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"Detecção e caracterização de Parasporina em Isolados de Bacillus thuringiensis (Berliner 1911) de ocorrência no Maranhão"
Bactéria Entomopatogênica, Proteína Parasporina, Câncer
A bactéria Bacillus thuringiensis (Berliner 1911) (Eubacteriales: Bacillaceae) foi descoberta há mais de um século (BEEGLE; YAMAMOTO, 1992) e se tornou o principal bioinseticida, comercializado mundialmente, para controlar pragas agrícolas e insetos de importância médica (BRAVO et al., 2011; TETREAU et al., 2018; NAWROTESPOSITO et al., 2020; QU et al., 2022). Ao longo de seu ciclo de vida, o B. thuringiensis produz diferentes tipos de proteínas inseticidas, as quais são tóxicas para uma gama diversificada de organismos, sendo os insetos seu grupo-alvo mais conhecido e difundido. Durante a fase de esporulação, o B. thuringiensis produz corpos de inclusões paraesporais, conhecidos como cristais de proteínas δ-endotoxinas ou proteínas cristalinas inseticidas, distribuídos em duas famílias Cry (do inglês Crystal) e Cyt (do inglês Cytolytic) (HÖFTE; WHITELEY, 1989; FEDERICI et al., 2010; PALMA et al., 2014; CRICKMORE et al., 2021). Durante a fase vegetativa, o B. thuringiensis produz proteínas solubilizadas no meio de cultura, Vip (proteínas inseticidas vegetativas) e Sip (proteínas inseticidas secretadas) (ESTRUCH et al., 1996; DONOVAN et al., 2006; PALMA et al., 2014). As proteínas Cry e Cyt são amplamente conhecidas por serem tóxicas a fase jovem dos insetos das ordens Lepidoptera, Diptera, Coleoptera, entre outras (FEITELSON et al., 1992; de MAAGD et al., 2003; van FRANKENHUYZEN, 2013; BEN-DOV, 2014). No entanto, existem proteínas Cry que não apresentam atividade pesticida, mas são tóxicas para células tumorais (MIZUKI et al., 1999; MIZUKI et al., 2000; OHBA et al., 2009; WONG, 2010).