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ALANNA CRISTHYNA DA SILVA GOMES
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"AVALIAÇÃO E ESTUDO DOS EIXOS ANATÔMICO E MECÂNICO DO FÊMUR DE CÃES DA RAÇA BULLDOG FRANCÊS"
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Data: 14/03/2023
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A raça é um fator que influencia na estabilidade da biomecânica femoral, pois conformações corporais que incluem peso, massa e tônus muscular, assim como a predisposição genética e características de marcha, são fatores que determinam o nível de resposta do animal frente a alterações no membro. O mau alinhamento das estruturas femorais tende a resultar em perda de colinearidade entre o esqueleto e articulações, levando a afecções ortopédicas que afetam o bem-estar dos animais. Bulldogs franceses estão entre as raças condrodistróficas com expressiva incidência de displasia coxofemoral e luxação patelar. Estudos que avaliem até que nível os desvios de eixos femorais nessa raça podem ser normais ou já serem capazes de interferir na sua locomoção e saúde óssea, precisam ser realizados para melhor diagnóstico e tratamento cirúrgico de doenças ortopédicas decorrentes desses desvios. Este estudo teve como objetivo a mensuração dos ângulos articulares e eixos femorais específicos da morfologia dessa raça, com análise dos resultados encontrados diante de displasia coxofemoral e luxação patelar. Foi realizada amostragem por conveniência, com radiografias ventrodorsais de fêmur, obtidas em Serviços de Radiologia, para a mensuração dos eixos anatômicos e mecânicos, ângulos de inclinação e comprimento do osso, na plataforma VPOP. A goniometria de tarso, joelho e quadril foi realizada utilizando goniômetro de plástico, em Bulldogs franceses oriundos de criadores e tutores, na cidade de São Luis, Maranhão. Os critérios de seleção foram, animais com e sem histórico de afecções ortopédicas, apresentando um a 10 anos de idade, machos ou fêmeas, além disso, as imagens radiográficas analisadas foram selecionadas com base no posicionamento correto do osso. A análise dos dados encontrados na goniometria demonstrou ser homogênea entre as médias de membro esquerdo e direito para cada articulação dos cães (n-=18). Não foi possível a seleção de imagens radiográficas bilaterais em cada animal para a amostra da avaliação dos eixos, além disso, os arquivos demonstraram animais que já tinham diagnóstico de doenças ortopédicas e alguns com posicionamento correto em apenas um membro, com isso a amostra foi definida por seleção de fêmur (n=27) com e sem diagnóstico de alteração ortopédica, como parâmetro utilizou-se os diagnósticos de luxação patelar e displasia coxofemoral. Não houve diferença significativa entre os eixos femorais com e sem as alterações. São necessários novos estudos semelhantes com a mesma raça e em um n amostral maior para caracterização desses dados como padrão da raça. Entretanto, trabalhos semelhantes, citados nessa dissertação, foram publicados mesmo com um número amostral pequeno, demonstrando que, ainda que seja apenas como uma contribuição científica adicional, os dados aqui relatados podem ser úteis para seleção de parâmetros mais específicos de Bulldogs franceses por clínicos e cirurgiões ortopedistas.
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ANNA LETÍCIA PINTO SILVA
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"PESQUISA DE AGENTES DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA EM MOLUSCOS BIVALVES DE AMBIENTE NATURAL NA ILHA DO MARANHÃO, BRASIL"
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Data: 27/06/2023
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Os moluscos bivalves estão presentes em toda costa litorânea maranhense e representam além de alimento, fonte de renda. Devido sua fisiologia filtradora atuam como bioindicadores do ambiente em que estão inseridos, assim como podem ser acometidos por protozoários como Bonamia spp. e Perkinsus spp. que são agentes responsáveis por enfermidades que geram redução populacional e impacto econômico. Nesse contexto, objetivou-se pesquisar agentes de notificação compulsória em moluscos bivalves de ambiente natural na Ilha do Maranhão, Brasil. Para isso, foram coletados de bancos naturais, no período chuvoso, entre os meses de janeiro a maior de 2022, 90 espécimes de Mytella spp. (sururu), 90 espécimes de Anomalocardia spp. (sarnambi) e 63 espécimes de Crassostrea spp. (ostras). Após a coleta, os exemplares foram armazenados dentro de caixas térmicas e transportados ao laboratório, para serem processados no mesmo dia. Foram limpos com água do mar e separados por tamanhos similares. Foi realizado a abertura das válvulas dos animais com o auxílio de bisturis e retirado o tecido brânquia. Os animais foram separados em pools, onde cada pool continha 3 animais, totalizando assim 30 pools de Mytella spp. (sururu), 30 pools de Anomalocardia spp. (sarnambi) e 21 pools de Crassostrea spp. (ostras) para a extração de DNA. Em seguida foram submetidas a técnica de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) utilizando três genes específicos, 18SrDNA, SSUrDNA e o ITSrRNA. Análises moleculares foram realizadas e não foi possível detectar a presença dos protozoários Bonamia spp. e Perkinsus spp. em moluscos bivalves até o presente momento na Ilha do Maranhão. Ainda que não tenha relato de amostras positivas e nenhuma mortalidade tenha sido notada, a presente pesquisa evidencia informações importantes sobre a ausência de circulação de agentes de notificação compulsória, Bonamia spp. e Perkinsus spp. na área estudada e sinaliza para a necessidade de vigilância ativa e implementação de políticas públicas voltadas para a sanidade de animais aquáticos.
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BARBARA CARVALHO MARQUES
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"Desenvolvimento de Didelphis marsupialis (Linnaeus, 1758): Um olhar fenotipico e aos constituintes dos orgãos do sistema digestório"
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Data: 30/06/2023
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Comumente reconhecido como mucura, saruê ou sariguê, o Didelphis marsupialis, é um animal que desempenha importantes papéis ao meio ambiente, auxiliando na dispersão de sementes e na regulação biológica de populações. A relevância do estudo anatômico, funcional, evolutivo e filogenético dos mamíferos para estudos comparados apresenta um extenso apanhado documental, uma vez que estes contribuem para o entendimento dos hábitos biológicos de cada espécie. No entanto, pesquisas acerca da morfologia dos filhotes de marsupiais, ainda são escassas ou inexistentes. Neste contexto, objetivou-se neste estudo a descrição fenotípica e dos órgãos do sistema digestório de filhotes do gambá Didelphis marsupialis. Utilizamos 04 amostras de filhotes, oriundos de quatro fêmeas, e que em seus marsúpios tinham o número de filhotes respectivamente: 05 filhotes; 04 filhotes; 06 filhotes e 05 filhotes. De cada fêmea, utilizamos 1 filhote. O material foi proveniente do acervo do Laboratório de Anatomia Animal e Comparada – Centro de Ciências de Chapadinha/Universidade Federal do Maranhão. Todos os protocolos experimentais ocorreram de acordo com as diretrizes do CONCEA, CEUA/UFMA e ICMBio. Os espécimes tiveram seus dados biométricos obtidos quanto as dimensões e pesos, seguida da fixação em solução aquosa de formaldeído a 10% e conservados em álcool a 70%, e após, tempo mínimo de 48 horas, lavados em água corrente, e dissecados para as análises anatômicas. Após descrição fenotípica foram dessecados para completa visualização dos órgãos constituintes do sistema digestório. Como ponto importante de nossa pesquisa, notamos que o D. marsupialis teve sua estrutura corporal, como os membros, posicionada anatomicamente de forma definitiva desde a fase de desenvolvimento dos filhotes do Grupo Experimental I, apenas crescendo ao longo das fases. Observamos em nosso estudo a presença dos órgãos do sistema digestório, passíveis de identificação e em constante desenvolvimento desde o Grupo Experimental I até o Grupo IV. Esses resultados poderão ser usados para comparação entre à morfogênese de outras espécies em diferentes estágios de desenvolvimento, independentemente da duração do período de gestação, considerando a particularidades de cada espécie, sendo assim, os dados obtidos nesta pesquisa poderão ser aplicados aos estudos de ecologia, zoologia e áreas mais aplicadas dentro das Ciências Biológicas, assim como contribuirá com o estudo morfológico desta espécie.
