contexto de intensificação da violência no campo e de resistências populares diante das brutalidades. A problemática da investigação insere-se em uma realidade de intensos conflitos agrários e socioambientais, decorrentes do atual modelo econômico em curso, tendo como resultado a ampliação da fronteira agrícola denominada Matopiba, na qual o munícipio de Buriti está inserido. Analisa-se o desenvolvimento histórico do capitalismo no Maranhão e suas contradições na época neoliberal. Discute-se a história de Carrancas, contada a partir da versão dos seus moradores, a singularidade de sua organização socioeconômica e jurídica, o papel do Estado na implementação de um modelo de desenvolvimento desigual, violento, brutal e predatório do ponto de vista social e ambiental, os múltiplos impactos decorrentes da expansão do agronegócio da soja, os conflitos agrários e socioambientais e as distintas formas de resistências realizadas pela comunidade em face da territorialização do capital no campo. Para a realização desta pesquisa, tomou-se como referência a perspectiva de estudos decoloniais e pós-coloniais e a crítica marxista. Quanto aos procedimentos metodológicos desenvolvidos, foram realizadas análises de um conjunto de documentos (estudos, processos judiciais, processos administrativos, relatórios, cartas, mapas, imagens de satélite, documentários) relativos à comunidade Carrancas, bem como técnicas de observação direta, entrevistas semiestruturadas e conversas realizadas em distintos e diferentes contextos, buscando seguir as narrativas das memórias e cartografias, falas, olhares, expressões e sentimentos sobre cotidianos, festas, lamentos, direitos, tensões, conflitos e mobilizações. 

  • DORIAN ISABEL SANTOS AZEVEDO
  • A ORGANIZAÇÃO POPULAR DO ESPAÇO PÚBLICO: uma análise a partir da experiência do Comitê da Praça das Árvores no Complexo COHAB-COHATRAC em São Luís do Maranhão 

  • Data: 25/10/2023
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  • O presente estudo buscou analisar a dinâmica constituída no espaço público livre organizado a partir da experiência do Comitê da Praça das Árvores no Complexo COHAB-COHATRAC, como os usos e apropriações coletivas no chão da praça, concebida como lugar de múltiplas significações, redesenham esse espaço urbano, posto que a praça é lugar de contradições e antagonismos. As intervenções nesse espaço público livre envolvem uma complexidade de percepções que vão para além da dimensão urbanística e perpassam pela construção de relações sociais e políticas. Desse modo, a pesquisa investigou o processo de construção do Comitê da Praça das Árvores após a qualificação urbanística, que suscitou questionamentos sobre as implicações do processo de institucionalização do referido comitê na autonomia política e comunitária, apontados na dinâmica do usufruto sociocomunitário dada as experiências no cotidiano desse cenário urbano. Nessa busca, novas perspectivas de cidade emergem e, nesse contexto, analisamos a experiência realizada pelo Comitê da Praça das Árvores no COHATRAC em São Luís do Maranhão, em meio ao desmonte neoliberal, e como práticas coletivas podem possibilitar esperança para a cidade como direito para todos os seus citadinos. 

  • ELOINA MARIA MOURA REIS
  • PENSAR A CIDADE DE SÃO LUÍS NA PERSPECTIVA DE GÊNERO: uma análise do planejamento urbano nos espaços públicos requalificados pelo Programa Municipal de Revitalização do Centro Histórico de São Luís

  • Orientador : GRETE SOARES PFLUEGER
  • Data: 23/10/2023
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  • Este estudo visa compreender como se dá as relações sociais de gênero na formação do espaço urbano, na forma desigual em que as mulheres acessam os equipamentos, serviços e oportunidades. Considera-se o debate de gênero na perspectiva materialista, buscando nas premissas marxistas o aporte necessário para a discussão, utilizando-se autores como Henri Lefebvre, Jane Jacobs e Flávio Villaça e suas reflexões sobre espaço, cidade e estrutura territorial, além de conceitos de gênero, patriarcado e desigualdades presentes nas análises de Judith Butler, Heleieth Saffioti, Teresa Di Lauretis e Michel Foucault, com vistas a contribuir para o debate sobre a cidade pela perspectiva de gênero, a fim de entender o lugar e o papel da mulher nos espaços urbanos. Faz-se uso da metodologia de Auditoria de Segurança de Gênero e Caminhabilidade, para refletir sobre que fatores qualificam os espaços públicos que integram o Programa Municipal de Revitalização do Centro Histórico de São Luís, para atenderem as necessidades e anseios de gênero, fomentando a presença da mulher e seu poder sobre esse espaço urbano. Utilizando a experiência da execução do programa realizado pela prefeitura de São Luís, através de financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, como recorte espacial do território da área central entre os anos de 2016 a 2022, aplicou-se questionário com perguntas abertas, para analisar a qualidade das intervenções urbanas no centro histórico da capital maranhense, quanto à perspectiva de gênero. Apresenta-se uma reflexão crítica sobre o impacto do sistema patriarcal na formação das cidades e no cotidiano das mulheres e seu acesso aos espaços urbanos contemporâneos, compreendendo a perspectiva de gênero dentro do recorte espacial estabelecido. Avaliam-se os instrumentos de planejamento urbano utilizados pelo programa como ferramentas inclusivas no território, a partir das intervenções realizadas nos espaços públicos pela perspectiva de equidade de gênero, funcionalidade e empoderamento das mulheres afetadas diretamente através da percepção retratada nas entrevistas feitas com as mulheres que utilizam esses espaços. Conclui-se que a satisfação pós-ocupacional dos espaços públicos requalificados pelo Programa atende, em parte, a presença feminina

  • FRANCISCO DOMINGOS BEZERRA NOGUEIRA JÚNIOR

  • URBANIZAÇÃO DA LAGOA DA JANSEN: as contradições do lazer nos diferentes segmentos

  • Data: 27/02/2023
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  • A temática apresentada visa compreender a formação do espaço público construído
    na Lagoa da Jansen, em São Luís do Maranhão pelo poder público e suas contradições no campo do lazer. A divisão pública e privada ocorre por uma segmentação do lazer, que diz aonde e como se devem praticá-lo em seu tempo livre. É nessa ordem capitalista que direciona os caminhos em que o entretenimento deve seguir. Desta forma, o Maranhão está inserido em um contexto global com predomínio do modelo capitalista hegemônico, que ao longo da sua história reflete para o desenvolvimento geográfico desigual. As mudanças ocorridas pela urbanização, no espaço em estudo, se dão por meio dos agentes sociais produtores do espaço urbano representados pelo Estado, detentores do capital e proprietários imobiliários. Estes se configuram de instrumentos ideológicos beneficiando uma determinada categoria social, quando os mesmos impõem hábitos e costumes distantes dos antigos moradores e de outros que resiste às mudanças patrocinadas pela especulação imobiliária. Portanto, a cidade torna-se cenário de importantes manifestações e o lazer se evidencia como pratica social. Desta forma, os espaços públicos de lazer, quando sofrem transformações de caráter urbanístico, proporciona mudanças para determinados públicos. Como fundamentação teórica utilizará os seguintes autores por discutirem a temática em estudo: David Harvey (2005), Neil Smith (1988), Karl Marx, (2007) Zulene Barbosa (2011), Frederico Burnett (2008), Maria Socorro Cabra (1992), Henri Lefebvre (1978), Luce Gomes (2008), Marcellino, (1996), Santos (1977), Bourdieu (2013) e Maricato (2012). Desta forma a pesquisa se apoia no método qualitativo e quantitativo sobre o problema. Tem resultados parciais as contradições nos diversos segmentos do lazer, nos equipamentos e categoria social. Após ampla verificação dos dados disponibilizados, selecinaram – se os fatores que poderiam aferir a validade das hipóteses. Em seguida, por meio de analise quantitativas, avaliou-se a correlação entre esses fatores.

  • HELIO ARAUJO DE LIMA

  • PRECISÃO E TRABALHO ESCRAVO:  uma análise das formas de trabalho análoga à escravidão no estado do Maranhão

  • Data: 27/02/2023
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  • Nos últimos anos, o Brasil tem passado por graves crises econômicas e sociais, que impacta diretamente nas relações de trabalho e, porque não dizer na economia. Logo, tem afetado a renda do trabalhador, haja vista a queda acentuada na oferta de novos postos de trabalho no país. Nessa perspectiva, o artigo trouxe como problema de investigação um resgate histórico e contemporâneo das ocorrências relacionadas ao trabalho análogo à escravidão. O presente estuda busca demonstrar que não somente os fatores financeiros no seio familiar que incentivam a demanda por essa prática irregular. Verifica-se em alguns casos a ocorrência de trabalho em condições análogas a escravidão, inclusive em zonas urbanas. Há destaques inclusive de que atualmente são diversas as demonstrações de trabalho nestas condições, eis que a mídia digital invariavelmente nos disponibiliza notícias de pessoas que são resgatadas seja em residência, seja em empresas, seja em fazendas. A pesquisa inicia uma análise desde os primórdios, passeia pela glamourização da escravidão trazidas em nossos bancos escolares, onde repassam informações de que desde a promulgação da lei áurea não acontece no brasil mais esse tipo ofensa a dignidade da pessoa humana, o que restara demonstrado não ser a expressão da verdade. Após tais anotações, serão identificadas as possíveis causas para essa continuidade, bem como as atuais políticas públicas que evidenciam seu combate, com o foco principal de se não acabar, ao menos mitigar as ocorrências. A pesquisa demonstrou, com base nos órgãos oficiais, com a participação da sociedade que o Maranhão é atualmente um dos maiores exportadores de mão de obra de trabalho análogo a escravidão, seja pelas questões socioespaciais, tais como localização, períodos de seca e até excesso de chuvas ou ainda, pelo alto índice de analfabetismo. Todo esse arcabouço socioespacial trouxe diversas inquietações que motivaram essa pesquisa.

  • JESSICA MENDONÇA DE CARVALHO
  • PATRIMÔNIOS DO NOSSO CENTRO: as práticas socioespaciais insurgentes e os programas de desenvolvimento do Centro Histórico de São Luís

  • Data: 12/09/2023
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  • Em ocasião dos vinte e seis anos do título de Patrimônio Cultural da Humanidade, esta dissertação se dedicou a investigar as implicações (tensões, contradições e contribuições) das políticas de desenvolvimento urbano na reprodução socioespacial do Centro Histórico de São Luís, a partir dos grupos socioespaciais historicamente invisibilizados durante os processos tradicionais de patrimonialização. Dividido em duas partes, o presente trabalho consistiu em um levantamento socioespacial que buscou trazer em primeiro plano a forma como as políticas de desenvolvimento do Centro Histórico (CHSL) são agenciadas pelos grupos que se conectam diretamente com elas. A primeira parte consistiu em uma discussão conceitual sobre categorias de análise para subsidiar uma análise crítica decolonial, sucedida por um panorama do processo de formação da Cidade de São Luís, até chegar às políticas de desenvolvimento, desde o Programa de Preservação e Revitalização do Centro Histórico de São Luís - PPRCHSL (1979-2011) até o Programa Nosso Centro (2019). A segunda parte se destinou ao levantamento, onde apresentamos quinze práticas socioespaciais insurgentes, organizadas em seis eixos gerais, acompanhado de uma análise das conexões estabelecidas com as três instâncias do poder público. Este processo evidenciou lógicas locais de desenvolvimento, as quais se instrumentalizam em torno do conceito nativo de “patrimônio humano”, apresentado como uma estratégia para destacar e defender o elemento humano como ponto de partida para pensar uma outra patrimonialização.

  • JORRIMAR CARVALHO DE SOUSA JÚNIOR
  •  GAMELEIRA NO MAPA: Os impactos da monocultura na comunidade de Gameleira, Brejo- MA.

  • Data: 30/10/2023
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  • Gameleira é um povoado do município de Brejo – MA, situado no eixo do Leste Maranhense, que vem sofrendo continuamente com o avanço dos campos de soja sobre seu território secular, o que impacta diretamente no modo de vida da comunidade: na produção agrícola, na econômica, nas relações sociais, familiares e culturais, promovendo, paulatinamente a sucumbência das suas raízes históricas e pondo em risco a proteção do ecossistema e bioma, daquele território. Gameleira é uma comunidade tradicional, que por estar localizada no bioma cerrado, tem como cultura o plantio de subsistência, a criação de pequenos animais para sustento, venda e escambo, possui fortes raízes culturais tradicionais, uma logística administrativa própria, vivendo em perfeita simbiose com o bioma local, o cerrado, onde preservam as nascentes e árvores nativas da região, de onde tiram parte do seu sustento, pois praticam também o extrativismo. Diante dessa realidade, enquadra-se nos requisitos da categoria, Povos e Comunidades Tradicionais – PCT.

    Em contraponto à essa dinâmica de preservação do bioma e modo de vida baseada na tradição, com o slogan “O agro é pop”, novo marketing do empreendedorismo predador, temos a agroindústria, que massivamente vem buscando, em meio ao território amazônico e o cerrado, terras para a produção mecanizada, solidificando uma cultura econômica e ideológica, que projeta o “progresso” com “desenvolvimento” do campo, através do processo de implantação de monoculturas, que por vezes é violento em seu contexto econômico, ambiental e social, representando bem a atual conjuntura vivida não apenas pela Comunidade Gameleira, mas muitas comunidades rurais do país.

    Este trabalho, tem por objetivo, estudar o conflito que se estabeleceu na região, tendo como recorte principal, a implantação e expansão da sojicultura, e como a autoprodução da comunidade de Gameleira, em seu contexto multidisciplinar serve como resistência, frente ao avanço dessa prática capitalista em seu território.

    Como metodologia, trabalharemos a construção de um arcabouço histórico iniciando no Brasil colônia, passando pela análise das dinâmicas desenvolvimentistas aplicadas durante a década de 70 até os dias atuais, como forma de contextualizar as raízes que sustentam as atuais relações vivenciadas pela Comunidade Gameleira. 

         Realizar-se-á ainda, a conceituação e aplicação de algumas categorias tais com: território e territorialidade, Povos e Comunidades Tradicionais-PCT, conflito, agronegócio etc. que corroboram com a compreensão da realidade em que o estudo foi realizado, e a fundamentação dos nossos argumentos ao analisarmos, as relações da Comunidade, com o meio em que está inserida, as relações que ali ocorrem/decorrem.  Buscaremos entender ainda, a motivação e as estratégias, tanto do conflito como da resistência da Comunidade Gameleira diante da tragédia que avança sobre si.

  • JOSIMAR MENDES ABREU
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    MULHERES NEGRAS NA POLÍTICA: sub-representação na Câmara Legislativa Municipal de Pinheiro/MA


  • Orientador : NEUZELI MARIA DE ALMEIDA PINTO
  • Data: 30/10/2023
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  • Este trabalho investigou os fatores que determinam a sub-representação de mulheres negras na Câmara Legislativa Municipal de Pinheiro, município localizado na Baixada Maranhense. O objeto problematizado é um fenômeno que se repete em vários lugares no mundo e, embora apresente índices satisfatórios em alguns países latino-americanos, com a adoção do sistema de cotas concomitante ao Brasil, o resultado obtido na conjuntura brasileira não tem sido bemsucedido. Desse modo, buscou-se analisar a persistência do déficit, alternado com períodos de ausência de representação de vereadoras negras câmara municipal em foco. Como sujeitos da pesquisa, foram selecionadas mulheres candidatas, eleitas e não eleitas, ao cargo de vereadora, na eleição de 2020, e o presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) em Pinheiro, único partido com sede no município. Quanto à abordagem metodológica da pesquisa, classifica-se como qualitativa e quantitativa; no tocante aos fins e objetivos, exploratória e descritiva; no que tange aos procedimentos, bibliográfica e documental, que subsidiaram e se constituíram referencial teórico da investigação. A coleta de dados empíricos foi realizada por meio de banco de dados pré-existentes e informações buscadas em sites e documentos oficiais institucionais. O percurso temporal da investigação compreende o período de maio de 2021 a março de 2023. Todo o contexto da pesquisa requereu como método de análise e orientação o materialismo histórico e dialético, intentando melhor apreender a realidade, construir conhecimento, considerando as contradições e os antagonismos do sistema de exploração-dominação, e alcançar a essência do objeto. Para melhor sistematização do estudo, foram detalhados os tipos de pesquisa e método adotados, o perfil dos participantes, o processo de coleta e tratamento dos dados. Em seguida, discorreu-se acerca da desigualdade de gênero e política, com ênfase na desigualdade e na subrepresentação da mulher negra na Câmara Legislativa de Pinheiro, destacando as contradições entre a ausência ou a baixa presença no Legislativo e a superioridade quantitativa feminina na população e eleitorado do município. Ademais, fez-se uma análise dos impactos da associação racismo-capitalismo na existência de mulheres negras, com ênfase nas lutas e resistências antirracistas e anticapitalistas do feminismo negro diante das opressões interseccionadas pela desigualdade de gênero, classe, raça e etnia. Também se traçou um breve histórico de Pinheiro, no tocante aos aspectos físicos, sociais e políticos, e foram salientadas as razões de escolhê-lo como lócus de pesquisa. Debruçou-se, ainda, sobre a questão da representação, perspectivas e ocupação de espaços de poder por mulheres negras, frisando incoerências dessa representação e a relevância da representatividade para a organização da cultura e a contra-hegemonia, além de apresentar, à luz do aporte teórico, os resultados obtidos com as entrevistas. Dessa forma, constatou-se que a cultura patriarcal, a falta de recurso financeiro e de apoio partidário, a violência política de gênero e raça, o descumprimento de leis e normas eleitorais, a divisão sexual do trabalho atrelada ao capitalismo, ao patriarcado e ao racismo e o pouco/inexistente incentivo partidário à capacitação de candidatas são fatores que contribuem para o fenômeno da sub-representação legislativa de mulheres negras no município em questão.

  • JULIANA GONÇALVES CASTRO
  • A LUTA DOS TRABALHADORES RURAIS PELA TERRA E A ORGANIZAÇÃO POLÍTICA EM FACE DOS GRANDES EMPREENDIMENTOS: uma análise do acampamento Marielle Franco .

  • Data: 03/01/2023
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  • EEste trabalho expõe uma análise sobre a luta dos trabalhadores rurais pela terra e a organização politica em face da implantação de grandes empreendimentos no Maranhão, tendo como realidade empírica o acampamento Marielle Franco. Evidenciando as expressões históricas da questão agrária sob a égide da política neoliberal, que se assenta em uma relação desigual de disputa territorial e política. Analisando essa problemática que se expressa na disputa entre as classes sociais, numa relação desigual, através do confronto entre trabalhadores rurais e o grande capital. Compreendendo esse contexto desfavorável por meio de expressões organizativas dos trabalhadores rurais no decorrer da história, através de estratégias de luta e formação de alianças com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras do Estado do Maranhão – FETAEMA, Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu – MIQCB, dentre outras organizações. Argumentamos sobre a identidade e consciência de classe na construção dessa luta politica em oposição ao poder hegemônico. Concluímos que o processo da luta pela terra não é homogêneo se faz parte de um processo de emancipação e consciência de classe, em que a busca pela sobrevivência dessas famílias, as conduz para se organizarem e se reorganizarem para enfrentar a ótica vigente.

  • LARA SERRA PINTO DE ALENCAR
  • POLÍTICA HABITACIONAL E A ESCALA URBANA LOCAL: uma análise da Política da Companhia de Habitação Popular do Maranhão em São Luís entre 1967 à 1975


  • Data: 28/02/2023
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  • O presente trabalho analisa a Companhia de Habitação Popular do Maranhão com vistas a identificar as estratégias urbanas e arquitetônicas utilizadas nos conjuntos habitacionais Cohab-Anil I, II, III e IV e suas consequências na escala urbana local e na vida do morador desses conjuntos habitacionais. Aborda-se a problemática da habitação no Brasil, sendo essa presente no ideário das cidades brasileiras até os dias atuais. Historicamente e de forma sintetizada, a abolição da escravatura e o início da industrialização, dentre outros fatores e variantes, levaram a massa de trabalhadores a se aglomerar em sub habitações. Diante da sociedade capitalista, fica claro que a demanda habitacional é uma pauta que apenas o mercado não é capaz de resolver, necessitando do Estado na tentativa de solucionar essa questão. O Estado, por sua vez, encontra na habitação, aqui compreendida como mercadoria, uma possibilidade de ganho populista e de movimentação do capital na economia nacional e local. Voltando-se para a cidade de São Luís, essa produção de moradia por parte do Estado exemplifica as contradições do capitalismo. Essa pesquisa destaca o trabalho da Companhia de Habitação Popular do Maranhão (COHAB-MA) na cidade de São Luís como política habitacional da ditadura militar. A COHAB-MA trabalhou ativamente junto ao Banco Nacional da Habitação (BNH), entregando 16.474 unidades habitacionais, iniciando seus trabalhos em 1964 e findando-os em 1986. Além da necessidade de compreender a COHAB-MA como política habitacional e espelho das ações estatais que são realizadas no cenário da habitação social até a atualidade, o trabalho também se justifica perante a incansável busca por lucro e promoção do governo em detrimento da qualidade das unidades habitacionais e do espaço urbano construído pela COHAB-MA. Essa pesquisa tem como objetivo principal analisar a Companhia de Habitação do Maranhão com vistas em identificar as estratégias urbanas e arquitetônicas utilizadas nos conjuntos habitacionais Cohab-Anil I, II, III e IV e suas consequências na escala urbana local e na vida do morador desses conjuntos habitacionais. O procedimento metodológico basear-se-á no método materialista-histórico-dialético como explicação da realidade social e, para tanto, utilizará pesquisas bibliográfica, documental e de campo. Outrossim, como procedimentos e técnicas de pesquisa, adotou-se a pesquisa bibliográfica em autores como Maricato, Santos, Rolnik, Burnett e Bonduki, além da pesquisa documental e a pesquisa de campo. 

