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ALBÉRYCA STEPHANY DE JESUS COSTA RAMOS
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PULGÕES, COCHONILHAS E INIMIGOS NATURAIS ASSOCIADOS A CULTIVOS DE HORTALIÇAS E PLANTAS ESPONTANEAS NA ILHA DE SÃO LUÍS, MARANHÃO, BRASIL
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Data: 23/06/2020
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Os pulgões e cochonilhas são insetos que se alimentam diretamente da seiva das plantas e causam sérios danos com impactos na produção. Devido à importância econômica dessas pragas para hortícolas, esse trabalho foi conduzido com objetivo de inventariar as espécies de pulgões e cochonilhas bem como seus inimigos naturais associados a cultivos de hortaliças e plantas espontâneas, e estudar a flutuação populacional desses artrópodes na Ilha do Maranhão, Brasil. A pesquisa foi realizada em áreas de agricultores familiares, nos municípios de São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa. As coletas foram mensais, e realizadas diretamente sobre as plantas infestadas, sendo 16 hortaliças e seis plantas espontâneas. Registrou-se a ocorrência de nove espécies de cochonilhas, cinco de pulgões e 47 de inimigos naturais; 43 novas interações de inimigos naturais com pulgões e cochonilhas; e dois parasitoides, Aenasius mitchellae e Aenasius flandersi foram registrados pela primeira vez no Brasil. Cinco espécies de pragas foram consideradas predominantes por apresentarem os maiores índices faunísticos: Aphis gossypii, Lipaphis pseudobrassicae, Maconellicoccus hirsutus, Phenacoccus solenopsis e Phenacoccus sp.3; entre os inimigos naturais foram: Aphidius sp., Anagyrus kamali, Allotropa scutellata, Diomus leondaum e Syrphidae. As hortaliças Abelmoschus esculentus e Hibiscus sabdariffa são as mais infestadas por pulgões e cochonilhas nas regiões de estudo. Verificou-se a associação dos inimigos naturais com 10 hortaliças, com destaque para A. esculentus associado a 14 espécies de parasitoides e 13 predadores. Os picos populacionais de afídeos, cocóideos e inimigos naturais ocorreram no período seco, e as menores abundâncias no período chuvoso. Na época seca houve a ocorrência de 72,3 % dos afídeos, 60 % dos cocóideos, 68,9 % dos parasitoides e 51 % dos predadores. Os picos populacionais de A. kamali ocorreram nas épocas de maior incidência de M. hirsutus; assim como, Aphidius sp. com A. gossypii e L. pseudobrassicae; e D. leondaum com A. gossypii, P. solenopsis e Phenacoccus sp.3. Quando analisado as relações entre as variáveis bióticas e abióticas, houve correlação negativa entre afídeos e cocóideos com precipitação pluviométrica e umidade relativa.
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ALIRYA MAGDA SANTOS DO VALE GOMES
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DINÂMICA DE Aleurocanthus woglumi ASHBY (HEMIPTERA: ALEYRODIDAE) EM LIMA-ÁCIDA TAHITI SOB DIFERENTES ADUBAÇÕES: RESPOSTAS ECOFISIOLÓGICAS E BIOQUÍMICAS
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Data: 06/11/2020
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Aleurocanthus woglumi Asbhy causa alterações no desempenho fisiológico e bioquímico da planta em função dos sintomas e danos causados nas fases de ninfa e adulto. Este trabalho objetivou estudar a dinâmica populacional de Aleurocanthus woglumi em Citrus latifolia submetido a diferentes adubações e as respostas ecofisiológicas e bioquímicas das plantas em condições de campo. O experimento foi instalado em pomar de culturas cítricas no município de Paço do Lumiar - MA. Foram utilizadas 60 plantas de lima-ácida Tahiti selecionadas ao acaso e infestadas por A. woglumi. Os tratamentos foram constituídos por: T1- Testemunha (Solo sem adubação); T2- Adubação orgânica (Esterco bovino); T3- Adubação orgânica (Esterco bovino) + Silicato de potássio (K2O3Si); T4- NPK e T5- NPK + K2O3Si. Foram avaliadas: a incidência e distribuição de ovos e ninfas de mosca negra dos citros aos 30, 60 e 90 