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CARLOS ALAILSON LICAR RODRIGUES
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"BIOMARCADORES BIOQUÍMICOS E GENOTÓXICOS EM POPULAÇÕES DE Kinosternon scorpioides (TESTUDINES: KINOSTERNIDAE) COMO INDICADORES DE IMPACTO AMBIENTAL EM UMA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL NA AMAZÔNIA MARANHENSE, SÍTIO RAMSAR BRASILEIRO"
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Data: 31/10/2023
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Kinosternon scorpioides é uma tartaruga semiaquática, de água doce, conhecida vulgarmente pelos maranhenses como “jurará” que vive em locais secos e alagados na Amazônia maranhense. Nesse contexto, no Capítulo 1 apresentamos o estado da arte sobre 3 principais biomarcadores bioquímicos e genotóxicos que podem ser utilizados numa abordagem de biomonitoramento para uma espécie do gênero Kinosternon. No presente contexto, é indicado a possibilidade de uso desse táxon como biomonitor de ambientes impactados. No Capítulo 2 visamos analisar alterações nas respostas bioquímicas de Glutationa S-Transferase e Catalase em K. scorpioides (Testudines: Kinosternidae) como biomarcadores de impacto ambiental em uma área protegida na Amazônia maranhense, Sítio Ramsar Brasileiro a partir de uma investigação em sangue de 106 espécimes de K. scorpioides oriundos de área urbana e não urbana na Amazônia maranhense, além do criadouro em diferentes estações climáticas (período chuvoso e seco). Por fim, no Capítulo 3 o objetivo foi investigar a presença de micronúcleos (MN) e outras Anormalidades Nucleares Eritrocitárias (ANE’s) em populações naturais e de cativeiro de K. scorpioides, comparando suas frequências com o ambiente, sexo e sazonalidade em uma Área de Proteção Ambiental, da Amazônia Maranhense por meio esfregaços sanguíneos e análise citológica do sangue dos animais. Face a isso, os compilados de dados trazidos nos referidos capítulos contribuem para a elucidação do conhecimento sobre a temática, além de possibilitar, por meio da efetividade dos biomarcadores, um diagnóstico preciso e seguro sobre a qualidade ambiental da APA da Baixada Maranhense, bem como da saúde de K. scorpioides, táxon utilizado como biomonitor nesta investigação.
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CLENILSON SANTOS ALMEIDA JÚNIOR
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"OCORRÊNCIA DE ECTOPARASITAS EM ABELHAS Apis mellifera (Africanizadas) EM APIÁRIOS LOCALIZADOS NOS BIOMAS AMAZÔNICO E CERRADO NO ESTADO DO MARANHÃO"
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Data: 29/08/2023
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As abelhas são indivíduos essenciais para conservação da vida no planeta Terra. Além de serem responsáveis pela polinização de diversas espécies vegetais, são capazes de produzir mel, própolis, pólen, cera, geleia real e apitoxina, produtos que servem como fonte de renda para diversas famílias. Nos últimos anos a população de abelhas nativas vem sofrendo considerável diminuição, fato que somado ao colapso de colônias de abelhas Apis mellifera tem preocupado os pesquisadores e os apicultores. Vários fatores tem sido apontados como causa do despovoamento e perdas de colônias, dentre eles ectoparasitos como o ácaro Varroa e microrganismos patogênicos. No presente estudo, foram realizadas coletas em crias e abelhas adultas aderentes com o objetivo de verificar a taxa de infestação do ácaro Varroa no período seco e no período chuvoso do ano em seis apiários localizados nos biomas Amazônico e Cerrado no estado do Maranhão. Realizou-se também inspeções no intuito de verificar a presença de besouros predadores. Os resultados demonstraram haver presença do Varroa destructor em todos os apiários amostrados, em ambos os biomas estudados. As frequências de ocorrência do V. destructor foram 2,16% e 2,05% em crias no bioma Amazônico e Cerrado, e 1,89% e 2,65% em abelhas adultas nos biomas, respectivamente. Nas inspeções não foi encontrado nenhum espécime do Pequeno Besouro das Colmeias, Aethina tumida. Diante dos resultados, sugere-se ao Serviço Veterinário Oficial, cursos de capacitação voltados à sanidade apícola, tanto para servidores, quanto para apicultores, bem como a implementação de vigilância constante em relação às doenças de notificação obrigatória.
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DANILLO BRENNO DE ASSIS TORRES
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"AVALIAÇÃO RENAL DE CÃES NATURALMENTE INFECTADOS POR Leishmania sp. E TRATADOS COM MILTEFOSINA: ASPECTOS ULTRASSONOGRÁFICOS MODO B E DOPPLER"
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Data: 31/10/2023
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A leishmaniose visceral canina (LVC) é uma enfermidade que acomete cães, possuindo ampla variedade de sinais clínicos e variadas alterações nos órgãos abdominais, tendo os rins como os mais afetados. Para adequado estadiamento da doença e melhor escolha terapêutica, a avaliação renal deve ser realizada por meio da ultrassonografia, exames bioquímicos e perfil de pressão arterial. O objetivo deste estudo, foi comparar aspectos renais por meio da ultrassonografia modo B e Doppler vascular, bioquímicos, urinálise e pressão arterial de cães positivos para Leishmania sp. tratados com miltefosina em diferentes fases de tratamento. Para tanto, foram utilizados 38 cães, com idade superior a um ano, distribuídos da seguinte forma:12 cães hígidos (G1), 26 cães naturalmente infectados por Leishmania sp., destes, 12 animais positivos e não tratados com miltefosina (G2) e 14 tratados com miltefosina (G3). As avaliações foram feitas em dois momentos, com intervalo de 30 dias, onde foram realizados hemograma completo, dosagem de ureia (U) e creatinina (C). A coleta de urina por cistocentese, para realização de urinálise e relação proteína/creatinina urinária (RPCU). A aferição da pressão arterial foi por meio de Doppler vascular. O índice de resistividade (IR) das artérias renais pelo modo Doppler, foi obtido no mesmo momento das avaliações ultrassonográficas em modo B. Após a realização dos exames laboratoriais, foi observado os níveis séricos de U com valor médio de 39,7 mg/dL sem diferença estatística entre os grupos. As dosagens séricas de C com média de 0,92 mg/dL com diferença estatística entre o G1 e G2. Os valores médios de pressão arterial, foram de 118 a 144 mmg, com G2 com a menor mensuração (135 a 140 mmg) e diferença estatística entre os demais grupos. Após a realização da urinálise, a densidade urinária variou de 1024 a 1030, sem diferença estatística entre os grupos. Enquanto com a RPCU, foram obtidos valores que variaram de 0,3 a 2,2, com o maior valor o G3. Na mensuração doppler velocimétrica, os valores de velocidade sistólica (VS) variaram de 42,4 a 60,2 cm/s para o rim direito e 45,97 a 60,1 cm/s para o esquerdo. A velocidade diastólica (VD) variou de 14,5 a 21,3 no rim direito e 15,8 a 19,8 para o esquerdo. Com a mensuração do índice de resistividade (IR), variaram de 0,66 a 0,68 para o rim direito e 0,65 a 0,68 no esquerdo, sem diferença estatística entre os grupos. Mesmo com algumas alterações ultrassonográficas e hemodinâmicas, os valores de ureia e creatinina se apresentaram dentro da normalidade para a espécie. As médias do IR não apresentando diferença entre os animais tratados e não tratados. Os animais positivos e não tratados com miltefosina, apresentaram valores superiores de pressão arterial em relação aos animais negativos e tratados. Os pacientes tratados com milteforam se apresentaram proteinúricos com valores de referência superiores a normalidade.
Palavras-chave: cães, leishmaniose, rins, ultrassom.
