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AMANDA MARQUES DE SOUSA
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PERFIL MICROBIOLÓGICO DE TILÁPIAS DO NILO (Oreochromis niloticus) COMERCIALIZADAS NA CIDADE DE SÃO LUÍS – MA
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Orientador : ILKA MÁRCIA RIBEIRO DE SOUZA SERRA
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Data: 02/02/2023
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O pescado é um alimento bastante suscetível a deterioração e a ausência de cuidados em toda a cadeia produtiva pode comprometer a qualidade do pescado comercializado. Nesse contexto objetivou-se com o estudo avaliar o perfil microbiológico de tilápias comercializadas na cidade de São Luís e as condições higiênico-sanitárias de comercialização dos peixes e os possíveis riscos à saúde pública. Foram realizadas a quantificação de coliformes totais e termotolerantes, pesquisa de Escherichia coli, Salmonella sp., enumeração de Staphylococcus coagulase positivo e negativo, aeróbios mesófilos e identificação de fúngica em vinte e quatro amostras de peixes que foram coletadas no período de janeiro a dezembro de 2022 em quatro feiras do município de São Luís – MA. Os resultados obtidos foram confrontados com a Instrução Normativa – IN nº 331 de 2019 da ANVISA. Para a avaliação das comndições de higiênicosanitárias dos locais de comercialização utilizou-se um checklist baseado na Resolução-RDC nº 275 de 2002 da ANVISA. Observou-se que os locais de comercialização A, C e D apresentaram condições insatisfatórias de acordo com o checklist adpatado. A presença de Salmonella sp. foi confirmada em 4,17% (N=1) das amostras e estas estão em desacordo com a legislação vigente. A quantificação aceitável de Staphylococcus coagulase positiva foi detectada em 58,33% (N=14) das amostras, intermediário 29,17% (N=7) e nenhuma das amostra esteve inaceitável de acordo com a legislação. A presença de E. coli não foi detectada nas amostras estando em conformidade com valores estabelecidos na legislação. Foram quantificados coliformes totais em 100% (N=24) das amostras e coliformes termotolerantes em 25% (N=6) com populações bacterianas que variaram de <3 NMP/g a >1.100 NMP/g. Para aeróbios mesófilos obteve-se a ausência em todas as amostras. Nas análises fúngicas revelaram presença de leveduras em 79,16% (N=19) das amostras, foi possível identificar três gêneros e duas espécimes de leveduras, Trichosporon sp. com a espécie Trichosporon asahii, Rhodotorula sp., Yarrowia sp. com a espécie Yarrowia lipolytica. Dentre elas os gêneros Trichosporon e Rhodotorula tem sido associadas a infecções humana e podem ser isoladas em diversos locais, o gênero Yarrowia vem sido utilizado na suplementação de peixes. A quantificação e isolamentos desses micro-organismos nesse estudo evidencia um grau de contaminação elevado no local amostral podendo levar sérios riscos à saúde dos consumidores. A contaminação pode ter origem difusa a exemplo das condições higiênico-sanitárias insatisfatória de manipulação, transporte e processamento; e do ambiente de onde são retirados, o ambiente aquático.
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ANNE RITHELLY CONCEIÇÃO VIANA
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COMPOSIÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DO MICROZOOPLÂNCTON EM ÁREAS DO COMPLEXO ESTUARINO DE SÃO JOSÉ – MA
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Orientador : ANDREA CHRISTINA GOMES DE AZEVEDO CUTRIM
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Data: 15/03/2023
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O estudo sobre a comunidade microzooplanctônica se faz importante, visto que auxilia na alimentação e desenvolvimento de organismos aquáticos e alguns desses indivíduos representam a fase inicial do ciclo de vida destes animais que são importantes para a economia e subsistência da comunidade local. Este trabalho teve o objetivo avaliar a composição e distribuição do microzooplâncton no Complexo Estuarino de São José (CESJ), Maranhão. As coletas foram realizadas em duas áreas do CESJ, no período de estiagem (PE), no período de transição (PT) e no período chuvoso (PC), sendo realizadas três campanhas por área, com três pontos amostrais em cada, totalizando 18 amostras, durante as marés de sizígias, em que Área A1, na foz do rio Paciência, com os pontos P1, P2 e P3 e a A2, na desembocadura do rio Tibiri, com os pontos P4, P5 e P6. As amostras foram coletadas através de arrasto horizontal e subsuperficial (50cm) na água com rede de plâncton, malha de 120 µm e fluxômetro, durante 10 minutos. Durante o estudo foram identificados 62 táxons distribuídos em sete filos, sendo o filo Arthopoda o mais representativo, correspondendo a 73% da amostragem. A família Paracalanidae foi a que obteve maior riqueza de espécies, sendo elas: Paracalanus crassirostris, Paracalanus nanus, Paracalanus indicus, Paracalanus aculeatus, Delius sewelli. Táxons como Euterpina acutifrons, Haparticoida (nauplios), Cirripedia (nauplios) foram constantes em todos os períodos sazonais nas duas áreas estudadas, já Ctenocalanus vanus apresentou-se como acessório em ambas as áreas. A diversidade expressou os menores valores no PE, variando de 1,68 a 2,67 bits.ind-1 , sendo que os pontos P2 e P5 indicaram baixa diversidade e os demais pontos (P1, P3, P4 e P6). A equitabilidade oscilou entre 0,55 e 0,79, indicando média a alta equitabilidade. A riqueza foi elevada em PE variando de 5,8 a 7,5 principalmente nos pontos P1 e P4. No período chuvoso (PC) os valores se mantiveram semelhantes, variando entre 5,9 e 7,9. A Análise de Componentes Principais correlacionou positivamente a densidade da comunidade de zooplâncton com o fósforo total e inversamente com a pluviosidade e com a amônia.
