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Banca de DEFESA: MARINALVA COSTA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARINALVA COSTA
DATA: 01/02/2018
HORA: 15:00
LOCAL: SALA DE REUNIÕES DA GEOGRAFIA E PEDAGOGIA
TÍTULO:

ESTIAGEM E SECA NA PORÇÃO SUL DO MUNICÍPIO DE BEQUIMÃO-M E SUA RELAÇÃO COM A CONSTRUÇÃO DE BARRAGENS NO RIO AURÁ


PALAVRAS-CHAVES:

Estiagem e Seca. Campos inundáveis. Bequimão-MA


PÁGINAS: 128
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
SUBÁREA: Geografia Humana
RESUMO:

Esta pesquisa analisou os fenômenos da estiagem e seca na porção sul do município de Bequimão-MA e sua relação com a construção de barramentos na bacia hidrográfica do rio Aurá. Para subsidiar a análise, foi fundamental caracterizar os aspectos geoambientais do referido município e, por conseguinte da área estudada, identificar a ocorrência dos referidos fenômenos e suas causas geradoras e, detectar as principais mudanças na paisagem dos campos inundáveis, associadas à ocorrência das estiagens e secas. Esse município localiza-se na Mesorregião Norte e Microrregião do Litoral Ocidental Maranhense, estando inserido nas regiões hidrográficas do Atlântico Nordeste Ocidental e do Rio Pericumã. Pertence a duas Unidades de Conservação, sendo elas: Áreas de Proteção Ambiental das Reentrâncias Maranhenses e da Baixada Maranhense e à Convenção sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional (Convenção de Ramsar). A área estudada tem influência dos rios do Jacioca, da Mata e do Mojó - afluentes do rio Aurá, fazendo limites com municípios da Baixada Maranhense.Dados oficiais da Agência Nacional de Águas (ANA), através do Monitor de Secas do Nordeste Brasileiro, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), Centro de Estudos e Pesquisas em Engenharia e Defesa Civil (CEPED), vêm indicando Bequimão como um dos municípios do estado do Maranhão que apresenta o fenômeno da seca. Além dos dados oficiais, a população que reside no entorno dos campos inundáveis afirma que essa área “vem secando” muito rápido, fato que outrora não ocorria. Conceitualmente, os fenômenos das estiagens e secas apresentam distintos entendimentos. Para Castro (2003); Pires, Silva e Mendes (2010); Leivas (2014); Magalhães (2016), tais fenômenos se constituem em uma ocorrência natural e se diferenciam porque, as secas, do ponto de vista meteorológico, são resultantes de um período prolongado de estiagem, resultantes de índices de precipitação pluviométricas abaixo da média e taxas de evaporação elevadas, e que provoca uma redução sustentada das reservas hídricas existentes, resultando em escassez de água. As estiagens ocorrem com maior frequência do que a seca, porém ambas produzem reflexos sobre as reservas hidrológicas e resultam em distintos prejuízos para o setor produtivo e a biodiversidade das áreas atingidas. Os pressupostos da Abordagem Geossistêmica juntamente com os métodos qualitativo e quantitativo possibilitaram a análise ora realizada. Igualmente, a Paisagem enquanto categoria de análise da Geografia foi importante para a análise e interpretação das alterações ambientais observadas na área estudada. Os resultados alcançados conduzem para a aceitação de ocorrência de períodos prolongados de estiagens, os quais se caracterizam em distintas tipologias de secas, sobretudo nos anos 2007, 2010, 2012 a 2015, anos em que as chuvas ficaram abaixo da média anual (Normais Climatológicas do Brasil 1961-1990) para a região e, as temperaturas apresentaram índices elevados (média 27 a 30,89 oC). A ocorrência de tais fenômenos tem relação com as variações de padrões de Temperatura da Superfície do Mar (TSM) sobre os oceanos tropicais, os quais afetam a posição e a intensidade da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) sobre o Oceano Atlântico, assim como às anomalias de temperatura observadas no Oceano Pacífico, que resultam em anos com La Niña e/ou El Niño. As principais mudanças observadas nas paisagens da área estudada e adjacências são significativas, sobretudo resultantes da intervenção humana, a exemplo da inserção de retiros, construção de cercas e cultivos de pastagens nativas em áreas de matas ciliares, além de inúmeros açudes e barramentos na área dos campos inundáveis, dentre outras. O tema ora abordado demanda estudos complementares, subsidiado por monitoramento e avaliação de outros índices, para que se compreenda especificamente a ocorrências da estiagem e/ou seca na área estuda


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANTONIO CORDEIRO FEITOSA - UFMA
Interno - 2251775 - JOSE FERNANDO RODRIGUES BEZERRA
Presidente - 73353 - QUÉSIA DUARTE DA SILVA
Notícia cadastrada em: 25/01/2018 18:45
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