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Banca de QUALIFICAÇÃO: NADJA HEDRA DE QUEIROZ LIMA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: NADJA HEDRA DE QUEIROZ LIMA
DATA: 11/03/2025
HORA: 09:00
LOCAL: UEMA
TÍTULO:

NAS TRAVESSIAS EPISTOLOGRÁFICAS: A MEMÓRIA NO EXERCÍCIO ETOPOIÉTICO DE GONÇALVES DIAS


PALAVRAS-CHAVES:

Gonçalves Dias; Correspondências; Memória; Escrita de si.


PÁGINAS: 65
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO:

Considerando a conexão entre correspondência escrita, memória e autoficção, esta investigação analisa as cartas de Gonçalves Dias trocadas entre 1841 e 1864, explorando como a prática da escrita epistolar se configura como um exercício etopoiético, assim como um espaço especial para a construção da memória individual entrelaçada à memória coletiva. O objetivo geral é analisar as Correspondências Ativas de Gonçalves Dias (1971) a partir de seu aspecto etopoiético, com enfoque na formação da memória coletiva e individual do
epistológrafo. Para isso, busca-se, especificamente, compreender como se dá essa construção em seus escritos, identificando os recursos memorialísticos e históricos empregados pelo poeta maranhense e examinando as cartas que contribuem para a consolidação dessas memórias.  Este estudo se fundamenta na ideia foucaultiana da "escrita de (Foucault, 1992), a qual sugere que a carta atua como um dispositivo de subjetivação, possibilitando ao autor desenvolver sua identidade e expressar sua verdade em ethos. Ao investigar a dimensão memorial das cartas, a pesquisa examina a interconexão entre a memória pessoal e a coletiva, baseando-se nas ideias de Halbwachs (2006), assim como na singularidade do pacto autoficcional conforme apresentado por Lejeune (2008). A análise foca na maneira como Gonçalves Dias elabora um espaço de autorreflexão e confissão, principalmente nas correspondências trocadas com figuras como Alexandre Teófilo de Carvalho Leal, Antônio Henriques Leal e Guilherme Schuch de Capanema. Ademais, apoia-se nas obras de Nora (1984) e Bosi (1994) para elucidar a função da escrita epistolar na fixação da memória e na
reinterpretação do passado.  Ao conectar correspondência, memória e ethos, será possível observar ao longo do trabalho que as cartas de Gonçalves Dias vão além de meros relatos de vivências, estabelecendo um ciclo incessante de autoafirmação e validação da identidade. Dessa forma, fica claro que o ato de escrever cartas não apenas reforça as relações pessoais, mas também mantém um acordo discursivo no qual remetente e destinatário constroem um espaço para a formação da subjetividade. Portanto, conclui-se que a escrita epistolar do poeta funciona como um repositório de sua individualidade, no qual memória, autoficção e identidade se entrelaçam em um contínuo exercício de (re)construção do eu.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 263.356.037-72 - FREDERICO AUGUSTO LIBERALLI DE GOES - UFRJ
Interno - 809914 - SILVANA MARIA PANTOJA DOS SANTOS
Presidente(a) - 7098 - SOLANGE SANTANA GUIMARÃES MORAIS
Notícia cadastrada em: 17/02/2025 11:11
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