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ELIDA JESANA SANTANA CUNHA
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EFEITOS DAS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS SOBRE O CRESCIMENTO DO ACARÁ PRETO, Cichlasoma bimaculatum CAPTURADO NA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DA BAIXADA MARANHENSE - AMAZÔNIA LEGAL DO MARANHÃO
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Data: 30/03/2023
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Esta pesquisa propôs analisar os efeitos das alterações climáticas sobre o crescimento da ictiofauna presentes na área de Proteção Ambiental da Baixada Maranhense, utilizando como modelo alevinos da espécie Cichlasoma bimaculatum (acará preto), afim de compreender impactos do aquecimento global. Foram capturados 160 alevinos com peso médio de 2,1 gramas, no rio Pericumã no Município de Pinheiro – MA, o transporte dos peixes em sacos plástico até o laboratório, não teve prejuízos à saúde dos mesmos e obteve ausência de mortalidade significativa. Os peixes foram submetidos à biometria inicial (e a cada quinze dias); para o experimento os peixes foram distribuídos em um sistema composto por 16 aquários de 30 litros, divididos em quatro tratamentos: T1, T2, T3 e T4 (26, 29, 32 e 35 ºC, respectivamente); e permaneceram durante 90 dias. Por meio das biometrias os peixes foram submetidos a uma série de análises afim de avaliar a influência da temperatura no crescimento em peso e comprimento, também foram coletadas amostras de sangue de seis exemplares por tratamento, via punção caudal com seringas de insulina (1 mL), para avaliar o nível de estresse, por fim, também foram realizadas fotodocumentações para avaliar o efeito das diferentes temperaturas sobre a capacidade de mimetismo dos peixes, através da inteligência artificial do sistema RGB e Luminosidade. Feito a análise da temperatura no Estado do Maranhão através dos dados do INMET, no período de 49 anos, o calculo das médias mostraram que a temperatura aumentou de forma significativa com diferença de 1,66 °C comparado a média dos cinco primeiros anos e dos cinco últimos anos analisados, para a precipitação, os dados apresentados mostram que a quantidade de chuvas pode estar diminuindo. O crescimento em peso dentre as temperaturas não obteve diferença estatística, mas foi observado melhor desempenho para os tratamentos T1 (26 °C) e T3 (32 °C), com destaque para o T3 (cuja taxa de sobrevivência, foi registrada maior valor), e sugere a possibilidade destes atingirem uma proporção sexual diferenciada e existe a possibilidade de que estes espécimes também possam atingir sua maturação sexual mais rapidamente do que aqueles sob temperaturas inferiores. Através da coleta sanguínea, observamos na estatística que não há fator de estresse significativo entre as temperaturas de 26 e 29ºC, mas há diferença entre a temperatura 26ºC e as temperaturas de 32 e 35 °C. Ao final do experimento ficou demonstrado que os peixes tiveram a coloração mais próximo ás cores vermelho (R- red), em seguida do verde (G- green), por último azul (B- blue), em todas as temperaturas testadas e, se mantiveram no mesmo padrão de valores médios entre os cromas, mas não houve diferença estatística significativa na primeira biometria e, na última os peixes mantiveram uma estabilidade e padrão de coloração durante o tempo determinado nas respectivas temperaturas. Certamente, o aquecimento global promove o aumento da temperatura e altera o comportamento da pluviometria, podendo acarretar prejuízos para a biodiversidade, como as áreas de proteção ambiental e a ictiofauna. Entendemos que a temperatura da água afeta diretamente no desenvolvimento mentabólico, fisiológico, corporal e comportamental dos peixes, pois as altas temperaturas resultam em crescimento mais acelerado, provocam alterações na proporção e maturação sexual de forma precoce e fora do normal. Mas, os peixes continuam evoluindo e se adaptando às novas características afim de sobreviver e manter a espécie.
