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Banca de QUALIFICAÇÃO: LOHANNE CAROLINE CORREIA DOMINGUES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LOHANNE CAROLINE CORREIA DOMINGUES
DATA: 30/08/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Plataforma digital Google Meet
TÍTULO:

Resistência Territorial e Articulação Política: as Comunidades Tradicionais de Jambuca e Batista frente à dinâmica do Capital no Maranhão


PALAVRAS-CHAVES:

Desenvolvimento capitalista. Comunidades tradicionais. Territorialidade. Resistência. Maranhão.


PÁGINAS: 142
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Arquitetura e Urbanismo
RESUMO:

Esta pesquisa objetiva identificar as estratégias de resistência e de articulação política acionadas pelas Comunidades Tradicionais Jambuca e Batista em Campo de Perizes, Bacabeira, na defesa de suas territorialidades diante da dinâmica de avanço do capital no Maranhão. A localização do município de Bacabeira, com rede de infraestruturas logística (rodovia BR-135, estradas de ferro carajás e transnordestina, linhas de transmissão de energia, sistema Italuís) e proximidade com o Porto do Itaqui, há muitos anos vêm atraindo investimentos nacionais e internacionais ligadas à exploração e produção mineral, atividades vinculadas ao agronegócio e a construções de grandes obras de infraestrutura que impulsiona a circulação e reprodução do capital. O período demarcado como referência para a pesquisa é de 2011 a 2021, onde as primeiras ações coletivas de resistências e articulações políticas foram acionadas e continuaram se reproduzindo diante de ameaças constantes promovidas pelo capital, colocando em risco as territorialidades das comunidades tradicionais. O modelo de desenvolvimento no Brasil, pautado em atrair investimentos nacionais e internacionais que “modernize” e traga “progresso” ao país, carregado de contradições e desrespeito aos direitos sociais e étnicos, vêm impactando diretamente diversos povos e comunidades tradicionais, esgotando os recursos naturais, flexibilizando leis e interferindo em modos de reprodução social. Em tal contexto, Jambuca e Batista, fazem parte de uma gama de comunidades tradicionais em áreas rurais do Maranhão que vivenciam impactos de grandes projetos de desenvolvimento e criam, de forma antagônica, movimentos de resistência em defesa de seus territórios e encontram, no ato de (r)existir, uma forma de serem visibilizados para além da ideologia de vazios demográficos. O método adotado para a análise de tais processos tem base no materialismo histórico Dialético (MARX, 2008), pois parte do pressuposto de que a realidade concreta não se apresenta verdadeiramente como é, mas de forma abstrata, e ainda, que o concreto é síntese de diversas determinações. A concepção teórico-metodológica da pesquisa combina proposições de Smith (1998), Harvey (2005, 2014) a respeito da produção capitalista do espaço, apoiando-se em estudos decoloniais de Escobar (2014), Porto-Gonçalves (2012) e Quijano (2002), identidades rurais e territorialidades de Little (2004), Cândido (2017), Woortmann (1981) e Haesbaert (2007), bem como processos de resistência discutidos em Scott (2013), Castells (2018) e Laclau e Mouffe (2015). A dissertação contempla pesquisa bibliográfica, complementada com estudos de caso em publicações científicas e especificada com pesquisa documental oficial e mídias eletrônicas, e a pesquisa direta, efetivada através de visitas e estudo de campo, buscou a caracterização sócio-espacial das comunidades, com a identificação do território pelos próprios moradores na produção de mapas coletivos, levantamentos fotográficos e entrevistas com moradores, agentes sociais e gestores públicos envolvidos diretamente ou indiretamente no conflito pela terra. Os resultados parciais da pesquisa apontam que, mesmo em condições desfavoráveis na correlação de forças na luta de classes, as ações de resistência e articulações das comunidades de Jambuca e Batista acontecem de múltiplas formas – organização interna dos moradores, perpassando o cotidiano, parcerias com instituições jurídicas e civis, poder local e secretarias estaduais – também em aliança com outros grupos sociais que enfrentam situações semelhantes de luta pela territorialidade.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente(a) - 6333 - CARLOS FREDERICO LAGO BURNETT
Externo à Instituição - JONDISON CARDOSO RODRIGUES - UFPA
Interno - 7099 - MARIVÂNIA LEONOR SOUZA FURTADO
Notícia cadastrada em: 12/08/2022 10:24
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