RELAÇÕES ESCRAVISTAS CONTEMPORÂNEAS: uma análise socioespacial do trabalho análogo ao escravo no sudoeste do Maranhão.
Trabalho. Escravo. Maranhão. Socioespacial
A presente dissertação analisa as relações escravistas contemporâneas, a partir de um recorte socioespacial no estado do Maranhão, abordando o trabalho escravo contemporâneo na temporalidade histórica do capitalismo na sua fase neoliberal. A relação capital-trabalho foi objeto da primeira parte da exposição, recuperando os eixos trabalho e força de trabalho e o processo de reprodução do capital. Na sequência, buscou -se a polissemia da expressão contemporânea como designações plurais dada ao fenômeno da exploração ilícita e precária do trabalho escravo como parte integrante de uma lógica perversa. Na segunda parte, discute-se as repercussões normativas e o marco regulatório do enfrentamento do trabalho escravo na esfera internacional e nacional, atentando para a Lista Suja do Trabalho Escravo do Ministério do Trabalho. Nesse cenário, o Maranhão na representação contemporânea da escravatura, compreendendo que a vitimização para o trabalho escravo está ligada às raízes culturais de um estado periférico com forte tração oligárquico, somado à impunidade e o isolamento geográfico que favorecem este tipo de conduta em determinadas regiões do estado com maior número de trabalhadores vítimas deste crime. Por fim, analisa-se os fatores fundamentais para configuração da escravidão contemporânea no Maranhão, tendo a “precisão” como o ambiente propício para o desenvolvimentode de relações escravistas em face do modelo econômico concentrador e gerador de exclusões sociais.