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GREICIENE DOS SANTOS DE JESUS
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CARACTERIZAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE ÁGUA E PEIXES DE ÁREA QUILOMBOLA DO MUNICÍPIO DE ANAJATUBA, MARANHÃO: indicadores higiênico-sanitários, estirpes diarreiogênicas de Escherichia coli e genes enterotoxigênicos de Estafilococos coagulase positiva
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Data: 31/01/2023
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Objetivou-se caracterizar a qualidade microbiológica de peixes e da água de área quilombola do município de Anajatuba - MA, por meio do diagnóstico de micro-organismos indicadores higiênico-sanitários e detecção de estirpes diarreiogênicas de Escherichia coli e genes enterotoxigênicos de estafilococos coagulase positiva. Para isso, foram coletadas amostras de água e peixe em ambiente alagável, em dois períodos sazonais (seco e chuvoso), da comunidade quilombola de Ponta Bonita. Parâmetros abióticos (pH, oxigênio dissolvido, condutividade, temperatura) foram aferidos in situ e coletadas quatro amostras de água do ambiente alagável. Os exemplares de peixes capturados, 21 Hoplerythrinus unitaeniatus (jeju) e 21 Cichlasoma bimaculatum (acará preto) foram transportados vivos em caixas isotérmicas em oxigenação até a Universidade Estadual do Maranhão. Em ambiente laboratório, foi realizada a quantificação de coliformes totais e E. coli nas amostras de água e análises físico-químicas complementares (alcalinidade, cloretos, sólidos totais dissolvidos, nitrato, nitrito, ferro e turbidez). Após a eutanásia dos peixes, foi procedida à coleta de fragmentos musculares e realização das análises microbiológicas para caracterização da qualidade microbiológica dos peixes coletados: enumeração de bolores e leveduras, micro-organismos mesófilos aeróbios estritos e facultativos viáveis e de Estafilococos coagulase positiva (ECoP), quantificação de coliformes totais e termotolerantes, pesquisa de E. coli e Salmonella sp. Das amostras positivas para E. coli e ECoP procedeu-se ao isolamento e identificação bioquímica dos isolados, seguido da extração do DNA das culturas puras e caracterização dos isolados por análise molecular. Os resultados do estudo evidenciam que as amostras de água estavam alteradas nos parâmetros físico (turbidez), químico (OD, STD e ferro) e microbiológico (coliformes totais e E. coli). Quanto à caracterização microbiológica dos peixes, 9,52% (n= 04/42) foram considerados inaceitáveis para consumo humano para Salmonella. A enumeração de ECoP variou de <10 a 3,9 x 104 ECoP/g, sendo 9,52% (n= 04/42) considerados com padrão intermediário e 4,76% (n= 02/42) inaceitáveis para consumo. Do total de isolados, 33,34% (n= 6/18) eram estafilococos coagulase positiva (ECoP) e 66,67% coagulase negativa. Dos seis isolados de ECoP, três continham genes codificadores das enterotoxinas estafilocócicas SEC e SEE e um isolado de estafilococos coagulase negativa foi detectado o gen see produtor de enterotoxina estafilocócica (SE). A quantificação de E. coli variou de 3,6 a >1.100 E. coli/g, sendo 4,76% (n= 02/42) considerados com padrão intermediário e 4,76% (n= 02/42) considerados inaceitáveis para consumo. Foram obtidos 40 isolados bacterianos em peixes e 20 das amostras de água que se comportaram conforme o esperado para o padrão da espécie E. coli nos testes bioquímicos. Com as análises 7 moleculares, foram identificados em 10 isolados de água, genes de virulência característicos dos patótipos diarreiogênicos EPECa, EPECt e ETEC e em 30 isolados de peixes, os patótipos ETEC, EPECt e STEC. A quantificação de coliformes totais e termotolerantes e enumeração de micro-organismos aeróbios estritos e facultativos viáveis e bolores e leveduras revelou elevadas populações bacterianas o que sugere más condições higiênicas do local de captura, matéria-prima contaminada, além risco da presença de patógenos fecais. Com base nos resultados obtidos conclui-se que a caracterização microbiológica de H. unitaeniatus e C. bimaculatum evidenciou micro-organismos indicadores higiênico-sanitários da legislação brasileira, micro-organismos indicadores do tempo útil de conservação e micro-organismos indicadores de condições higiênicas insatisfatórias. A presença desses agentes demonstra desequilíbrio do ambiente estudado. Do ponto de vista da saúde pública, torna-se importante e necessária uma campanha educacional dirigida aos quilombolas para conscientização sobre as boas práticas de biosseguridade, principalmente relacionada à existência de outros animais próximos, como aqueles criados com finalidade pecuária (suínos, bovinos e bubalinos) e a necessidade do monitoramento microbiológico e físico-químicos periódico do ambiente alagável.