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EMANUELLE CRISTINE PEREIRA DE SOUSA
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"DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE PARASPORINA EM ISOLADOS DE Bacillus thuringiensis (BERLINER 1911) DE OCORRÊNCIA NO MARANHÃO"
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Data: 20/06/2023
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Bacillus thuringiensis é uma bactéria entomopatogênica que possui plasmídeos codificadores de várias proteínas pesticidas produzidas como inclusões cristalinas durante a esporulação, como a proteína Cry que tem atividade pesticida estabelecida a diversos invertebrados-praga. No entanto, o B. thuringiensis produz proteínas Cry que não possuem atividades pesticida e hemolítica, e que têm atividade tóxica contra diversas linhagens de células cancerígenas humanas. Essas proteínas Cry são denominadas Parasporinas. Dessa forma, esse estudo objetivou realizar uma bioprospecção de proteínas Parasporinas em isolados de B. thuringiensis do Maranhão. Os isolados de B. thuringiensis foram obtidos a partir de amostras de solo coletadas em diversos municípios do Maranhão, identificados quanto à forma da colônia, crescimento em meio com penicilina e presença do cristal. Testes de patogenicidade foram realizados para selecionar isolados sem ou com baixa taxa de mortalidade em larvas de Aedes aegypti, em seguida, foi realizada a extração do DNA e a prospecção de genes de parasporinas. Teste de atividade hemolítica foi realizado apenas para os isolados que amplificaram para gene de pararasporina. Foram obtidas 198 colônias de B. thuringiensis que cresceram em meio seletivo contendo penicilina e que apresentaram cristal, com o índice B. thuringiensis médio de 0,50. Dos 198 isolados, 174 (87,88%) foram submetidos aos testes de patogenicidade e porcionaram mortalidade < 20% contra larvas de Ae. aegypti. Os 174 isolados de B. thuringiensis foram utilizados para detectar Parasporina com os primers PS1, PS2, PS3, PS4, PS5 e PS6. Os isolados BtMAs-1196 e BtMAs-1254 amplificaram para o gene ps1 e quando submetido ao teste hemolítico, estes isolados apresentaram formação de halo hemolitico intermediário. O fato dos isolados BtMAs-1196 e BtMAs-1254 terem amplificados para o gene ps1 os tornam fortes candidatos para avaliação da sua atividade citotóxica, mas se faz necessário estudos mais aprofundados sobre o mecanismo de ação da proteína PS1, bem como, a suscetibilidade do receptor de células cancerígenas à proteína PS1 desses isolados, que poderão tornar viável a utilização desta proteína como terapia alternativa para o tratamento de câncer, ou até mesmo como ferramenta molecular para o diagnóstico dessa doença.
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ERICA MENDES BRANDAO
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"Caracterização clínica, histológica e molecular da gengivite estomatite crônica felina".
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Data: 27/07/2023
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O complexo gengivoestomatite crônica felina é uma doença inflamatória grave caracterizada pela presença de lesões difusas ou focais nas mucosas alveolar, lingual e jugal, de caráter ulcerativo e/ou proliferativo. É uma doença multifatorial com sinais clínicos de inapetência, disfagia, anorexia, halitose, ptialismo, por vezes com hemorragia. O diagnóstico definitivo é obtido a partir da realização de uma anamnese detalhada, exame físico e exames complementares. Este estudo apresenta a caracterização clínica, patológica e molecular de 30 felinos com gengivoestomatite crônica felina. Os principais achados clínicos foram disfagia 64%, halitose 100%, anorexia 27%, ptialismo 25%, sialorreia, hiporexia e dor foi observado em 61% dos animais. Na avaliação macroscopica 20% presentavam lesão de grau II, 43% apresentavam lesão de grau III, 37% apresentava lesões de grau IV. Clinicamente identificou-se um padrão de lesão proliferativo e ulcerativo da doença. Os felinos apresentavam gengivoestomatite difusamente distribuída com hiperemia acentuada, lesões friáveis, associadas a crescimento bacteriano e intensa proliferação e ulceração da mucosa e ao lado da base da língua. O diagnostico morfológico se caracteriza por edema de palato e gengivite e estomatite que variavam de multifocal a coalescente. Biópsias da mucosa oral, foram coletadas. Os cortes teciduais foram submetidos à histopatologia e PCR para identificar os possíveis patógenos associados (FeLV, FIV e leishmaniose). No exame histopatológico 100% apresentou hiperplasia acentuada, degeneração vacuolar do epitélio, infiltrado intraepitelial difuso, formado por células e quantidades variáveis de linfócitos, mastócitos, células de Mott. 25% ulcerações intensas no epitélio externo, além da presença de fibrose em 14% dos casos. As lesões eram tão profundas que atingia a região muscular provocando destruição de fibras musculares associado a processo inflamatório crônico. Os resultados do presente estudo mostram que a GECF é uma importante doença oral em gatos. A avaliação histopatológica demonstrou ser uma doença de caráter crônico. O GECF nem sempre está relacionada a doenças imunussupressoras o que reforçar ser uma doença multifatorial sugere-se mais estudos entre a correlação da GECF e doenças imunussupressoras.
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ERIC TAKASHI KAMAKURA DE CARVALHO MESQUITA
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"ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA RAIVA EM ÁREAS DE FOCO NO ESTADO DO MARANHÃO"
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Data: 28/06/2023
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A raiva é uma doença viral aguda que afeta os mamíferos, causada por um RNA vírus pertencente à família Rhabdoviridae e gênero Lyssavirus. A doença é transmitida através da mordida ou arranhão de um animal infectado. A raiva foi uma das primeiras doenças infecciosas estudadas de forma científica, com a descrição detalhada dos sintomas e do curso clínico feita por estudiosos gregos e romanos nos primeiros séculos d.C. A casuística mundial da raiva é variável em diferentes regiões do mundo. Estima-se que a doença cause cerca de 60.000 mortes por ano em todo o mundo, sendo mais comum em áreas com falta de medidas de controle efetivas. A maioria dos casos ocorre em países em desenvolvimento, onde a vacinação de animais e a profilaxia adequada após exposição são menos acessíveis. O vírus da raiva possui algumas variantes que são específicas de cada reservatório, sendo que no Brasil já foram identificadas cinco destas variantes. Este estudo tem como objetivo conhecer melhor os aspectos epidemiológicos das variantes dos vírus rábicos que circulam no Estado do Maranhão através de análises imunológicas e moleculares, bem como seus reservatórios, e distribuição nos biomas. Para tanto, utilizou-se 62 amostras de material biológico enviados para os laboratórios de referência no Estado no período de 2015 a 2022 por técnicas de imunofluorescência direta (IFD) e reação em cadeia pela polimerase (PCR). Foram utilizados os primers 504 (senso) e 304 (reverse) para o gene N nas reações de PCR que amplificam 240pb, e as amostras positivas foram encaminhadas para o sequenciamento genético com o objetivo de identificar a variante antigênica. De todas as amostras, 74% foram positivas na IFD e 63% foram positivas na PCR. Entre as amostras negativas na IFD,19% foram detectáveis para o vírus da raiva na PCR. De todas as amostras positivas nos dois testes, somente 28% tiveram sucesso no sequenciamento, onde foi identificado variantes antigênicas de Desmodus rotundus e Cerdocyon thous. Observou-se que essas variantes circulam em ambos os biomas da Amazônia e Cerrado, porém a variante de morcegos teve maior ocorrência no bioma amazônico, enquanto o a variante de canídeo silvestre foi mais prevalente no cerrado. Desta forma, a variante de canídeo silvestre desperta um alerta para a vigilância epidemiológica, pois já aparece sendo transmitida para cão doméstico e humano no Estado do Maranhão.
