DIAGNÓSTICO EDUCATIVO COM CRIADORES DE AVES DE SUBSISTÊNCIA SITUADOS PRÓXIMOS DE UM MATRIZEIRO NO POLO AVÍCOLA DE BALSAS, MARANHÃO
educação sanitária; avicultura; pnsa; subsistência
Diante da importância do setor avícola Nacional e, em específico no Estado do Maranhão, aliado a implantação do Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA) em nível estadual, há a necessidade de melhorias nos padrões sanitários dos estabelecimentos de criação de subsistência. A pesquisa foi realizada com o objetivo de estabelecer um diagnóstico educativo com os criadores de aves de subsistência no entorno de uma granja de matrizes no polo avícola de Balsas-MA. Foram entrevistados quarenta produtores numa área de 10 km ao redor da granja. Os achados obtidos foram baseados em entrevistas estruturadas, mediante a aplicação de questionários, entrevistas não estruturadas e observações diretas, no ato das visitas às propriedades. Os resultados mostraram produtores com baixa escolaridade, criando suas aves em áreas até cinco hectares e sem participação em entidades associativas. Há uma preferência por ouvir rádio no horário da manhã e TV no horário noturno, preferindo receber informações através de palestras. A melhor maneira de entrar em contato com os produtores era via telefone celular. A AGED-MA é associada pelos produtores a um órgão do governo ligado a sanidade animal, porém não recorrem a ela para notificar suspeitas de doenças nos animais, e sim às casas agropecuárias. A maioria dos criatórios possui instalações rústicas, criando acima de quarenta aves e geralmente em conjunto com várias outras espécies animais. Grande parte das aves tinha origem na própria propriedade, sendo alimentadas na sua totalidade com milho. A água é oriunda de poços na maioria das propriedades visitadas. Os bebedouros construídos com pneus e outros reservatórios plásticos apresentavam-se sem cuidados de higiene. As aves não apresentaram doenças nos dois meses anteriores à pesquisa. Os produtores têm o hábito de usar antibióticos e cascas de árvores nativas para tratamento e profilaxia de doenças. A maioria das aves são criadas soltas o dia todo nas propriedades, mesmo tendo um galinheiro em boa parte delas. As aves são criadas para o consumo de carne e ovos da própria família. Os produtores não têm o hábito de limpar o local onde as aves ficam. Através de um programa educativo com foco principal nesses criatórios próximos ao matrizeiro, podem-se identificar possíveis problemas sanitários e priorizá-los, bem como os métodos e meios a serem utilizados para saná-los, aliado a epidemiologia e ações de defesa sanitária consoantes com a realidade local.