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HANNA KAROLINA SOUSA SILVA SOARES
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CARACTERIZAÇÃO E CONSERVAÇÃO DO SÊMEN DO SARNAMBI Anomalocardia flexuosa (BIVALVE; VENERIDAE) NA COSTA DE MANGUEZAIS DE MACROMARÉ DA AMAZÔNIA
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Data: 10/03/2023
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Os moluscos bivalves são invertebrados marinhos de alto valor comercial e social para muitos locais do mundo, incluindo o Brasil. Atualmente, estudar a qualidade dos gametas têm se tornado uma ferramenta aliada para a reprodução assistida, gerando benefícios para atividade da aquicultura e para conservação das espécies de moluscos bivalves. Nesse sentido, objetivouse com esse estudo descrever as características seminais, avaliar o efeito da salinidade e o efeito da toxicidade de crioprotetores no sêmen do sarnambi Anomalocardia flexuosa com vistas a determinação futura de um protocolo de criopreservação para a produção e conservação da espécie. Os animais foram coletados em uma região de manguezais da Costa de Manguezais de Macromaré da Amazônia. Vinte machos de sarnambi medindo 25,12±2,36 mm foram utilizados para aferição dos seguintes parâmetros seminais: volume (μL), taxa de motilidade (%), duração da motilidade (s), concentração espermática (número de espermatozoides por mL) e morfometria da cabeça dos espermatozoides usando o software ImageJ. Para avaliar o efeito da salinidade sobre a motilidade dos espermatozoides, testamos sete concentrações de salinidade (15, 20, 25, 30, 35 e 45). Três crioprotetores (CPAs): dimetilsulfóxido (DMSO), etilenoglicol (EG) e polietilenoglicol (PEG) em três concentrações diferentes foram usados para avaliar o efeito tóxico sobre a motilidade do sêmen refrigerado a 4°C por 10 minutos. Nesse estudo descrevemos os valores de volume (8,35±3,97μL), motilidade (76,98±14,13%), concentração (2,03x109±1,67x109 spmz/mL). Os espermatozoides foram ativados em todas as salinidades testadas com maior percentual de células móveis no tratamento de salinidade 30. A combinação de 5% de PEG diluído em água do mar exibiu o menor efeito tóxico sobre a cinética dos espermatozoides. O presente estudo fornece dados importantes sobre a biologia dos gametas de A. flexuosa que poderão ser usados para fins de reprodução assistida e conservação da espécie. Contudo, recomendamos que seja investigado outros parâmetros (pH, pressão osmótica, viabilidade), para avaliar o sêmen in natura, refrigerado e criopreservado e posteriormente propor um protocolo eficaz de crioconservação do sêmen da espécie em estudo.
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INGRID CAROLINE MOREIRA LIMA
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ABORDAGEM DE MÚLTIPLOS BIOMARCADORES EM PEIXE NEOTROPICAL PARA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS NO AMBIENTE LACUSTRE EM ÁREA PROTEGIDA DA BAIXADA MARANHENSE, BRASIL
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Data: 23/06/2023
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O ecossistema aquático lago Açu é o maior ambiente hídrico do município de Conceição do lago Açu, na Área de Proteção da Baixada Maranhense, e vem sofrendo impactos ambientais, como o lançamento de efluentes domésticos. Dessa forma, este trabalho objetivou avaliar em baixo nível de organização biológica do lago Açu, a utilização de biomarcadores mutagênicos, histológicos e bioquímicos em Prochilodus lacustris e análises físico-químicas e microbiológicas da água. As coletas dos peixes, água e sedimento foram realizadas em junho/2022 e setembro/2022, correspondendo à estação seca e chuvosa, respectivamente. Foram aferidos in situ parâmetros físico-químicos da água em três pontos de amostragem S1, S2 e S3, e coletadas amostras de água para contagem do número mais provável de coliformes totais e de Escherichia coli e análise de metais traços na água. Foi capturado um total de 81 peixes da espécie P.lacustris, dos quais removeram-se brânquias, fígados e rim para fixação em formaldeído a 10% e posterior processamento padrão em parafina. Os cortes histológicos foram seccionados em 5μm de espessura e corados com Hematoxilina e Eosina. As lesões branquiais e hepáticas foram avaliadas pelo cálculo do Índice de Alteração Histológica (IAH) e do Valor Médio de Alteração (VMA). As alterações genotóxicas foram detectadas pelo teste de micronúcleo e anormalidades eritrocíticas. Amostras de fígado passaram por procedimentos bioquímicos (análise da atividade das enzimas glutationa-S-Transferase - GST e catalase - CAT). Os parâmetros físico-químicos como oxigênio dissolvido, pH e condutividade apresentaram diferenças significativas entre períodos sazonais e entre os pontos de coletas sendo maior no período chuvoso, a maioria dos parâmetros esteve dentro dos valores recomendados com base nas legislações brasileiras. Nas análises microbiológicas da água notaram-se a presença de coliformes totais e E. coli, estando em desacordo com as legislações ambientais. As análises de metais traços nos sedimentos e na água indicaram diferenças significativas entre as áreas amostradas (p≥0,05), sendo que o alumínio e ferro foram elementos que apresentaram as maiores concentrações na região lacustre. Os biomarcadores bioquímicos no fígado revelaram valores altos da atividade enzimática da Glutationa-S-Transferase e Catalase na área S1. O exame genotóxico apontou um aumento de frequência de micronúcleos e lesões nucleares na área S1 e S2 do período chuvoso. Além disso, encontrou-se alterações morfológicas nos tecidos das brânquias, fígados e rins, sendo definidas como moderadas a severas, provocando danos as estruturas vitais desses organismos. Os biomarcadores integrados revelam um comprometimento das funções das brânquias, fígados e rins devido aos graus de severidade das lesões. A presente pesquisa mostra que existe uma variação significativa na intensidade e ocorrência dos biomarcadores integrados analisados entre os períodos sazonais, em que, com o aumento da taxa de pluviosidade na estação chuvosa, indica que os animais estão submetidos a níveis de estresse diferenciados (S1<S2<S3).