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GISELY JOVITA PEREIRA
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"CARACTERIZAÇÃO MICROBIOLÓGICA, FÍSICO-QUÍMICA E DE METAIS DO SARNAMBI (Anomalocardia flexuosa, LINNAEUS, 1767) EXTRAÍDO DE BANCOS NATURAIS, EM UMA REGIÃO DA COSTA AMAZÔNICA MARANHENSE, BRASIL"
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Data: 20/09/2023
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O Maranhão possui uma extensa costa litorânea, destacando-se como ponto estratégico para as atividades pesqueiras, predominantemente artesanais e de grande importância socioeconômica. A espécie Anomalocardia flexuosa (Linnaeus, 1767), conhecida popularmente por sarnambi, é um molusco bivalve encontrado predominantemente nas faixas arenosas do litoral maranhense. São animais muito apreciados, de alto valor nutritivo, fonte de alimento e renda para as populações carentes que sobrevivem da atividade de mariscagem. Com o objetivo de caracterizar a qualidade microbiológica e físico-química e quantificar metais pesados na carne do sarnambi (A. flexuosa) e na água dos bancos naturais de Paço do Lumiar, Raposa e São José de Ribamar, municípios pertencentes à Costa Amazônica Maranhense, foram analisadas nos períodos chuvoso e seco, dezessete bancos naturais de extração do molusco. As amostras da carne do sarnambi foram coletadas dos bancos naturais para a pesquisa de coliformes, Salmonella spp., e Staphylococcus aureus e Aeromonas spp. Realizou-se também a quantificação dos metais Cádmio, Cobalto, Cobre, Chumbo, Cromo, Manganês, Níquel, Zinco e Ferro em amostras da carne do A. flexuosa. As amostras das águas dos locais de extração do molusco foram analisadas para a pesquisa de coliformes totais e termotolerantes, através do método do Número Mais Provável (NMP). Para a caracterização físico-química das águas coletadas verificou-se as variáveis: dureza, alcalinidade, cloreto, condutividade, sólidos totais dissolvidos, NaCl, pH, turbidez, teores de ferro, nitrito e nitrato. Os resultados das análises microbiológicas mostraram contaminação na carne do A. flexuosa por coliformes totais, termotolerantes, E. coli e S. aureus, com maiores concentrações no período chuvoso. Observou-se a presença de metais na carne do A. flexuosa, no período chuvoso foram encontradas maiores concentrações de Cu, Mn e Zn nas amostras do ponto P7, e concentrações mais elevadas de Cr e Fe em P10. Enquanto no período seco, Mn, Ni e Zn foram encontrados em maiores concentrações em P7, e concentrações mais elevadas de Cu e Fe em P9. As águas dos locais de extração do A. flexuosa apresentaram contaminações por coliformes totais e E. coli, além de características físico-químicas que influenciam no crescimento desse bivalve. Foram observadas que as variáveis condutividade, sólidos totais dissolvidos e salinidade aumentaram proporcionalmente. Nas amostras das águas analisadas encontrou-se ferro com concentrações elevadasem35% dos pontos no período chuvoso, teores elevados de nitrito em 23% dos pontos no período seco e concentrações elevadas de nitrato em 82% dos pontos nesse mesmo período sazonal. Os resultados obtidos mostram que as faixas litorâneas dos municípios visitados apresentam contaminações por microrganismos patogênicos e a consequente contaminação do A. flexuosa, contribuindo cada vez mais com a escassez desse bivalve relacionada às condições inadequadas de conservação e à contaminação ambiental. A presença de metais e outras substâncias químicas encontradas nas águas dos bancos naturais da Ilha do Maranhão podem ocasionar riscos ao ecossistema e à saúde pública, despertando também a necessidade de atenção quanto ao consumo desses moluscos pela população humana.
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GLEYCIANE MAGALHAES FERREIRA
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"ESTUDO BACTERIOLÓGICO DA DOENÇA RESPIRATÓRIA EM PEQUENOS RUMINANTES NA REGIÃO DO BAIXO PARNAÍBA MARANHENSE"
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Orientador : HELDER DE MORAES PEREIRA
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Data: 13/04/2023
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As pneumonias/broncopneumonias são uma ameaça a sanidade animal acarretando altos índices de morbidade e mortalidade, além de perdas econômicas e custos com diagnóstico e tratamento. Nessa perspectiva, o objetivo desta pesquisa foi realizar o estudo bacteriológico da doença respiratória em pequenos ruminantes na região do Baixo Parnaíba Maranhense. No total foram avaliados 370 animais e foram coletadas 12 amostras, sendo 173 animais do município de Araioses (147 ovinos e 26 caprinos), 76 de São Bernardo (70 ovinos e 6 caprinos) e 121 de Magalhães de Almeida (98 ovinos e 23 caprinos). Após a coleta, as amostras foram semeadas em placas de cultivo estéreis e descartáveis contendo ágar sangue ovino 5% (sangue desfibrinado de ovino) e ágar MacConkey e, posteriormente, incubadas em aerobiose a 37°C por um período de 24 a 48 horas. Por fim, as cepas isoladas e identificadas, foram cultivadas em 2 mL de meio de Caldo Infusão Cérebro Coração (BHI) e incubadas a 37º C por 24h. Além disso, os testes de suscetibilidade antimicrobiana in vitro foram realizados e os rebanhos da região do Baixo Parnaíba Maranhense foram georreferenciados. Dos animais avaliados, 11 apresentavam sinais clínicos de ordem respiratória, sendo 8 ovinos e 3 caprinos, representando 2,91% (11/377). Dessas amostras, foram obtidos 17 isolados, os quais foram classificados e agrupados de acordo com o gênero e espécies, sugerindo a presença de Pasteurella multocida, Manheimia haemolytica e Sthapylococuus sp. e Proteus sp. Bactérias gram-positivas foram 100% sensíveis a tetraciclinas e 50% sensíveis à amoxicilina + ácido clavulânico e enrofloxacino. Por outro lado, 91,7% foram resistentes a estreptomicina, 83,4% resistentes a penicilina G e 50% resistentes à cefalexina. Ao passo que, bactérias gram-negativas foram 100% sensíveis a amoxicilina + ácido clavulânico, enrofloxacino, ceftiofur e 66,6% sensíveis a gentamicina. Contudo, apresentaram resistência de 100% a penicilina G e de 50% a tetraciclina. O presente estudo relata a presença da doença respiratória de origem bacteriana nos rebanhos de caprinos e ovinos do Estado do Maranhão. A alta sensibilidade das bactérias gram-positivas foi observada à tetraciclina (10 UI), amoxicilina + ácido clavulânico (30 µcg) e enrofloxacino (5 µcg) e a multirresistência à estreptomicina, peniciliana G e cefalexina. Já em relação as gramnegativas, houve alta susceptibilidade a amoxicilina + ácido clavulânico (30 µcg), enrofloxacino (5 µcg), ceftiofur (30 µcg) e gentamicina (10 µcg), bem como alta resistência penicilina G (10 UI) e a tetraciclina (10 UI). Foram encontrados focos de doença respiratória em pequenos ruminantes nos municípios de município de Araioses, Magalhães de Almeida e São Bernardo.
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JOÃO MOREIRA PINTO FILHO
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"MYXOZOA (CNIDARIA) PARASITOS DE Prochilodus argenteus Spix & Agassiz, 1829 (CHARACIFORMES, PROCHILODONTIDAE) (CURIMATÁ - PACU) NO MÉDIO CURSO DO RIO TOCANTINS, AMAZÔNIA ORIENTAL"
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Data: 24/07/2023
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O objetivo deste estudo visa caracterizar os Mixoporídios parasitos do hospedeiro Prochilodus argenteus, do médio curso do rio Tocantins, porção oriental da amazônia brasileira. Os mixozoários são encontrados em todo o mundo e têm importância econômica significativa como patógenos de peixes de cultivo. Neste estudo foram identificados dois gêneros da família Mixobolidae, o gênero Henneguya sp. e o gênero Mixobolus sp. Setenta e cinco exemplares do curimatã Prochilodus argenteus foram coletados, entre Março de 2021 a Julho de 2022 no trecho de estudo do rio Tocantins. Os exemplares capturados vivos foram mantidos em reservatórios sob aeração para serem transportados ao Laboratório de Ecologia e Limnologia da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão–LEL/UEMASUL, onde foram mantidos até o momento das análises. As amostras de DNA retiradas dos corpos dos hospedeiros contendo os parasitas colocadas em álcool etílico a 80%. Foram extraídas usando Kit Purelink ®Genômic DNA (invitrogen, EUA), seguindo as especificações do fabricante. Entre os 75 espécimes analizados, a proporção sexual de machos e fêmeas foi de 2:1, sendo observado um peso médio de 313,5g (± 226,1) e um comprimento médio de 29,7cm (± 7,27). A identificação molecular dos hospedeiros foi realizada pelo sequenciamento parcial do gene 18S rDNA de duas amostras de tecido dos hospedeiros e comparação com a base de dados do National Center for Biotechnology Information (NCBI). O gênero de Henneguya encontrada em curimatás na área de estudo apresentou comprimento do esporo de 12,9 ± 4,41 µm, largura do esporo de 4,1 ± 1,2 µm, comprimento da cápsula de 7,5 ± 2 µm, largura da cápsula de 1,4 ± 0,5 µm e comprimento da cauda de 27,5 ± 8,7 µm. As medidas encontradas no gênero Mixobolus na forma de esporo foram: comprimento do esporo11,9 ± 0,92; largura do esporo 9,09 ±0,65; as duas cápsulas polares são de tamanho igualcom 6,8 ±1,6 de comprimento e 2,22 ±0,42 de largura. A partir dos achados descritos neste estudo, foi possível caracterizar a infecção das branquias por Henneguya sp. e infecção nos rins e sangue por Myxobolus sp. no P. Argenteus. Este foi o primeiro relato de ocorrência desses gêneros de parasito na espécie P. argenteusno médio curso do rio Tocantins.
