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DIÁLOGOS DECOLONIAIS COM A OBRA ESTRELAS NO DEDO, DE MIRIAM ALVES: PRÁTICAS DE RESISTÊNCIA E ESCREVIVÊNCIA NA LITERATURA CONTEMPORÂNEA DE AUTORIA NEGRA.
Literatura Feminina Negra. Decolonialidade. Prática de Resistência e Escrevivência. Miriam Alves.
O presente trabalho analisa a literatura contemporânea de autoria negra feminina, sob a perspectiva decolonial, na obra Estrelas no dedo, de Miriam Alves. Dentre as muitas contribuições da autora para a literatura de autoria negra, partimos da agência decolonial por entendermos que representa a voz de muitas mulheres que foram subalternizadas. Ao pensarmos nessa tônica, acentuamos os questionamentos a seguir: De que modo a literatura contemporânea de autoria negra contribui para a representação das vozes de mulheres negras na obra Estrelas no dedo, de Miriam Alves? Como a escrevivência se manifesta como prática de (re)existência, em Estrelas no dedo, de Miriam Alves? De que maneira os estudos decoloniais podem contribuir para análises literárias de obras produzidas por mulheres negras, evidenciando as vozes historicamente subjugadas pelo sistema patriarcal? Como a voz poética sofre as colonialidades?A partir desses apontamentos, foram elencados os seguintes objetivos específicos: (i) Identificar como a Literatura contemporânea feminina de autoria negra pode contribuir para a representação das vozes de mulheres negras na obra Estrelas no dedo, de Miriam Alves; (ii) Perceber a escrevivência como prática da escrita de autoria negra feminina na obra Estrelas no dedo, de Miriam Alves; (iii) Discutir como os estudos decoloniais podem oportunizar análises literárias produzidas por mulheres negras evidenciando as vozes subjugadas pelo sistema patriarcal. (iv) Investigar como a voz poética sofre as colonialidades. Nesse sentido, a pesquisa segue uma abordagem bibliográfica e documental, fundamentada em um método qualitativo, com caráter interpretativo e investigativo. Para a sistematização dos dados, optamos pela Análise de Conteúdo de Bardin (2011). Quanto ao aporte teórico, partimos das discussões de Mignolo (2017), Bernardino-Costa e Grosfoguel (2018), Quijano (2005), Segato (2021), Carneiro (2020), S ouza (2021), Alves (2011), Gonzalez (2020), entre outros intelectuais. Portanto, essa pesquisa busca potencializar o debate acerca das colonialidades e da decolonialidade, enfatizando como os estudos decoloniais contribuem para a produção literária feita por mulheres negras. Dessa forma, os resultados econtrados a partir da análise das categorias: as vozes femininas negras de resistência e a escrevivência como prática de escrita, indicam que as vozes de mulheres negras e a escrevivência podem ser observadas em alguns poemas, justificando assim a relevância do nosso trabalho, visto que, para Miriam Alves, as mulheres negras até hoje carregam estereótipos do passado escravocrata.