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Banca de QUALIFICAÇÃO: ROBERTO CARLOS NEGREIROS DE ARRUDA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ROBERTO CARLOS NEGREIROS DE ARRUDA
DATA: 10/10/2023
HORA: 14:00
LOCAL: plataforma vitual
TÍTULO:

BIOVIGILÂNCIA EM CAPIVARAS SELVAGENS NOS ECOSSISTEMAS AMAZÔNICO, CERRADO E MATA DE COCAIS DO MARANHÃO - BRASIL


PALAVRAS-CHAVES:

Zoonoses, Biomas, Roedores, Mamíferos, Maranhão


PÁGINAS: 123
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Medicina Veterinária
RESUMO:

A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), cita que 60% dos patógenos que causam doenças humanas, são originários de animais domésticos ou animais selvagens. O objetivo principal desta tese, foi estudar as enfermidades infeciosas e parasitárias em capivaras de vida livre, tanto pela presença da Hydrochoerus hydrochaeris em propriedades rurais, como pela convivência em ambiente comuns entre espécies domésticas e silvestres. Nosso direcionamento inicial de pesquisa, foi pela necessidade de investigar a relação entre varíola e pseudovaríola em animais domésticos, humanos e as capivaras no Maranhão, e seguiu na detecção de perdas reprodutivas, comum aos ruminantes e herbívoros domésticos e agentes virais epiteliotrópicos. Assim, procurou-se descrever as ocorrências de anticorpos anti-Brucella spp. e anti-Leptospira spp., bem como, Orthopoxvírus, Parapoxvírus (Poxviridae) e Coxiella burnetii em amostras fecais no bioma amazônico e cerrado do Estado, como também, pelas fezes, determinar a ocorrência dos principais endoparasitos das capivaras de vida livre. Desse modo, foram coletadas 37 amostras fecais frescas em quatro municípios do Maranhão, a saber: Balsas, Caxias, Itapecuru Mirim e Lima Campos para as análises parasitológicas em bioma de cerrado e matas de cocais. No bioma amazônico foram capturadas seis espécimes de H. hydrochaeris, no município de Santa Inês. Estes animais foram contidos com anestésicos Cetamina e Xilazina, para coleta de sangue venoso através da veia femoral e extração de soros sanguíneos. Foi realizada a técnica de Soroaglutinação Microscópica (SAM), empregando-se como antígenos sorovares patogênicos e saprófitos e a técnica do Antígeno Acidificado Tampanado (AAT) para detecção de anticorpos anti-Brucella. Coletouse 20 amostras de fezes frescas (10 amostras em Porto Franco/MA e 10 em Balsas/MA) recolhidas próximas a lagos e açudes, e acondicionadas em sacos plásticos, na proporção de 07 a 10 peletes para extração de DNA e amplificação de fragmentos de Orthopoxvírus, Parapoxvírus e C. burnetii pela Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). Nas análises parasitológicas do bioma de cerrado e matas de cocais, foram utilizados os métodos WillisMollay (1921) e Faust (1939), de forma a proporcionar a sedimentação de resíduos, e flutuação espontânea de ovos e oocistos. Os resultados das análises infecciosas, as 06 amostras de soro analisadas em de Santa Inês, 3 (50,00%) foram reagentes para os sorovares Whitcombi títulos variando de 100 a 1600; Hebdomadis, 1600; Copenhageni, 800; Bratislava variando de 100 a 200 e Pomona, com títulos de 100. Não houve nenhuma amostra sororreagente para anticorpos anti-Brucella abortus. Nenhuma amostra fecal mostrou-se positiva para Orthopoxvírus, Parapoxvírus e C. burnetii. Entretanto, relata-se a ocorrência pela primeira vez na região de aglutininas anti-Leptospira spp. em capivaras do Maranhão, demonstrando a sua importância no papel de bioindicador zoonótico; bem como, procurou- 9 se contribuir com informação ecoepidemiológica devido a convivência ou interações ecológicas entre animais silvestres, domésticos e exóticos. Em Santa Inês o carrapato-estrela, Amblyomma cajennense, também foi apontado em grande infestação. Pelos resultados parasitológicos detectaram-se nematódeos, entre eles, ovos da superfamília Trichostrongyloidea (67,57%), ovos de Strongyloides sp., da superfamília Strongyloidea (8,11%) e ovos de Capillaria sp. da superfamília Trichuroidea (5,41%), além de oocistos de protozoários do gênero Eimeria (32,43%). Concluiu-se que o parasitismo revela potencialidade da capivara na manutenção e disseminação parasitária a animais domésticos, silvestres e ao homem pela coabitação, seja em área periurbana ou rural, seja em ambientes com altas temperaturas e umidade. Enfatizou-se neste estudo, situar as capivaras como bioindicadores de enfermidades e parasitas, seja pela sua distribuição geográfica em ecossistemas comuns a vários animais, pelos arranjos espacial e temporal pelo regime de abundancia de água e alimento, ou mesmo, pela perspetiva de utilização de indivíduos como sentinelas, assim, o convívio entre grupos de espécies ou sub-populações. Nossas investigações, também indicam a necessidade de pesquisas mais aprofundadas, para a melhor compreender a importância da espécie, seja pelo caráter zoonótico ou reservatório natural. A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), estimou que até em 2050, a população mundial chegará a 9,1 bilhões (34% a mais), sendo que 70% da população será urbana e mais rica, assim precisará de mais carne e cereais. Nosso trabalho procurou contribuir na tendência de bem-estar animal, cuidados sanitários, melhoria na produção e comercialização, com perspectivas de contribuição de exportações. Por fim, para termos desenvolvimentos, social, econômico e sanitário, nos apêndices, editamos uma Cartilha, ‘Capivaras no Maranhão: conhecendo características e enfermidades para preservar’, sendo um material informativo e educativo que foi discorrido e trabalhado para chamar atenção de técnicos à espécie, considerando, que é preciso conhecer algumas características, comportamento, doenças infecciosas e parasitárias das capivaras, como forma de defender e resguardar a espécie


MEMBROS DA BANCA:
Presidente(a) - 5879 - HAMILTON PEREIRA SANTOS
Interno - 6692 - DANIEL PRASERES CHAVES
Externo ao Programa - 738.087.683-04 - FRANCISCO BORGES COSTA - UEMA
Externo ao Programa - 7089 - HELDER DE MORAES PEREIRA
Notícia cadastrada em: 09/10/2023 15:28
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