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JOCIEL FERREIRA COSTA
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"MICROPARASITOS MIXOZOÁRIOS (CNIDARIA) NA ESPÉCIE Triportheus trifurcatus Castelnau, 1855 (CHARACIFORMES: TRIPHORTHEIDAE) NA AMAZÔNIA MARANHENSE, BRASIL"
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Data: 27/12/2023
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Os mixozoários são microparasitos com ocorrência predominante em peixese apresentam uma grande variação morfológica, bem como uma elevada diversidade de espécies, onde destacamos sua importância como causadores de doenças emergentes na região amazônica. É válido ressaltar que o potencial patogênico pode afetar o quantitativo populacional do recurso pesqueiro de uma região, o que pode interferir nas relações ecológicas e na pesca de subsistência de um determinado lugar. Nesse contexto, este trabalho tem como objetivo contribuir no conhecimento dos mixozoários na Amazônia Oriental. Para tanto, foram analisados 80 espécimes de peixes da espécie sardinha papuda (Triportheus trifurcatus), coletados no rio Tocantins, no município de Imperatriz – Maranhão-Brasil. Logo, com o suporte de dados morfológicos, histológicos e moleculares, foi possível verificar a presença de mixozoários no hospedeiro citado. Com uma prevalência em 5% dos espécimes de peixes analisados, foi possível registrar esporos maduros dispersos no líquido do interior da vesícula biliar, com comprimento total de 22,5±1,6 µm eespessura de 3,1±0,2 µm, com duascápsulaspolaresmedindo 1,8±0,2 µm de comprimento e 1,6±0,1 µm de largura, com filamentos polares arranjados em 3 ou 4 voltas. As topologias geradas das árvores filogenéticas a partir dos dados moleculares, validaram o status específico de C. emanuelensis n sp., tornando a segunda espécie no gênero descrita, tendo como localidade tipo o rio Tocantins, na porção oriental da Amazônia maranhense. É válido ressaltar, que o gênero Myxobolus foi encontrado no tecido cardiáco, causando uma infecção assintomática ao órgão e com base nos dados e a análise morfológica, sugere trata-se também de uma nova espécie de mixozoários. Apesar das descorbertas apresentadas, T. trifurcatus necessita de mais estudos a fim de conhecer quais os outros sítios de infecção existem nessa espécie, bem como nas outras espécies do gênero que vivem em simpatria e assim aumentar o conhecimento sobre os mixozoários na amazonia maranhense.
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JORDEANO ARAUJO SOUSA
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"OCORRÊNCIA DE Trypanosoma (Trypanozon) evansi POR PESQUISA DIRETA E MOLECULAR EM EQUINOS NO ESTADO DO MARANHÃO, BRASIL"
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Data: 23/02/2023
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As tripanossomoses são enfermidades causadas por espécies do gênero Trypanosoma. Em equinos, esta doença causa prejuízos para a equideocultura, devido, principalmente, aos sinais clínicos iniciais silenciosos e progressão crônica, que, na maioria das vezes culmina com a morte do animal. No estado do Maranhão, que está localizado na área de transição dos biomas Cerrado, Caatinga e Amazonia, não havia registro do agente causador desta enfermidade. Portanto, o presente estudo teve como objetivo avaliar a ocorrência de Trypanosoma (Trypanozoon) evansi em equinos no estado, através de microscopia direta e ensaios de Reação em Cadeia da Polimerase/PCR com base nos genes gGAPDH, que amplifica sequência de DNA do gênero Trypanosoma, e do gene kDNA que codificam a região do DNA mitocondrial dos minicírculos presentes em T. evansi. Para isso, foram coletadas amostras de sangue de 300 animais dos municípios das Mesorregiões Norte, Oeste, Centro e Sul do estado. Essas foram utilizadas para o diagnóstico direto através de esfregaço sanguíneo e para a caracterização molecular por meio da técnica de PCR convencional. Também foi aplicado um questionário estruturado com os responsáveis pelos animais amostrados. No diagnóstico direto não foram encontradas formas sugestivas de tripomastigota de Trypanosoma. Entretanto, com relação à detecção molecular, obteve-se amplificação positiva de DNA para o gene gGAPDH, frequência de 8%, e para o gene mitocondrial dos minicírculos, uma frequência de 1%, que foram sequenciadas e mostraram similaridade com sequências de Trypanosoma evansi depositadas no GenBank. Com este resultado, é possível afirmar que o T. evansi está presente no rebanho equídeo do estado do Maranhão. e ratifica-se a importância da realização de exames periódicos nesses animais e a manutenção das atividades de vigilância.
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LEONILDES RIBEIRO NUNES
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"UTILIZAÇÃO DA PELE DE ARRAIA (Potamotrygon motoro) NA PRODUÇÃO DE BIOFILMES DE COLÁGENO COM PROSPECÇÃO PARA USO TERAPÊUTICO"
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Orientador : FRANCISCA NEIDE COSTA
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Data: 28/11/2023
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O objetivo deste estudo foi produzir um biofilme biodegradável utilizando colágeno da pele de arraia, com prospecção para uso na indústria farmacêutica. As peles foram adquiridas em feiras da Baixada Maranhense, higienizadas e processadas no LABTEP - UEMA para obtenção do colágeno com extração em meio ácido e 6 horas de agitação em banho maria a 50ºC. O rendimento do extrato e colágeno foi calculado após a secagem em estufa a 50ºC por 24 horas. Foram elaborados 3 biofilmes distintos, utilizando óleos essenciais de folha de aroeira (Myracrodoum urundeuva), de goiabeira (Psidium guajava) e o biofilme controle sem adição dos óleos, identificados por A, X e C, respectivamente. Para calcular a umidade, amostras previamente pesadas permaneceram na estufa por 14 horas a 50º C. A proteína foi quantificada pelo método de micro Kjadahl e cinzas por meio de incineração em mufla. A espessura foi medida por meio de paquímetro digital. Para avaliação do índice de encolhimento e deformação, os biofilmes foram cortados e dispostos em papel milimetrado, e realizados registros fotográficos padronizados a cada 6 horas por 24 horas. A solubilidade, os biofilmes com umidade conhecida foram imersos em água por 24 horas em agitação constante. Para a capacidade de retenção de água (CAA), foram utilizados biofilmes com espessura e peso conhecidos, imersos em água destilada por 24 horas. A análise antimicrobiana foi realizada por teste de microdiluição com cepas de E. coli, S. entérica, P. aeroginosa, K. pneumonie, E. aerogenes, S. aureus, C. albicans, C. krusci e C. parapsilosis, foi utilizado o itaconazol como controle positivo, e o controle negativo o meio e células. A coloração do biofilme foi avaliada por meio de registo fotográfico padronizado com intervalos de 6 horas durante 24 horas, denominados T0 a T4 e avaliado a mudança na coloração nos filmes expostos a temperatura ambiente por meio dos cromas R (Red), G (Green), B (Blue) e L (Luminosidade) nos diferentes tempos. O rendimento do extrato e colágeno foi de 61,58% e 52,91%, respectivamente. A composição centesimal: umidade, proteínas e cinzas foi de 90,12%, 28,70% e 7,59% para o colágeno, respectivamente. Para os filmes C, A e X, a umidade foi de 24,68%, 25,53% e 33,04%, e proteína 23,10%, 21,28% e 24,27%, respectivamente. A temperatura de liquefação e gelificação variou de 24° a 35°C. Não houve alteração no índice de encolhimento e deformação após 24 horas. A CAA apresentou alto nível de absorção, de 230,25%, 228,06% e 247,17% para os biofilmes C, A e X respectivamente. A análise microbiológica apresentou resultados de inibição satisfatório para todas as bactérias com o biofilme A, em relação os biofilmes C e X, o mesmo não aconteceu para os fungos. A análise de coloração, não mostrou diferença entre os tratamentos (C, A e X) mas houve diferença entre os tratamentos nos diferentes tempos. A pesquisa apresenta potencial inovador para utilização da pele de arraia na elaboração do produto biodegradável, elaborando biofilmes de colágeno, tornando-se promissor quanto sua utilização na cicatrização de feridas.
