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Helenismo nos trópicos: análise da presença do helenismo na literatura brasileira pelo viés da leitura distante
Literatura brasileira. Helenismo. Leitura Distante.
A presente pesquisa tem a finalidade de investigar a presença do helenismo na literatura brasileira pelo viés da Leitura Distante, popularizada por Franco Moretti (2000, 2008), que se coloca como uma forma de abordagem para a análise da literatura que se diferencia da leitura cerrada, bastante frequente e historicamente estabelecida nos estudos literários, tendo como base de análise o corpus OBras (Santos; Freitas; Bick, 2018) - https://www.linguateca.pt/acesso/corpus.php?corpus=OBRAS –. Além disso, aborda a Leitura Distante enquanto fenômeno que, nos estudos literários, causa diferentes interpretações e controvérsias quanto a sua validade como prisma pelo qual é possível realizar estudos literários. Nesse sentido, o presente estudo apoia-se nos apontamentos de diferentes estudiosos que teceram comentários sobre a questão do helenismo na literatura brasileira, como Broca (2005); Silva (2020); Macário (2005); Brandão (2001), bem como uma abordagem de obras literárias gregas e autores que abordam a literatura grega e o fenômeno helênico em si e, dentre eles, estão Schuler (2018); Pereira (2017) e Droysen (2010). Para a reflexão sobre a Leitura Distante, além do próprio Moretti (2000, 2008) são trazidas à análise as ideias de autores que fazem críticas sobre a ideia de Moretti, apontando aspectos positivo e/ou negativos, a essa maneira de se estudar a literatura, como Pieri (2019); Underwood (2017); Araújo (2016); entre outros. Dessa maneira, a análise a ser realizada pretende colaborar com o olhar de tal fenômeno por um outro ângulo e contribuir tanto com os estudos em literatura brasileira quanto com as ponderações a respeito da Leitura Distante.