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IZABELA ALVES PAIVA
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SOROVARIEDADES DE Leptospira sp. CIRCULANTES EM DUAS ESPÉCIES DE PEIXES NEOTROPICAIS EM ÁREA LACUSTRE MARANHENSE, BRASIL
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Data: 27/12/2023
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A leptospirose é uma zoonose de distribuição cosmopolita cujo agente etiológico pode infectar diferentes espécies animais e acidentalmente o ser humano. Apesar da ampla variedade de hospedeiros existe escassez de estudos sobre a ocorrência da enfermidade em espécies de habitat aquático. Nesse sentido, objetivou-se diagnosticar as sorovariedades de Leptospira sp. circulantes em duas espécies de peixes neotropicais de área quilombola maranhense. Para isso, o estudo foi dividido em três etapas: (i) levantamento bibliográfico sobre a temática em estudo, com busca nas bases de dados Pubmed, SciELO, Periódicos Capes, Catálogo de Teses e Dissertações Capes, Teses e Dissertações de Programas de Pós-graduação do estado do Maranhão, além de sites de Órgãos Oficiais, utilizando como estratégias de busca os conectores booleanos e sinais, de acordo com a metodologia de cada base de dados e também, critérios de inclusão e exclusão; (ii) atividade de campo com a aferição dos parâmetros abióticos (temperatura, potencial hidrogeniônico e salinidade) da água do ambiente de captura dos peixes, com a utilização de instrumento multiparâmetro e, captura de 42 exemplares de peixes, sendo 21 Hoplerythrinus unitaeniatus (jeju) e 21 Cichlasoma bimaculatum (acará preto). Os peixes capturados foram transportados vivos em caixas isotérmicas com água proveniente do local de captura provida de equipamento para oxigenação da água até a Universidade Estadual do Maranhão. Em ambiente laboratorial, amostras sanguíneas foram coletadas por canalização de veias branquiais. Os soros obtidos foram submetidos à pesquisa de aglutininas anti-leptospiras contra 25 sorovares do complexo Leptospira sp. por meio da técnica de soroaglutinação microscópica; e, (iii) elaboração de guia orientativo sobre a saúde e meio ambiente em comunidades quilombolas. Como resultados da primeira etapa do estudo, tem-se que as bactérias identificadas no levantamento bibliográfico foram os coliformes totais e termotoleantes, Escherichia coli, Salmonela spp., Aeromonas cavie, A. hidrophila, A. veroni biovar veron, A. schubertii, A. trota, Staphylococcus sp. e coagulase positiva, Citrobacter sp. e Serratia odirifera. Nenhuma das bactérias identificadas, nesse levantamento, está incluída na lista de doenças de notificação obrigatória do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e, Organização Mundial de Saúde Animal. Quanto à segunda etapa do estudo, no ambiente amostrado constatou-se características favoráveis à sobrevivência da Leptospira sp. como a baixa velocidade das águas; pH de 7,31; e, temperaturas de 28,3 °C. A ocorrência total de aglutininas anti-Leptospira no estudo foi de 80,95% (n=34/42) com títulos que variaram de 1:100 a 1:400. As sorovariedades do complexo Leptospira sp. mais frequentes foram: Pomona, Hebdomadis, Butembo, Copenhageni, Cynopteri, Panama, Sentot, Bratislava, Icteriohaemorragiae, Pomona variante Bubalinos, Pyrogenes, Whitcombi. A leptospirose, doença infecciosa, documentada mundialmente em diversas espécies animais e no homem, infecta os peixes nativos H. unitaeniatus e C. bimaculatum com elevados percentuais de ocorrência. São necessárias ações de educação em saúde junto à comunidade quilombola sobre os riscos da utilização da água e dos recursos pesqueiros oriundos do ambiente alagável estudado. Também se faz necessário, a investigação das fontes de infecção para os peixes e a aplicação de medidas adequadas para a prevenção de leptospirose nessa área geográfica. Espera-se que os resultados obtidos nesse estudo e o guia orientativo elaborado na terceira do estudo possam auxiliar na discussão e elaboração de estratégias de controle para a leptospirose em áreas quilombolas que tem a economia pautada, sobretudo, na pesca artesanal.