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LETÍCIA ALMEIDA BARBOSA
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"Biometria de três espécies de peixes da ictiofauna do médio rio Tocantins em Imperatriz, Maranhão, Brasil"
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Data: 05/01/2023
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A ictiofauna de água doce neotropical é a mais rica em espécies do mundo, é considerado o maior grupo de vertebrado existente e com maior sucesso adptativo aos ecossistemas aquáticos, além disso, o rio Tocantins está inserido na bacia Araguaia-Tocantins, considerada ainda importante para a biodiversidade neotropical com uma abundante biodiversidade. Nesse sentido, considerando também que a morfometria contribui no estudo das formas e tamanhos de indivíduos da mesma espécie e entre espécies distintas, além de estimativas numéricas serem usadas por métodos estatísticos, o estudo tem como objetivo caracterizar três espécies de peixes do médio rio Tocantins por meio de análises estatísticas. Para a construção do banco de dados foram capturadas três espécies de peixes o Triportheus angulatus, Curimata amazônica, Pellona castelnaeana por meio de rede de arrasto e rede de pesca, no qual, as malhas tinham variação de 5mm, 7mm e 36mm, também as redes foram colocadas em períodos sazonais diferentes para obter melhor resultado na diversidade de espécies. Os peixes foram coletados em trechos do rio Tocantins como Cacauzinho, Beira rio e Embiral. Logo após, os exemplares foram identificados, seguindo literatura específica, e armazenados em freezer (-20 °C) no Laboratório de Genética e Biologia Molecular - LabGeM da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão – UEMASUL. Para as análises estatísticas foi utilizado o programa Microsoft Excel 2016 e o software R, avaliadas 7 variáveis das três espécies em estudo: Comprimento Padrão (CP), Comprimento Total (CT), Cabeça (CC), Comprimento do Focinho (CF), Diâmetro do Olho (DO) e Altura (AT) e Peso (P) e classificadas de acordo com o grau de correlação. Foram coletados 32 indivíduos da espécie Triportheus angulatus, 42 da espécie Curimata amazônica e 43 da espécie Pellona castelnaeana e realizadas as analíses de comparação por meio da Análise de correlação de Person e Análise de regressão Linear. Na análise das médias foi observado que as maiores médias foram para a espécie Pellona castelnaeana e desvio padrão mais próximo nas espécies Curimata amazônica e Triportheus angulatus. Em relação as análises de Person, na ánalise da espécie Curimata amazônica, CF foi a única variável que não apresentou correlações significativas (p>0,01). Triportheus angulatus apresentou correlações significativas (p<0,05) entre as variáveis CP e P, porém fracas. Algo que não foi observado nos exemplares Curimata Amazônica, uma vez que não apresentaram correlações com nenhuma das variáveis analisadas (p>0,05). Em Pellona Castelnaeana com exceção de CF e DO que não apresentaram correlações significativas (p<0,05) respectivamente, as demais variáveis apresentaram correlações significativas (p<0,01). Foi possível concluir que a caracterização morfométrica das espécies no médio rio Tocantins se mostrou eficiente, além disso, é importante salientar que as informações da espécie Curimata amazônica são inéditas, pois são inexistentes estudos dessa espécie e estudos morfométricas das outras também estudadas no presente trabalho.
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LUIZA DE MARILAK MAMEDE DA SILVA DIAS
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"Osteologia comparada em espécimes de peixes do gênero Cichla (Teleostei: Cichlidae) capturadas no médio curso da bacia do rio Tocantins"
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Data: 31/03/2023
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O rio Tocantins é um curso d’água brasileiro que banha parte das regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil. Na bacia desse rio, há grande abundância de peixes e devido a essa característica, a pesca tornou-se, naturalmente, um meio de sobrevivência e uma atividade econômica para grande parte dos moradores chamados de ribeirinhos. No rio Tocantins é comum a ocorrência de peixes do gênero Cichla, conhecidos popularmente pelo nome de “tucunaré” na maior parte da região amazônica. Eles são altamente prolíficos, adaptam-se bem a condições lênticas e suas populações têm se expandido rapidamente em hidroelétricas, reservatórios, várzeas e lagoas. Os tucunarés são facilmente identificados pela forma da nadadeira dorsal, a boca larga, mandíbula e maxila proeminentes, um ocelo na base da nadadeira caudal e barras escuras distribuídas verticalmente. A pesquisa teve o objetivo de realizar um estudo osteológico do esqueleto axial do tucunaré com análise digital de imagens de otólitos sagitais. Os peixes foram capturados por pescadores profissionais, levados ao laboratório de Ecologia e Limnologia da Universidade Estadual Sul do Maranhão – UEMASUL, onde foram realizados exames radiográficos e os otólitos sagitta dissecados, micrografados para análise digital e estudo microquímico com espectrofotômetro. Após o estudo da morfologia e morfometria do esqueleto axial e dos otólitos constatou-se que cada espécime encontrado possuía características próprias. As amostras estudadas apresentaram um total de 35 – 36 vértebras, sendo dividido em 19 torácicas e 17 caudais, além de 17 pares de costelas. Já os otólitos estudados apresentaram diferenças na composição microquímica, os da espécie Cichla kelberi apresentaram maior concentração de cálcio 417,998µg e ferro 0,129µg, em sua composição. No estudo verificou-se variações nos espécimes no que se refere ao desvio padrão, peso sendo de 130,10g, comprimento total 3,41cm, da nadadeira caudal 0,95cm. Com o uso do exame radiográfico verificaram-se diferenças, no esqueleto axial, com variação nos caracteres morfológicos, morfométricos e com uso da espectrofotometria foi identificada composição química dos otólitos.
Palavras chave:
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MARCIARA LOPES SILVA
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"Monogenoidea Parasitos de Brânquia de Duas Espécies de Peixes Dulcícolas da Bacia do Médio Rio Munim, Estado do Maranhão, Nordeste do Brasil"
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Data: 16/03/2023
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Peixes são notavelmente sensíveis às interferências antrópicas no hábitat. Eles podem produzir diferentes respostas a esses estreses antrópicos, de cunho morfológico, molecular, fisiológico e ainda comportamental, assim como o aumento ou a redução no número de parasitos permitem interpretações de âmbito sanitário e ambiental. O presente trabalho pretende caracterizar a diversidade parasitária de Monogenoidea de duas espécies de peixes dulcícola (Bryconops cf. affinis, e Crenicichla brasiliensis Bloch, 1792), que ocorrem na bacia do médio Rio Munim. Foram coletados 64 indivíduos de cada espécie hospedeira, utilizando redes de arrasto e tarrafa em afluentes do médio Rio Munim, nos municípios Chapadinha e Anapurus, leste Maranhense, nos períodos de seca e chuvoso. Os peixes capturados foram identificados taxonomicamente no Laboratório de Sistemática e Ecologia de Organismos Aquáticos (LASEOA) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Os 128 hospedeiros foram eutanasiados por secção medular, e após a sessão de todos os espasmos musculares, as brânquias foram removidas e acondicionadas em água aquecida a 70 ºC e álcool absoluto, resultando na concentração de 70%. A análise e coleta dos ectoparasitos foi realizada no Laboratório de Imunohistoquímica do LAMP na Universidade Estadual do Maranhão, e em laboratórios parceiros da UFMA. Os Monogenoidea foram obtidos com análise minuciosa dos arcos branquiais, e transferidos para lâminas contendo Hoyer para a fixação e evidenciação das estruturas esclerotizadas, assim como a aquisição de imagens microscópicas e identificação das espécies. Os parasitos pertencem a dois gêneros de Monogenoidea, onde foram identificadas três espécies: Diaphorocleidus affinis (Mizelle, Kritsky & Crane, 1968), Diaphorocleidus sp., ambos parasitos de Bryconops cf. affinis; e Sciadicleithrum sp., parasito de Crenicichla brasiliensis. Bryconops cf. affinis apresentou os maiores índices de parasitismo. A ocorrência parasitária apresentou influência direta da sazonalidade, com o período chuvoso apresentando maior prevalência, abundância média, intensidade média de infestação e amplitude. A ocorrência de parasitos esteve correlacionada a temperatura (ºC) e oxigênio dissolvido (OD) no período de chuvas para as duas espécies de peixes analisadas. No presente trabalho, D. affinis é redescrito com novos dados morfológicos e novos desenhos. Diaphorocleidus sp., difere de todas as espécies congêneres e é aqui proposta como uma nova espécie. Sciadicleithrum sp., também difere de seus congêneres, no entanto, necessita de maiores estudos para confirmação da espécie. A bacia do rio Munim é um novo registro geográfico para D. affinis, Diaphorocleidus sp. e Sciadicleithrum sp. Portanto, considerando a escassez de estudos referentes a fauna parasitária em peixes dulcícolas de pequeno porte, e a importância da sustentabilidade da bacia do médio Rio Munim para os municípios, a presente pesquisa contribuirá com o biomonitoramento da bacia estudada.
