Banca de QUALIFICAÇÃO: GILVAN SANTOS GONÇALVES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GILVAN SANTOS GONÇALVES
DATA: 27/12/2021
HORA: 09:00
LOCAL: UEMA
TÍTULO:

Por onde anda o narrador? Desolamento e apatia em Estorvo, de Chico Buarque de Hollanda

PALAVRAS-CHAVES:

Estorvo; Narrador; Sujeito fragmentado; Deslocamentos.

PÁGINAS: 54
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
SUBÁREA: Teoria Literária
RESUMO:

Estorvo é o primeiro romance publicado por Chico Buarque de Hollanda, em 1991, no qual nos deparamos com uma narrativa tensa, dividida em onze capítulos em que um narrador personagem, atônito e em trânsito na cidade, encontra pessoas e lugares estranhos em situações excêntricas. Este narrador não consegue dimensionar suas relações sociais afetivas, e nem mesmo se encontrar em um lugar de tranquilidade, assumindo o papel de transeunte, com características que são refletidas em sua identidade vagante. Assim, considerando a estrutura narrativa da obra escolhida, evidenciaremos como esse sujeito sem identidade tenta fugir da realidade que o impede de viver, estando sempre em constante nomadismo, que nega o mundo empírico de suas aparências e passa a tratar sua condição de humanidade alheio à realidade social vigente. Daremos , também, enfoque ao fato de que o narrador manifesta um certo abatimento moral que se espaia na fragilidade das relações afetivas que estabelece, principalmente com sua família.  Neste sentido, como objetivo principal, tentaremos compreender como esse narrador se fragmenta ao longo e dentro da narrativa e de que maneira ele nos convida a conhecer sua história, ainda que seja difícil definir sua naração, pois ele se mantém constantemente em uma zona limite, a zona do desespero, do susto e do trauma, o que enfraquece seu poder de onisciência. Desse modo nosso trabalho se articula da seguinte maneira: estudaremos conceitos teóricos necessários sobre o narrar contemporâneo, a crise instituída e a identidade fragmentada; em
seguida, nos dedicaremos a analisar o romance escolhido enquanto obra narrativa e a construção de seu enredo; no terceiro momento, mostraremos como esse narrador anda e se desloca em meio às projeções de uma vida urbana caótica e subjetiva, obrigando-o permutar-se continuamente e, ao mesmo tempo, perfaz-se como andarilho de lugares-enigmas.

MEMBROS DA BANCA:
Interno - 6936 - JOSÉ HENRIQUE DE PAULA BORRALHO
Presidente(a) - 7119 - MARIA IRANILDE ALMEIDA COSTA
Interno - 7098 - SOLANGE SANTANA GUIMARÃES MORAIS