DIAGNÓSTICO EDUCATIVO COMO FERRAMENTA PARA A PREVENÇÃO DO MORMO NO MUNICÍPIO DE SOURE – ARQUIPÉLAGO DO MARAJÓ - PARÁ

Palavras-chaves: Educação Sanitária, Equídeos, Mormo, Pará.

A equinocultura no Brasil possui lugar de destaque junto à cadeia agroprodutiva, principalmente no tocante aos avanços tecnológicos e melhorias no aporte genético da produção de equídeos. A importância deste setor repercute, significativamente, na reestruturação e consolidação das bases legais do Programa Nacional de Sanidade Equídea (PNSE), seja na implementação de estudos epidemiológicos, educação sanitária, controle de trânsito, cadastramento, fiscalização ou certificação sanitária. No estado do Pará, a pesar do incremento das atividades do PNSE pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO),  os dados epidemiológicos não são suficientes para se ter um diagnóstico situacional da Anemia Infecciosa Equina e do Mormo. O desconhecimento sobre a ocorrência destas enfermidades, principalmente sobre o Mormo, é preocupante, lavando-se em consideração os males à saúde humana e à saúde dos equídeos, por se tratar de uma zoonose e de seu caráter quase fatal. Neste sentido, o presente trabalho apresenta um diagnóstico situacional  realizado junto aos criadores e/ ou proprietários de equídeos no Município de Soure – PA, o qual constituiu-se como base para a elaboração de um projeto educativo voltado a este município. Como instrumentos metodológicos para coleta de dados, foi aplicado um questionário contendo vinte e duas (22) questões, de modo a assegurar as entrevistas estruturadas e não estruturadas, bem como as observações diretas realizadas durante as visitas às propriedades. O objetivo do questionário foi conhecer o perfil socioeconômico, cultural, bem como o nível de conhecimentos relacionados à doença em seu rebanho equídeo. Diante do conhecimento do perfil, foi elaborado um vídeo técnico educativo com o intuito de servir de aporte para incrementar o grau de conhecimento e modificar as atitudes e comportamentos dos criadores e/ ou proprietários de equídeos, almejando assim, na estruturação de parcerias com outros órgão e instituições. Com base nos dados analisados, referente ao período do estudo das ocorrências de mormo no Estado do Pará, entre os anos de 2007 à 2019, pode-se concluir que o mormo é endêmico neste estado e que medidas educativas, como realização de palestras, distribuição de material informativo, divulgação do vídeo técnico educativo, juntamente com ações intensificadas de vigilância epidemiológica em propriedades rurais, em eventos agropecuários e fiscalizações de trânsito agropecuário, podem mitigar a propagação do Mormo à demais regiões do Estado.