Banca de QUALIFICAÇÃO: EDELSON LEITÃO MACIEL

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: EDELSON LEITÃO MACIEL
DATA: 16/08/2023
HORA: 14:30
LOCAL: SALA DE AULA DO PPGEO
TÍTULO:

ESTUDOS CARTOGRÁFICOS APLICADOS À DINÂMICA DA PAISAGEM EM MOJÓ PAÇO DO LUMIAR/MA

PALAVRAS-CHAVES:

Cartografia. Paisagem. Paço do Lumiar. Mojó

PÁGINAS: 84
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
RESUMO:

Esta pesquisa leva em consideração a dinâmica da paisagem de Mojó, Paço do Lumiar/MA, composta por elementos naturais e culturais que sofrem transformações ao longo do tempo, além de destacar o ecossistema manguezal afetado pela expansão industrial e urbana. Deste modo, este estudo busca compreender a evolução específica da paisagem de Mojó e as consequências dessas transformações, configurando-se assim o estado da arte deste trabalho de pesquisa. Em vista disso, tem-se como objetivo geral analisar a dinâmica da paisagem de Mojó, Paço do Lumiar/MA, apoiado pelos seguintes objetivos específicos: (i) Elaborar mapas temáticos e situacionais que representem as alterações na paisagem de Mojó ao longo de 20 anos; (ii) Considerar a percepção ambiental dos moradores e frequentadores em relação à paisagem do Mojó; (iii) Mapear os caminhos ancestrais e os aspectos da memória da paisagem existentes na área, a fim de preservar sua história. Dessa forma, a pesquisa enfatiza três procedimentos principais: a coleta de informações e a cartografia das unidades espaciais, a compreensão das percepções dos moradores e visitantes acerca do sistema ambiental e a realização de projeções de cenários que incluam aspectos históricos do ambiente. Ademais, a condução da pesquisa emprega abordagens participativas, bem como a utilização de tecnologias geoespaciais e software de geoprocessamento para a obtenção e processamento dos dados requeridos para a análise em questão. Nesse contexto, os dados preliminares dos estudos cartográficos permitem observar as mudanças na paisagem do município, resultantes do adensamento urbano que se estende da capital para os demais municípios da ilha do Maranhão. Para mais, a omissão das prefeituras na organização e planejamento, as quais deveriam contemplar políticas habitacionais, tem levado à localização de empreendimentos imobiliários em áreas inadequadas, acarretando desgaste nos sistemas naturais, principalmente no rico e diversificado ecossistema de manguezal presente na ilha do Maranhão. Esses ambientes frágeis, formados principalmente por depósitos do Cenozoico, estão sujeitos a alterações tanto por fatores naturais quanto antrópicos. As comunidades, como Mojó, que vivem próximas desses locais, têm suas vidas intimamente ligadas ao fluxo de energia desse ecossistema, utilizando-o como fonte de sustento e comercialização de mariscos e peixes. Entretanto, as alterações no solo do município afetam essas atividades devido ao acúmulo de lixo no mangue que está possivelmente relacionado ao adensamento urbano, promovendo uma nova dinâmica. Diante dessa questão, a ONG Arte Mojó desempenha um papel importante na conscientização sobre a preservação da fauna e flora diante da rápida expansão urbana, proporcionando atividades como roda de conversa e ações de coleta de lixo. O aumento da população impulsiona o processo de verticalização no município, conforme revelado pelos mapas produzidos, resultando em mudanças significativas na paisagem, especialmente nos manguezais, que são importantes sistemas ecológicos fornecedores de uma variedade de serviços ecossistêmicos. A partir disso, preservar esses ecossistemas vai além da manutenção dos serviços que eles oferecem, pois também envolve a conservação da história. Na região, ainda é possível encontrar sítios arqueológicos de civilizações pré-históricas e de povos que tiveram o primeiro contato com os europeus. Apesar dos vestígios já estarem impactados, é viável resgatar um pouco da história do município, que foi um aldeamento Tupi.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente(a) - 7240 - ANA ROSA MARQUES
Externo à Instituição - ANTÔNIO JEOVAH DE ANDRADE MEIRELES - UFC
Interno - 7239 - CLAUDIO EDUARDO DE CASTRO