  • MAIRA CARVALHO DE SOUSA
  • TERRITORIALIDADE NEGRA URBANA EM ANÁLISE: produção do espaço no Quilombo Urbano da Liberdade e nos bairros da Madre Deus e Coroadinho em São Luís

  • Data: 26/07/2023
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  • Esta dissertação foi desenvolvida no âmbito do Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento Socioespacial e Regional da Universidade Estadual do Maranhão (PPDSR-UEMA) e visa compreender as implicações da territorialidade negra na produção do espaço de territórios e bairros negros, estabelecendo como campo empírico o quilombo urbano da Liberdade e os bairros da Madre Deus e Coroadinho, territórios negros localizados na cidade de São Luís-MA. Tais espaços exemplificam os conceitos de territorialidade negra, partindo inicialmente do histórico de formação para os aspectos identitários e específicos do lugar. Considerando o contexto da diáspora africana são firmados a partir de conceitos próprios e se colocam como exemplares fundamentais para se pensar o urbanismo criado e produzido no Brasil. Para além de toda a imposição de lógicas de degradação dos territórios negros no decorrer dos anos, os espaços se concebem e se perpetuam a partir de lógicas próprias e distintas das formulações urbanísticas hegemônicas, sendo desconsiderado nas rotas de desenvolvimento urbano e na própria história do urbanismo brasileiro. A metodologia utilizada nesta pesquisa parte de uma orientação decolonial somada às perspectivas do pan-africanismo e da afrodescendência para formular o campo epistemológico, a partir de estudo bibliográfico conceitual das teorias de produção do espaço e território negro, revisão histórica da formação dos territórios e bairros negros brasileiros, para assim adentrar à pesquisa de campo nos bairros estudados, com utilização de fotos, mapas e entrevistas com moradores locais. As conceituações e levantamentos bibliográficos somados às informações colhidas in loco nas comunidades proporcionaram discussões sobre a percepção dos territórios indo além das carências, sendo concebido e mantido através de lógicas próprias de produção do território negro, ainda que distintas pontualmente, relacionadas a partir da origem em comum

  • MÁRCIA FERNANDA PEREIRA
  • POLÍTICAS PÚBLICAS DE FOMENTO À AGRICULTURA FAMILIAR: Uma análise nos Povoados de Pindoba e Iguaíba em Paço do Lumiar-MA

  • Data: 30/10/2023
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  • A presente dissertação tem como finalidade destacar a relevância da agricultura familiar ao longo do tempo e seu papel na redução da insegurança alimentar, bem como a importância de políticas públicas de incentivo à agricultura familiar. O trabalho promove uma análise das políticas públicas de fomento à agricultura familiar nos povoados de Pindoba e Iguaíba, localizados no município de Paço do Lumiar-MA. A pesquisa partiu da seguinte problematização: qual o papel das políticas públicas de fomento à agricultura familiar no desenvolvimento socioeconômico do município de Paço do Lumiar-MA? A investigação cobriu os programas de incentivo à agricultura familiar foram executados no município no período de 2017 a 2022. Foram levantados quais benefícios de apoio e inclusão social produtivo os agricultores familiares tiveram acesso e quais projetos foram executados. Durante a condução dos trabalhos, recorreu-se ao método dialético e a coleta de dados aconteceu através de técnicas de pesquisa envolvendo entrevistas conduzidas com aplicação de questionário com questões abertas e fechadas. Os programas executados em Paço do Lumiar aos quais os agricultores tiveram acesso são o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), Programa de Fortalecimento Agricultura Familiar (PRONAF) e Programa de Compras da Agricultura Familiar (PROCAF). Estes programas têm ajudado os produtores locais na subsistência, no sustento de suas famílias e na produção, comercialização e geração de renda. Pois 80% dos entrevistados têm acesso a programas como PRONAF e PROCAF, enquanto 43% têm acesso a linhas de crédito. Portanto, uma ampla maioria subsiste dos valores que recebem de programas onde participam pelo fornecimento de produtos e feiras. Na percepção da totalidade dos entrevistados, os programas de fomento à agricultura familiar têm impactado de forma positiva na sua vida, tanto econômica quanto socialmente. Com a conclusão da pesquisa, pôde-se constatar que as políticas de fortalecimento à agricultura familiar têm contribuído para o incentivo aos produtores locais na produção e comercialização de insumos agrícolas, assim como a garantia da segurança alimentar.

  • MARILENE OLIVEIRA PEREIRA
  • ALCÂNTARA, TERRA DE INTERESSES: Desafios e Perspectivas da identidade da agricultura familiar na comunidade quilombola de Mamuna no munícipio de Alcântara.

  • Data: 10/10/2023
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  • No presente trabalho buscou-se explanar a situação de Alcântara-MA, especificamente a comunidade remanescente de quilombo Mamuna, campo empírico do referido texto dissertativo, o qual tratamos de evidenciar a situação vivenciada pelas comunidades mediante a uma nova ameaça de expulsão de seus territórios o que poderá comprometer seus trabalhos de subsistência e a erradicação de sua identidade étnica. Com uma territorialidade comprometida devido ao avanço de um grande arcabouço tecnológico, a comunidade Mamuna junto as demais comunidades se articularam e através de suas representatividades mantém a resistência mediante a luta pelo seu direito ao território de pertencimento ancestral. Vale ressaltar que essa luta contra essa nova ordem territorial e o racismo estrutural, esse último considerado um entrave na resolução da titulação das terras que até os dias de hoje nunca foram expedidas. Todo esse emaranhado de contrastes sociais comprometem o cotidiano das comunidades que temem uma nova expansão do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), uma vez que expandido novamente as consequências serão catastróficas, pois impactará todos os sistemas de produção da agricultura familiar, pesca e moradia dessa população. Esse estudo foi norteado pelo do método materialista histórico e dialético afim de compreendermos a construção histórica e interpretar essa realidade onde o homem está inserido

  • MARINA AZEVEDO FEITOSA
  • RESISTÊNCIAS LOCAIS AO DESENVOLVIMENTO GLOBAL: CAJUEIRO E MARUDÁ NA LUTA PELO DIREITO ÀS SUAS TERRITORIALIDADES

  • Data: 30/10/2023
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  • O presente trabalho coloca em questão o desenvolvimento, a partir das disputas territoriais entre mega empreendimentos “versus” comunidades tradicionais, sendo estas, especificamente, a implantação e a expansão do CLA “versus” Marudá (Alcântara-MA); e a implantação do Porto São Luís “versus” Cajueiro (São Luís-MA). A disputa se apresenta a partir do momento em que agentes institucionalizados na figura do capital e do Estado declaram interesses em um território e desapropriam compulsoriamente comunidades locais já certificados pelo próprio Estado. As análises de casos serão feitas na perspectiva da decolonialidade à luz de Mignolo (2020), privilegiando as narrativas dos agentes subalternizados às estruturas hegemônicas do capital e os seus efeitos sociais. As entrevistas feitas para esta pesquisa, outras coletadas em outros trabalhos acadêmicos e de falas observadas em algumas audiências públicas da/na comunidade são apresentadas neste trabalho, na intenção da apresentação exata dos interesses individuais e coletivos dos agentes da pesquisa. “O método de desenvolvimento e da explicitação dos fenômenos culturais, parte da atividade prática objetiva do homem histórico”. (KOSIK, 1926, p. 39). Entendemos aqui que o indivíduo está inserido na totalidade social e histórica, portanto, inseparado da natureza e da realidade. De entendimento dessa práxis humana de organização, à luz de Kosik e Mignolo, é que percebemos que os sujeitos são produtores de sua própria realidade, tentando transformá-la mesmo que frente às tramas jurídicas que se rogam numa tentativa de etnocídio. Este estudo verificou que o processo de enfrentamento das comunidades tradicionais em questão ainda se encontra ativo e através de mobilizações sociais, estes povos resistem pelo seu território e pelo direito de existir. Dessa forma, as entidades e agentes em análise se encontram em constante movimento trazidas aqui em seus interesses coletivos e individuais que somam e somarão não mais para uma reformulação do conceito de desenvolvimento (pois este paradoxo sistema capitalista não tem mais salvação e tange para o seu fim), mas na aplicabilidade de um modelo existente e eficiente, dado a sua existência há milhares de anos: o bem viver ou viver bem.

  • MILENA BARROS DE MIRANDA SALES
  • PRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO, SEGREGAÇÃO SOCIOESPACIAL E OCUPAÇÃO DE ÁREAS DE RISCO EM SÃO LUÍS (MA): a formação do bairro Vila Isabel Cafeteira

  • Data: 28/02/2023
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  • Este trabalho objetiva investigar a formação do bairro Vila Isabel Cafeteira, originado através de um processo de ocupação espontânea, estando em parte situado em “áreas de risco”. O foco é tentar perceber as relações entre os aspectos socioeconômicos (renda familiar, escolaridade, trajetória ocupacional etc.) dos moradores, com as suas motivações em ocupar esta localidade. Considerando características candentes da urbanização brasileira consolidadas nas últimas décadas, como a desigualdade de acesso ao espaço e à moradia, denotando o processo de segregação como intrínseco ao crescimento das cidades, buscou-se explicar como a produção do espaço urbano de São Luís, a partir do bairro destacado, reproduz estes aspectos mais amplos. A pesquisa fundamentou-se em dois tipos de dados: os primários, obtidos através da realização de entrevistas com os moradores do bairro e pela obsevação direta da realidade pesquisada; e os secundários, adquiridos por meio de informações sobre a expansão urbana brasileira e da cidade de São Luís produzidas pelo IBGE, além da análise de matérias públicadas em portais de notícias sobre o bairro, em geral evidenciando a situação de área de risco -  ocasionada por inundações e deslizamentos – de ruas da localidade. O foco foi compreender como as características do processo mais amplo de expansão urbana e segregação socioespacial do município de São Luís, se evidenciaram através das vivências individuais/familiares e pelas representações dos moradores entrevistados.

  • SANCLEY ESTANY DA SILVA LIMA
  • REGIÃO DA CHAPADA DAS MESAS: crescimento econômico e perspectivas do município de Estreito – MA, no período de 2000 a 2022

  • Data: 28/02/2023
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  • Estudos voltados ao crescimento econômico têm recebido bastante atenção na literatura e por mais que haja debates controversos, em geral, a maior parte considera que tal incremento tem efeito positivo sobre o desenvolvimento econômico. Porém, é necessário verificar se esse desenvolvimento foi suficiente para extinguir a maior parte das demandas  sociais, pois do contrário emergem malefícios como desproporção na distribuição de riqueza, manutenção da desigualdade regional, comprometimento do meio ambiente, entre outros que dificultam o acesso ao bem-estar social de forma ampla. A pesquisa tem por objetivo analisar o crescimento econômico do município de Estreito – MA, utilizando como base o período de 2000 a 2022. O método de estudo utilizado foi o materialismo histórico, que possibilita a análise de elementos essenciais para a compreensão do processo de formação socioespacial da Região da Chapada das Mesas, cujo estudo empírico é centrado na citada unidade subnacional. Para tanto, procedeu-se ao levantamento bibliográfico, cartográfico e documental, seleção de dados primários e secundários, aplicação de questionários, bem como análise e interpretação dos dados e informações obtidas. Apesar de ter registrado crescimento econômico no período de 2000 a 2022 e se destacar na Região Chapada das Mesas, o município de Estreito ainda se depara com uma gama de problemas sociais e ambientais que ficaram mais evidentes com o recrudescimento de investimentos e cuja referência é a Usina Hidrelétrica

  • SÉRGIO ANTONIO COSTA RIBEIRO

  • ACESSIBILIDADE URBANA NO ESPAÇO PÚBLICO DA CIDADE
    DE SÃO LUÍS - MA: obstáculos e possibiidades: Estudo de caso no bairro do João Paulo

  • Data: 24/02/2023
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  • O presente estudo teve como objetivo observar e analisar a acessibilidade urbana e como esta se coloca enquanto direito fundamental e indispensável no tocante ao direito à cidade. O método utilizado nesta pesquisa teve um viés marxista, na compreensão de como a lógica do capital burguês apropria-se do espaço urbano do bairro do João Paulo, de maneira específica na Avenida São Marçal. Neste cenário de conflitos acontece a reprodução do valor e da riqueza de maneira bem presente na cidade de São Luís. O bairro do João Paulo, desde o começo do século XX, contribuiu no processo de expansão da cidade de São Luís, antiga rota chamada de “Caminho Grande.” Nota-se a presença do poder no bairro do João Paulo através do Quartel do 24 BIS e também pelo enorme valor cultural que acontece pelas festividades do Bumba-meu-boi na grande Festa de São Marçal. A abordagem da pesquisa foi do tipo bibliográfica, pois trabalha-se um recorte teórico a partir de Santos (1977,2007,2013), Lefebvre (2001), Garcia (2012), Jacobs (2000), Gehl (2013), Speck (2016), Burnett (2008,2011), Pfluger (2012,2020), Lopes (2013,2016), Cunha (2012) entre outros autores, e também qualitativa, aquela que se faz por meio da observação não participante da prática cotidiana das pessoas ao se deslocarem dentro do espaço urbano do João Paulo, de como usam os espaços destinados a pedestres, e de que forma a acessibilidade urbana se torna um indicador na qualidade de vida de todos aqueles que buscam bens, serviços, trabalho e lazer no bairro do João Paulo. O diálogo com atores sociais que participaram da pesquisa, e que vivenciam acessibilidade em seus cotidianos, ajudou a contribuir na construção da reflexão sobre uma política urbana que assegure acessibilidade no espaço urbano do João Paulo como direito humano e fundamental. Concluiu-se, portanto, que o atendimento aos critérios de acessibilidade não deve visar apenas o cumprimento da Legislação vigente, uma vez que é um instrumento de promoção da cidadania, possibilitando a criação de espaços que acolham e reconheçam todas as pessoas de maneira democrática e inclusiva.

     

2022
Descrição
  • ANTONIO JOSE DE CASTRO FILHO
  • AS CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS DOS MICROEMPREENDEDORES INDIVIDUAIS:
    As Especificidades do Microempreendedorismo da Área Itaqui-Bacanga de São Luís

  • Data: 31/03/2022
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  • dgthgvgb

  • BRUNA CAROLINE DOS SANTOS GOMES

  • EMPREENDEDORISMO SOCIAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: um estudo sobre a cadeia produtiva do coco babaçu na região de Itapecuru Mirim – MA.

  • Data: 24/10/2022
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  • O presente estudo tem como objeto de análise a relação entre o empreendedorismo social e o desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva do babaçu a partir do caso específico da região de Itapecuru-Mirim. Demonstra-se que a exploração do babaçu no Maranhão se deu de forma complexa e contraditória, na qual o fruto era aproveitado de forma apenas parcial.  Enquanto os setores industrial e comercial acumulavam mais valia, famílias extrativistas revendiam a amêndoa a quilo por um preço ínfimo. Com a contribuição dos movimentos sociais no campo, no início dos anos 90, abriu-se uma discussão sobre opções laborais que ultrapassavam as relações formais do trabalho assalariado. Com uma proposta mais inclusiva, empreendimentos como associações, cooperativas e clubes de mães tem se espalhado pelo interior maranhense. Na região do Vale do Itapecuru, quebradeiras de coco, produtoras e empreendedoras modificam o status quo por meio do empreendedorismo. A investigação traz como perspectiva teórica a obra de Alexander Chayanov, economista agrário russo que investigou as especificidades do tecido social no meio rural. Para o autor, o fenômeno salário não chega até a unidade produtora camponesa, que terá outra motivação para o trabalho: a satisfação de suas necessidades por meio da produção coletiva, tal como ocorre no campo empírico da presente pesquisa. Em Itapecuru Mirim, buscou-se caracterizar o papel do empreendedorismo social e a contribuição do mesmo para o desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva do babaçu na região. Buscou-se, também, avaliar se este tipo de empreendimento promove o protagonismo e empoderamento das famílias envolvidas na atividade. Para tanto, valeu-se de pesquisa de campo e aplicação de questionários junto aos órgãos de apoio ao extrativismo e à agricultura familiar que atuam na região. Conclui-se sobre a relevância do empreendedorismo social como gerador de renda e no rompimento de algum nível de estado de risco social nas comunidades investigadas.

  • CAROLINA MARIA BRUZACA PINTO
  • REGGAE MARANHENSE AFRO-ATLÂNTICO: o crescimento da Liberdade e o assentamento da Jamaica Brasileira.

  • Data: 21/12/2022
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  • O reggae é uma expressão musical negra jamaicana que tomou proporções globais nos anos 70. Na ilha de São Luís do Maranhão (Brasil) houve uma adesão ao ritmo jamaicano de forma predominante nas periferias da cidade, onde em meados dos anos 70 para o início dos anos 80 existiam espaços onde parte da população local de maioria negra celebrava o ritmo. O Maranhão, e, especialmente São Luís, possuem destaque no contexto nacional sobre a prevalência do ritmo em seus territórios. No contexto da indústria cultural local o reggae foi atribuído a uma identidade regional, mobilizando políticas públicas de cultura e turismo em São Luís. Uma inquietação constante dentro dos debates públicos sobre a dinâmica do reggae local gira em torno de ‘’como’’ o reggae chegou no Maranhão e do ‘’porquê’’, especialmente na capital, a adesão ao ritmo pelas camadas populares foi predominante. Este trabalho busca colaborar com esse inquieto debate através do estudo da expansão do Bairro da Liberdade (São Luís) entre os anos 70 e 80, com foco na formação urbana das populações negras que ali se relacionavam com o reggae. A pesquisa intenciona fornecer dados que colaborem para a compreensão de que a forte adesão ao reggae em São Luís, dentre vários fatores, também é atribuída a dimensão espacial vivida pela população negra local na chegada do reggae à capital.

  • DANIELLE SANTOS DE FREITAS
  • DESENVOLVIMENTO SOCIAL: lutas e contradições na atuação da Rede de Bibliotecas Comunitárias Ilha Literária

  • Data: 16/12/2022
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  • Este trabalho pretende investigar a atuação da Rede de bibliotecas comunitárias “Ilha Literária” no âmbito da efetivação do direito humano à leitura no bairro do Coroadinho e da Cidade Operária, duas comunidades periféricas de São Luís. Com o objetivo de perceber se e de que modo esses espaços públicos contribuem para o desenvolvimento social das comunidades às quais estão inseridas. Para apreendermos criticamente tal movimento, nossas análises foram ancoradas no materialismo histórico enquanto perspectiva metodológica. Em relação ao referencial teórico que serviu de base e sustentação para o desenvolvimento da presente pesquisa, priorizou-se autores que trabalham com uma análise crítico-dialética da realidade social, processo indispensável para a compreensão do objeto em estudo. Entre as principais referências, tem-se: Karl Marx e Friedrich Engels, Antonio Gramsci, Jorge Acanda, Ricardo Antunes, Virgínia Fontes, Allyson Mascaro, Carlos Montaño, entre outros. Como instrumentos de coleta de dados utilizamos a pesquisa bibliográfica nas principais bases de dados de pesquisa e a pesquisa documental em fontes disponibilizadas pela Rede Ilha Literária, por meio de uma pesquisa de campo foi auxiliada por anotações em diário de campo, aplicação de entrevistas semi-estruturadas e aplicação de questionários. Os resultados da pesquisa apontam que mesmo frente ao avanço do capital, as bibliotecas comunitárias resistem e têm conseguido melhorar a vida do seu público e da comunidade em que estão inseridas por meio da aplicação humanizadora da leitura. Enfatiza-se  que o livro de literatura, mediado sob uma perspectiva emancipatória, possibilita o discernimento sobre os Direitos Humanos, estimulando o desenvolvimento de sujeitos mais conscientes, com habilidades para melhor assimilar sua responsabilidade no mundo e de transformá-lo por meio de suas condutas. A teoria gramsciana levou-nos a identificar que os principais parceiros e subsidiadores da Rede Ilha Literária formam um conglomerado de Aparelhos Privados de Hegemonia que, junto a outros de alcances e potências diferenciados, formam uma complexa rede social composta por uma fração da burguesia brasileira, que influencia e age sobre a educação pública em várias frentes, em especial, nas políticas públicas do livro e da leitura, nas práticas e no consenso.

