Os avanços na pecuária brasileira têm sido impulsionados pelas biotecnologias de reprodução assistida, visando aumentar a eficiência reprodutiva. Destaca-se dentre essas biotecnologias a técnica de produção in vitro de embriões, que possibilita a redução do intervalo entre as gerações além de selecionar os reprodutores. A técnica é um procedimento complexo que envolve várias etapas, dentre elas, a maturação, etapa crucial que  confere  ao oócito a capacidade de alcançar o ápice do seu potencial de evolução após a fecundação, porém, pode induzir injúrias nos oócitos devido a produção excessiva de espécies reativas ao oxigênio, prejudicando a competência do desenvolvimento embrionário. Nesse contexto, a suplementação com o antioxidante quercetina nos meios de maturação  emerge como uma estratégia para reduzir o estresse oxidativo causado pela técnica. Este estudo busca contribuir cientificamente para melhorar a qualidade e quantidade de oócitos  bovinos maturados  por meio da suplementação com quercetina como agente redutor de injúrias celulares buscando dessa forma uma concentração ótima deste antioxidante, capaz de equilibrar a produção de espécies reativas de oxigênio. O presente estudo pretendeu ainda investigar os efeitos da suplementação de quercetina em diferentes concentrações e seus efeitos na maturação de oócitos bovinos. Foram avaliados aspectos celulares e moleculares, incluindo a atividade da desidrogenase (G6PDH) por coloração com BCB, a expansão das células do cumulus pós-maturação in vitro, a presença de genes relacionados à apoptose, antiapoptose e antioxidantes por qPCR, e a detecção do corpúsculo polar por coloração Hoechst. Para a realização da pesquisa, um total de 1236 oócitos viáveis foi obtido para o processo de maturação in vitro, sendo distribuídos nos tratamentos com diferentes concentrações de quercetina (1µM, 5µM e 10µM), além dos grupos controle. Após a fase de maturação, a taxa de oócitos maturados foi determinada utilizando a técnica Hoescht 33342, e a expansão das células do cumulus foi avaliada. Alguns oócitos ainda serão submetidos à análise dos genes relacionados à apoptose, genes para mensurar a ação antioxidante da quercetina e ao estresse oxidativo, utilizando a técnica de q-PCR. Os resultados do estudo indicam que a concentração mais eficaz de quercetina para a maturação in vitro foi de 10µM, evidenciando que a suplementação do meio de maturação com esse antioxidante, nessa concentração, resultou em taxas sensivelmente superiores em comparação com o grupo controle.