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KELLY FERNANDA DE SOUSA SANTOS
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HÁBITOS ALIMENTARES, MORFOLOGIA E MORFOMETRIA OTÓLITICA DE PEIXES EM UMA ÁREA DA COSTA AMAZÔNICA, LITORAL DO MARANHÃO, BRASIL
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Data: 13/02/2023
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O conhecimento da ecologia das espécies aquáticas permite acrescentar informações essenciais para a compreensão da dinâmica populacional da espécie alvo em estudo, servindo como base para a fundamentação de metodologias de manejo e conservação das espécies marinhas. Portanto, o presente estudou inicialmente analisou os hábitos alimentares das espécies de peixe Bagre bagre e Nebris microps nas estações chuvosa e seca. Posteriormente realizaram-se as análises morfológica e morfométrica das espécies Bagre bagre, Lutjanus synagris e Nebris microps adquiridos em uma área de pesca na Costa Amazônica, Litoral do Maranhão, nos anos de 2019 e 2021. Para os estudos de hábitos alimentares foram coletados 308 espécimes do B. bagre e 237 de N. microps sendo considerada a variação temporal (época chuvosa e período de estiagem) do período coletado. Todos os conteúdos estomacais foram identificados no menor nível taxonômico possível, sendo calculada a frequência de ocorrência, biomassa e frequência numérica dos itens identificados. Para análise de similaridade e formação de grupos quanto aos itens alimentares de acordo com as estações utilizou-se o nMDS (Ordenação de escala multidimensional não-métrica) que identifica a relação (dissimilaridade) das amostras, evidenciando os grupos que se formam a partir de determinada característica, usando a distância de Bray-Curtis. Para os otólitos das espécies Bagre bagre, Lutjanus synagris e Nebris microps foram organizados em classes baseado nas variáveis de peso e comprimento, através da fórmula de Sturges. Posteriormente foi realizado a relação entre o tamanho do otólito (comprimento e peso) com o tamanho do peixe (comprimento padrão e peso total), determinada através do modelo de regressão linear (y = a + bx). Para a descrição morfológica, foram selecionados os otólitos de três exemplares, por classe de comprimento padrão (10mm). Os caracteres morfológicos analisados foram de acordo a literatura padrão, sendo selecionados os seguintes caracteres: tipo de otólito, formato da abertura do sulcus, posição do sulcus e forma do otólito. Analisando ambas estações quanto ao índice de repleção, é perceptível que as classes mais representativas para ambas as espécies foi a parcialmente vazio (B=39,63% e N= 36,6%). Já a de menor foi para B. bagre vazio (13,94%) e para N. microps parcialmente cheio (16,35%). Para o grau de digestão, as classes mais representativas, para ambas as espécies, foram a de semi digerido (B=62,75% e N= 51,64%) e a menor foi a de não digerido (B=6,3% e N= 15,3%). Foram analisados 270 itens que foram quantificados e identificados na análise do conteúdo estomacal do B. bagre, sendo representados por itens de origem animal, vegetal e antropogênica, classificados em 5 categorias: Anellida, Crustácea, Diversos, Vegetais e Teleósteos, sendo possível a identificação a nível de espécie apenas de alguns itens, em razão da alta ação da digestão. Para a espécie N. microps foram identificados e quantificados 152 itens estomacais, sendo classificados por itens de origem animal, vegetal e antropogênica, e organizados em 4 categorias: Crustácea, Diversos, Vegetais e Teleósteos, sendo possível a identificação a nível de espécie de alguns itens, em razão da alta ação da digestão. O nMDS permitiu a formação de dois grupos para B. bagre e para N. microps três grupos, ambos os casos com 60% de similaridade. Quanto à análise dos otólitos para os três pares respectivamente de cada espécie, foi aplicado o teste T, onde não mostrou em nenhum dos três casos diferenças significativas entre o otólito do lado esquerdo e direto. As correlações lineares para a espécie Bagre bagre para comprimento do peixe e do otólito foram de 0,9129 e 0,9652 respectivamente. Já para Lutjanus synagris foram os coeficientes 0,9425 e 0,8745, enquanto que para Nebris microps 0,9597 e 0,8636 respectivamente. A classificação morfológica das espécies Lutjanus synagris e Nebris microps são do tipo saggita e da espécie Bagre bagre do tipo lapillus. Desta forma, as análises das dietas alimentares como a morfologia e morfometria otólitica de espécies de importância comercial são relevantes e servem como metodologia básica para o conhecimento mais específico da ictiofauna maranhense, como também, parâmetro para estudos posteriores.