  • FABIOLA EWERTON KAMAKURA MESQUITA
  • A DEFESA AGROPECUÁRIA E OS SERVIÇOS DE INSPEÇÃO : LIMITES E POSSIBILIDADES PARA GERAÇÃO DE RENDA NA AGRICULTURA FAMILIAR. UM ESTUDO DE CASO DO SERVIÇO DE INSPEÇÃO DO MARANHÃO E DA REGIÃO IMEDIATA DE VIANA/MA .

  • Data: 28/03/2022
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  • O Avanço das estruturas públicas voltadas à execução da Política de Defesa Agropecuária no país permitiu ao longo dos anos a estruturação de vários programas voltados à saúde animal, em especial, o considerado de maior impacto e que foi o grande fomentador destas estruturações: o Programa Nacional de Erradicação a Febre Aftosa.

    A busca pela erradicação da Febre Aftosa no País, impulsionada pelo interesse do grupo hegemônico rural brasileiro, teve um papel fundamental no avanço da criação e consolidação dos órgãos estaduais de Defesa Agropecuária no Brasil, que, de forma geral, atuaram por muitos anos prioritariamente com este objetivo.

    No Maranhão, similar ao que ocorreu em boa parte do país, em especial ao Nordeste, a Agência Estadual de Defesa Agropecuária – AGED, teve suas ações fortemente pautadas no direcionamento de tornar o estado livre da Febre Aftosa. Sendo assim, o órgão se tornou popularmente conhecido como “o órgão da vacinação contra a Febre Aftosa”, trazendo para sua identidade uma única parcela de rua responsabilidade institucional.

    A análise dos dados e informações coletados ao longo deste trabalho de pesquisa indicaram que a AGED assumiu ao longo dos anos uma postura focada em direcionamentos ditados pelo Ministério da Agricultura, que conduziu as ações da Defesa Agropecuária no estado para uma realidade que não atendia necessariamente a demanda de grande parte dos produtores maranhenses, principalmente os familiares, a exemplo da postura higienista adotada pelo S.I.E seguindo o direcionamento estabelecido pelo RIISPOA.

    Apesar das dificuldades, puderam ser observados dados que demonstram o avanço do S.I.E-MA, incluindo a iniciativa de um regramento próprio que buscava a simplificação das normas para beneficiar as agroindústrias de pequeno porte, artesanais e familiares, a Lei  Estadual no 10.086/2014 e o Decreto Estadual no 30.388/2014.

    Entretanto, na Região objeto deste estudo, a Imediata de Viana, o desafio é ainda maior, tendo em vista que não existe nem mesmo o arcabouço legal de concepção do S.I.M em 80% dos municípios. 

    Articular as políticas públicas e simplificar as formas de acesso são grandes desafios que precisam ser alcançados para que de fato os Serviços de Inspeção não se tornem mais um intransponível desafio para a agricultura familiar no Maranhão e sim um ponto de apoio e orientação com objetivo de fortalecê-los.

     

  • JAINE DE JESUS ALVES CALDAS
  • QUILOMBOLAS FRENTE AOS EFEITOS SOCIAIS DO AGRONEGÓCIO: estratégias de luta e resistência no território de Saco das Almas em Brejo/Buriti - MA

  • Data: 30/12/2022
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  • Os conflitos entre detentores de capital e povos que dependem diretamente do território para sua reprodução material e simbólica evidenciam a correlação de forças existentes no sistema capitalista, o qual, na busca desenfreada pela acumulação do lucro atua embasado numa lógica colonialista. O artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias assegura o direito dos remanescentes de quilombos sobre seus territórios, devendo o Estado responsabilizar-se pela emissão dos títulos. Todavia, a dicotomia entre o legal e o real é acentuada na estrutura brasileira, promovendo incertezas e ameaças a essas coletividades. Nesse contexto, encontra-se Saco das Almas, território quilombola, situado no Leste Maranhense, nos municípios de Brejo e Buriti, inserido na dinâmica do MATOPIBA, fronteira agrícola apresentada como plano desenvolvimentista do governo brasileiro desde 2015. A região da nova fronteira comporta um número significativo de populações tradicionais, as quais passam sofrer constantes investidas do agronegócio. Nessa perspectiva, a referida pesquisa anseia investigar quais os processos organizativos de resistência dos quilombolas de Saco das Almas para enfrentar os efeitos sociais do agronegócio na região de Brejo/Buriti- MA. No decorrer deste percurso adota-se duas bases metodológicas, as quais privilegiam tanto a análise da totalidade dos processos sociais a fim de uma compreensão orientada para além do aparente, quanto, uma metodologia fincada na contraposição da lógica da modernidade/colonialidade, pois prioriza histórias locais e fronteiriças, portanto, aplica-se o método materialista histórico dialético e a proposta decolonial. Aponta-se Saco das Almas como território quilombola não titulado pelo órgão responsável, implicando aos moradores das comunidades riscos iminentes em decorrência do avanço dos campos de soja.  Diante do predadorismo do modo de produção capitalista, os quilombolas põem-se numa posição de luta e resistência para defender o direito ao território, a manutenção da vida, e um projeto libertador ancorado num outro tipo de sociedade, o Bem Viver.

  • JUSSARA MARTINS NOGUEIRA
  • O conselho da cidade e o planejamento urbano de São Luís na dimensão da participação

  • Data: 25/02/2022
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  • Esta dissertação analisa o Conselho da Cidade de São Luís, no período entre 2006 e 2010. Para o desenvolvimento desta dissertação foram empregados métodos investigativos: o levantamento bibliográfico, ou seja, recorrência aos teóricos que serviram como referência de literatura e a coleta de dados, método empregado em que se utilizam entrevistas subjetivas. Esta dissertação apresenta quatro capítulos, as considerações e as referências. Com base na questão da participação social, concluiu-se que esta não acontece de forma concreta nas decisões de formulação das políticas públicas do planejamento da cidade.

  • LOHANNE CAROLINE CORREIA DOMINGUES

  • “E aí vumbora, vamo na luta”: territorialização contra-hegemônica e resistências sociais das comunidades de Jambuca e Batista, Maranhão, Brasil”, 

  • Data: 30/11/2022
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  • Esta pesquisa objetiva identificar as estratégias de resistência e de articulação política acionadas pelas Comunidades Tradicionais Jambuca e Batista em Campo de Perizes, Bacabeira, na defesa de suas territorialidades diante da dinâmica de avanço do Capital no Maranhão. A localização do município de Bacabeira, com rede de infraestruturas logísticas (rodovia BR-135, Estradas de Ferro Carajás e Transnordestina, linhas de transmissão de energia, sistema Italuís) e proximidade com o Complexo Portuário do Itaqui, há muitos anos vêm atraindo investimentos nacionais e internacionais ligadas à exploração e produção mineral, atividades vinculadas ao agronegócio e a construções de grandes obras de infraestrutura que impulsionam a circulação e reprodução do capital. O período demarcado como referência para a pesquisa é de 2016 a 2020, onde as primeiras ações coletivas de resistências e articulações políticas foram acionadas e continuaram se reproduzindo diante de ameaças constantes de remoção das comunidades tradicionais. O modelo de desenvolvimento no Brasil, pautado em atrair investimentos nacionais e internacionais que “modernizem” e tragam “progresso” ao país, carregado de contradições e desrespeito aos direitos sociais e étnicos, vem impactando diretamente diversos povos e comunidades tradicionais, esgotando os recursos naturais, flexibilizando leis e interferindo em modos de reprodução social. Em tal contexto, Jambuca e Batista, fazem parte de uma gama de comunidades tradicionais em áreas rurais do Maranhão que vivenciam impactos de grandes projetos de desenvolvimento e criam, de forma antagônica, movimentos de resistência em defesa de seus territórios e encontram, no ato de (r)existir, uma forma de serem visibilizados para além da ideologia de vazios demográficos. O método adotado para a análise de tais processos tem base no materialismo histórico dialético (MARX, 2008), pois parte do pressuposto de que a realidade concreta não se apresenta verdadeiramente como é, mas de forma abstrata, sendo o concreto síntese de diversas determinações. A concepção teórico-metodológica da pesquisa combina proposições de Smith (1998), Harvey (2005, 2014) a respeito da produção capitalista do espaço, apoiando-se em estudos decoloniais de Escobar (2014), Porto-Gonçalves (2012) e Quijano (2002), identidades rurais e territorialidades de Little (2004), Cândido (2017), Haesbaert (2007) e Woortmann (1981), bem como processos de resistência social de grupos despossuídos discutidos em Scott (2013), Castells (2018) e Laclau e Mouffe (2015). A dissertação contempla pesquisa bibliográfica, complementada com estudos de caso em publicações científicas e especificada com pesquisa documental oficial e mídias eletrônicas, e a pesquisa direta, efetivada através de visitas e estudo de campo, buscou a caracterização sócio-espacial das comunidades, com a identificação do território pelos próprios moradores na produção de mapas coletivos, levantamentos fotográficos e entrevistas com moradores, agentes sociais e gestores públicos envolvidos diretamente ou indiretamente no conflito pela terra. Os resultados da pesquisa apontam que, mesmo em condições desfavoráveis na correlação de forças na luta pelo território, as ações de resistência e as articulações políticas ocorrem a partir do próprio movimento interno de organização das comunidades de Jambuca e Batista, que usam e buscam múltiplas formas para isso acontecer. O repertório de enfrentamento fica evidente diante de uma militância interna, resultante de ações cotidianas, que buscam envolver e comprometer todos os moradores na defesa de suas territorialidades.

  • MICHELLE SANTOS ROCHA

  • OS IMPACTOS DO TURISMO NO MUNICÍPIO DE SANTO AMARO-MA ANTES E DEPOIS DA CONSTRUÇÃO DA RODOVIA MA 320: uma análise sob a percepção dos atores sociais

  • Data: 17/03/2022
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  • Este estudo analisa os impactos do turismo no município de Santo Amaro MA antes e depois da Rodovia MA 320 sob a percepção dos seus atores sociais, refletindo sobre as principais implicações no desenvolvimento local. Está fundamentada no método Materialismo Histórico Dialético, pois analisa as contradições do objeto estudado. Contextualiza as dinâmicas do turismo com sua história, tipologia e sustentabilidade, a partir dos diversos impactos que são atribuídos a essa atividade nas esferas econômicas, socioculturais e ambientais. Indica também uma compreensão dos processos por meio da percepção dos atores sociais do governo, mercado e da sociedade civil sobre a realidade desta região, considerando o papel desenvolvido por cada um deles na organização do turismo. Desse modo, caracteriza o referido município com informações gerais da sua história, economia, heranças e tradição, enfatizando as relações turísticas. Em seguida, profere sobre o turismo de base comunitária que já ocorria de forma espontânea e sobre o que está sendo implantado atualmente em contraposição ao turismo de massa ocasionado após a inauguração da estrada. Destaca-se também dois projetos que visam a instalação de grandes empreendimentos turísticos no município com a facilidade do acesso que a estrada MA-320 proporciona. Sob este prisma, a discussão é centralizada nos impactos positivos e negativos do turismo na percepção e avaliação desses atores envolvidos. 

  • PLHINIO VINICIOS MORAES PEREIRA
  • O PAPEL DA ATIVIDADE AGRÍCOLA NA COMUNIDADE QUILOMBOLA DE JUÇARAL DOS PRETOS, PRESIDENTE JUSCELINO-MA.

  • Data: 07/03/2022
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  • Os processos de desenvolvimento econômico desde o primórdio no Brasil foram responsáveis pela maioria das grandes alterações sociais que moldaram a sociedade da maneira como a conhecemos hoje. O processo de escravidão sofrido pelos povos africanos no Brasil, é uma representação real do modo como a atividade econômica pode ter influência e consequências danosas e permanentes. Os escravos, no processo de fuga das fazendas, buscavam sobreviver e se afirmar. A formação dos quilombos, era um ato de resistência e sobrevivência, e que se mantinha graças ao aspecto da terra e da produção do próprio alimento através da agricultura e criações. Mesmo após o “fim da escravidão”, os quilombos ainda permaneceram por um longo e complicado período, ao qual os quilombolas, eram invisíveis ao Estado. O processo de desigualdade social e econômica vivida também por este grupo da população brasileira, somente retrata como estão as políticas públicas voltadas ao segmento. Com o passar do tempo, os territórios quilombolas, foram ganhando aos poucos o poder para se fazer presente ao Estado. Somente após a Constituição de 1988, foram iniciadas tratativas para os processos de Certificação e Titulação de Territórios, que aos poucos vão tendo seu reconhecimento. Nesse sentido, este trabalho visa analisar o processo da atividade agrícola e pecuária em comunidade quilombola, e os processos de Certificação e Titulação de Territórios Quilombolas. O enfoque do trabalho se deu representação e análise dos dados atuais dos Processos de Certificação e Titulação de Territórios Quilombolas, assim como resultados da Comunidade Quilombola Juçaral dos Pretos em Presidente Juscelino, onde foram analisados os dados históricos, produtivos e sociais, com pesquisas entre jovens e adultos.

  • RAYLLANNE REBECCA PEREIRA FILGUEIRAS

  • Organização política e resistência dos trabalhadores rurais em Santa Quitéria - Bacabeira-MA - em face da implantação de grandes projetos de desenvolvimento na região.

  • Data: 30/03/2022
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  • A presente dissertação expõe os resultados da pesquisa sobre a temática “organização política e resistência dos trabalhadores rurais em Santa Quitéria – Bacabeira –Ma”. Analisa os projetos de desenvolvimento industrial na comunidade de Santa Quitéria- Bacabeira-Maranhão, em face da implantação de grandes projetos de desenvolvimento na região, destaca as implicações desses projetos na vida dos trabalhadores rurais do município e analisa a organização e resistência dos trabalhadores rurais da comunidade na luta pela terra. Para tanto, fundamenta-se no materialismo histórico-dialético, com destaque em categorias históricas e conceituais pertinentes ao objeto de estudo (organização, resistência e consciência de classe) e inseridas no quadro de referência teórico-metodológico utilizado na pesquisa realizada, para fins desta dissertação. Analisa a lógica de implantação de grandes empreendimentos nos países periféricos, evidenciando a política de desenvolvimento no Brasil e sua relação de dependência com países hegemônicos no processo de expansão do capital. Contextualiza os conflitos e a luta pela terra no Brasil, notadamente no Maranhão, como uma questão histórica, passada e presente, das classes sociais. Destaca, também, o processo de expansão dos projetos empresariais financiados por verbas federais e transnacionais que anunciam a dinamização e modernização no município de Bacabeira, local de implantação da Refinaria Premium I e a particularidade do povoado Santa Quitéria. Esses projetos, desconsideram o modo de vida e de trabalho dos trabalhadores de Santa Quitéria e, principalmente, o seu direito à terra. Por fim, analisa as formas de expressão da consciência da classe trabalhadora nas suas organizações e lutas políticas, centralizando a discussão na organização e resistência dos trabalhadores rurais de Santa Quitéria e destacando diversas táticas utilizadas pelos trabalhadores, na luta pela terra como necessidade histórica e de sobrevivência. Nesse contexto, evidencia que a organização é um processo político de resistência da classe trabalhadora, contra as ofensivas do grande capital.

  • REGINA MORAES SOARES

  • ORGANIZAÇÃO E RESISTÊNCIA NA LUTA DOS TRABALHADORES RURAIS DA COMUNIDADE DO CAJUEIRO, EM FACE DO PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO TUP/PORTO SÃO LUÍS-MA

  • Data: 30/03/2022
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  • Esta dissertação apresenta uma reflexão e análise sobre os projetos de desenvolvimento industrial na comunidade do Cajueiro situada na Zona Rural II de São Luís, Maranhão, evidenciando alterações na dinâmica territorial da comunidade em estudo, bem como discute a organização e resistência dessa comunidade frente às ações de projetos desenvolvimentistas. De maneira específica, demonstrou-se que essa comunidade centenária vive essencialmente do extrativismo, da agricultura e da criação de pequenos animais e, desde 2014, vivencia uma luta socioterritorial e um grande enfrentamento por parte dos seus trabalhadores contra a instalação do TUP Porto São Luís, representado pela empresa WPR São Luís Gestão de Portos e Terminais e pela empresa chinesa China Communications Construction Company. Destacou-se, ainda, a instalação dos projetos industriais sob a dinâmica do capital e suas implicações nas disputas pela terra. Contextualizou-se a lógica do capital nos países periféricos e a política de desenvolvimento no Brasil, a partir da década de 1950 até a década de 1980, enfocando o papel do Estado e do mercado frente a essas políticas. Abordou-se a ação dos projetos industriais, bem como a expansão portuária na comunidade do Cajueiro, a partir dos projetos financiados por verbas federais e transnacionais que desconsideram o modo de vida e a diversidade cultural, além do direito desses trabalhadores à terra. Analisou-se, também, as alterações no modo de vida e nas condições laborais dos trabalhadores rurais da comunidade do Cajueiro diante da perspectiva de implantação do Porto Privado. Centrou-se a discussão na organização e resistência dos trabalhadores rurais no Brasil, destacando as formas de expressão da consciência da classe trabalhadora. Por fim, analisou-se a luta da comunidade do Cajueiro em seus movimentos de consciência política, evidenciando suas formas e estratégias de organização e resistência na luta pela terra como condição de sobrevivência. Portanto, a organização política nesse contexto é a expressão dos trabalhadores perante o conflito gerado pelo capital. Este estudo está fundamentado no método materialista histórico-dialético, tendo como referência a pesquisa bibliográfica e documental, para compreender as categorias centrais e suas implicações na realidade concreta, precisamente da comunidade do Cajueiro. 

  • WELLITON RESENDE SILVA

  • A POLÍTICA DE TRANSPARÊNCIA E ACESSO À INFORMAÇÃO PÚBLICA: uma análise dos portais da transparência em municípios maranhenses - limites e possibilidades

  • Data: 25/02/2022
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  • Esta dissertação analisa a política de acesso à informação pública tendo como referência empírica os portais de transparência nos municípios maranhenses mais populosos. Por meio da Escala Brasil Transparente (EBT), a CGU avalia a efetividade dos portais da transparência e dos Serviços de Informação ao Cidadão (SIC) e atribui uma nota aos municípios brasileiros. Do ponto de vista metodológico fez-se uso de análise dos dados divulgados pela CGU e entrevistas com gestores públicos e organizações da sociedade civil. Em relação ao panorama da transparência, EBT revelou que nenhuma prefeitura atingiu o nível ótimo de transparência. Com o nível de transparência considerado bom estão as prefeituras de São Luís, Imperatriz, Açailândia e Buriticupu. Apresentando um nível de transparência regular encontram-se as prefeituras de Itapecuru-Mirim, Timon, Balsas, Zé Doca, Paço do Lumiar, Bacabal e Tutóia. Obtiveram nível de transparência ruim Barra do Corda, Viana, Grajaú, Coroatá, Barreirinhas, São José de Ribamar, Vargem Grande, Chapadinha e Pinheiro. E, por fim, apresentaram nível de transparência considerado péssimo Santa Luzia, Santa Inês, Codó e Caxias. A pesquisa revelou que 55% das prefeituras avaliadas apresentam problemas na transparência ativa e passiva. E esse problema tem que ser reconhecido como prioritário e de grande relevância pela sociedade e pelo governo. Apesar de os portais terem se tornado instrumentos centrais da transparência pública, eles ainda não têm recebido a atenção merecida por grande parte dos gestores maranhenses, não cumprindo as determinações básicas apontadas pela Lei.

2021
Descrição
  • ADRIANA SILVA SANTANA MENDONÇA

  • QUEM VÊ CARA NÃO VÊ CORAÇÃO: Um Estudo da Gentrificação da Lagoa da Jansen em São Luís do Maranhão  

  • Data: 10/12/2021
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  • Estudo sobre a formação da Lagoa da Jansen em São Luís do Maranhão, fazendo uma análise socioespacial da área com o objetivo de visualizar a gentrificação existente na construção do espaço, que causou a valorização de algumas partes e a desvalorização de outras dentro do espaço de estudo. Posteriormente apresentar como se encontra a Lagoa da Jansen na contemporaneidade e o reflexo dessas mudanças na paisagem urbana.