dias; os parâmetros ecofisiológicos (teor de clorofila e trocas gasosas) e bioquímicos (teor de proteínas totais, atividade da peroxidase e polifenoloxidase) em período seco e chuvoso em folhas de Citrus latifolia infestadas por A. woglumi. Observou-se reduções no número de ovos e ninfas nos tratamentos com adubação orgânica + K2O3Si e NPK + K2O3Si e maiores incidências no tratamento NPK nos estratos basal, mediano e apical. Os tratamentos com a presença de K2O3Si favoreceram o aumento da produção de fotoassimilados pelas plantas, devido ao incremento da assimilação fotossintética de CO2 e do Índice SPAD e foram menos suscetíveis ao ataque da mosca negra dos citros. Maior conteúdo de proteínas totais foram constatadas em plantas de citros com adubação orgânica + K2O3Si, NPK e NPK + K2O3Si e maior atividade de peroxidase e polifenoloxidase em C. latifolia infestadas por A. woglumi. Citrus latifolia fertilizados com NPK + K2O3Si e Adubação orgânica + K2O3Si são menos suscetíveis à A. woglumi, o que dificultou a oviposição das posturas e desenvolvimento do ciclo biológico da praga aos 30, 60 e 90 dias de avaliação, enquanto que as plantas adubadas com NPK apresentam maior suscetibilidade à A. woglumi. Maior incidência de posturas, ovos e ninfas de 1º instar ocorre no estrato apical e incidências de ninfas de 2º, 3º e 4º instar são favorecidas nos estratos basal e mediano em C. latifolia. Plantas de C. latifolia adubadas com NPK e adubação orgânica apresentam maior suscetibilidade a A. woglumi e provocam alterações fisiológicas quanto ao Índice SPAD, assimilação fotossintética de CO2, condutância estomática, transpiração instantânea e DPVfolha-ar durante o período seco e chuvoso. Plantas de Citrus latifolia adubadas com NPK + K2O3Si e Adubação orgânica + K2O3Si são menos suscetíveis aos estádios de desenvolvimento de A. woglumi e as plantas adubadas com NPK apresentam maior suscetibilidade em período seco e chuvoso. Maior conteúdo de proteínas totais são expressos durante o período seco em plantas com adubação orgânica + K2O3Si, NPK e NPK + K2O3Si. A adição de adubo mineral e orgânico ativa as enzimas de defesa das plantas, aumentando a atividade de peroxidase e polifenoloxidase em C. latifolia infestadas por A. woglumi.
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ANNE CAROLINE BEZERRA DOS SANTOS
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RESPOSTA FUNCIONAL E ASPECTOS BIOLÓGICOS DE Ceraeochrysa everes (BANKS) (NEUROPTERA: CHRYSOPIDAE) À Maconellicoccus hirsutus (GREEN) (HEMIPTERA: PSEUDOCOCCIDAE)
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Data: 16/10/2020
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A cochoniha-rosada-do-hibisco, Maconellicoccus hirsutus (Green) (Hemiptera: Pseudococcidae), é uma praga introduzida que ameaça a produção de frutas, olerícolas e plantas ornamentais no Brasil. Entre os inimigos naturais, os insetos predadores da família Chrysopidae têm se destacado em Programas de Manejo Integrado de Pragas (MIP), devido seu potencial como agentes biológicos de populações de artrópodes fitófagos. Um dos crisopídeos nativos associados a M. hirsutus é Ceraeochrysa everes (Banks) (Neuroptera: Chrysopidae), que geralmente ocorre em abundância em diversos cultivos onde M. hirsutus se faz presente no Maranhão. O presente estudo investigou em laboratório o potencial de predação de C. everes (3º instar larval) em diferentes estádios de desenvolvimento de M. hirsutus (ovo, 1º e 2º instares ninfais), com bioensaios de resposta funcional. A análise de regressão logística revelou uma resposta funcional tipo II, demonstrando que o número de ovos e ninfas (1º e 2º instares) de M. hirsutus consumidos por larvas de 3º instar de C. everes aumentou gradualmente à medida que a densidade de presas aumentou. Adicionalmente, uma resposta funcional do tipo II também foi evidenciada na proporção de presas consumidas (ovos e ninfas de 1º e 2º instares de M. hirsutus) por larvas de 3º instar de C. everes. Larvas