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LILIANE DO SOCORRO ALMEIDA ALVES
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BIOMARCADORES HISTOLÓGICOS EM Ucides cordatus (CRUSTACEA, DECAPODA): MODELAGEM PREDITIVA COMO SUBSÍDIO PARA O MONITORAMENTO DE ÁREAS PORTUÁRIAS NO MARANHÃO
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Data: 26/05/2023
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O complexo portuário localizado na baía de São Marcos em São Luís do Maranhão é um dos principais propulsores da economia do estado. Além da relevância econômica por abrigar o complexo portuário maranhense, na baía de São Marcos também encontram-se faixas de manguezais, importante zona ecológica, que em contrapartida é também altamente sensível a variações ambientais (naturais ou antropogênicas). Uma estratégia eficaz para avaliar possíveis alterações ambientais nessa área é realizar a análise de alterações histológicas em Ucides cordatus, uma espécie nativa de manguezais, com importante papel ecológico e socioeconômico. Outra metodologia muito promissora em programas de monitoramento ambiental é a utilização de modelos preditivos baseados em biomarcadores. Assim objetivou-se com este estudo propor um modelo preditivo baseado em biomarcadores histológicos em Ucides cordatus que possa ser utilizado no monitoramento de áreas portuárias associadas a manguezais. Para isso, foram realizadas coletas na região do Coqueiro (área portuária) e na Ilha dos Caranguejos (APA da Baixada Maranhense), durante os períodos de estiagem e chuvoso nos anos de 2016 a 2019. Os procedimentos referentes à biometria e à histologia dos espécimes coletados foram realizados no Laboratório de Biomarcadores em Organismos Aquáticos (LABOAq) da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). Os caranguejos coletados na região do Coqueiro mostraram-se menores e com menor massa corporal que os espécimes coletados na Ilha dos Caranguejos. As alterações histopatologicas também foram mais recorrentes nos espécimes da região portuária. Houveram correlações tanto positivas quanto negativas desses parâmetros em ambas as áreas e períodos sazonais, destacando-se a correlação negativa entre as alterações branquiais: ruptura das células pilastras, necrose e colapso lamelar. E também a correlação entre as alterações hepáticas lúmen anormal e células B vacuolizadas, que foram as duas alterações de maior ocorrência nos tecidos hepáticos analisados. Foi adaptado um modelo baseado na correlação entre os parâmetros biométricos e as alterações histopatológicas, através da regressão polinomial de ordem 3 e 4, onde foi evidenciada a relação inversamente proporcional entre esses parâmetros.
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MARGARETH MARQUES DOS SANTOS
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BIOMARCADORES E FAUNA PARASITÁRIA EM Pygocentrus nattereri (Kner, 1858) PARA O MONITORAMENTO DE AMBIENTE LACUSTRE DA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DA BAIXADA MARANHENSE
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Data: 12/04/2023
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A baixa qualidade da água e a modificação dos seus parâmetros pode gerar um desequilíbrio nos ecossistemas aquáticos, interferindo na sanidade dos peixes. Assim, o objetivo dessa pesquisa é avaliar os biomarcadores histológicos e mutagênicos, associado ao levantamento da fauna parasitária de Pygocentrus nattereri para monitorar o impacto ambiental no lago de Viana, localizado na Área de Proteção ambiental da Baixada Maranhense. Em campo foram aferidos parâmetros físico-químicos da água e coletadas amostras para análise microbiológica e concentração de elementos traço e fósforo, bem como amostras de sedimento para igual análise em dois pontos amostrais, durante o período chuvoso e seco. Foram coletados 40 espécimes de Pygocentrus nattereri, sendo 20 em cada período e 10 em cada ponto para análise de biomarcadores histológicos, mutagênicos e fauna parasitária. Os valores de oxigênio dissolvido (OD), pH, condutividade, coliformes totais, Escherichia coli., alumínio, ferro, chumbo, fósforo, manganês e cobre apresentaram em desacordo com a legislação para as análises de água. Para o sedimento, o arsêrnio e o mercúrio mostraram concentrações acima do permitido pela resolução vigente. A sazonalidade influenciou os parâmetros físico, químicos e microbiológicos da água e as concentrações de elementos traço no sedimento. Em todos os peixes avaliados foram observadas frequências de micronúcleo (MN) e anormalidades nucleares eritrocitárias (ANE), bem como alterações histológicas em vários estágios de severidade em brânquia, fígado e rim, devido a toxicidade dos elementos traço e ação parasitária nos órgãos avaliados, comprometendo função dos órgãos estudados. Foram observadas maiores frequências de MN e ANE em período chuvoso, já para os biomarcadores histológicos não foram observadas diferenças entre os períodos sazonais. 433 espécimes de parasitos foram coletados de Pygocentrus nattereri, sendo identificados 4 táxons distintos: Contracaecum sp, Procamallanus sp., Myxobolus sp. e monogenéticos (Dactylogiridea), com maiores prevalências, intensidade e abundância média para monogeneas e Contracaecum. Não houve diferenças estatísticas quanto as taxas de parasitismos entre os períodos avaliados. A espécie P. nattereri atua como hospedeiro intermediário para os parasitos desse estudo. A presença de nematoides representa um risco a saúde, uma vez que essa espécie é consumida pela população e indica desequilíbrio nas variáveis ambientais. A espécie Pygocentrus nattereri se mostrou sensível e resistente, uma vez que os biomarcadores indicaram respostas adaptativas aos estressores presentes no ambiente, além disso não foram observados sinais clínicos nos peixes. O monitoramento com uso de organismos biológicos, se mostra eficiente, principalmente quando há a integração das metodologias, que possibilita maior qualificação da saúde do ecossistema, tornando o monitoramento eficaz, sobretudo em áreas protegidas.