  • ALEXANDRY SERRA CASTELO BRANCO


  • NA ROTA DOS QUILOMBOS DE GUAXENDUBA: PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO E TERRITORIALIDADES DA COMUNIDADE SANTA MARIA, EM ICATU, MA.

  • Data: 10/12/2021
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  • Nessa dissertação objetiva-se analisar os projetos de desenvolvimento local: Rota Quilombola de Guaxenduba, coordenado pela Secretaria Extraordinária de Igualdade Racial (SEIR), vinculada ao Governo do Estado do Maranhão e a Rota Guaxenduba, proposto pelo Núcleo de Extensão e Desenvolvimento (LABEX), da Universidade Estadual do Maranhão, através de suas propostas e intervenções na comunidade quilombola de Santa Maria de Guaxenduba, em Icatu- MA. Tais projetos propõem o desenvolvimento local por meio de conceitos que não fazem parte da atual configuração produtiva da comunidade, enquanto a Rota gerida pela SEIR preconiza por um modelo agrícola mais tecnológico, a Rota conduzida pelo LABEX investe no turismo de base comunitária (TBC). A comunidade de Santa Maria de Guaxenduba possui na pesca a atividade que mais desperta o interesse nos moradores, por ser amplamente realizada e representar a principal fonte de receita desse lugar. Discutir-se-á aqui ainda as conflitualidades entre as pretensões desses projetos e as demandas e particularidades socioprodutivas, territoriais e culturais da comunidade. A instrumentação teórica que conduziu esse trabalho foi o método do materialismo histórico e dialético, e os procedimentos metodológicos desenvolvidos foram: o levantamento e análise sobre a temática a ser discutida, sobre Icatu e a comunidade de Santa Maria e sobre categorias associadas à pesquisa, tais como desenvolvimento e territorialidade; reuniões com órgãos e instituições estaduais, para obtenção de dados e informações sobre os projetos de desenvolvimento em curso em Icatu; trabalhos de campo nas comunidades quilombolas Mata, Fazenda e Santa Maria para análise empírica de questões a que precisaram ser esclarecidas ou aprofundadas. Os aportes teóricos somados às informações colhidas in loco proporcionaram discussões sobre o discurso e a atuação de projetos estatais de desenvolvimento em uma realidade específica da comunidade quilombola de Santa Maria de Guaxenduba.

  • ALEXSANDRA DE SOUSA AICK

  • O TRABALHO DAS MARISQUEIRAS E SUAS IMPLICAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO LOCAL NO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DE RIBAMAR- MA

  • Data: 13/12/2021
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  • Este estudo objetiva analisar as implicações do trabalho das marisqueiras para o desenvolvimento local no município de São José de Ribamar. Contextualiza o mundo do trabalho e as relações de gênero para entender as condições sociais e de vulnerabilidade social em que estas estão inseridas. Identifica as formas de produção sócio econômica dos mariscos para o desenvolvimento local olhando ainda a divisão sexual do trabalho dentro da comunidade de pesca artesanal e traçando o perfil dessas mulheres. Para nortear essa análise, utilizou-se o método materialismo histórico dialético como fundamento teórico- metodológico,no intuito de entender as contradições existentes nas categorias que envolvem este estudo, bem como as suas determinações históricas e materiais. Para tanto escolheu-se a pesquisa qualitativa e quantitativa para analisar criticamente as particularidades das condições de vida das marisqueiras dentro do seu contexto socioespacial. Usou-se como técnicas auxiliares, a observação participante, entrevista semi estruturada, levantamento bibliográfico e documental em fontes oficiais primárias e secundarias, com dados estatísticos. A pesquisa de campo foi auxiliada por anotações em diário de campo das histórias orais, registros fotográficos e gravações em áudio. O resultado desta pesquisa mostrou que o trabalho das marisqueiras é possível contribuir para o desenvolvimento local e geração de renda, no entanto existem muitas dificuldades que precisam ser superadas. Constatou-se que é necessário o fortalecimento da organização social e política das marisqueiras, assim como políticas públicas de gênero que contemplem suas reais necessidades. Os programas governamentais e a casa de beneficiamento do marisco, projetos considerados de desenvolvimento local pelos gestores públicos exige também mais ampliação e divulgação bem como aceitação da comunidade. Por outro lado, os paradigmas da divisão sexual do trabalho legitimam as condições de precariedade ainda existente no meio das marisqueiras prevalecendo em situações de desigualdades e de invisibilidade do seu trabalho.

  • DEUZILENE PEDRA VIEGAS ARAGÃO

  • O PROGRAMA NACIONAL DE HABITAÇÃO RURAL EM ALCÂNTARA: uma análise a partir da comunidade de Paquatiua

  • Data: 16/12/2021
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  • O presente trabalho socializa as percepções dos beneficiários do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR) em duas comunidades rurais em Alcântara. O objetivo é apresentar as representações dos beneficiários sobre o programa implantado pela Associação de Moradores e Produtorees da Comunidade de Paquatiua. No Brasil, o planejamento das ações estatais na área habitacional, voltadas para atender demandas dos trabalhadores é caracterizado pela capacidade de organização desse segmento e, pela conjuntura do capital. O desenvolvimento do Capitalismo no país, a partir da década de 1930, impôs ao Estado o desafio de implantar políticas, inclusive no campo habitacional. Os processos históricos de lutas por moradia ganharam densidade, desafiando os governos a investirem em políticas que respondessem tais demandas. Como uma dessas respostas surgiu o Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) nas modalidades urbano e rural. O PMCMV trouxe como uma de suas marcas, a produção de unidades com o mesmo padrão arquitetônico, como já havia sido realizado em programas estatais de habitação anteriores. A comunidade quilombola Paquatiua na zona rural de Alcântara, beneficiada pelo PNHR tem especificidades históricas e culturais marcantes. A implantação do programa trouxe elementos novos para a rotina dos moradores, alguns característicos do urbano. Ao avaliarem o PNHR, os beneficiários se reconheceram como sujeitos de direitos da política habitacional estatal. O programa foi avaliado pelos entrevistados como bom ou excelente. Conclui-se que o PNHR trouxe para os moradores de Alcântara, a possibilidade de acesso à polìtica habitacional estatal e, apesar de incipientes e contraditórias, as políticas sociais são necessárias, uma vez que contribuem para a reprodução social dos sujeitos e para melhorar sua qualidade de vida.

  • GLENDA ALEXANDRE SANTANA
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    O BALDE, A VASSOURA E OS PROJETOS: uma análise da questão racial no campo da Arquitetura no Maranhão

  • Data: 03/11/2021
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  • A produção acadêmica brasileira, de um modo geral, é atravessada por diversos fatores relacionados ao seu passado colonial. Desde o princípio do plano de conquista e colonização do Brasil, as relações de poder aqui desenvolvidas delinearam um processo de subalternização, silenciamento e subordinação, que se manteria e se reinventaria mesmo depois do fim formal desse período. O país se viu carregado de influências das mais diversas estruturas de poder decorrentes das relações coloniais. Logo, a colonização no Brasil termina, mas as estruturas de dominação e dependência internacional são mantidas. A definição desses padrões internacionais (europeus) como modelos hegemônicos torna as ciências não hegemônicas dependentes da importação desse conhecimento dito universal. Dessa maneira, metodologias, conceitos, ideias, projetos, pesquisas são determinados, orientados e controlados com base nas ciências dos países dominantes. Assim, esta pesquisa se realiza a partir da análise das implicações do colonialismo e do racismo estrutural na concepção eurocentrada do modo de fazer ciência, tendo como campo empírico o Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e como objetivo principal analisar os impactos desses processos históricos nesse campo do conhecimento. Elabora-se uma breve contextualização histórica sobre a origem do eurocentrismo e do racismo científico, bem como os efeitos do colonialismo, para, em seguida, adentrar na história da Arquitetura, que, por si só, configura uma história de silenciamento. Ao longo do trabalho são analisadas as primeiras grades curriculares dos primeiros cursos de Arquitetura no Brasil e, posteriormente, a composição das grades no curso da UEMA, além da análise racial do quadro de professores. Ao final, são analisados os dados construídos sobre o processo de implantação do curso na UEMA e suas representações atuais, enfatizando a fala de discentes e docentes. Esta pesquisa, portanto, centra-se nos conceitos de eurocentrismo, colonialidade (do poder e do saber) e racismo estrutural, partindo de uma abordagem baseada em autores decoloniais e na perspectiva teórico-metodológica de Pierre Bourdieu.

  • JÉSSICA NEVES MENDES

  • DAS (IM)POSSIBILIDADES DO MERCADO INSTITUCIONAL PARA AGRICULTURA FAMILIAR: análise do Programa de Aquisição de Alimentos no assentamento rural Cinturão Verde no município de São Luís – MA de 2014 a 2020.

  • Data: 10/08/2021
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  • A presente pesquisa tem como objetivo analisar as implicações da dinâmica do Programa de Aquisição de Alimentos no assentamento rural Cinturão Verde. Evidenciamos o assentamento Cinturão Verde nesta pesquisa, tendo em vista o assentamento concentrar o maior quantitativo de beneficiários do PAA no município de São Luís, além disso, a cidade contava como um dos municípios do Maranhão com maior representatividade no PAA, em termos de beneficiários consumidores e fornecedores. Buscamos ainda nesta pesquisa, relacionar o processo de articulação do assentamento Cinturão Verde com o PAA; identificar os entraves do mercado institucional no assentamento Cinturão Verde; diagnosticar os efeitos socioeconômicos na organização produtiva do assentamento Cinturão Verde. Para alcançarmos os objetivos propostos, estabelecemos para nossas análises o Materialismo Histórico e Dialético como fundamento teórico-metodológico, uma vez que evidenciamos as correlações de poder existentes e o jogo de forças mediado pelo Estado, bem como, referencial teórico com autora dinâmica do PAA, para os agricultores do assentamento, sobretudo as desarticulações que a política vem soes que discutem acerca do território, agricultura familiar e PAA, além do levantamento de dados secundários de modo a auxiliar-nos para nossas análises, representando-os cartograficamente. Desse modo, analisamos o comportamento de políticas públicas voltadas para o campo, ressaltando a desarticulação de estruturas na escala Federal de apoio à agricultura familiar, que se reflete nos drásticos cortes de tais políticas, como no caso do PAA, instituído em 2003, como política voltada para a promoção da segurança alimentar, aliando agricultura familiar com combate à fome. Elencamos ainda, as transformações socioespaciais no município de São Luís, de modo a enfatizar como estas têm afetado a produção agrícola na zona rural do município, sobretudo o assentamento Cinturão Verde, o qual caracterizase por uma produção agrícola diversificada, atendendo feiras e mercados em grandes centros urbanos de São Luís, assim como, as implicações dfrendo, comprometendo a produção agrícola familiar, consequentemente a geração de renda e aquisição dos alimentos, em meio ao aumento da insegurança alimentar no país, diante das modificações socioeconômicas promovidos pelo Estado

  • RIBAMAR SAMPAIO MONTELES JÚNIOR

  • A CONDOMINIALIZAÇÃO DE SÃO LUÍS DE 2000 A 2020: CONDOMÍNIOS FECHADOS E A ILHA DE SÃO LUÍS NOS PRIMEIROS ANOS DO SÉCULO

  • Data: 17/12/2021
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  • A autossegregação, o status e a falta segurança são fatores importantes quando se discute o amplo crescimento da tipologia condominial, não só em São Luís, mas na maioria das cidades brasileiras, uma vez que esse modelo tem suas benesses e percalços no meio urbano. Este trabalho visa apresentar uma interpretação e análise da ocupação condominial, nos primeiros do século XXI, e entender como os condomínios horizontais e verticais tem transformado o espaço urbano da cidade de São Luís. Nos primeiros vinte anos desse século o principal produto do mercado imobiliário em habitação são modelos de enclaves urbanos, que seguindo a lógica atual do capitalismo, tem se reproduzido em zonas periféricas como é o caso da capital do estado do Maranhão

2020
Descrição
  • AMANDA MARQUES GOMES
  •  

     “A CAVALO DADO NÃO SE OLHA OS DENTE”. UMA ANÁLISE DO PROGRAMA MINHA CASA MEU MARANHÃO E DE COMO O CAMPONÊS SE APROPRIA DA NOVA MORADIA EM PEQUIZEIRO, BELÁGUA


  • Data: 23/06/2020
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  • Essa dissertação tem objetivo de analisar o processo de pós ocupação das casas do Programa Minha Casa, Meu Maranhão em Pequizeiro, Belágua, verificando como o camponês tem se apropriado da nova moradia. Foi realizada uma fundamentação teórica a partir dos principais conceitos que dizem respeito ao rural, buscou-se entender a trajetória do campesinato no estado, seus componentes e principalmente como vivem, tradicionalmente, para que munido dessas conceituações, crie-se um valor da política pública habitacional ideal para o camponês de Pequizeiro, levando em conta suas especificidades aqui também expostas. Buscou-se compreender como o camponês tem habitado os diversos territórios do país, identificando padrões característicos da habitação camponesa, presentes também em Pequizeiro. No povoado, caracterizou-se a produção do território, como seus moradores se organizam produtivamente, como constroem e ocupam suas casas. Ao analisar o programa, buscou-se perceber como o mesmo foi inserido no povoado, desde o início, verificando também o trabalho dos técnicos do governo envolvidos no processo, como o camponês foi inserido no desenvolvimento do programa, se participou de forma ativa ou foi mero telespectador das ações que técnicos pouco conhecedores da realidade rural realizavam. Busca-se ao final da pesquisa, analisar como o camponês de Pequizeiro tem se apropriado da nova casa. Por não ter tido voz no processo de elaboração e execução do projeto, espera-se encontrar claras alterações após a ocupação das habitações, uma vez que compreendido o modo de morar rural, é logo percebido que o modelo de casa ofertado pouco tem a ver com a vida do camponês

  • ANA THAIS FREITAS BORGES

  • DESENVOLVIMENTO ESPACIAL E GESTÃO DA ÁGUA: as intervenções de drenagem urbana no Córrego 1° de Maio em Belo Horizonte e no Rio Paciência em São Luís a partir da percepção dos moradores

  • Data: 27/07/2020
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  • Este trabalho busca estabelecer através da importância de conceitos relacionados a água e a paisagem como se pode conectar desenvolvimento urbano e percepção da paisagem com o entendimento da estruturas de drenagem e requalificação da água a partir da visão daqueles que convivem com este tipo de obra, para isso é adotado como metodologia o histórico da evolução das estruturas de drenagem no mundo e no Brasil, relacionando as problemáticas destas infraestruturas na atualidade brasileira, chegando a abordagem de modelos de Técnicas de Reuso sensíveis a água revelando exemplos de caso onde a boa gestão dos rios se dá em conjunto com a comunidade. Este embasamento teórico contribuirá para a análise da percepção dos moradores sobre espaços de requalificação e uso da água a partir do Parque do Córrego 1º de Maio em Belo Horizonte e o trecho de regularização da calha do Rio Paciência na MA-201 em São Luís onde se tem como resultados encontrados a diversificação de abordagens sobre o entendimento de problemas relacionados à água e desenvolvimento espacial, como a criação do perfil de responsabilidade individual e governamental, além de gerar uma compreensão sobre a noção de participação em um processo, a atitude em relação aquilo que foi construído, as expectativas em  relação a obra e o que é integração e valorização novos aspectos relacionados a ambos os empreendimentos. Portanto este trabalho resulta de uma caracterização do perfil social e cultural que margeia a produção do espaço em relação atitudes que primam pelo aspecto ambiental de problemas relacionados a água no Brasil. Levando a conclusão de que a opinião dos diversos atores sociais é tida como fundamental a formulação de políticas públicas aplicadas a projetos de engenharia e arquitetura direcionados a reestruturação de espaços sensíveis a água no Brasil. 

  • AYLANA CRISTINA RABELO SILVA

  • QUESTÃO AGRÁRIA E A LUTA PELA TERRA: organização e resistência do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Maranhão sob o neoliberalismo

  • Data: 31/08/2020
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  • Este trabalho expõe resultados da análise da relação entre a questão agrária e as lutas sociais pela terra e possui como referência empírica o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST. Esta análise estabeleceu a relação entre as categorias: questão agrária e questão social, evidenciando as expressões dessa relação no âmbito do estado do Maranhão, sob a égide da ideologia neoliberal, quando o capital se desenvolve no campo impondo configurações cada vez mais complexas da questão agrária. Essa discussão explicita a expansão e consequências do agronegócio no referido estado, a partir de expoentes como os monocultivos de soja e eucalipto, além dos intitulados grandes projetos de desenvolvimento que necessitam de amplas áreas para sua implantação, ocasionando profundas transformações no campo, como o acirramento dos conflitos fundiários e da exploração nas relações de trabalho. Nesse contexto, explicitam-se ainda, as formas de organização política dos trabalhadores rurais no Brasil e suas especificidades no Maranhão, com ênfase para a eclosão do MST. O resultado da pesquisa evidencia que, embora se diversifique as investidas do capital e o acirramento das expressões da questão agrária, os trabalhadores rurais têm engendrado estratégias de organização e resistência, na construção e reconstrução de uma luta que almeja para além do acesso a terra, a efetivação de políticas públicas e direitos fundamentais historicamente conquistados, que lhes assegurem a produção da existência material. Considerando que suas demandas sinalizam para a superação de contradições estruturais do modo de produção hegemônico, a luta do Movimento em tela materializa esforços e estratégias delineando um percurso de protestos e lutas por outra sociabilidad

     

  • ELGONZALES MAGALHÃES ALMEIDA
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    CIDADANIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL: CONTRADIÇÕES E LIMITES NA ATUAÇÃO DO INSTITUTO DE CIDADANIA EMPRESARIAL DO MARANHÃO (ICE-MA)

  • Data: 16/07/2020
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  • Este trabalho pretende investigar as noções de cidadania e desenvolvimento social no universo da chamada “responsabilidade social empresarial” (RSE) a partir das concepções e práticas do Instituto de Cidadania Empresarial do Maranhão (ICE-MA). Como apontam dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atualmente há um volume expressivo de organizações que compõem o chamado “terceiro setor” e que se propõem a atuar no que comumente se designa “campo social”. Como expressão desse fenômeno tem-se o ICE-MA, entidade fundada no ano de 2001 e ainda presente no contexto maranhense. Frente a isso, três questões principais motivam esta pesquisa: 1) Que fatores explicam a gama de organizações da sociedade civil, a exemplo do ICE-MA, que nas últimas décadas têm se colocado como atores na elaboração e execução de projetos/intervenções sociais no Brasil? 2) Quais as concepções de cidadania e desenvolvimento social carregadas pelo ICE-MA? 3) Ao atuar no chamado “campo social”, as práticas do ICE-MA contribuem para a edificação de um quadro de cidadania ampliada e desenvolvimento social efetivo? A partir do enfrentamento dessas questões será possível entender os significados que as noções de cidadania e desenvolvimento social assumem no discurso da RSE por meio das ações do ICE-MA. A investigação traz como perspectiva teórico-metodológica o materialismo dialético, relevante por compreender a história como processo conflitivo, por articular economia, política e cultura na explicação da realidade e por permitir a associação de fenômenos particulares à totalidade social. Como procedimentos específicos, o trabalho foi constituído a partir de um estudo de caso que recorre a um referencial teórico e documental para a análise do objeto da pesquisa. Recorre, ainda, a observações de campo e entrevistas. Foi possível concluir que a década de 1990, período de introdução da política neoliberal no Brasil, se apresenta como marco de entrada de organizações da sociedade civil no terreno da atuação social, a partir do recuo do Estado nessa esfera de ação. Além disso, que o ICE-MA, à medida que se distancia da problematização das causas estruturais das desigualdades econômicas, políticas e sociais – relacionadas fundamentalmente à exploração de classe e à lógica de acumulação do capital –, contribui mais para a gestão-manutenção do que para a superação estrutural do quadro de precariedade social em que atua.