de C. everes apresentaram elevada taxa de ataque sobre o 1º instar ninfal de M. hirsutus em comparação aos demais tipos de presas ofertadas ao predador. Em contraste, não houve diferença nos tempos de manipulação, quando o predador se alimentou de ovos e ninfas (1º e 2º instares) de M. hirsutus. Foram avaliados comparativamente alguns parâmetros biológicos da história de vida de Ceraeochrysa everes (Banks) (Neuroptera: Chrysopidae) sobre influência de dois diferentes regimes alimentares (ninfas de 2º instar de M. hirsutus e ovos de Anagasta kuehniella). A duração das fases larvais de C. everes foi maior quando o predador foi alimentado com ninfas de 2° instar de M. hirsutus em comparação ao tratamento controle. Apesar dos efeitos diferenciados dos tratamentos na biologia de imaturos de C. everes, foi observado uma taxa de sobrevivência de 82,5 e 100% quando ofertados ninfas de 2º instares de M. hirsutus e ovos de A. kuehniella, respectivamente. Conclui-se que C. everes está adaptada a M. hirsutus e, portanto, completou seu ciclo de vida ao consumir essa cochonilha. Ceraeochrysa everes possui potencial para uso em Programas de Controle Biológico de M. hirsutus. Estudos em semi-campo e campo são necessários para uso aplicado de C. everes sobre M. hirsutus
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DALTON RODRIGUES BARROS BRITO
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COMPOSIÇÃO DO ÓLEO ESSENCIAL DA LARANJEIRA ‘PERA’ [Citrus sinensis (L.) Osbeck] EM DIFERENTES PORTA-ENXERTOS: BIOATIVIDADE A Aceria guerreronis Keifer (Acari: Eriophyidae) E SELETIVIDADE A INIMIGO NATURAL
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Data: 16/09/2020
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Os óleos essenciais (OEs) de citros são bioativos a uma variedade de artrópodes fitófagos. No entanto, a despeito da ampliação de variedades para o aumento da diversidade genética dos pomares, pouco se conhece sobre a influência do porta-enxerto na composição e bioatividade do OE da variedade copa. Assim, o presente trabalho objetivou avaliar a composição e a bioatividade dos OEs extraídos da laranjeira ‘Pera’ [Citrus sinensis (L). (Osbeck], a variedade mais cultivada no polo citrícola da Bahia e de Sergipe, enxertada nos porta-enxertos HTR-051 (híbrido trifoliado), limoeiro ‘Cravo Santa Cruz’ (C. limonia Osbeck), limoeiro Rugoso ‘Vermelho’ (C. jambhiri Lush), citrandarin “Riverside” (C. sunki x P. trifoliata), HTR-208 (híbrido trifoliado), tangeleira ‘Orlando’ (C. paradisi Macf x C. tangerina hort ex. Tanaka), citrandarin ‘San Diego’ (C. sunki x P. trifoliata ‘Swingle’), tangerineira ‘Sunki Tropical’ (Citrus sunki (Hayata) hort ex Tanaka), citrandarin ‘Índio’ (C. sunki x P. trifoliata), limoeiro ‘Cravo’ (Citrus limonia Osbeck). O OE extraído das folhas dos dez porta-enxertos apresentou o mesmo perfil químico, a saber: sabineno (30,47-34,17%) componente majoritário, seguido do δ-3-careno (7,78-12,4%) e (E)-β-ocimeno (8,04-10,46%). Como não houve diferença significativa entre os compostos químicos e por ser o mais cultivado no pólo citrícola Bahia-Sergipe, o OE da combinação laranjeira ‘Pera’ x limoeiro ‘Cravo’ foi selecionado para avaliar a toxicidade letal a praga-chave do coqueiro, o ácaro-da-necrose Aceria guerreronis Keifer (Acari: Eriophyidae). Ademais, foi avaliada a compatibilidade deste OE com ácaro predador Typhlodromus ornatus Denmark & Muma (Acari: Phytoseiidae). Foram determinadas as CL50 (4,28 mg/mL) e CL80 (10,39 mg/mL) para A. guerreronis, porém estas mesmas CLs não causaram mortalidade em T. ornatus. A CL80 do OE não repeliu A. guerreronis e a toxicidade temporal na mesma CL ocorreu somente nas primeiras horas de exposição (<3h). A CL80 do OE, estimada para A. guerreronis, não afetou a taxa de crescimento do predador. Dessa forma, conclui-se que o OE obtido das folhas de laranjeira ‘Pera’ apresenta bioatividade ao ácaro-da-necrose A. guerreronis e que é compatível com o ácaro predador T. ornatus.
