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Banca de QUALIFICAÇÃO: ANA FLÁVIA DOS SANTOS MARTINS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANA FLÁVIA DOS SANTOS MARTINS
DATA: 29/09/2023
HORA: 11:00
LOCAL: UEMA
TÍTULO:

POESIA, ANTISSALAZARISMO E LIBERDADE: o discurso tridimensional de Viriato da Cruz na luta pela Independência de Angola


PALAVRAS-CHAVES:

Discurso; Poesia; Liberdade.


PÁGINAS: 76
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO:

Submersa num mar desconhecido, esta dissertação lança luz sobre a literatura de Angola, propondo uma análise tridimensional do discurso de Viriato da Cruz durante a luta pela independência. Sobre tudo o que ele foi ainda muito pouco se sabe, mas foi também poeta, teorizador, ativista político e, acima de tudo, filho de Angola. Com foco nas estratégias retórico-discursivas de mobilização política em sua única obra publicada, Poemas (1961), defendida aqui como elemento retórico importante para o processo de descolonização do continente africano, utiliza-se a abordagem teórico-metodológica de Fairclough (1989, 1992) para compreender o papel ideológico do discurso literário na produção, manutenção e mudança das relações sociais de poder, capaz de culminar na independência e na formação da identidade nacional angolana. No intuito de compreender os múltiplos discursos manifestados na sua obra, apresenta-se uma perspectiva inexplorada que insere a ideologia colonialista no cerne do Regime Salazarista, inspirado pela bio-política darwinista e pelo luso-tropicalismo brasileiro de Gilberto Freyre (1933, 1940). O contraponto discursivo, portanto, é construído nos limiares do marxismo e da hegemonia cultural, ao desafiar as estruturas de poder e seus mecanismos de sustentação, revelando uma resistência profunda à dominação colonial. Em seguida, investiga-se como um movimento intelectual, cujo lema: “Vamos descobrir Angola!”, mobilizou uma inquietude popular que resultou na criação do Movimento Popular de Libertação de Angola, fazendo nascer no recém-poeta um político incansável. Por fim, demonstra-se como suas escolhas linguísticas, incluindo a lexicalização da língua do colonizador (o português europeu) e a língua banto africana do colonizado (o quimbundo), desafiaram a ideologia colonial e fizeram da poesia um convite à revolução. Sendo assim, esta pesquisa de caráter documental e bibliográfico, ao demonstrar que o pequeno-grande manifesto poético ainda ecoa nas mentes e nos corações do povo angolano, evidencia que no discurso literário reside um desconhecido e poderoso veículo de transformação social. 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente(a) - 6479 - FABÍOLA DE JESUS SOARES SANTANA
Externo à Instituição - FRANCISCO JOSE DE JESUS TOPA - UNIPORTO
Interno - 6936 - JOSÉ HENRIQUE DE PAULA BORRALHO
Notícia cadastrada em: 22/09/2023 11:52
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