  • FRANCISCA THAMIRES LIMA DE SOUSA

  • “AGROVILAS” QUILOMBOLAS: o caso da reconstrução da autonomia produtiva e a resistência das mulheres em Marudá Novo


  • Data: 25/06/2020
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  • Estre trabalho tem por objetivo analisar o caso da reconstrução da autonomia produtiva e a resistência das mulheres em Marudá Novo, no município de Alcântara-MA. O estudo traz uma reflexão acerca da implantação do Centro de Lançamento de Foguetes em Alcântara em 1980 e as implicações sociais ocasionadas aos quilombolas que residiam em Marudá Velho e foram realocados no território de Marudá Novo. Frente a isso, a questão central desta investigação, pretende desvendar de que forma o deslocamento compulsório implicou na autonomia produtiva das mulheres quilombolas de Marudá Novo? Na tentativa de responder tal questionamento, utilizei como método, o materialismo histórico e dialético por levar em conta as mudanças sociais e históricas ocorridas na sociedade. Para análise descritiva dos relatos, utilizei como técnicas auxiliares a observação direta, anotações em diário de campo das histórias orais, registros fotográficos, gravações em áudio, um levantamento de referências bibliográfico, documental e de dados estatísticos disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa mostrou que, com a implantação do Centro de Lançamento e o remanejamento dos quilombolas para Marudá Novo, a organização social, econômica, cultural e política construída historicamente foi duramente abalada. As mulheres tiveram que se reinventar e buscar novas estratégias para desenvolver suas atividades laborais na roça, já que passaram a viver em uma região onde boa parte das terras era inadequada para o plantio. Ademais, os problemas de acesso aos recursos naturais implicaram diretamente na autonomia produtiva dessas mulheres e levou as famílias a conviverem com a insegurança alimentar. Para superar essa situação, os quilombolas se reorganizaram para reivindicar e lutar por seus direitos sociais e territoriais através do aquilombamento contemporâneo. 

  • IGOR BRENO BARBOSA DE SOUSA

  • PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR: Uma análise de dados sobre a estrutura, dinâmica e acesso no município de São Luís – MA de 2014 a 2018.

  • Data: 15/07/2020
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    A presente pesquisa tem por objetivo analisar a estrutura, a dinâmica e o acesso do PNAE em São Luís de 2014 a 2018. A escolha do município de São Luís como recorte espacial para a pesquisa deve-se ao fato de o município contar com a maior participação no PNAE no Maranhão. Além disso, buscamos ainda verificar as estratégias utilizadas pelas secretarias municipais de educação e de agricultura para a consolidação do PNAE nas comunidades, além de mapear as escolas atendidas e as comunidades partícipes do programa e investigar o quanto a área rural ludovicense abastece as escolas do município por meio do PNAE. Para o desenvolvimento da pesquisa, utilizamos o Materialismo Histórico e Dialético como fundamento teórico-metodológico e o levantamento de dados secundários essenciais levando em consideração os métodos de representação e distribuição do espaço geográfico conjuntamente aos métodos estatísticos e geoestatísticos. Assim, destacamos o quanto a agricultura e o Estado possibilitam respectivamente, por meio da produção de alimentos e das políticas públicas para abastecer a população brasileira. Entretanto, a fome ainda é um problema e não temos estimativa para quando deixará de ser um obstáculo para a humanidade, e o PNAE, instituído em 1979, teve importantes modificações na sua estrutura para atender as crianças e adolescentes nas escolas. No que se refere à cidade de São Luís, analisamos teoricamente a forma multifacetada às transformações no tempo e no espaço ao longo dos anos, e a exemplo disso, é o avanço urbano indo cada vez mais em direção ao rural. A partir dessas transformações socioespaciais, sinalizamos para os efeitos da redução da Zona Rural ludovicense, onde comunidades e povoados estão sendo afetados em suas produções e podem veementemente deixar de produzir seus alimentos para vender para o PNAE. Por fim, a baixa quantidade de comunidades beneficiadas pelo PNAE decorre de parte dos alimentos solicitados não serem produzidos nas áreas agrícolas, além de São Luís não medir esforços para o cumprimento de pelo menos 30% dos produtos da agricultura familiar. Em suma, os laços e os braços firmados do Estado com o grande capital colocam entraves que afetam a execução do PNAE, e isso fica claro quando falamos nos privilégios exercidos pelo setor agrícola economicamente.

  • JOSÉ RICARDO DE JESUS PINTO CORDEIRO
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    HABITAÇÃO SOCIAL, CONTRADIÇÕES NA PARTICIPAÇÃO POPULAR E NA MORFOLOGIA URBANA: um olhar sobre o Residencial Ribeira em São Luís - MA.

  • Data: 24/07/2020
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  • A necessidade constante de desenvolvimento de conjuntos residenciais para atender ao déficit habitacional no Brasil requer uma atenção especial ao que já foi produzido. Conjuntos onde o modelo habitacional é imposto, onde os moradores participam apenas na etapa final de sorteio dos imóveis e não discutem elementos como localização, arranjo, planta, acabamento, vizinhança, acesso a serviços, dentre outros, apresentam resultados que precisam ser estudados. As relações a serem estabelecidas no âmbito local podem ser melhor avaliadas e são de extrema importância para a qualidade dos espaços criados. Problemas evidentes com insegurança, abastecimento de água, esgotamento sanitário, depreciação urbana, drenagem, iluminação pública e vitalidade urbana não devem ser recorrentes. O ponto de partida desta dissertação é a identificação das contradições existentes na participação popular e organização dos elementos da morfologia urbana no Residencial Ribeira, tidos como importantes ao processo de planejamento urbano ao se refletirem na realidade encontrada. Se trabalha com a hipótese da habitação social desenvolvida como fruto das pressões das forças do capital, utilizadas para legitimar uma estrutura de interesses específicos que não atendem diversas necessidades dos moradores, os principais beneficiados, produzindo conjuntos residenciais insatisfatórios. Assim objetiva-se identificar as contradições no modelo de produção habitacional social aplicado em São Luís, a partir da análise da realidade do Residencial Ribeira para ser confrontada com outros meios de produção participativa e conceitos urbanísticos. A habitação social é entendida como estratégia governamental e mecanismo de inserção social e dignidade humana. Já a participação popular é tida como elemento fundamental no processo de desenvolvimento de programas habitacionais, através de estratégias que respeitem as particularidades de cada região e os interesses dos envolvidos. O que é percebido no Residencial Ribeira é questionado sobre a ótica do planejamento de conjuntos que respeitam as particularidades e a dinâmica dos elementos da morfologia urbana, utilizando de suas potencialidades para o desenvolvimento local. Foram realizadas visitas no conjunto e entrevistas estruturadas com os moradores para conhecimento e imersão no contexto local, com o intuito de extrair e refletir sobre as características observadas. Há um diálogo entre conceitos elencados por autores e entre exemplos de conjuntos com aspectos positivos, comparados com as características observadas no Ribeira.  Essa crítica aos modelos empregados evidencia a baixa qualidade dos conjuntos habitacionais do PMCMV, ratifica a necessidade de participação popular com respeito aos elementos da morfologia urbana e contribui para reflexão sobre uma nova política habitacional a ser desenvolvida

  • MARCO AURELIO DE JESUS PIO


  • DESENVOLVIMENTO E CONTRADIÇÕES NO "BAIRRO" DO COROADINHO EM SÃO LUIS - MA: Análise materialista-histórica e socioespacial desde sua ocupação aos dias atuais.

  • Data: 15/01/2020
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  • A construção socioespacial de precariedade convive lado a lado com regiões mais desenvolvidas onde vivem a classe dominante e detentora do capital. Essa premissa é verificável historicamente em países periféricos como o Brasil e cidades do Nordeste como São Luís do Maranhão que tem visto surgir vários de seus bairros a partir de ocupações irregulares de terras.  Foi assim com o “Bairro” do Coroadinho que surgiu em São Luís na década de 1970 a partir da migração de pessoas vindas de outros estados e regiões do Maranhão. Por se tratar de ocupação inicialmente dita “irregular”, não teve a atenção do Estado em políticas públicas voltadas ao desenvolvimento, e por décadas sofreu com descaso e esquecimento do Estado, obrigando os moradores a sobreviver em um local com precárias condições de vida. Por isso, este trabalho tem como principal objetivo analisar a questão do desenvolvimento no Coroadinho desde seu surgimento e formação, buscando no materialismo histórico as determinantes da construção social desta região e efetuar uma hodierna e real análise sob perspectiva socioespacial e econômica desta região, diante das políticas públicas que vem sendo promovidas nos últimos anos. Será estudado e analisado criticamente o sistema capitalista procurando esclarecer suas contradições, assim como as teorias do desenvolvimento e sua relação com o liberalismo e neoliberalismo e principalmente novas teorias que abordam o desenvolvimento humano e sustentável para além do viés econômico. Como resultado da pesquisa, verifica-se que as poucas ações do Estado representadas por meio de políticas públicas pontuais e não-frequentes no Coroadinho não satisfaz as definições de desenvolvimento estudadas neste trabalho. Como procedimentos metodológicos, utilizou-se de pesquisa do tipo bibliográfica e de campo, aplicada e com abordagem qualitativa, fazendo uso do método científico do Materialismo Histórico Dialético.
  • MARCOS ANTÔNIO SILVA DO NASCIMENTO

  • ABASTECIMENTO DE ÁGUA NO MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS (MARANHÃO), APÓS 10 ANOS DO MARCO REGULATÓRIO 2007

  • Data: 14/07/2020
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  • O presente estudo tem como objetivo geral analisar os serviços públicos de abastecimento de água no município de São Luís levando em consideração a existência do marco regulatório há mais de 10 anos. Tem como objetivo específico: conhecer as políticas públicas de saneamento básico; examinar a aplicação do marco regulatório do saneamento básico; compreender porque o saneamento básico é uma expressão da questão social; entender a estrutura dos sistemas de abastecimento de água e sua distribuição no município de São Luís. A pesquisa resultou de estudos bibliográficos, com uso de materiais já elaborados: livros, artigos científicos, revistas, documentos eletrônicos e enciclopédias. Buscou-se fazer uma análise crítica da realidade, entendendo a singular e particularidade de uma perspectiva global totalizante, com base no materialismo histórico dialético, cuja situaçãoaplica-se para compreender os entraves e entender os conflitos em torno do direito a universalização dos serviços de abastecimento de água; as normas estabelecidas para o saneamento que visam fortalecer as privatizações dos serviços de abastecimento de água. Por fim, foi demonstrado que, em 10 anos de marco regulatório do saneamento, o município de São Luís do Maranhão ainda convive cominconformidadesno fornecimento de água visto que uma parte significativa da população convive com um regime de intermitência. Constatou-se a existência de uma quantidade relativamente alta de usuários em situação irregular, cerca de 60% dos bairros com abastecimento desproporcional por regime de manobras e os demais atendidos por sistemas insuficientes e por poços isolados. Diante deste cenário, se constitui uma forma de precarização dos serviços públicos no abastecimento de água. Outro elemento identificado é o desperdício de água, tanto por problemas de falta de manutenção e cuidados com as redes de distribuição, conhecidos como perdas físicas e também perdas por falta de hidrometração e cadastrado de usuários. As perdas aparentes têm relação direta com autoligaçõesaossistemas de abastecimento da companhia de saneamento ambiental. Quanto aos usuários, se faz necessário desenvolver um processo de Educação Ambiental para educar as crianças e sensibilizar os adultos em relação ao uso racional dos recursos hídricos. Outro elemento encontrado na pesquisa relaciona-se à inexistência de Educação Ambiental nas comunidades, objetivando a redução das perdas de água e novas formas de se relacionar com os recursos hídricos

  • MARIA DOS REIS ARAUJO SOUZA

  • MULHERES NO CONTEXTO DA ECONOMIA SOLIDÁRIA NA COMUNIDADE DE ITAMATATIUA – ALCÂNTARA MA: Lutas e Resistências 

  • Data: 21/12/2020
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  • O presente trabalho tem como objetivo analisar as lutas e resistência das mulheres no contexto da Economia Solidária, na comunidade de Itamatatiua – Alcântara MA e como essa nova forma de fazer economia tem enfrentado as crises do mundo do trabalho e perpassado por diversas gerações. Discute-se sobre o processo histórico de inserção da mulher no mercado de trabalho e em meio à reestruturação produtiva dando destaque às relações de gênero e a divisão sexual do trabalho que tem exigido das trabalhadoras a busca por alternativas de geração de trabalho e renda. Frente a essa realidade, a questão central desta investigação foi desvendar as formas de organização política e econômica das mulheres da comunidade e seu processo de lutas para a construção do poder local. Para alcançar esses objetivos utilizamos como método o materialismo histórico dialético, seguido de abordagem qualitativa. Para tanto, foram adotados alguns instrumentos metodológicos como a utilização do diário de Campo (DC) para registro das histórias orais, e da observação sensível, além de serem elaborados o inventário sócio demográfico (ISD) e uma pesquisa empírica com aplicação de entrevista semiestruturada (ESE), e registro fotográfico. Utilizou-se também o levantamento bibliográfico e documental que deu base as reflexões deste trabalho. Fruto da nossa participação nas intervenções realizadas pelo Núcleo de Estudo sobre Gênero, Sexualidade e Família (NEGESF) junto à comunidade através de oficinas e palestras, tais intervenções foram adotados como estratégia multimetodológica, que articulou dados de natureza quantitativa, capaz de observar o desenvolvimento humano a partir do seu contexto. A pesquisa mostrou que, as mulheres de Itamatatiua demostraram autonomia quando assumiram o poder político e econômico na comunidade, pois com as mudanças ocorridas na cultura e no mundo do trabalho, tiveram que se reinventar e buscar novas estratégias para desenvolver suas atividades laborais com a cerâmica.  Ademais, os problemas enfrentados com o transporte da matéria prima, acesso à posse da terra e com o escoamento da produção exigiu das mulheres novas estratégias de organização para reivindicar e lutar por seus direitos socioeconômicos e territoriais por meio das políticas públicas.

  • MÔNICA TEIXEIRA CARVALHO


  • A INSTITUCIONALIZAÇÃO DO ESPAÇO METROPOLITANO DA GRANDE SÃO LUÍS: uma análise a partir dos processos de implantação da governança interfederativa


  • Data: 23/07/2020
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  • A proposta de investigação dessa dissertação busca realizar uma reflexão sobre a Região Metropolitana da Grande São Luís (RMGSL), a partir da análise das legislações pertinentes à gestão interfederativa. Busca identificar os principais agentes sociais e políticos envolvidos no processo de instauração de arranjos institucionais para a viabilidade da governança interfederativa da RMGSL. Analisa o atual cenário redesenhado, a partir do Estatuto da Metrópole e da LCE nº 174/2015, para compreender o processo de (re)construção desta governança interfederativa, correlacionando-a com a realidade político-institucional da RMGSL. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de análise do processo referenciado. Toma-se as categorias “governança”, “espaço social”, “território” e região metropolitana. Quanto ao aspecto teórico-metodológico, utilizou-se o materialismo dialético e histórico para analisar as relações concretas e efetivas que norteiam o objeto deste estudo. Conclui-se que, a emblemática figura do Estado, enquanto mantenedor da produção do espaço e da própria dinâmica capitalista do espaço urbano, produz desigualdades quanto a lugares distintos com a qualidade diferente. Este estudo aponta que o processo de instituição da governança metropolitana da RMGSL, foi caracterizada por fragilidades e, atualmente, verifica-se um grande esforço em de fato consolidar as instâncias da governança, contudo, ainda não se revela suficiente para promover uma gestão compartilhada.

     

  • RORAIMA SILVA FERNANDES
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    Uso e ocupação desordenados do solo urbano em Bacabal: o caso do Bairro Pantanal

  • Data: 24/06/2020
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  • Trata-se de um estudo que apresenta em sua estrutura aspectos relacionado ao uso e ocupação do solo urbano com foco à ocupação desordenada, sem haver delimitação das áreas de preservação permanente do entorno e sem estudos sobre o impacto que essa ação produziria no ambiente local. A situação problema do estudo configura-se por: como o uso e ocupação desordenada da área de um bairro de periferia na cidade de Bacabal - Maranhão provocou a degradação do meio ambiente e o comprometimento das áreas de preservação permanente do entorno? O objetivo do estudo é analisar os impactos ambientais gerados pelo uso e ocupação desordenada do solo urbano. A metodologia da pesquisa referenciada neste trabalho é a pesquisa exploratório-descritiva com abordagem qualitativa. Utilizou-se o recurso da pesquisa bibliográfica para a construção do marco teórico. Por tratar-se de um estudo exploratório-descritivo, no desenvolvimento da pesquisa utilizou-se a pesquisa documental como fonte de informação. Nesta etapa da pesquisa foram analisados documentos e arquivos obtidos junto à Secretaria Municipal de Obras e Saneamento e Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Com as informações obtidas a partir da pesquisa documental constatou-se a situação em que se encontra o bairro, evidenciando-se os impactos ambientais provocados pela ocupação desordenada. Identificou-se que o processo inicial de ocupação se deu sem planejamento urbano com invasão de área por pessoas que vieram da zona rural à procura de um espaço para moradia na cidade. Não houve zoneamento do espaço e as ocupações de deram em maiores e menores lotes de acordo com a disponibilidade dos ocupantes em vigiar os terrenos para evitar que outros moradores tomassem de conta. Com o estudo identificou-se uma série de impactos ambientais, citando-se: Assoreamento de córregos existentes no entorno da área; Desaparecimento de nascente de água em função da construção de casas e ocupação dos lotes sobre a área onde existiam essas nascentes; Escavação de poços artesanais sem os devidos critérios de proteção aos lençóis freáticos; Retirada desordenada de barro e areia do solo provocando escavações profundas; Acúmulo de água de chuva, em alguns casos em áreas onde antes havia nascentes de água ou passavam os córregos de água doce; Utilização da área para produção de carvão artesanal com derrubada de madeiras ou utilização do coco babaçu ainda com a amêndoa; Extração de árvores nativas de grande porte para construção dos barracos e venda da madeira para fábricas de carvão da região; Utilização de espaços próximos aos córregos para criação de animais como porcos, bodes, bovinos e guarda dos jumentos e cavalos utilizados no transporte das carroças, fato que acabou por contaminar as águas de lagos de pequeno porte que existem na região. As medidas compensatórias apresentadas para os impactos ambientais identificados surgiram inicialmente por iniciativa de entidades de preservação ambiental e grupos de moradores que criaram a associação de moradores do bairro.


  • THALYNE DUTRA FALCÃO

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    AS INTERFACES DO ACESSUAS TRABALHO EM CIDADE OLÍMPICA: da construção social do espaço às implicações no acesso ao Programa Governamental

     

  • Data: 16/07/2020
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    A Política de Assistência Social se constituiu como uma política pública no Brasil a partir da Constituição Federal de 1988 com a finalidade de garantir direitos mínimos para sobrevivência dos indivíduos que dela necessitarem, nessa proposta são criados serviços, benefícios e programas sociais. O Acessuas Trabalho surge como um desses programas que possui o objetivo de promover aos usuários da Política de Assistência Social acesso ao mundo do trabalho. A partir da percepção de que as ações do Programa proporcionam aos seus usuários condições aperfeiçoadas de exploração da força do trabalho, este trabalho, portanto, identifica e analisa criticamente as interfaces do Acessuas Trabalho na vida de seus usuários em Cidade Olímpica, localizada em São Luís (MA), análise esta que percorre desde o processo de territorialização do bairro(relevante para a caracterização do campo empírico e para a mensuração da importância do programa no território), até impactos do Programa aos que dele participam. Toma como referência a Cidade Olímpica haja vista o destaque das ações do Programa desenvolvidas a nível municipal. Utiliza-se como aporte metodológico o Materialismo Histórico Dialético, em que, com essa perspectiva discute-se neste trabalho: a questão territorialidade; Discorre-se sobre a institucionalização do Estado e da Política de Assistência Social como mantedores da desigualdade social; Menciona-se o percurso do trabalho no Brasil; Destaca-se a constituição e operacionalização do Acessuas Trabalho em Cidade Olímpica, bem como as novas estratégias de atuação do Programa. Este estudo aponta, a partir da análise dos resultados, que o Programa é insuficiente para suprir as demandas sociais apresentadas e que proporciona à classe trabalhadora condições aperfeiçoadas de exploração de sua força de trabalho.

