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"ECOEPIDEMIOLOGIA DE Coxiella burnetii em PEQUENOS RUMINANTES NO ESTADO DO MARANHÃO, BRASIL"
Caprinos. Ovinos. Zoonose. Febre Q. Coxielose.
SIMAS, A.K.S.M. ECOEPIDEMIOLOGIA DE Coxiella burnetii EM PEQUENOS RUMINANTES NO ESTADO DO MARANHÃO, BRASIL. São Luís, 2022. p. 67. Qualificação (Doutorado em Ciência Animal) – Centro de Ciências Agrárias, Universidade Estadual do Maranhão, 2022.
Coxiella burnetii é uma bactéria intracelular obrigatória, capaz de infectar uma vasta variedade de hospedeiros, causando prejuízos principalmente para rebanhos bovinos, caprinos e ovinos. Nos pequenos ruminantes, a infecção (Coxielose) pode causar distúrbios reprodutivos como retenção de placenta, infertilidade, natimortos e sintomas inespecíficos como febre, rinite e taquipneia. Ademais, caprinos e ovinos são relacionados como fontes de infecção para humanos, pois disseminam a bactéria por meio de fluidos e produtos do parto, podendo causar uma zoonose denominada de Febre Q. Na maioria dos surtos da doença que ocorreram nas últimas décadas em humanos estavam relacionados aos rebanhos caprinos e ovinos infectados com C. burnetii. O presente trabalho objetivou determinar a ocorrência de C. burnetii em pequenos ruminantes (caprinos e ovinos) no Estado do Maranhão. Durante os meses de janeiro a agosto de 2021, amostras de swab vaginal, leite, fezes e soros, foram colhidas de cabras e ovelhas nos municípios de São Luís e alguns do sul do Estado do Maranhão. As amostras foram testadas por PCR convencional e PCR em tempo real para o gene IS1111. Os soros dos animais foram testados pela técnica de ELISA. Das amostras testadas por PCR convencional, 26,67% e 0,94% das amostras de leite e fezes foram positivas, respectivamente. Com relação à PCR em tempo real, 33,91%, 26,67% e 7,48% das amostras de swab vaginal, leite e fezes foram positivas, respectivamente. Dos 74 soros testados, 32,43% foram sororreagentes. Os dados apresentados mostram que a bactéria C. burnetii está circulando nos rebanhos de pequenos ruminantes do estado do Maranhão, 12 e que pode vir a ser uma preocupação para a saúde pública com risco zoonótico de grande importância e como alerta para as autoridades locais.