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NAYARA BARBOSA SANTOS ESPÍNOLA
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"BIOLOGIA REPRODUTIVA DE Micropogonias furnieri (DESMAREST, 1823) E Sciades proops (VALENCIENNES,1840) NO GOLFÃO MARANHENSE"
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Data: 29/12/2023
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Os estudos sobre biologia reprodutiva são importantes para compreender o comportamento das populações de peixes, além de favorecer a correta administração dos recursos pesqueiros. Considerando lacunas existentes no conhecimento sobre a ictiofauna explorada pela pesca artesanal no Maranhão, este estudo objetiva analisar aspectos da reprodução das espécies Micropogonias furnieri e Sciades proops capturadas pela frota do município de Raposa, Maranhão visando a elaboração de medidas de manejo para a conservação dessas espécies no litoral maranhense. Para cada espécie em estudo, foi determinado o tamanho de primeira maturação sexual, a proporção sexual por mês e classe de comprimento, época de reprodução, tipo de desova e fecundidade. Os dados foram coletados através de amostragens mensais durante o período de janeiro de 2021 a dezembro de 2021, junto a frota pesqueira artesanal do município de Raposa, MA (LICENÇA SEMA: 2010060024). Foram analisados 360 exemplares de Micropogonias furnieri e 360 espécimes de Sciades proops. Os indivíduos analisados de M. furnieri variaram de 20,2 a 50,8 cm de comprimento total (CT), apresenta alometria negativa, com proporção sexual de 1,1 fêmeas para cada macho e com tamanho de primeira maturidade (L50) de 25,98 cm, estando apta a se reproduzir o ano todo. Os indivíduos analisados de S. proops variaram de 24,7 a 62,6 cm de CT, com alometria negativa, proporção sexual de 1,2 fêmeas para cada macho, o L50 para a população de Sciades proops foi de 37,87 cm e também está apta a se reproduzir por todo ano. Para ambas as espécies foram confirmados cinco estágios de maturação gonadal, a saber: Fase imatura (IM); Fase de desenvolvimento (DP); Fase de capacidade de desova (SP); Fase de regressão (RP); Fase de regeneração (RGP). A fecundidade absoluta média para Micropogonias furnieri foi de 643.410 ovócitos, indicando que a espécie apresenta fecundidade elevada. O tamanho inicial de maturação dos ovócitos para esta espécie foi de 300µm. A fecundidade relativa ao comprimento e ao peso foi de 11040 ovócitos por centímetro de comprimento total e 675 ovócitos por grama de peso total da fêmea. Para a espécie S. proops a fecundidade absoluta média (FA) foi de 57 ovócitos, indicando que é uma espécie com baixa fecundidade. O tamanho inicial de maturação dos ovócitos para esta espécie foi estimado em 1000 µm. A fecundidade relativa média (FR) foi de 0,788918 ovócitos por centímetro de comprimento total é de 1,16 ovócitos por grama de peso total da fêmea. O presente estudo mostrou que a área do golfão maranhense é um importante local de reprodução, para M. furnieri e S. proos. E apesar de não se ter indícios de grandes impactos da pesca sobre o estoque dessas espécies, é plausível a aplicação de medidas de manejo para a área estudada, tais como: determinação e fiscalização por parte IBAMA do tamanho mínimo de captura de 25 cm para M. furnieri, e de 37 cm para S. proops, principalmente nos meses de Janeiro a maio, onde os picos reprodutivos para essas espécies, foram mais expressivos, bem como um trabalho de educação ambiental, para as pessoas envolvidas com a atividade pesqueira.
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NAYARA MENDES LOUZEIRO
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"OCORRÊNCIA DE Trypanosoma cruzi EM TRIATOMÍNEOS, PEQUENOS MAMÍFEROS SILVESTRES TERRESTRES E CÃES NO MUNICÍPIO DE SANTA RITA, MARANHÃO"
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Data: 31/10/2023
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O vínculo entre animais domésticos, seres humanos e animais silvestres é complexo, gerando um desafio para áreas de conservação ambiental e da saúde humana e animal, e dependendo da forma como o ser humano interage com a natureza, pode resultar em importantes impactos no ambiente silvestre, no bem-estar dos animais domésticos e na saúde pública. Considerando a importância de pequenos mamíferos silvestres, cães e barbeiros como reservatórios, o objetivo deste trabalho é pesquisar Trypanosoma cruzi nesses hospedeiros no município de Santa Rita, mesorregião Norte Maranhense, estado do Maranhão, Brasil. Foram selecionados cães domésticos domiciliados, dos quais foram coletados 5mL de sangue de cada, por meio de punção das veias cefálica ou jugular. Do sangue coletado foi realizado esfregaços sanguíneos em duplicata e parte do sangue armazenada, sob refrigeração para análise molecular e sorológica. Para captura dos animais silvestres foram utilizadas trinta e uma (31) armadilhas (Tomahawk), separadas em trilhas, iscadas com diferentes atrativos. Os animais capturados foram anestesiados, fotografados, pesados e sexados e obtidas medidas morfométricas, e algumas espécimes que morreram/foram eutanasiadas para servirem de espécie testemunho foram coletadas amostras biológicas. A colheita de sangue foi por punção da veia caudal ou punção cardíaca, e foi utilizada para confecção de esfregaços sanguíneos, hemoculturas e diagnóstico molecular. As capturas de triatomíneos foram realizadas nos ambientes peridomiciliar e domiciliar, por busca ativa e passiva com armadilhas luminosas. Foram capturados manualmente com auxílio de pinça e no laboratório/LAMP/UEMA foram identificados. Os triatomíneos que chegaram vivos foram submetidos a compressão abdominal para o diagnóstico parasitológico. A extração de DNA das amostras foi realizada e para amplificação utilizou-se o gene kDNA de T. cruzi. Os amplicons foram purificados e submetidos às reações de sequenciamento e foram comparadas com as sequencias depositadas no GenBank. Os dados obtidos foram tabulados em planilhas do Microsoft Excel e a comparação dos dados foi através dos testes Qui-Quadrado e Exato de Fisher. As diferenças foram consideradas significativas quando p <0,05. Foram coletadas 352 amostras sanguíneas de cães e aplicados questionários estruturados aos responsáveis, para obtenção de dados epidemiológicos e fatores de risco. Em apenas 1 amostra foi observado formas tripomastigotas de Trypanosoma no esfregaço sanguíneo. Na análise sorológica, dezesseis (16) cães apresentaram soropositividade. Na análise molecular, quarenta e nove (49) amostras foram positivas. Na combinação das duas análises, 2 amostras foram positivas. Foram coletadas dezessete (17) pequenos mamíferos silvestres terrestres. Formas tripomastigotas de Trypanosoma foram identificadas no esfregaço sanguíneo de 3 amostras das espécies Didelphis sp. e D. marsupialis. Sete (07) amostras de sangue, baço e fígado de Didelphis sp., da espécie D. marsupialis e Monodelphis sp. foram positivas na análise molecular. Foram coletados sete (17) triatomíneos e foi realizado análise das fezes e conteúdo intestinal através da compressão abdominal em 3 indivíduos. Na análise molecular, 11 amostras foram positivas, sendo 5 da espécie R. pictipes, 5 da espécie R. montenegrensis e 1 da espécie P. lignarius. Os resultados obtidos neste estudo confirmam a presença de T. cruzi em triatomíneos, pequenos mamíferos silvestres e cães na area estudada.