     

  • TIBERIO AUGUSTO SANTOS DE SOUZA

  • PROJETO DE IRRIGAÇÃO SALANGÔ: Uma estratégia de desenvolvimento socioeconômico no município de São Mateus do Maranhão

  • Data: 14/12/2020
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  • O presente trabalho faz uma relação do processo de modernização dos campos agrícolas a partir de políticas aplicadas pelo Estado sob o discurso de desenvolvimento econômico com as novas configurações produtivistas estabelecidas no campo. Deste modo, verificou-se o processo de constituição das relações entre agricultura e indústria no Brasil, e, especialmente no Maranhão, com ênfase na utilização da agricultura como setor estratégico de desenvolvimento. Neste sentido, analisamos por meio desta pesquisa as implicações do projeto de irrigação Salangô no Município de São Mateus do Maranhão, tendo como enfoque as transformações socioeconômicas ocasionadas nas famílias assentadas na área do perímetro irrigado durante e após sua implantação. Para isso, tomando como suporte a indicação metodológica do Materialismo Histórico Dialético, usamos como estratégias para a efetivação desse trabalho, a análise das ações do Estado na dinâmica de produção agrícola do município, o depoimento dos gestores e agricultores acerca das perspectivas e historicidade do projeto; observação direta da área a fim de apreender a relações existentes entre agricultores e o interesse agroindustrial; análise documental e referencial teórico sobre desenvolvimento, território, agricultura e industrialização. Como resultados, identificamos que as descontinuidades e falta de assistência aos pequenos produtores tanto após a implantação quanto após o projeto de revitalização contribuíram para um processo de apropriação dos lotes destinados aos assentados pelos empresários agrícolas que passaram a se estabelecer no município. Do ponto de vista socioeconômico a área do projeto de irrigação Salangô contribui com uma produção de arroz em torno 30% da produção total do município, contudo para os assentados da área, tal percentual pouco se obteve melhorias nas condições de vida, haja vista que há uma apropriação produtiva por meio dos empresários agrícolas.

2019
Descrição
  • ALDREY MALHEIROS NEVES DE OLIVEIRA


  • ARTICULAÇÃO METROPOLITANA: Capacidade Institucional Pública no Planejamento e Gestão Municipal da Regularização Fundiária na Grande São Luís.


  • Data: 26/09/2019
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  • Diante do quadro que se formula no processo de efetivação da Região Metropolitana da Grande São Luís, atualizada pela Lei Nº 174/2015 que reproduz, de acordo com suas particularidades, diretrizes do Estatuto da Metrópole, de 2015, a seleção de uma Função Pública de Interesse Comum se torna elemento central na verificação dos processos de planejamento e gestão pública nos municípios integrantes dessa região. Com foco na capacidade institucional municipal, busca-se investigar as condições estruturais, técnicas e financeiras para realização de atividades sobre a função da Regularização Fundiária, enquanto função pública intrínseca ao ordenamento do solo, de modo a assegurar a função social da terra urbana e o direito à cidade através de ações urbanísticas, jurídicas, ambientais e sociais. A partir do acompanhamento do diagnóstico técnico que fornecerá subsídios à produção do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado dessa região, foi possível extrair dados sobre a atuação dos gestores e técnicos municipais referentes a regularização fundiária. Em vista das enormes disparidades socioespaciais e socioeconômicas dentre outros aspectos nos 13 municípios da região, busca-se compreender de que forma a capacidade institucional desses municípios poderia atuar de forma autônoma e cooperativa para além das ações do Estado.

  • ARTÊMIO MACEDO COSTA


  • “PELOURINHO TECNOLÓGICO”: a expansão do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) no contexto do Novo Imperialismo.

  • Data: 30/09/2019
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  • O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), analisado dentro da reestruturação produtiva do capital global, através de interesses externos ao Programa Espacial Brasileiro (PEB), em especial dos EUA na busca de retomar sua hegemonia com o “novo imperialismo”, aprofunda conflitos territoriais locais com sua política de expansão do CLA, afetando diretamente as comunidades remanescentes quilombolas de Alcântara onde se encontram secularmente dentro de uma “invisibilidade expropriadora” pela “acumulação por desapossamento”, marcando desta forma uma violência simbólica designada de “Pelourinho Tecnológico” e que necessita de uma resolução deste conflito fundiário para a promoção de um desenvolvimento territorial.

  • CINARA BARBOSA FRANCO DE SÁ


  • COOPERATIVAS DE TRABALHO NO CONTEXTO DA REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA: dinâmica e estrutura em São Luís do Maranhão

  • Data: 18/06/2019
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  • Este estudo aborda sobre as cooperativas de trabalho no contexto da reestruturação produtiva, especificamente em São Luís do Maranhão e suas implicações no modo de vida e trabalho dos cooperados. Discute sobre o processo de reestruturação produtiva e as suas consequências para a classe trabalhadora, dando destaque aos processos de flexibilização, precarização e terceirização nas relações de trabalho. Desenvolve uma abordagem sobre o processo histórico do cooperativismo no Brasil e no Maranhão, trazendo elementos que configuram um cooperativismo atrelado ao Estado e incentivado, principalmente, na área da produção. Centra a discussão a partir dos anos de 1990, período em que há um aumento significativo das cooperativas de trabalho como formas e alternativas de trabalho e de sobrevivência para a classe trabalhadora. Aborda também sobre o falso cooperativismo, o qual tem desvirtuado a imagem do movimento histórico do cooperativismo, vinculando este aos ditames e regras do capital. Destaca que as cooperativas estudadas não possuem um ideário de união, ajuda mútua e autogestão, ou seja, não são regidas pelos princípios pilares do cooperativismo e da educação cooperativista. Pois, a pesquisa evidencia que a maioria dessas cooperativas está submetida a uma lógica empresarial, implicando uma precarização do trabalho para os seus cooperados.

  • IZAMARA NUNES SOUSA


  • O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NO CAMPO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL E OS DESAFIOS PARA A AFIRMAÇÃO DO PROJETO ÉTICO-POLÍTICO PROFISSIONAL.

  • Data: 24/06/2019
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  • Este estudo aborda algumas mudanças no mundo do trabalho e as consequências para o assistente social enquanto trabalhador assalariado e implicações destas mudanças no campo da Assistência Social. Em todo o estudo parto da centralidade da categoria trabalho enquanto forma explicativa de análise, a qual foi fundamental para apreensão da configuração das condições de trabalho em que estão inseridos os assistentes sociais em Paço do Lumiar- MA. Destaca a Política de Assistência Social, área de maior inserção do assistente social, a qual com a implantação do SUAS amplia as oportunidades de trabalho para o assistente social. Analisa, neste aspecto, que apesar da expansão de alguns equipamentos sociais como CRAS e CREAS e, consequentemente, a inserção dos assistentes sociais nos mesmos, há uma ampla precarização do trabalho do assistente social e das condições em que este trabalho se realiza, que na verdade expressam os dilemas de um contexto social mais amplo de desmonte de direitos historicamente conquistados pela classe trabalhadora.  Aponta a partir da pesquisa de campo realizada com as assistentes sociais dos CRAS e CREAS de Paço do Lumiar algumas conclusões, tais como: o assistente social, como um profissional que trabalha com as diversas expressões da questão social sofre direta ou indiretamente com os rebatimentos do capital, especialmente no que se refere às suas condições de trabalho e ao trabalhar com as Políticas Sociais, dentre elas a Assistência Social que, inseridas na programática neoliberal sofrem cortes profundos e são deslocadas de uma ótica do direito para uma ótica compensatória. Aponta, também, que apesar dos avanços da Política de Assistência Social, principalmente em termos legais, a partir da Constituição Federal, esta na atual conjuntura, tem assumido uma centralidade para enfrentamento das expressões da questão social como resposta para a desigualdade social. Conclui, também, que o Projeto Ético Político do Serviço Social é fundamental para a profissão pois norteia a prática profissional na perspectiva dos direitos da classe trabalhadora. No entanto, por ter princípios que vão na contramão da atual conjuntura, as assistentes sociais de Paço do Lumiar- MA consideram que a efetivação deste no cotidiano profissional é um desafio. 

  • KATYANE ALICE LOBO DE ALMEIDA

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    A EXPERIÊNCIA DOS CHINESES NO CENTRO COMERCIAL DE SÃO LUÍS: O embarque e desembarque, o processo de inserção socioeconômica e a dinâmica entre o global, nacional e local

  • Data: 30/09/2019
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  • Esta pesquisa se propôs a fazer uma analise da conjuntura de reestruturação capitalista, instaurado no mundo contemporâneo que vem atingindo diversas esferas do ser social. O avanço do modo de produção acontece mediante a acumulação do capital. Esse acúmulo causa a mudança na composição do capital, na proporção entre capital constante e capital variável. Com os impactos da globalização sendo uma das principais pautas de estudos em diversas áreas, principalmente no mundo do trabalho, é que se traz a debate um assunto que é discutido em todo o mundo, que são as emigrações. Nos últimos dez anos os imigrantes asiáticos tem direcionado seu olhar para alguns centros comerciais dos estados brasileiro, como São Paulo e São Luís, sendo o primeiro o alvo mais antigo destes imigrantes. A pesquisa consiste em analisar o estabelecimento dos imigrantes asiáticos no centro comercial de São Luís do Maranhão, bem como entender o seu crescimento na área do empreendedorismo, e sua organização em uma nova nação, tendo em vista o atual cenário de desemprego no país. O campo de pesquisa demanda ainda de muitos estudos, considerando-se que seu fenômeno é recente no munícipio de São Luís do Maranhão. 

     


  • LEONARDO DE JESUS MARINHO VIANA

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       Análise da gestão de resíduos sólidos domésticos: caso de Bacabeira - MA.

  • Data: 30/09/2019
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  • O gerenciamento de resíduos sólidos executado no município de Bacabeira não vem atendendo adequadamente a multidimensionalidade da realidade municipal num mundo globalizado, pouco tem auxiliado na necessária transformação dos padrões de consumo na comunidade local e pouco tem ajudado na conservação ambiental dos ecossistemas locais. Neste trabalho, buscou-se analisar as questões relativas aos resíduos sólidos desde a sua geração, impulsionada pela produção desenfreada e o consumo, até a sua destinação final. Caracterizamos a situação da gestão de resíduos no Brasil, no Maranhão e em Bacabeira. Foram realizadas pesquisas documentais, pesquisas em órgãos municipais que gerenciam os serviços de coleta e disposição final e foram feitas pesquisas de campo. Observou que o recurso fruto de convenio do município com a FUNASA não foi bem gasto, sendo que esta era uma obra essencial para o correto funcionamento da gestão dos resíduos sólidos em Bacabeira. Por último buscamos todas as informações acerca dos aspectos humanos e físicos do município. Conclui-se que o gerenciamento de resíduos sólidos deve ser executado no âmbito de uma política pública local, com participação do poder público juntamente com a sociedade civil.

  • LUCAS SERRA BORBA FONSECA

  • COMUNIDADE EUGÊNIO PEREIRA EM PAÇO DO LUMIAR (MA): re-existência na luta pelo direito à moradia e efetivação do direito à cidade

  • Orientador : ALEX OLIVEIRA DE SOUZA
  • Data: 30/09/2019
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  • A cidade precisa ser compreendida sobre vários aspectos. A cidade não é apenas um espaço onde se devam reproduzir as relações econômicas. É preciso que a cidade seja um espaço de democracia, de lazer, de cidadania. Daí a necessidade de buscar a função social da propriedade e a função ambiental. Sendo assim, a principal função social dada a uma propriedade é a moradia, garantida pela Constituição Federal como um direito social de todos. Não se trata de qualquer moradia, mas um espaço que dignifique o ser humano. O direito à moradia não é apenas o direito ao teto. A habitação não deve ser vista apenas como um teto e quatro paredes, mas sobre um aspecto do direito à cidade (LEFEBVRE, 2001): direito ao transporte público de qualidade, acesso a políticas de saúde, educação, lazer; um espaço de cidadania. Contudo, a falta de habitação ainda é um problema grave das cidades brasileira e teve seu início, principalmente, com a urbanização dos grandes centros e a industrialização do país. O Estado tenta suprir esta necessidade com políticas públicas de habitação, mas o que é feito e como tais políticas são pensadas não atendem aos anseios da população tidas como marginalizadas. Assim, pessoas aliadas a outras invadem terrenos ociosos, que serviriam para a especulação imobiliária, e buscam construir ali, através da função social, moradias e espaços de convívio e cidadania. A partir daí, muitos conflitos pela propriedade acontecem. Os embates se dão pela via judicial, mas também através de ameaças diretas ou veladas. O judiciário brasileiro tem a importante missão de decidir sobre essas questões. Em Paço do Lumiar, região metropolitana de São Luís (MA), ocorrem muitos conflitos fundiários. Muitos desses conflitos são originados por problemas registrais. Com isso, muitas ocupações se formam em Paço do Lumiar (MA), como é o caso da Comunidade Eugênio Pereira, fundada em 2005. Esta Comunidade, ao longo de 13 anos, pela morosidade dos processos judiciais, com luta e re-existência, se transformou e se consolidou. Na comunidade já existe posteamento com iluminação pública parcial; energia elétrica; água potável; transporte coletivo; e escola comunitária. Contudo, mesmo diante de todos os avanços infra estruturais a comunidade ainda não tem o título de propriedade. Dessa forma, esta investigação foi pautada nos impasses jurídicos que geram insegurança na Comunidade Eugênio Pereira em Paço do Lumiar (MA), impedindo-a de ser reconhecida pelo Estado como sujeito de direitos. Para isso, fez-se um estudo de caso (YIN, 2001) na comunidade, com abordagem qualitativa do tipo exploratória-descritiva, através da análise de processos judiciais e entrevistas com sujeitos que teriam informações relevantes sobre a comunidade. Pela análise de conteúdo (KRIPPENDORFF, 1980) foi possível identificar que o principal fator que ainda impede a legalização de propriedade da comunidade é o Poder Público, principalmente na espera judicial. Apesar da consolidação, tal cenário ainda gera inseguranças, inclusive de perder as casas erguidas. Assim, foi evidenciado que a transformação socioespacial da comunidade é uma realidade, mas o título de propriedade das terras ainda parece ser uma utopia.

     

  • LUIS FERNANDO DE SOUSA ARAÚJO


  • ASSISTÊNCIA TÉCNICA EM ARQUITETURA E URBANISMO: experiências e desafios com populações de baixa renda em Açailândia - MA e Alcântara - MA.

  • Data: 30/09/2019
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  • O trabalho em questão trata-se de uma discussão acerca das características da política habitacional brasileira, tanto em seus aspectos institucionais como de execução das obras. A partir daí, faz-se um paralelo com a assessoria técnica para construção e reforma de unidades habitacionais para famílias com renda até 3 salários mínimos (de acordo com a lei 11.888/2008), que historicamente é a parcela da população com maior déficit habitacional.

                A partir de um viés histórico e dialético, a pesquisa busca demostrar, por meio de pesquisa bibliográfica, as contradições de uma política habitacional focada no combate ao déficit de moradia que acaba por gerar mais desigualdades sociais e apresenta resultados questionáveis quanto a melhoria da qualidade habitacional dos beneficiados. Por outro lado, apresenta a assessoria técnica, utilizando-se da pesquisa bibliográfica e participativa, como uma alternativa para dirimir as dificuldades apresentadas até então pela famigerada política habitacional.

                Para tanto, é estudado os casos do Reassentamento de Piquiá de Baixo em Açailândia (MA) e a tentativa de garantir o direito à moradia no Baixão do Lobato em Alcântara (MA). Através desses casos, constata-se que a assessoria apesar de se apresentar como uma alternativa, possui dificuldades de execução como a burocracia pública, falta de recursos, a predominância do caráter assistencialista, e não raro, interesses privados e empresariais contrários a garantia do direito à moradia. Assim, pode-se dizer que a política habitacional como se conhece hoje, está longe de ser superada por uma nova política de moradia mais justa, onde os beneficiados sejam protagonistas na conquista da casa própria. 

  • MARCOS MENDES DE LUCENA
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    PROGRAMA MAIS EMPRESAS NO CONTEXTO DOS PROGRAMAS INDUSTRIAIS NO MARANHÃO: Uma análise a partir de 2015-2018

  • Data: 30/09/2019
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  • Esta dissertação analisa o Programa de desenvolvimento industrial e de integração econômica do estado do Maranhão MAIS EMPRESAS com o intuito de fomentar e diversificar a indústria e o agronegócio maranhense. Destacou-se a dinâmica industrial e econômica do estado do Maranhão, trazendo seus ciclos econômicos-industriais (açúcar, algodão, babaçu, gado e os chamados grandes projetos) desde a sua criação até a década de 80; posteriormente foi discutido sobre os programas industriais criados no estado como o PRODEIN, SINCOEX e PROMARANHÃO, a partir do período considerado neoliberal nos anos 1990, e o cenário industrial e econômico correspondente a cada um deles. Por fim, foi analisado o programa MAIS EMPRESAS desde a sua criação (2015 – 2018), verificando sua atuação, ações, ferramentas, peculiaridades, dinamismo e os resultados alcançados diante do desafio do propósito geral do governo do estado.

  • MIRELLE FARAY VIEIRA RESENDE


  • POLÍTICA DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E A EDUCAÇÃO AMBIENTAL DOS SERVIDORES E DOS DISCENTES DA UEMA, CAMPUS DE SÃO LUÍS.


     

  • Data: 30/09/2019
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  • Diante do crescimento urbano contínuo, a carência de planejamentos ambientais que contemplem ações educativas tem provocado discussões em todo o mundo sobre as mudanças necessárias nos padrões de produção, consumo e tratamento adequado dos resíduos. Nesse contexto, as Instituições de Ensino Superior têm a responsabilidade social de inserir a Educação Ambiental no processo educativo para a construção de atitudes e competências do indivíduo para atuar de forma proativa na proteção do meio ambiente. Seguindo essa temática, foi feito um estudo de caso, de abordagem quali-quantitativa, na Universidade Estadual do Maranhão. A amostra da pesquisa consistiu na separação de dois grupos formados por alunos e servidores. A amostra dos cursos presenciais foi composta por 267 alunos de graduação e 41 alunos de pós-graduação, enquanto a amostra dos servidores foi de 30 professores e 20 técnico-administrativos. O principal objetivo dessa pesquisa foi analisar a relação entre a gestão integrada de resíduos sólidos da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), no campus de São Luís, e a percepção da inserção da educação ambiental, refletida no comportamento ambientalmente responsável dos alunos e dos servidores desse campus. Os procedimentos metodológicos qualitativos consistiram no aprofundamento sobre as políticas de gestão ambiental da UEMA e a percepção de quem trabalha com essas questões na instituição, acerca dos principais elementos norteadores da política de gestão ambiental institucional. Para isso, foram coletados e agrupados os dados documentais, bibliográficos e, em paralelo, procedemos com a análise de conteúdos extraídos de entrevistas semiestruturadas com cinco pessoas-chave envolvidas diretamente com o trabalho da gestão ambiental na instituição. Na abordagem quantitativa da pesquisa, foram adaptados os questionários da Escala de Comportamento Ecológico e da Escala de Percepção da Inserção de Educação Ambiental. Essas escalas foram escolhidas com o propósito de analisar as percepções de alunos e de servidores com relação às políticas de educação ambiental da UEMA e suas práticas sustentáveis dentro e fora da instituição. Com o auxílio de cálculos estatísticos, foram feitas análises descritivas, sociodemográficas e fatoriais, que permitiram abordar a individualidade entre os grupos, estabelecer correlações entre os constructos e comparações entre as amostras. A partir dos resultados de ambos procedimentos metodológicos, constatamos que existe a necessidade de fortalecimento da Educação Ambiental da instituição, melhoria da estrutura administrativa e do sistema de controle de resultados das ações desenvolvidas. Além disso, percebemos que o engajamento de alunos e servidores nas atividades promovidas pela instituição ainda é muito baixo. As análises sociodemográficas e fatoriais dos constructos apontam as divergências de comportamento ecológico entre as amostras, revelando, em linhas gerais, que existe um maior comprometimento ambiental dos servidores em comparação com os alunos. As contribuições teóricas desse estudo residem na distinção de resultados indicando a necessidade de fortalecimento da educação ambiental nas universidades, provocando mudanças comportamentais significativas na relação entre a sociedade e o meio ambiente.

  • SILVANA DOS REIS GONÇALVES DE ARAÚJO E SILVA

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    HISTÓRIAS LOCAIS, PROJETOS GLOBAIS: AS TRAMAS JURÍDICAS E O PROCESSO AMBIENTAL DO PORTO SÃO LUÍS EM CAJUEIRO

  • Data: 30/09/2019
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  • Trabalho com abordagem crítica sobre o processo de licenciamento ambiental do empreendimento econômico de natureza portuária denominado Terminal Portuário de Uso Privado (TUP) São Luís, a ser construído na capital maranhense. Objetiva-se analisar situações jurídicas relacionadas ao conflito fundiário acerca da área reclamada pelo projeto de investimento chinês, que implica na desocupação de Cajueiro, localidade habitada por uma comunidade tradicional e com título de propriedade fornecido pelo Estado no ano de 1998, verificou-se que o mesmo ignorou injustificadamente tal título. A comunidade e as populações do entorno revindicam a criação da Reserva Extrativista Tauá-Mirim, cujo procedimento administrativo se encontra concluso, faltante apenas a autorização do Executivo Estadual. A partir dos fatos observados, desenvolve-se uma análise sobre a relação Estado-iniciativa privada-capital externo com vistas à legalização de situações jurídicas ao arrepio da lei para possibilitar a implantação do porto na região.

