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Banca de DEFESA: DELONY DE QUEIROZ RIBEIRO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DELONY DE QUEIROZ RIBEIRO
DATA: 31/03/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Via Plataforma Microsoft Meet
TÍTULO:

ANÁLISE DA FRAGILIDADE AMBIENTAL NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOS CACHORROS, SÃO LUÍS – MA.


PALAVRAS-CHAVES:

Ambiente. Erosão Laminar. Fragilidade Ambiental. Perdas de Solos. Rio dos Cachorros.


PÁGINAS: 216
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
RESUMO:

A relação conflituosa da sociedade com a natureza, mediante as dinâmicas e tensões territoriais-ambientais por espaços, recursos naturais, conflitos políticos, e a busca desenfreada pela industrialização, promovem impactos no ambiente, principalmente nas áreas costeiras que são particularmente mais sensíveis e frágeis a ocupação dos agentes sociais. Dentre as bacias hidrográficas de São Luís (Maranhão), a bacia hidrográfica do rio dos Cachorros foi uma das áreas da cidade a receber grandes projetos urbanos e industriais. Por sua vez, a urbanização acelerada trouxe diversas consequências ao ambiente. Essa bacia é estuarina, de padrão dendrítico, possui área de 64,37 km² e abrange diversas nascentes. Está situada na porção sudoeste da Ilha do Maranhão e ao sul de São Luís, fazendo parte da Amazônia Oriental. A bacia é vulnerável aos processos erosivos, em virtude de suas características ambientais - um fenômeno natural, mas que é intensificado pelos usos da terra. Nesse sentido, o objetivo dessa dissertação é analisar a fragilidade ambiental da bacia hidrográfica do rio dos Cachorros, por meio da Equação Universal de Perdas de Solos (EUPS). Para isso, contou-se com os procedimentos metodológicos de levantamento e análise de material bibliográfico, elaboração de material cartográfico das características geoambientais, trabalhos de campo, assim como análise e espacialização da fragilidade ambiental e de perdas de solos da área de estudo. O conceito norteador dessa pesquisa é o de ambiente, tratando-se de um trabalho marcado pelas relações sociais, tal qual pela união do estudo da natureza e da sociedade. Além disso, estudou-se um ambiente costeiro, por isso houve a adaptação das técnicas que foram usadas para realizar as análises de fragilidade ambiental e de perdas de solo da bacia. Foi constatado que a bacia hidrográfica do rio dos Cachorros possui diversas frações sociais, sobretudo a urbana (uso residencial e serviços), a rural (comunidades e assentamentos) e a industrial, além das áreas de proteção ambiental, e cada um desses grupos utiliza a terra de maneira diferenciada, destacando-se os agentes rurais, que utilizam da bacia como forma de sustento e ainda tentam proteger os corpos d’águas remanescentes, apesar da pressão dos grandes empreendimentos. Também foi constatada a diminuição da área rural, aumento da área urbana e multiplicação de classes industriais, principalmente relacionadas ao sistema portuário e à mineração. Assim, a remoção da cobertura vegetal vem transformando a bacia hidrográfica do rio dos Cachorros, dado que a cobertura vegetal é a principal proteção contra a erosão. Em trabalhos de campo foi possível notar que a degradação está presente principalmente nos locais de mineração, e está relacionada sobretudo com a intensificação dos processos erosivos. No mais, a fragilidade ambiental da área de estudo variou de: Muito Fraca 1 a Muito Forte 5. A maior parte é constituída pela classe Média 3 (36%), seguida por Forte 4 (26%), por Muito Forte 5 (18%), por Muito Fraca 1 (12%) e por Fraca 2 (8%). Além disso, os valores de perdas de solos variaram de 0 a > 200 t.ha-1 ano-1 , e foram divididas em 8 classes, conforme a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, 1967), apud Guimarães et. al. (2011): Nenhuma ou ligeira 1 ( 0 ⊢ 1 t.ha-1 ano-1), ( 65%), Nenhuma ou ligeira 2 ( 1 ⊢ 3 t.ha-1 ano-1), (1%), Nenhuma ou ligeira 3 (3  ⊢ 5 t.ha-1 ano-1), (1%), Nenhuma ou ligeira 4 (5 ⊢ 10 t.ha-1 ano-1), (1%), Moderada 5 (10 ⊢ 20 t.ha-1 ano-1), (4%), Moderada 6 (20  ⊢50 t.ha-1 ano-1), (16%), Alta 7 (50 ⊢ 200 t.ha-1 ano-1), (1%) e Muito Alta 8 (> 200 t.ha-1 ano-1). À vista disso, a tendência é que surjam novas áreas de fragilidade ambiental e de perdas de solos. Dessa forma, análises como essa contribuem como importantes materiais a serem empregados para subsidiar as discussões sobre uso e cobertura, zoneamento, planejamento e gestão territorial-ambiental, degradação dos cursos d’água, dentre outros elementos, posto que a erosão é considerada um dos maiores riscos ambientais e deve ser estudada pela sociedade.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CAIO AUGUSTO MARQUES DOS SANTOS - UFR
Interno - 6913 - LUIZ CARLOS ARAUJO DOS SANTOS
Presidente(a) - 867325 - MELINA FUSHIMI
Notícia cadastrada em: 23/03/2022 14:45
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