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RAYNARA FERNANDA SILVA SOARES
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"OCORRÊNCIA DA INFECÇÃO POR PARASITAS DO GÊNERO Babesia, Ehrlichia e Trypanosoma EM CÃES DOMÉSTICOS NO MUNICÍPIO DE BELÁGUA, MICRORREGIÃO DE CHAPADINHA, ESTADO DO MARANHÃO"
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Orientador : RITA DE MARIA SEABRA NOGUEIRA
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Data: 29/06/2023
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Espécies de hemoparasitas foram analisadas por meio de método molecular para determinar a ocorrência e os fatores de risco para Babesia spp., Erhlichia canis e Trypanosoma cruzi em cães no estado do Maranhão, Nordeste do Brasil. As amostras de sangue foram obtidas de cães no município de Belágua. O diagnóstico molecular foi realizado pela Reação em Cadeia da Polimerase. Um total de 205 animais foi amostrado. Do total de animais amostrados, 7 (3,41%) foram positivos para E. canis. Nenhum animal apresentou positividade para Babesia spp. e T. cruzi. A associação das variáveis sexo, acesso à rua, convivência com outros animais, presença de matéria orgânica não foi significativa (p˃0.05) em relação a presença ou ausência de positividade para E. canis. Concluí-se que a infecção por E. canis está presente nos cães no município estudado, o que sugere o monitoramento da população canina e dos vetores do patógeno.
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TATIANE AVELAR RIBEIRO
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"EXPRESSÃO GÊNICA DE c-KIT, COX-2 E VEGF EM MARGEM CIRÚRGICA DE MASTOCITOMA CUTÂNEO EM CÃES"
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Orientador : FERDINAN ALMEIDA MELO
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Data: 12/07/2023
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A pele tem maior porcentagem de neoplasias diagnosticadas na clínica de pequenos animais. Como diagnóstico, além da avaliação física e histórico clínico do paciente, utiliza-se o citopatológico como exame de triagem e o histopatológico como padrão-ouro. Outros exames podem ser usufruídos, como a imuno-histoquímica e a PCR, que utilizam marcadores específicos para cada tipo tumoral a fim de auxiliar no tratamento e no prognóstico do paciente. A cirurgia continua sendo a primeira linha de tratamento do mastocitoma cutâneo. O objetivo do trabalho foi avaliar a expressão gênica de c-KIT, COX-2 E VEGF em margem cirúrgica de mastocitoma cutâneo em cães utilizando a PCR, além de analisar recidivas tumorais. Foram avaliados 10 cães com diagnóstico de citopatológico de mastocitoma cutâneo, com indicação cirúrgica. Estes foram divididos em grupos: grupo 1 com animais que foram utilizados margem de 2cm e grupo 2 com margem de 3cm. Foi realizado exame histopatológico e exame de PCR da margem cirúrgica da massa removida para quantificar os marcadores selecionados. Em relação a análise histopatológica do grupo 1, todos os animais foram classificados em mastocitoma cutâneo de grau II, sendo 60% de baixo grau e 40% de alto grau, de acordo com as tabelas de classificação. No grupo 2, todos os pacientes foram classificados como grau III e alto grau, concomitantemente. Na avaliação dos grupos em relação aos marcadores, no grupo 1 COX-2 teve média (CT) de 26,999, C-Kit de 28,170 e VEGF de 28,545. No grupo 2, COX-2 foi 27,187, C-Kit de 28,153 e VEGF de 28,065. Conclui-se que foi possível detectar a expressão de COX-2, C-Kit e VEGF nas amostras selecionadas, não havendo diferença estatística entre os resultados, mostrando pouca influência no prognóstico.
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THAIS BASTOS ROCHA SERRA
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"OCORRÊNCIA E IDENTIFICAÇÃO DE ECTOPARASITAS E HEMOPARASITAS DE BÚFALOS (Bubalus bubalis) CRIADOS NA BAIXADA MARANHENSE, BRASIL"
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Data: 30/06/2023
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Os búfalos (Bubalus bubalis) são espécies conhecidas por apresentarem grande resistência ao desenvolvimento de enfermidades consideradas comuns em bovinos, no entanto, com o avanço das pesquisas e técnicas de diagnóstico é possível comprovar que os bubalinos são susceptíveis às infecções parasitárias, principalmente pelos hábitos de permanecerem aglomerados por longos períodos em áreas alagadas e pelas criações consorciadas com bovinos. Dessa forma, objetivou-se com este estudo identificar e avaliar a ocorrência de ectoparasitas e hemoparasitas de búfalos (Bubalus bubalis) criados na Baixada Maranhense, Brasil. Foram coletados ectoparasitas e sangue de 116 bubalinos (36 machos e 80 fêmeas), mestiços, com idade de 4 meses até 144 meses, com aptidão leiteira, para corte e mista. Os animais foram inspecionados visualmente para a coleta de ectoparasitas. Para a pesquisa de hemoparasitas foram utilizadas técnicas parasitológicas diretas através de esfregaços sanguíneos e Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), o diagnóstico sorológico foi realizado pela técnica de Ensaio Imunoenzimático Indireto (iELISA), baseadas na identificação de anticorpos contra Anaplasma marginale, Babesia bovis, Babesia bigemina e Trypanosoma vivax, e o teste de Imunocromatografia de fluxo lateral (Imunotest®), para verificação de animais reagentes para T. vivax. Quanto aos ectoparasitas, a espécie Haematopinus tuberculatus foi identificada. Os esfregaços sanguíneos foram negativos para a pesquisa de A. marginale, B. bovis, B. bigemina e T. vivax. Foram detectados anticorpos anti-B. bovis em 62,94% bubalinos, 81,90% foram reagentes para B. bigemina, 68,10% apresentaram-se sororeagentes para A. marginale, 79,31% para anticorpos anti-T. vivax através do iELISA e 76,72 % reagentes ao teste imunocromatográfico. Quanto à análise molecular, 8,62% foram positivos para B. bovis, 6,90% positivos para B. bigemina, e 1 animal foi diagnosticado positivo para T. vivax. Não foi diagnosticado nenhum animal positivo para A. marginale. Pesquisou-se também a presença de T. vivax nos espécimes de H. tuberculatus, com resultados negativos. Não houve diferença estatística (p<0,05) significante em relação a idade e sexo dos animais e a presença dos patógenos estudados. Concluí-se que búfalos criados na Baixada Maranhense são portadores de A. marginale, B. bovis, B. bigemina e T. vivax.
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VANESSA LUZ FERNANDES
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"AVALIAÇÃO ECOCARDIOGRÁFICA EM Chelonoidis carbonaria NÃO SEDADOS"
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Data: 28/02/2023
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O Jabuti (Chelonoidis carbonaria) está entre as espécies silvestres de convívio doméstico com casuísticas de atendimentos clínicos e cirúrgicos. Dados cardiológicos como tamanho das câmaras cardíacas, morfologia das válvulas e fluxo sanguíneo cardíaco nestes animais são pouco esclarecidos. Dentre os meios de avaliação da função cardíaca, o ecocardiograma é um método que pode ser utilizado na fauna silvestre, extrapolando sua aplicabilidade da clínica de pequenos animais para melhor acompanhamento e preservação. Dessa forma, este estudo tem como objetivo a avaliação ecocardiográfica em modo-B, modo-M, color Doppler e Doppler pulsado em Chelonoidis carbonaria não sedados. Um total de 10 espécimes foram avaliados por ecocardiografia, visando obter dados fisiológicos do tamanho das câmaras cardíacas, volume do ventrículo em sístole e diástole, fração de ejeção, velocidade do fluxo nas válvulas, débito cardíaco e as espessuras das paredes dos ventrículos. Foi observado um coração de 3 câmaras: 2 átrios de paredes finas e 1 ventrículo parcialmente septado com parede mais espessa e aspecto trabeculado. As médias dos dados quantitativos foram: FC: 28 bpm ± 6; Volume do ventrículo em sístole: 2,4 ml ± 1,8; Volume do ventrículo em diástole: 6ml ± 2,6; Fração de ejeção (FE%): 58 ± 18; Espessura da parede ventricular: 1,22cm ± 0,36; Velocidade de fluxo átrio-ventricular: 56,8cm/s ± 18,7; Velocidade do fluxo aórtico: 75,9cm/s ± 31,9; Debito cardíaco: 101,9ml/min ± 66,5. Concluiu-se que o exame ecocardiográfico em modo B, modo M, color Doppler e Doppler pulsado é uma ferramenta apropriada para avaliação cardíaca em chelonoides e a janela cervico-braquial permitiu a visualização morfológica do coração e a obtenção de dados quantitativos e hemodinâmicos do coração.
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