VIGILÂNCIA EPIDEMIOLOGICA DA INFLUENZA AVIÁRIA NO SÍTIO DE AVES MIGRATÓRIAS DE PANAQUATIRA: Caracterização soromolecular e perfil epidemiológico dos criadores de aves de subsistência residentes no entorno do Sítio.
Influenza Aviária; Aves de subsistência; Educação sanitária.
O setor avícola representa no cenário nacional e internacional grande importância e, com o crescente desenvolvimento da avicultura no Estado do Maranhão, aliado a consolidação do Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA) em nível estadual, há a necessidade de melhorias nos padrões sanitários dos estabelecimentos de criação de subsistência. Nesse sentido, objetivou-se realizar monitoramento da influenza aviária do sítio de aves migratórias de Panaquatira – MA, por meio de caracterização soromolecular e do perfil epidemiológico dos criadores de aves de subsistência residentes no entorno do sítio. Para obtenção das informações realizou-se levantamento de dados utilizando dados dos formulários de colheita de material biológicos em estabelecimentos avícolas e de registro de estabelecimento avícola, cedidos pela Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (AGED/MA). Foram visitadas trinta e cinco propriedades em uma área de 10 km ao redor do sítio, onde foram realizada entrevista com os proprietários e coletados sangue e swabes de cloaca e traqueia dos animais. Os achados obtidos foram fundamentados em entrevistas estruturadas, não estruturadas e observações diretas no momento das visitas às propriedades. Com os resultados observaram-se produtores com baixa escolaridade, criando suas aves em áreas de até cinco hectares, em que 45,9% dos proprietários possuem no máximo 30 aves em seu plantel e utilizam mão-de-obra familiar. A maioria é do sexo masculino (54,3%), faixa etária superior a quarenta anos de idades (68,6%). Há uma preferência por ouvir rádio no horário da manhã e TV no horário noturno, preferindo receber informações por meio de reuniões e visitas técnicas. Os criadores apresentam baixo a médio conhecimento de doenças de aves e, baixo à total desconhecimento a respeito de características de aves migratórias. Foram colhidas amostras de 350 aves, em que todas as amostras colhidas foram de galinhas. Todas as amostras (n=350; 100%) resultaram negativas para o vírus influenza aviária A, tanto no teste de ágar-gel imunodifusão (AGID) quanto no teste de Real Time PCR (qPCR). Concluindo-se ausência de circulação viral da Influenza Aviária A em aves domésticas de subsistência nas amostras coletadas. São necessárias medidas de estímulo às pequenas criações na área estudada por meio de políticas públicas e ações de educação sanitária que promovam melhorias aos criatórios e agregue conhecimento; de forma a se tornar uma atividade mais rentável para as famílias envolvidas no setor da avicultura familiar na região.