  • THIERS FABRICIO SANTOS TIERS

  • Desenvolvimento Geográfico Desigual e o Território da Diferença: uma análise no bairro Ponta d’Areia, São Luís, MA.

  • Data: 02/09/2019
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    Resumo:

    No capitalismo, o espaço se tornou mais um viés mercadológico por excelência, e se reproduz em escala global de forma desigual. Nesse sentido, o capitalismo tem no desenvolvimento geográfico desigual sua base, se materializando em diferentes escalas e refletindo a sociedade de classes. Tendo como referencial empírico a escala local, mais precisamente o bairro Ponta d’Areia, localizado na cidade de São Luís, Maranhão, apresentam-se elementos que interagem com o desenvolvimento, a desigualdade e a diferença. Nesta perspectiva, a globalização, a acumulação de capital, o ajuste espacial, o consumo, e o tempo, são categorias que permeiam o espaço-mercadoria, que se expressam através da gentrificação e segregação socioespacial, em que a questão da moradia e forma de consumo ilustram o bairro Ponta d’Areia. A presente pesquisa foi pautada a partir do materialismo histórico, tendo como objeto de estudo as análises bibliográficas sobre o assunto e os agentes sociais em questão. Nesse caso, as discussões estão atreladas ao desenvolvimento, no capital (mercado financeiro-imobiliário), na desigualdade, no Estado, e na evolução do bairro Ponta d’Areia, que se tornou um dos bairros mais supervalorizados da cidade de São Luís, no entanto, apresenta inúmeros agravantes que o tornam marcado pelos contrastes socioespaciais, que se reflete nos diferentes padrões de vida num mesmo perímetro urbano. Portanto, o bairro Ponta d’Areia é atualmente um dos bairros de São Luís que mais apresenta desigualdade socioespaciais nas formas de consumo e moradia, que influência diretamente na dinâmica da produção do espaço na cidade. 

  • WILLIAN BARBOSA FILHO


  • A GESTÃO DAS POLÍTICAS AMBIENTAIS EM SÃO LUÍS (MA):  os conflitos socioambientais e territoriais na APA Maracanã

  • Data: 27/09/2019
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  • Esta dissertação analisa a gestão das políticas ambientais no estado do Maranhão no sentido de identificar os fatores responsáveis pela supressão e (re) configuração espacial nas Unidades de Conservação e apontar os instrumentos institucionais de controle e gestão participativa na efetivação dessas políticas. Para tanto, pretende-se identificar as implicações sociais e econômicas desde ocupação da área até a criação da Unidade de Conservação, contexto e efetividade da legislação ambiental e o avanço do capital privado sobre áreas protegidas. O recorte de estudo é a Área de Proteção Ambiental do Maracanã no distrito industrial de São Luís. Do ponto de vista metodológico fez-se uso de entrevista semiestruturada e observações participantes com o intuito de conhecer a realidade para além da mera aparência. As entrevistas foram realizadas com 05 conselheiros pertencentes ao conselho consultivo da APA, assim como a Secretaria Municipal Estadual de Meio Ambiente, responsável pela gestão, fiscalização, controle e execução das politicas públicas ambientais nas unidades de conservação do Maranhão.

2018
Descrição
  • ANTÔNIA SUELI SILVA SOUSA


  • SÃO LUÍS GONZAGA DO MARANHÃO: desmembramentos e inter-relação com municípios limítrofes

  • Data: 20/04/2018
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  • O presente trabalho tem como tema central os desdobramentos político administrativo do município de São Luís Gonzaga do Maranhão, focalizando o processo de desmembramento e principais emancipações ocorridas em seu território, desde sua formação aos dias atuais. Analisa-se a complexidade na relação cidade e campo a partir de intervenções em políticas administrativas de planejamento territorial, a partir do método do materialismo histórico-dialético de Marx, partimos da análise de dados oficiais referentes aos processos de historicidade desse município e sua relação com os limítrofes. Aliado há uma abordagem baseada nas concepções de Boaventura Santos. Constatou-se que a área estudada apresenta mudanças significativas quanto aos limites geográficos, no entanto, o município manteve-se com relações provincianas, típicas de espaços mais rurais. Assim, fez-se necessário refletir sobre os desdobramentos das políticas inerentes a este município e seus circunvizinhos. O principal objetivo é identificar os aspectos positivos e negativos no processo de fragmentação territorial referente a área de estudo. De forma específica, tem por objetivo analisar a realidade da ‘nova’ região, tendo, portanto, que descrever a sua história e entender como o município de São Luis Gonzaga do Maranhão sendo matriz ganha status de “invisibilidade” no decorrer dos anos. Para isso, foram realizadas reflexões sobre o processo de emancipação municipal no Brasil e Maranhão.  Primeiro é realizada uma breve abordagem histórica do processo de emancipação de municípios no Brasil. Em seguida, aborda a institucionalização legal das emancipações ocorridas Brasil, sobretudo no Estado maranhense, enfatizando as principais causas da fragmentação, notadamente na região do Médio Mearim. Logo depois, são expostos alguns motivos que levam a emancipação administrativa dos municípios, principalmente os detentores de grandes áreas geográficas. Por fim, os reflexos diretos e indiretos que as emancipações político-administrativas trouxeram á São Luis Gonzaga do Maranhão.

  • BIANCA SAMPAIO CORREA

  • O Programa de Aquisição de Alimentos - PAA: implicações socioeconômicas junto aos agricultores familiares da comunidade de Matinha - na zona rural de São Luís.

  • Data: 07/06/2018
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  • O presente trabalho se propõe analisar o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), junto aos agricultores familiares da zona rural de São Luís, tendo como referência empírica a comunidade de Matinha, tendo em vista identificar as implicações socioeconômicas do programa na comunidade.

     

  • CARLOS AUGUSTO DE OLIVEIRA FURTADO
  • A POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL NO MARANHÃO: DO DESMONTE A (RE) ESTRUTURAÇÃO DA POLÍTICA NOS ANOS 2000.

  • Orientador : ITAAN DE JESUS PASTOR SANTOS
  • Data: 12/01/2018
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  • Analisamos a Política de Assistência Técnica e Extensão Rural no Maranhão, através da leitura da dinâmica da Política de ATER, enquanto forma de intervenção do Estado na Agricultura, com o processo de desenvolvimento em curso no país no período proposto; resgatando o papel da modernização conservadora para o pequeno produtor rural; caracterizando a agricultura no Maranhão, até chegarmos na Política de ATER, com sua estruturação, desestruturação e reorganização da Política no Brasil e no Maranhão. A analise começa em 1985 e vai até 2006, quando, finalmente, o governo do estado cria a AGERP.

  • DANIELLE SILVA PEREIRA


  • SOCIEDADE E NATUREZA: UMA ANÁLISE SOBRE O ESPAÇO SOCIOAMBIENTAL DO PORTO DO ITAQUI – SÃO LUIS – MA, NO PERÍODO DE 1970-2017.

  • Data: 26/05/2018
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  • O Porto do Itaqui é um agente social de produção de notório potencial estratégico regional e mundial, e consequentemente materializa a produção do espaço urbano, uma vez que está localizado, desde 1970, em áreas urbanas, apesar das mudanças geográficas no decorrer de sua história. Entretanto, as configurações socioambientais locais existentes não refletiram as benesses capitalistas da expansão portuária maranhense, em decorrência da inserção contínua dos projetos desenvolvimentistas. Então, nesse estudo buscou-se, a priori, expor sobre a relação entre a natureza, meio ambiente e espaço, no sentido de subsidiar as discussões sobre os impactos socioambientais portuários, pautados em Neil Smith (1988), Milton Santos (1994), Foster (2015), entre outros. Em seguida, abordou-se a relação porto-cidade, a fim de compreender como o porto está se articula dentro da conjuntura urbana e ambiental, por meio de Maricato (2008), Lefebvre (2001) e Becker (2011). E como uma amostra da realidade ambiental portuária, delimitou-se a pesquisa na região poligonal do Porto do Itaqui- São Luís, MA, no período de 1970-2016, com apresentação de dados primários e secundários sobre os impactos sociais e ambientais existentes, como, por exemplo, os danos diretos causados à biota aquática, poluição do ar e água, dentre outros apresentados pela própria gestão portuária maranhense, e os indiretos como os danos sociais à comunidade do Cajueiro, por conta da expansão do Complexo Portuário do Maranhão, gerando assim um desenvolvimento regional, porém desigual. A metodologia aplicada nesta pesquisa foi baseada no materialismo histórico dialético, e com análise documental e bibliográfica, além da apresentação de dados que reforçam a problemática socioambiental portuária, como, por exemplo, a redução do pescado, manguezais, lixo portuário, conflitos territoriais, dentre outros danos apontados pela própria gestão portuária do Itaqui. Tais resultados não representam um desenvolvimento regional sustentável, no que tange à integração entre as dimensões econômica, política, social, ambiental e cultural, apenas reforçam a hegemonia econômica e acumulação do capital.

  • FLAVIA MARIA GOMES PARENTE ALVES MACIEL


  • Parque Estadual do Bacanga – São Luís, MA, 1980 – 2018: o fracasso de uma política institucional de conservação ambiental.

  • Orientador : CARLOS FREDERICO LAGO BURNETT
  • Data: 15/10/2018
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  • O Parque Estadual do Bacanga é um importante manancial de abastecimento de água potável para parte relevante da população da capital do Estado do Maranhão. No entanto, o crescimento urbano tem ocorrido sobre essa região de forma rápida e descontrolada. Assim, o objetivo desse trabalho foi compreender como a expansão urbana da capital do Estado do Maranhão, tem modificado os limites da área protegida. Para que esse objetivo fosse alcançado, primeiramente foi realizada a contextualização da expansão do espaço urbano da cidade, da motivação do crescimento demográfico e das ocupações na área do Parque. A metodologia utilizada foi levantamento bibliográfico, visitas in loco, entrevistas diretas e a produção de mapas. Os resultados indicaram uma tendência de utilização cada vez maior do espaço do Parque Estadual do Bacanga para o crescimento da cidade, com bairros completamente inseridos no limite da área protegida, que configuram o flagrante desrespeito à legislação ambiental. Ficou evidenciado na pesquisa que não há uma gestão efetiva da Unidade de Conservação por parte do órgão responsável, que apenas diminui gradualmente os limites territoriais, com o objetivo de excluir os bairros que se expandiram rapidamente sobre a área.

  • FLAVIA MARIA GOMES PARENTE ALVES MACIEL
  • Parque Estadual do Bacanga - São Luís, MA, 1980 - 2018: o fracasso de uma política institucional de conservação
    ambiental.

  • Orientador : CARLOS FREDERICO LAGO BURNETT
  • Data: 15/10/2018
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  • Parque Estadual do Bacanga - São Luís, MA, 1980 - 2018: o fracasso de uma política institucional de conservação
    ambiental.

  • GABRIELA SOUZA MARTINS


  • São Luís Moderna e Contraditória: resistência e permanência na Ilhinha e  Ponta d’Areia 

  • Data: 29/05/2018
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  • O presente estudo tem por finalidade analisar as contradições materializadas na capital maranhense, com um recorte específico que compreende os bairros da Ponta d’Areia (Penísula) e Ilhinha, localizados no setor Norte do município de São Luís, onde atualmente se evidencia um intenso processo de produção e valorização do espaço urbano, assim como revela as contradições inerentes a tal dinâmica. 

  • JACILMARA SANTOS MELO

  • CENTRALIDADE REGIONAL E PRESSÕES INTRA-URBANAS: Produção Habitacional, Planejamento e Gestão do Solo Urbano em Chapadinha, Maranhão

  • Data: 15/08/2018
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  • O processo de formação do território brasileiro foi marcado por uma diversidade de ciclos econômicos concentrados em diferentes períodos nas diversas regiões do país, no entanto, a região Sul/Sudeste foi o centro principal de industrialização e desenvolvimento, que apresentando melhores condições socioeconômicas, influenciou uma intensa dinâmica populacional em direção a esses centros urbanos, na busca por melhorias nas condições de vida e oportunidades nas grandes cidades.  Este quadro de fortes pressões urbanas influenciaram através da II Política Nacional de Desenvolvimento e da Política Nacional de Desenvolvimento Regional, o desenvolvimento de outras regiões, a desconcentração populacional e produtiva dos principais núcleos urbanos do país, para outro núcleos em ascensão, às cidades médias. Assumindo importante função na rede urbana brasileira, as cidades médias passaram a atuar como núcleos de retenção da população migratória e investimentos industriais, agrícolas e minerais, articulando os espaços das grandes e pequenas cidades, e ofertando bens e serviços básicos e intermediários à população local e à sua hinterlândia. No contexto maranhense, que se caracteriza por uma frágil rede urbana, estas cidades devido a investimentos em infraestrutura e o desenvolvimento de atividades industriais e do agronegócio estão se reestruturando para atendimento às necessidades intra-urbanas e regionais. Esta apropriação das riquezas naturais pelo capital, influencia mudanças estruturais na formação dos espaços urbanos, pois as pressões inerentes às novas demandas, principalmente, à populacional requerem medidas pela administração municipal no ordenamento do solo urbano, para o seu atendimento. Neste contexto, a cidade de Chapadinha, nó da rede urbana maranhense, que passou/passa por processo de crescimento populacional e econômico, se reestrutura espacialmente devido as novas procuras, em espacial por habitação. Neste cenário de reestruturação e consolidação espacial, a presente pesquisa pretende analisar o papel regional do Município de Chapadinha - MA e as articulações entre gestão e planejamento urbano para atender as pressões habitacionais geradas pelas demandas intra-urbana e extramunicipal.

  • JUAN GUILHERME COSTA SIQUEIRA

  • INTERAÇÕES ESPACIAIS E TRANSPORTE PÚBLICO COLETIVO: análise das suas condições atuais nos municípios da Ilha do Maranhão

  • Data: 19/06/2018
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    O transporte público é um importante meio de deslocamento da população em todo o mundo. A urbanização no século XX despertou interesse em estudo de transportes, sendo que os problemas enfrentados não se restringem às grandes cidades como Nova York (EUA); Paris (França); e Londres (Inglaterra), de maneira que devido ao acelerado incremento das aglomerações urbanas atualmente, os problemas de infraestrutura dificultam o deslocamento cotidiano. Isto porque, o transporte público é o meio mais utilizado pelas pessoas de vários segmentos sociais. Tem sua principal função de levar muitos passageiros em um determinado espaço com várias opções de deslocamento, reduzindo o uso do automóvel, que possui pouca capacidade e ocupa muito as vias de acesso. A atual conjuntura em termos de serviços de infraestrutura de transportes é desigual. O capital busca estratégias para a furta de investimentos em transportes públicos. Em consequência, os serviços de transporte são rebaixados em qualidade. As políticas públicas são importantes pois exigem a nova reestruturação produtiva, novas lógicas de localização de equipamentos urbanos e transportes públicos mais eficientes (DRAIBA, 1993). O transporte público é essencial no acesso ao emprego, saúde, lazer e aos serviços básicos. A medida em que há uma hinterlândia na cidade, exigem planejamentos urbanos mais eficientes. Com efeito, os espaços urbanos concentram grande carência de serviços e infraestruturas. No que diz respeito, as políticas públicas devem caminhar nos seus objetivos prioritários que é a redução dos tempos de deslocamento, pois o que percebemos, na maioria, são altos índices de deslocamento casa-trabalho, casa-lazer, casa-compras e casa-estudo. A proximidade de sua residência garante redução dos meios de transporte (a pé, bicicleta, carro e ônibus) e dos quilômetros percorridos. Assim, constata-se um problema que possuem estudos e de acordo com a Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei 12.587/2012) o presente estudo focaliza-se no transporte urbano, em particular o ônibus. O transporte público nos municípios da ilha do maranhão (São Luís, São José de Ribamar, Raposa, Paço do Lumiar) é composto por ônibus urbano, ônibus rodoviário, vans, táxi, moto táxi. Desse modo, o ônibus urbano é o veículo principal regulamentado e de fundamental importância na mobilidade dos indivíduos.

     

  • LAYLA ADRIANA TEIXEIRA VIEIRA
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    A formação sócio - histórica do latifúndio no sertão maranhense: estrutura e dinâmica do agronegócio no município de Grajaú – MA

  • Data: 13/07/2018
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  • A análise do município de Grajaú nos permite compreender que o processo histórico está intimamente vinculado a sua atual configuração territorial. Assim este trabalho tem como intuito analisar a formação sócio-histórica da concentração de terras no sertão maranhense e a partir dos desdobramentos da Guerra do Léda, conflito político ocorrido na região em finais do século XIX, e sua relação estrutural e conjuntural com o atual cenário fundiário característico da região, que se configura através da imposição do agronegócio que se expandiu inicialmente a partir da região de Balsas. Neste sentido, a partir de reflexões conceituais, históricas, geográficas e sociais, pretende-se expor os elementos que definem a pesquisa em curso e, ao mesmo tempo, apontar os principais eixos teóricos que a norteiam. Ao discutir o conceito de território faz-se uma reflexão acerca da reorganização territorial e política do Maranhão, com ênfase no município de Grajaú. Dessa forma, o município se insere na lógica global através do mercado de commodities, com destaque para a produção da soja e do milho, carro chefe da reprodução ampliada do capital. Além desses, outros setores também se desenvolvem com expressividade, a exemplo da agropecuária, do setor gesseiro e da silvicultura. Todavia, há uma intensa concentração de renda e de terras gerando relações sociais conflituosas que ampliam as desigualdades inerentes ao território em análise. 

  • LUCAS CARNEIRO SANTOS VERAS

  • PROJETO DE EXTENSÃO EM EDUCAÇÃO DA UEMA: Diagnóstico, aplicabilidade e desdobramentos.

  • Data: 26/07/2018
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  •  Este trabalho objetiva fazer uma analise das práticas da extensão universitária como política pública da educação na UEMA. Apresenta-se um levantamento da legislação nacional e intra-institucional pertinente às práticas extensionistas. Mostram-se aspectos teóricos referentes à extensão, e em seguida, relaciona-se a teoria com o que foi observado nas normas e práticas da UEMA. O método utilizado foi o weberiano. A pesquisa é de natureza básica, de abordagem qualitativa, os objetivos são exploratórios. Os procedimentos técnicos foram a pesquisa bibliográfica, a documental, de campo e um estudo de caso. Também utilizou-se de duas visitas in loco para observação e coleta de dados com os participantes dos projetos de extensão. Entende-se que extensão é uma atividade acadêmica que visa à difusão de conhecimento acadêmico, e a interação deste com o saber popular (senso comum) para melhor compreensão de problemas e demandas sociais.

  • PATRICIA RACHEL PINTO SILVA

  • A FORMA URBANA DA CIDADE TRADICIONAL E DA CIDADE CONTEMPORÂNEA EM SÃO LUÍS – MARANHÃO: Análise das áreas verdes públicas e da urbanidade do Centro Histórico, e em uma nova centralidade - o bairro da Cidade Operária.

     

  • Data: 10/08/2018
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  • O urbanismo moderno trouxe uma clara ruptura com o urbanismo tradicional em termos formais, em termos de escala e ideológicos. Os diversos tipos de urbanidade e apropriação dos espaços públicos estão relacionados também com as formas urbanas, pela maneira como a cidade é desenhada. A comparação entre o desenho urbano, o traçado e toda a composição urbana da cidade tradicional em contraponto com a cidade moderna e contemporânea, demonstra a monotonia da paisagem urbana que está sendo produzida e reproduzida e a forma como os espaços verdes públicos estão sendo preteridos em função do máximo aproveitamento do solo. Na cidade moderna e na cidade contemporânea veem-se as práticas do urbanismo subjugadas ao poder capital, representado por agentes produtores do espaço urbano, neste caso, o mercado imobiliário. Em linhas gerais, os espaços públicos, principalmente as áreas verdes públicas teriam uma função integradora e estética na cidade, espaços que ajudam a cidade a cumprir sua função social, espaços de lazer e de expressão democrática, além de ser um elemento morfológico do espaço urbano que propicia o bem estar e está associado à qualidade de vida quando bem idealizados. As áreas verdes livres são locais que expressam a identidade das comunidades, e o local onde o direito à cidade pode ser exercido, sendo possível fazer uma leitura social através destes espaços nos bairros. Objetivou-se nesta pesquisa analisar as áreas verdes de formas urbanas que representassem a cidade tradicional e cidade contemporânea de São Luís – MA. O principal debate desta dissertação é de que forma o urbanismo moderno impactou na forma urbana da cidade de São Luís e quais as mudanças na configuração das áreas verdes públicas. Parte-se da hipótese de que a produção do espaço urbano de São Luís, inspirado nas ideias modernistas, foi, e é, um instrumento de ordenação social e configura o território conforme os interesses do capital.

