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Banca de DEFESA: WALDIVIA DIAS OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: WALDIVIA DIAS OLIVEIRA
DATA: 29/01/2021
HORA: 15:00
LOCAL: Plataforma Virtual
TÍTULO:

 

 VIGILÂNCIA DA ENCEFALOPATIA ESPONGIFORME BOVINA (EEB) NO ESTADO DO MARANHÃO

PALAVRAS-CHAVES:

 

 
Defesa sanitária animal. Alimentação de bovinos. Cama de aviário Vigilância ativa.

PÁGINAS: 109
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Medicina Veterinária
RESUMO:

O presente estudo objetivou caracterizar a vigilância da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) no Estado do Maranhão, relatar um episódio sanitário de ingestão de cama de aviário por bovinos e descrever o perfil socioeconômico, produtivo e sanitário das criações avícolas do Sertão maranhense. Para caracterização da vigilância da EEB realizou-se levantamento de dados extraídos do “Termo de investigação de alimentos fornecidos a ruminantes em estabelecimento de criação” aplicados pelo Serviço Veterinário Oficial, no período de 2016 a 2019. O episódio sanitário foi resultado da vigilância ativa do serviço veterinário oficial no município de São João dos Patos-MA que mediante suspeita realizou coleta de amostra da alimentação dos bovinos para análise. O perfil das criações avícolas do Sertão maranhense foi obtido por meio de entrevistas realizadas com os proprietários e de inspeção in loco dos estabelecimentos, onde coletou-se amostras de cama de aviário nos galpões em funcionamento de 3 granjas e 3 distribuidoras, totalizando 17 amostras que foram analisadas utilizando a técnica de sedimentação com centrifugo-flutuação adaptada para identificar a presença de agentes parasitários. No levantamento constatou-se que foram realizadas 526 fiscalizações em propriedades rurais para investigação de alimentos fornecidos a ruminantes, sendo 98,9% provenientes da vigilância ativa. A caracterização possibilitou a identificação do perfil dos estabelecimentos de criação fiscalizados, com predominância de: (i) exploração do tipo bovinocultura de corte (54,8%); (ii) sistema de criação extensivo (56,7%); (iii) bovinos como espécie de ruminante mais explorada (88,4%); e, (iv) alimentação dos ruminantes com pastagem associada a concentrados e/ou suplementos de diferentes tipos (60,3%). Registrouse a presença de cama de aviário na propriedade em 18,3% das fiscalizações e em 1% constatou-se a utilização dessa cama na alimentação dos ruminantes. A análise da amostra de alimentação dos bovinos coletada em propriedade com suspeita de fornecimento de cama de aviário confirmou a presença de ossos não calcinados, penas não hidrolisadas e sangue. Dessa forma foram adotados os procedimentos para saneamento da propriedade conforme descrito na legislação vigente: interdição da propriedade, identificação dos animais que consumiram a cama de aviário, visitas complementares à propriedade até a confirmação laboratorial e abate dos animais envolvidos com retirada e incineração dos materiais especificados de risco. Com relação ao perfil socioeconômico, produtivo e sanitário das criações avícolas do Sertão maranhense observou-se predominância de: (i) sexo masculino; (ii) faixa etária de 41 a mais de 50 anos; (iii) com ensino médio; (iv) estão na atividade há mais de cinco anos; (v) não participam de entidades associativas; (vi) a avicultura é a principal fonte de renda; (vii) as aves permanecem de cinco a dez dias nas distribuidoras e de 41 a 50 dias nas granjas; (viii) utilizam sistema de criação intensivo; (ix) utilizavam a cama de aviário para adubar a lavoura e os que comercializavam esse subproduto desconhecem a sua destinação final; (x) conhecem os riscos de utilizar a cama de aviário para alimentar esses animais. O exame parasitológico das camas de aviário mostrou a presença de ovos e larvas de nematoides e coccídeos em 47,05% e 29,41% das amostras, respectivamente. Na análise morfológica dos oocistos encontrou-se as espécies: Eimeria máxima (38,71%); Eimeria tenella (22,58%); Eimeria necatrix (19,35%), todas de importância para sanidade avícola, não representando problemas para os ruminantes. Concluise que apesar da proibição, ainda é praticado o uso de cama de aviário para alimentar bovinos no Estado do Maranhão, dessa forma ressalta-se a importância das ações de vigilância nas propriedades com criação de ruminantes associadas às atividades de educação sanitária, bem como a importância do controle da cama de aviário para assegurar a destinação adequada desta e mitigar o risco da introdução da Encefalopatia Espongiforme Bovina.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2718674 - NANCYLENI PINTO CHAVES BEZERRA
Externo à Instituição - ROBERTO CARLOS NEGREIROS DE ARRUDA - UEMA
Presidente(a) - 89914 - VIVIANE CORREA SILVA COIMBRA
Notícia cadastrada em: 28/01/2021 11:33
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