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Banca de DEFESA: ERIC TAKASHI KAMAKURA DE CARVALHO MESQUITA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ERIC TAKASHI KAMAKURA DE CARVALHO MESQUITA
DATA: 28/06/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Sala Virtual - Plataforma Microsoft Teams
TÍTULO:

"ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA RAIVA EM ÁREAS DE FOCO NO ESTADO DO MARANHÃO" 


PALAVRAS-CHAVES:

Lyssavirus, Morcegos, Canídeos


PÁGINAS: 62
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Medicina Veterinária
RESUMO:

A raiva é uma doença viral aguda que afeta os mamíferos, causada por um RNA vírus pertencente à família Rhabdoviridae e gênero Lyssavirus. A doença é transmitida através da mordida ou arranhão de um animal infectado. A raiva foi uma das primeiras doenças infecciosas estudadas de forma científica, com a descrição detalhada dos sintomas e do curso clínico feita por estudiosos gregos e romanos nos primeiros séculos d.C. A casuística mundial da raiva é variável em diferentes regiões do mundo. Estima-se que a doença cause cerca de 60.000 mortes por ano em todo o mundo, sendo mais comum em áreas com falta de medidas de controle efetivas. A maioria dos casos ocorre em países em desenvolvimento, onde a vacinação de animais e a profilaxia adequada após exposição são menos acessíveis. O vírus da raiva possui algumas variantes que são específicas de cada reservatório, sendo que no Brasil já foram identificadas cinco destas variantes. Este estudo tem como objetivo conhecer melhor os aspectos epidemiológicos das variantes dos vírus rábicos que circulam no Estado do Maranhão através de análises imunológicas e moleculares, bem como seus reservatórios, e distribuição nos biomas. Para tanto, utilizou-se 62 amostras de material biológico enviados para os laboratórios de referência no Estado no período de 2015 a 2022 por técnicas de imunofluorescência direta (IFD) e reação em cadeia pela polimerase (PCR). Foram utilizados os primers 504 (senso) e 304 (reverse) para o gene N nas reações de PCR que amplificam 240pb, e as amostras positivas foram encaminhadas para o sequenciamento genético com o objetivo de identificar a variante antigênica. De todas as amostras, 74% foram positivas na IFD e 63% foram positivas na PCR. Entre as amostras negativas na IFD,19% foram detectáveis para o vírus da raiva na PCR. De todas as amostras positivas nos dois testes, somente 28% tiveram sucesso no sequenciamento, onde foi identificado variantes antigênicas de Desmodus rotundus e Cerdocyon thous. Observou-se que essas variantes circulam em ambos os biomas da Amazônia e Cerrado, porém a variante de morcegos teve maior ocorrência no bioma amazônico, enquanto o a variante de canídeo silvestre foi mais prevalente no cerrado. Desta forma, a variante de canídeo silvestre desperta um alerta para a vigilância epidemiológica, pois já aparece sendo transmitida para cão doméstico e humano no Estado do Maranhão.

 

 

 


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ENIO MORI - USP
Presidente(a) - 738.087.683-04 - FRANCISCO BORGES COSTA - UEMA
Interno - 7089 - HELDER DE MORAES PEREIRA
Externo à Instituição - LÍDIO GONÇALVES LIMA NETO - Uniceuma
Externo à Instituição - PAULO EDUARDO BRANDÃO - USP
Notícia cadastrada em: 23/06/2023 18:00
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