     

  • RAONI MUNIZ PINTO
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     "A PRODUÇÃO RENTISTA DA HABITAÇÃO EM SÃO LUÍS: As transformações da moradia, do espaço urbano e do capital imobiliário da República Velha ao Estado Novo". 
  • Data: 28/09/2018
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  • O capital imobiliário é um poderoso produtor do espaço urbano e possui a habitação como principal  mercadoria.  Não  podendo  restringir  o  espaço  apenas  ao  seu  caráter  físico  e  a habitação apenas a seu caráter de abrigo, as implicações da atuação desta forma de capital iluminam  contradições  da  sociedade  moderna.  Através  de  uma  abordagem materialista dialética, o presente trabalho busca compreender a produção habitacional na cidade de São Luís (Maranhão), no período de 1889 a 1945 e suas relações com o desenvolvimento das especificidades do mercado imobiliário local. Utilizou-se fontes bibliográficas e documentais, com predominância de jornais de circulação local no período estudado e relatórios oficiais de representantes  e  corpo  técnico  do  Estado  e  de  empresas  privadas.  O  desenvolvimento concentrado das forças produtivas nacionais gerou situações em âmbito local que guardam similaridades, mas com dinâmica própria para o setor imobiliário. As transformações ocorridas no  modo  e  relações  na  produção  habitacional  nas  cidades  de  maior  desenvolvimento econômico do país não ocorreram com a mesma intensidade em São Luís, ficando a provisão de moradias até o fim da década de 1940 a cargo de interesses rentistas, construções com relações mercantis e sobretudo da autoconstrução. 
  • SAMUEL DE JESUS OLIVEIRA MACIEL


  • ASSISTÊNCIA TÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO RURAL: O caso do Território Rural Campos e Lagos - MA

     

  • Data: 23/08/2018
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  • Em constante processo de mudança, o conceito de assistência técnica passa por várias transformações ao longo do tempo. Questionamos se deveria configurar-se de maneiras diferentes a partir de cada órgão que a executa. Deveria ser diferente a assistência técnica realizada pelo poder público? Essa questão orientou o trabalho que buscou ações, estrutura e saber como se encontrava a assistência técnica disponibilizada para a agricultura familiar. Neste trabalho, estabelecemos como objetivo principal da pesquisa: analisar as principais políticas de assistência técnica, instituídas pelo poder público no Território Rural Campos e Lagos - MA. Especificamente, analisamos os serviços de assistência técnica e extensão rural, assim como a atuação dos órgãos responsáveis pela execução no Território Rural Campos e Lagos. Evidenciamos que os técnicos se inserem no contexto de melhorias técnicas e produtivas, ao mesmo tempo em que contribuem com o processo comunicacional e representativo estabelecido entre os produtores rurais. Por parte da Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e de Extensão Rural do Maranhão (AGERP), percebemos que eles participam da execução de ações de educação buscando a fidelização dos agricultores, promovendo seu desenvolvimento econômico e qualidade de vida. Analisamos também, a ação do poder público local na tentativa de oferecer uma assistência às áreas rurais de seus municípios. Portanto, encontramos vários desencontros da “politica” de assistência técnica nas áreas rurais no Território. Primeiro, identificamos que a assistência técnica teve seu êxito em algumas áreas, foram realizadas capacitações, projetos e o acompanhamento para liberação do mesmo. Alguns problemas como a falta de técnicos e a descontinuidade do programa foi observado pelos que precisam da assistência no campo.

  • SAULO COSTA ARCANGELI
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    A QUESTÃO DO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL NA ÁREA ITAQUI – BACANGA: as formas de enfrentamento da comunidade do Cajueiro frente à perspectiva de instalação de um porto privado, a partir de 2014.

  • Data: 19/06/2018
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  • Esta dissertação apresenta uma reflexão e análise sobre a ação de projetos desenvolvimentistas, como parte de uma política de desenvolvimento industrial que impacta as comunidades localizadas na área Itaqui-Bacanga, no município de São Luís/MA e, de modo particular, a Comunidade de Cajueiro, comunidade rural centenária, que vive basicamente do extrativismo, da agricultura e da criação de pequenos animais  e que vivencia , nesse momento, uma   disputa socioterritorial e um grande enfrentamento por parte dos seus trabalhadores contra a instalação de um porto privado na região pela empresa WPR. Destaca as várias formas de intervenção estatal que busca, em aliança com o capital, garantir a instalação do porto privado, aborda as várias táticas de enfrentamento que a comunidade, em aliança com movimentos sociais, tem utilizado para evitar a concretização da instalação do porto privado e analisa as tendências atuais de mudança no modo de vida da comunidade diante da perspectiva de instalação do porto privado e a luta pela criação da Reserva Extrativista de Tauá-Mirim na região, uma das reivindicações vista como fundamental para garantir a regularização do uso e controle do território, seu modo de vida e a própria reprodução social das comunidades.

     

  • VITOR HUGO DOS SANTOS PLUM

  • O DESLOCAMENTO NÃO MOTORIZADO ASSISTIDO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL E MOTORA NA CIDADE DE SÃO LUÍS - MA.

  • Data: 15/06/2018
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  • Resumo: Discussão sobre o deslocamento mais ameno às pessoas com deficiência motora e visual que inclui a acessibilidade (pois sem ela não se consegue ter o acesso aos lugares pretendidos) e a mobilidade (pois com ela se consegue ir aos lugares pretendidos de maneira acessível para estas pessoas), As discussões sobre as barreiras arquitetônicas e urbanísticas são consequências do processo de conhecimento do deslocamento, mas não o seu ponto principal de análise, embora sejam fundamentais para o entendimento do assunto a ser focado. Também a ser analisado o sentido de “espaço”; na análise do espaço está intrínseco o ambiente acessível e de mobilidade. Definição do seja Urbanismo Caminhável, sua técnica e critérios de medição. A adaptação do Urbanismo Caminhável às pessoas com deficiência visual e motora, ampliando o conceito de Urbanismo Caminhável original.

  • WALBERT DA SILVA CASTRO JUNIOR

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    O Programa Minha Casa Minha Vida: A nova aurora da política habitacional? Uma análise sócioespacial na Ilha do Maranhão.
     
     
  • Data: 12/09/2018
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  • O presente trabalho tem como intuito evidenciar quais as implicações do modelo de provisão capitalista (produção por oferta) a efetividade do Programa Minha Casa Minha Vida na resolução do déficit habitacional dos segmentos de baixa renda na Ilha do Maranhão. 

2017
Descrição
  • ABRAÃO NEIVER DE MIRANDA AZEVEDO
  • DIVISÃO SEXUAL DO TRABALHO E QUESTÃO REGIONAL: trajetória das desigualdades e suas relações

  • Data: 13/11/2017
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  • A presente dissertação trata da Divisão Sexual do Trabalho e Questão Regional: trajetória das desigualdades e suas relações. A pesquisa tem como objetivo analisar como a Divisão Sexual do Trabalho e a Questão Regional se relacionam e se configuram na sociedade brasileira de forma desigual. É uma tentativa de visualizar a relação entre estas duas grandes categorias de maneira interdependentes e apontar para uma possibilidade de entendimento sobre os reflexos da organização sexual do trabalho no contexto das diferenças regionais pelo sistema capitalista de ideologia, cada vez mais, neoliberal. A metodologia fundamenta-se na sociologia reflexiva, e utiliza a pesquisa bibliográfica, documental e de campo, subsidiada no levantamento dos dados oficiais disponíveis. Inicialmente, realizam-se a demarcação do objeto, dos objetivos, da justificativa da pesquisa, do percurso metodológico e a organização da dissertação; analisa-se os princípios e concepções da Questão Regional no contexto histórico; identifica-se como ocorre a dinâmica da Divisão Sexual do Trabalho no Brasil no contexto da Questão Regional por meio de dados oficiais disponíveis; analisa-se de que forma o Programa Mulheres Mil se insere na Divisão Sexual do Trabalho e na Questão Regional a partir da visão dos sujeitos investigados.

     

  • ANDREIA DE OLIVEIRA

  • PERSPECTIVAS DO POTENCIAL GEOPARQUE DO ASTROBLEMA  CABEÇA DE SAPO  NO MUNICÍPIO de NOVA COLINAS/MA.

  • Orientador : CLAUDIO EDUARDO DE CASTRO
  • Data: 20/12/2017
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  • O presente estudo tem por objetivo apresentar uma análise efetuada na área em que está localizada o astroblema Cabeça de Sapo como subsídio à implantação de geoparque. São abordados os potenciais socioeconômicos, culturais e geomorfológicos da cratera de impacto. Segundo a definição da UNESCO um geoparque é "um território de limites bem definidos com uma área suficientemente grande para servir de apoio ao desenvolvimento socioeconômico local". A citada cratera meteorítica apresenta estas características possuindo potencial histórico, cientifico além de cultural e educativo. Podendo torna-se um espaço de lazer e conhecimento através do geoturismo. A metodologia está fundamentada pelos pressupostos da Teoria Geossistêmica, que possui  como principais teóricos Sotchava, Troll, Bertrand e Tricard. A abordagem geossistêmica, segundo Bertrand, é resultado da combinação dos elementos físicos, biológicos e antrópicos e procura entender as variações paisagísticas como produto histórico dos fluxos de matéria e energia, abarcando a ação do homem. Assim, os resultados apresentados demonstram que a área da pesquisa possui grande capacidade para o desenvolvimento de atividades geoturísticas e potencial para abrigar futuramente um geoparque. 

  • CARLA ANDRÉA DE MELO DIAS ALMEIDA
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    O DIREITO TERRITORIAL QUILOMBOLA E A DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO:um olhar sobre o processo de regularização territorial da Comunidade Quilombola de Charco-Juçaral, em São Vicente Férrer-MA.

     

     

     

  • Data: 01/12/2017
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  • A questão de materialização dos direitos das comunidades quilombolas mostra-se de suma importância e atual, posto que no campo de disputas concretas, remonta ao período colonial permanecendo até os dias atuais, mesmo após terem sido alçados à condição de sujeitos de direitos, a partir da ordem constitucional vigente. Não obstante a existência de diversos instrumentos legislativos, muitos são os expedientes obstativos à efetivação da política de regularização territorial, somados aos entraves de natureza jurídica e morosidade burocrática de diferentes instituições responsáveis pela garantia desse direito étnico. O objetivo deste trabalho é analisar a duração do processo de identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes de quilombos de que trata o artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias na Constituição de 1988, tomando aqui como caso específico à comunidade de Charco-Juçaral, localizada no município de São Vicente Férrer, no Estado do Maranhão. Como vertente metodológica predominantemente se utilizará a etnografia de múltiplos locais, implicadas em entender não somente os ditos e os interditos contidos no processo em si e na execução da política pública de regularização territorial a cargo do INCRA, no Estado do Maranhão. Entrelaçando teoria e prática, objetiva-se, conforme proposto por Bourdieu, o pensar relacional à pesquisa de campo, no sentido de mobilizarem-se todas as técnicas pertinentes ao objeto em questão orientando dessa maneira as opções metodológicas desenvolvidas nesta pesquisa. Verificou-se, no decorrer da pesquisa que os dispositivos constitucionais que determinam a titulação dos territórios quilombolas e a duração razoável do processo figuram, pelo alcance reduzido e ineficácia, como legislações simbólicas, resultantes de processos de modernização liberal, que implicam em uma hipertrofia simbólica legislativa.

     

  • CLARA RAISSA PEREIRA DE SOUZA
  • POLÍTICA DE HABITAÇÃO RURAL NO MARANHÃO: DA MORADIA CAMPONESA À ''CASA DO GOVERNO"

  • Data: 20/12/2017
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  • A dissertação tem como objetivo analisar as implicações de um programa habitacional conduzido pelo governo do Estado no modo de morar e de produzir dos seus beneficiários, camponeses moradores do povoado Pequizeiro, em Belágua (MA). Através de revisão bibliográfica sobre conceitos como campesinato, modo de vida camponês, e trajetória das políticas de habitação rural conduzidas pelo Estado, fez-se uma fundamentação teórica para o estudo do campo empírico. Em Pequizeiro, caracterizou-se a produção do território; como seus moradores se organizam produtivamente, como constroem e ocupam suas casas, e que saberes são aplicados durante essa construção. Na análise da aplicação do programa, buscou-se verificar de que maneira os técnicos e agentes do governo envolveram os beneficiários no processo, como as novas casas de alvenaria cerâmica foram recebidas pela comunidade, e que valores foram atribuídos a ela. Em conclusão, percebeu-se que os moradores associam a casa de alvenaria à valores como segurança e estabilidade, embora questionem timidamente suas dimensões e tipologia. Percebeu-se também que a entrega de uma nova casa, construída com material distinto daquele a que os beneficiários costumam ter acesso, pode comprometer a autonomia dos moradores quanto à sua manutenção. Concluiu-se que o programa tem potencial para melhorar a qualidade de vida de seus moradores, e a própria gestão estadual é sensível à ajustes, mas ainda peca em não possibilitar aos seus beneficiários mais autonomia no processo construtivo. Como sugestão, trabalhos de assessoria técnica empenhados em capacitar os beneficiários para melhor aproveitarem os recursos para a obra, além de pesquisas de qualificação das técnicas construtivas já vigentes, podem ser soluções alternativas para gerar mais autonomia e qualidade na produção de moradias rurais.

  • DAMIÃO SOLIDADE DOS SANTOS
  • OS PROCESSOS FORMATIVOS POR ALTERNÂNCIA DOS JOVENS RURAIS E SUAS ATUAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO LOCAL:  o caso das EFA’s do município Lago do Junco – Maranhão.

  • Data: 24/10/2017
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  • Este estudo trata dos processos formativos por alternância dos jovens rurais e suas atuações no desenvolvimento local nas EFA’s do município Lago do Junco, Maranhão. Adotou-se a metodologia baseada em um estudo de caso que permite uma abordagem qualitativa e descritiva, utilizando as contribuições da pesquisa bibliográfica e da pesquisa de campo, realizou-se entrevistas semiestruturadas, que foram respondidas pelos/as egressos (as) das EFAs. Verificou-se que a maioria dos jovens rurais tem uma compreensão bem fundamentada sobre o conceito de Desenvolvimento Sustentável e Agroecologia. A principal dificuldade encontrada pelos jovens, suas famílias e as comunidades a que pertencem após sua formação de nível fundamental ou médio, é o acesso as políticas públicas voltadas para a juventude. A maioria atua em organizações dos (as) agricultores (as) e continuam vinculados ao campo. Conclui-se que o Projeto Educativo da Escola Família Agrícola, fundamentado na Pedagogia da Alternância é eficiente e alcança seus objetivos via processos formativos para jovens rurais visando uma formação integral e o desenvolvimento local. Tendo por base a luta pela terra e para permanecer na terra pelos os/as camponeses/as desenvolveram diversas estratégias de organização, entre uma delas a Educação do Campo cada vez mais permeada nos princípios e práticas agroecológicas. O desenvolvimento local é um dos princípios fundamentais, sendo uma das finalidades buscadas pelo processo formativo. A Agroecologia é uma temática que tem cada vez mais ocupado espaço nas EFA´s e tende a se consolidar como um dos eixos principais da Pedagogia da Alternância. A pesar que  a Pedagogia Alternância é de origem francesa as primeiras experiências no Brasil se inspiraram na Escola da Família Rural desenvolvida na Itália.

  • IRISMAR DA SILVA BRITO
  • PRESSÕES DA INDUSTRIALIZAÇÃO SOBRE A COMUNIDADE DO TAIM, SÃO LUIS - MA

  • Data: 18/07/2017
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  • Este estudo aborda com problemas que as indústrias causam em São Luís – MA e em torno da comunidade do Taim que é objeto deste estudo. Tal comunidade é uma das doze inseridas na área proposta na criação da RESEX de Tauá – Mirim, na zona rural, entretanto, tem sofrido pressões e conflitos em decorrência de leis estaduais e municipais que beneficiam o setor industrial, como o Plano Diretor, zoneamento, parcelamento, uso e ocupação do solo do município de São Luís que induzem o uso industrial. O objetivo deste trabalho é analisar as pressões exercidas pela urbanização e industrialização sobre o território e comunitários do Taim. A partir do uso da abordagem metodológica do materialismo histórico – dialético, foram utilizados os procedimentos a seguir: revisão de dados bibliográficos; análise da literatura; dois trabalhos de campo na comunidade do Taim, com conversas informais com os lideres e pessoas que participaram do projeto de práticas agroecológicas; registro iconográfico; assim como a elaboração de mapas; seleção; análise e tabulação de dados e informações. Conclui-se, que para a proposta de criação da RESEX objetiva garantir a permanência dessas populações tradicionais em seu próprio território como o Taim, cuja introdução de práticas agroecológicas proporcionou melhoria da qualidade de vida.

  • MARIA CLAUDIA CARDOSO CORRÊA
  • O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DA TERMELÉTRICA DO ITAQUI, SÃO LUÍS/MA E A SUA INFLUÊNCIA NA DINÂMICA TERRITORIAL DA COMUNIDADE VILA NOVA CANAÃ, PAÇO DO LUMIAR/MA.

  • Orientador : ANA ROSA MARQUES
  • Data: 20/06/2017
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  • Este estudo aborda o processo de instalação da Usina Termelétrica do Itaqui e suas implicações na dinâmica territorial dos moradores da antiga Vila Madureira, no município de São Luís – MA, para a Vila Nova Canaã, no município de Paço do Lumiar – MA. A gestão do território demonstra que o Estado é o agente que tem domínio nas relações de poder, assumindo posições estratégicas e executando interesses dos agentes dominantes. Nessa perspectiva, as ações políticas que ocorrem demandadas por uma escala global e/ou nacional apresentam seus reflexos nas escalas menores, sendo exatamente nesse contexto que a Amazônia Legal brasileira e a capital maranhense, São Luís (enquanto integrante desta), situando-se em relativa proximidade com áreas propícias para a localização de extensas instalações portuárias, sofre tais reflexos, sendo considerada alvo para receber grandes projetos, fornecendo logística comercial para atender o mercado externo. Este estudo contextualiza-se sobre as características da Termelétrica do Itaqui e suas influências através da política energética do Programa de Aceleração do Crescimento, enfatizando a discussão sobre os impasses do licenciamento ambiental desse empreendimento. Esta pesquisa está fundamentada no método do materialismo histórico dialético. Evidenciou-se que há existência de uma estreita relação conflituosa nessa nova forma de apropriação do ambiente, onde a empresa estava apenas interessada num território multiplicador de capital, sem ter a preocupação das problemáticas socioambientais desse processo.

  • MARIA CLAUDIA CARDOSO CORRÊA
  • O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DA TERMELÉTRICA DO ITAQUI, SÃO LUÍS/MA E A SUA INFLUÊNCIA NA DINÂMICA TERRITORIAL DA COMUNIDADE VILA NOVA CANAÃ, PAÇO DO LUMIAR/MA.

  • Orientador : ANA ROSA MARQUES
  • Data: 20/07/2017
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  • Este estudo aborda o processo de instalação da Usina Termelétrica do Itaqui e suas implicações na dinâmica territorial dos moradores da antiga Vila Madureira, no município de São Luís – MA, para a Vila Nova Canaã, no município de Paço do Lumiar – MA. A gestão do território demonstra que o Estado é o agente que tem domínio nas relações de poder, assumindo posições estratégicas e executando interesses dos agentes dominantes. Nessa perspectiva, as ações políticas que ocorrem demandadas por uma escala global e/ou nacional apresentam seus reflexos nas escalas menores, sendo exatamente nesse contexto que a Amazônia Legal brasileira e a capital maranhense, São Luís (enquanto integrante desta), situando-se em relativa proximidade com áreas propícias para a localização de extensas instalações portuárias, sofre tais reflexos, sendo considerada alvo para receber grandes projetos, fornecendo logística comercial para atender o mercado externo. Este estudo contextualiza-se sobre as características da Termelétrica do Itaqui e suas influências através da política energética do Programa de Aceleração do Crescimento, enfatizando a discussão sobre os impasses do licenciamento ambiental desse empreendimento. Esta pesquisa está fundamentada no método do materialismo histórico dialético. Evidenciou-se que há existência de uma estreita relação conflituosa nessa nova forma de apropriação do ambiente, onde a empresa estava apenas interessada num território multiplicador de capital, sem ter a preocupação das problemáticas socioambientais desse processo.

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