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Banca de DEFESA: DEYSE FILGUEIRAS BATISTA MARQUES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DEYSE FILGUEIRAS BATISTA MARQUES
DATA: 13/01/2023
HORA: 15:00
LOCAL: UEMA
TÍTULO:

PARA ALCANÇAR A AUSÊNCIA, APESAR DAS FRATURAS: a escrita do indizível em O corpo interminável, de Claudia Lage


PALAVRAS-CHAVES:

Narrativa do trauma; Literatura de testemunho; Representação; Ficção brasileira contemporânea; O corpo interminável.


PÁGINAS: 195
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
SUBÁREA: Teoria Literária
RESUMO:

O corpo interminável (2019) é um romance contemporâneo escrito pela autora brasileira Claudia Lage, e seu enredo envolve indivíduos que estão inseridos no contexto de vivência ou herança da experiência da ditadura militar no Brasil. Trata-se, portanto, de uma obra literária que evidencia a necessidade de escrita de eventos catastróficos e na qual existe a busca por um passado que, embora calado, permanece vívido, pois ainda
ressoa por meio de ausências, vazios e memórias lacunares. Assim, considerando os estudos de literatura de testemunho e narrativa do trauma, esta pesquisa questiona a possibilidade de, a partir da análise de O corpo interminável, identificarmos uma construção ficcional que evidencia, em suas formas estéticas e narrativas, o paradoxo da necessidade e impossibilidade de escrever sobre uma história individual e coletiva fraturada pela ditadura militar no Brasil. Partindo do paradoxo da narrativa impossível, mas necessária, buscamos enfatizar, diante do corpus literário e dessa chave de leitura, os dilemas nascidos a partir da relevância do testemunho de sujeitos impactados por uma catástrofe nacional, mas que se encontram diante de uma dificuldade de falar condicionada por suas vivências. O principal objetivo, portanto, é investigar os aspectos estéticos e narrativos mobilizados pela autora para construir um enredo que alcance as experiências traumáticas e auxilie na compreensão de eventos-limites, tais como a ditadura militar brasileira. O deslocamento aqui pretendido envolve o suporte teórico de Antonello, Avelar, Benjamin, Figueiredo, Gagnebin, Ginzburg, Levi, Schøllhammer,
Seligmann-Silva, entre outros, no esforço crítico de perceber as construções de O corpo interminável enquanto obra ficcional que invoca a aporia do indizível gerada por um trauma histórico. Ao final do trabalho, esperamos contribuir para a caracterização política e literária do romance, pois, ao explorar a estética do horror produzida em O corpo interminável, acreditamos ser possível vislumbrar a relevância da impossível representação do trauma na literatura brasileira contemporânea.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 7092 - ANDRÉA TERESA MARTINS LOBATO
Presidente(a) - 7119 - MARIA IRANILDE ALMEIDA COSTA PINHEIRO
Externo à Instituição - RENATA ROCHA RIBEIRO - UFG
Notícia cadastrada em: 06/01/2023 11:26
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