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RAYSSA GUIMARÃES ROSA
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AVALIAÇÃO DE RISCO ECOTOXICOLÓGICO E À SAÚDE HUMANA NA BACIA DO RIO PARNAÍBA, ÁREA TRANSICIONAL ENTRE O CERRADO E A AMAZÔNIA MARANHENSE
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Data: 07/12/2023
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No presente estudo, objetivou-se avaliar a distribuição de resíduos de pesticidas em três matrizes ambientais (água, sedimento e peixes) da bacia hidrográfica do rio Parnaíba e os potenciais riscos ecotoxicológicos associados a saúde humana. Sessenta (60) exemplares de mandi (Pimelodus sp.) foram coletados no período de estiagem (julho/2022) e chuvoso (janeiro/2023) em pontos distintos do rio Parnaíba, nas proximidades do município de Tasso Fragoso-MA: A1) Brejo Seco (a jusante); A2) Zona Urbana; e A3) Brejo do Meio. Os resíduos de pesticidas na água, sedimento e peixes foram avaliados através de método analítico de Cromatografia Líquida de Ultra Eficiência acoplado a Espectrometria de Massas (UHPLC-MS), com método de extração em fase sólida e Quechers Quick, Easy, Cheap, Effective, Rugged and Safe (QuEChERS), no Laboratório de Análise de Resíduos Pesticidas da Universidade Federal de Santa Maria (LARP/UFSM), considerando para as análises os principais pesticidas da classificação da Portaria Nº 888/2021, do Ministério da Saúde. Com os valores de concentração obtidos, foi calculado os seguintes índices: avaliação do potencial de risco ecológico (QRe), unidades tóxicas (UT), cálculo do fator de bioacumulação (FB) e o potencial de biota-sedimento-acumulação (BSA). Da análise físico-química da água, os resultados dos dados abióticos estiveram de acordo com a Resolução CONAMA Nº 357/2005, exceto a temperatura da água dos três pontos avaliados no período de estiagem que estiveram abaixo dos valores recomendados. Na água, foram detectados os pesticidas carbendazim, diurom, simazina, tebuconazol, tiametoxan, trifloxistrobina e imidacloroprido; no solo, o diurom; e nos peixes, o carbofurano e clorpirifós. Com base na Análise de Risco Ecotoxicológico - ARE (QRe e UT), os resíduos de pesticidas, nas concentrações encontradas, não apresentaram risco potencial para os organismos aquáticos que habitam a bacia hidrográfica, com exceção ao Clorpirifós que, de acordo com o QRe obtido, apresenta baixo risco de toxicidade aguda e crônica. Esses dados, embora com concentrações dentro dos limites permitidos, sugerem a necessidade de aumentar os programas de monitoramento de pesticidas com um escopo mais amplo para pesticidas atualmente usados e, principalmente os proibidos.
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WALLACY BORGES TEIXEIRA SILVA
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COLONIZAÇÃO DE ORGANISMOSINCRUSTANTES EM DIFERENTES TIPOS DE SUSBSTRATOS ARTIFICIAISNA BAÍA DE SÃO MARCOS, SÃO LUÍS – MA, SOB INFLUÊNCIA DO PORTO DO ITAQUI
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Data: 19/01/2023
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Este trabalho teve como objetivo investigar a ocorrência dos organismos incrustantes em diferentes tipos de substratos na área da Baia de São Marcos sob influência portuária. Para o estudo foram definidos três pontos amostrais que foram acessados em quatro datas entre os períodos de dezembro/2020 a setembro/2021, trimestralmente. Os espécimes foram amostrados em painéis de recrutamento compostos por quatro substratos distintos (acrílico, polietileno, metal e madeira). Foram também aferidas variáveis abióticas in situ, no sentido de entender as tolerâncias das comunidades. Avaliando os valores médios dos parâmetros abióticos, foi observado que não houve diferenças significativas, entre as estações amostradas, exceto para os metais: boro, cobre e zinco com seus respectivos valores (p-valor = 0,04; 0.004 e 0,015). Os valores (mg/L) obtidos para todos os metais encontram-se acima do recomendado pela Resolução CONAMA nº 357/2005. O teste de Tukey revelou que a densidade foi maior em P1 do que no P2 e P3, enquanto que a equitabilidade foi significativamente menor em P1 em relação as demais áreas. A riqueza no substrato metal e madeira foram significativamente maiores do que a encontrada no polietileno. A análise multidimensional não métrica (nMDS) mostrou um agrupamento na densidade de espécies no ponto P1, no entanto para os substratos não mostrou um ordenamento das densidades, demostrando poucas comparações de eficiência entre substratos e um bom equilíbrio de similaridade no P2. A Análise de Correspondência Canônica (CCA) explicou 92,12% dos dados observados na soma dos dois eixos, revelando que a concentração de zinco influenciou negativamente quatro espécies no P1. Três taxa representam novos registros para o Brasil, sendo elas: Lagis sp., (Polychaeta); Cerapus cf. bumbumiensis (Amphipoda); Natica cf. vitellus (Gastropode) que necessitam ter seus estudos ampliados para determinar se suas ocorrências indicam eventos de bioinvasão. Os estudos revelam que componentes químicos podem estar influenciando na densidade de organismos incrustantes no P3. Portanto, os resultados deste trabalho indicam que os processos antropicos gerados pelo complexo portuário influemciam na didtribuição da diversidade nativa, assim como podem atrair esepécies exóticas por meio das atividades portuárias.
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