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Banca de QUALIFICAÇÃO: JAINE DE JESUS ALVES CALDAS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JAINE DE JESUS ALVES CALDAS
DATA: 29/07/2022
HORA: 15:30
LOCAL: PLATAFORMA DIGITAL GOOGLE Meet
TÍTULO:

QUILOMBOLAS FRENTE AOS EFEITOS SOCIAIS DO AGRONEGÓCIO: estratégias de luta e resistência no território de Saco das Almas em Brejo/Buriti- MA.


PALAVRAS-CHAVES:

Quilombolas; MATOPIBA; Território; Saco das Almas; Resistência


PÁGINAS: 122
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Serviço Social
RESUMO:

Os conflitos entre detentores de capital e povos que dependem diretamente do território para sua reprodução material e simbólica evidenciam a correlação de forças existentes no sistema capitalista, o qual, na busca desenfreada pela acumulação do lucro atua embasado numa lógica colonialista. O artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias assegura o direito dos remanescentes de quilombos sobre seus territórios, devendo o Estado responsabilizar-se pela emissão dos títulos. Todavia, a dicotomia entre o legal e o real é acentuada na estrutura brasileira, promovendo incertezas e ameaças a essas coletividades. Nesse contexto, encontra-se Saco das Almas, território quilombola, situado no Leste Maranhense, nos municípios de Brejo e Buriti, inserido na dinâmica do MATOPIBA, fronteira agrícola apresentada como plano desenvolvimentista do governo brasileiro desde 2015. A região da nova fronteira comporta um número significativo de populações tradicionais, as quais passam sofrer constantes investidas do agronegócio. Nessa perspectiva, a referida pesquisa anseia investigar quais os processos organizativos de resistência dos quilombolas de Saco das Almas para enfrentar os efeitos sociais do agronegócio na região de Brejo/Buriti- MA. No decorrer deste percurso adota-se duas bases metodológicas, as quais privilegiam tanto a análise da totalidade dos processos sociais a fim de uma compreensão orientada para além do aparente, quanto, uma metodologia fincada na contraposição da lógica da modernidade/colonialidade, pois prioriza histórias locais e fronteiriças, portanto, aplica-se o método materialista histórico dialético e a proposta decolonial. Aponta-se Saco das Almas como território quilombola não titulado pelo órgão responsável, implicando aos moradores das comunidades riscos iminentes em decorrência do avanço dos campos de soja.  Diante do predadorismo do modo de produção capitalista, os quilombolas põem-se numa posição de luta e resistência para defender o direito ao território, a manutenção da vida, e um projeto libertador ancorado num outro tipo de sociedade, o Bem Viver.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 6333 - CARLOS FREDERICO LAGO BURNETT
Externo à Instituição - HORÁCIO ANTUNES DE SANT’ANA JÚNIOR - UFMA
Presidente(a) - 7099 - MARIVÂNIA LEONOR SOUZA FURTADO
Notícia cadastrada em: 28/07/2022 15:15
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