O MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA E SUAS PRÁTICAS
POLÍTICAS PEDAGÓGICAS: Caso do Assentamento Cigra/MA
Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, Educação do Campo, Emancipação.
A presente pesquisa investiga a educação proposta pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) dentro do contexto educacional brasileiro, tendo como referência empírica a experiência do Maranhão. Nesse sentido, buscou-se analisar e compreender em que medida a aplicação do regime de alternância ao Ensino Médio Integrado à Educação Profissionalizante, no Centro de Educação do Campo Roseli Nunes, localizada no assentamento de reforma agrária Cigra – Lagoa Grande do Maranhão, pode ser emancipatória. Desde seu surgimento na década de 1980, o MST tem atrelado a luta pelo acesso à terra ao desenvolvimento de novas perspectivas pedagógicas para a formação de sujeitos autônomos, contrapondo-se às práticas tradicionais neoliberais, portanto, a educação é considerada um dos instrumentos mais poderosos de ruptura com o senso comum. Diante desta colocação, o presente trabalho baseia-se no estudo bibliográfico, documental, levantamento de dados e no trabalho de campo no Assentamento Cigra/MA, em que foi realizada a observação, entrevistas semiestruturadas e participação nas atividades diárias da escola, que tem como centro das suas aspirações a construção de um espaço para atender as demandas da Educação do Campo. O MST, mesmo com suas limitações e dificuldades, tem sido determinante na educação da população camponesa, propondo suas práticas enquanto ferramentas essenciais na luta pela terra.