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ELIVALDO CARLOS MOREIRA DE OLIVEIRA
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ETNOBOTÂNICA EM AGROVILAS QUILOMBOLAS DE ALCÂNTARA, AMAZÔNIA ORIENTAL, BRASIL: UMA PERSPECTIVA SOCIOAMBIENTAL QUALI-QUANTITATIVA
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Data: 30/09/2020
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A Etnobotânica tem se destacado entre as pesquisas científicas devido às diversas abordagens sobre usos das plantas pelas comunidades tradicionais. Entre essas comunidades estão os quilombolas, um grupo étnico-racial que desenvolveu grande conhecimento da flora brasileira desde o Período Colonial. Em Alcântara existem 157 comunidades descendentes de escravos que foram abandonados pelos senhores das fazendas de cana-de-açúcar e algodão no início do século XIX, onde se estabeleceram diversas comunidades quilombolas com características peculiares e utilizando de forma comunal os recursos desse vasto território étnico. Essas comunidades permaneceram no anonimato até a chegada do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no início dos anos 80, quando iniciou o processo de desapropriação e assentamento compulsório de 312 famílias em apenas sete pequenos povoados distantes do litoral, denominados pelo CLA de “agrovilas”. Este trabalho teve como objetivo caracterizar o conhecimento etnobotâncio de espécies florestais nativas espontâneas e das espécies cultivadas em roças, quintas e jardins nas sete agrovilas quilombolas de Alcântara e a relação desse conhecimento com o assentamento compulsório. A hipótese é que esse processo, ao longo de três décadas, provocou efeitos negativos no conhecimento tradicional de plantas do território quilombola. Foram entrevistados individualmente 73 moradores adultos e idosos nas sete agrovilas, aos quais foi aplicada a técnica de lista livre e selecionados através do método snowball. Foram utilizados dados fitossociológicos de estudo pretérito de 12 parcelas de 1.000 m2 (20 x 50 m) alocadas em ambientes de baixa degradação e média degradação nas microbacias dos rios Pepital e Grande. Os dados etnobotânicos foram analisados através de estatística univariada (teste de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney) e pelos Indices de Saliência de Smith e Valor de Uso. Foram realizadas correlações entre os parâmetros fitossociológicos e os Valores de Uso das espécies através da correlação de Spearman. Os resultados demonstram que os fatores demográficos, ambientais e as crenças estão intimamente relacionados ao saber local das plantas; que devido ao desaparecimento e redução de espécies florestais nativas, as frutíferas exóticas cultivadas nos quintais desempenham um importante papel na segurança alimentar das famílias; que a degradação florestal, apesar de estar intimamente relacionada à perda de espécies nativas espontâneas, é consequência do processo do assentamento compulsório ocorrido nos anos 80. Dessa forma, os futuros assentamentos das demais comunidades quilombolas para ampliar o CLA são incompatíveis com a reprodução física, socioeconômica e cultural dessas comunidades.
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FRANCISNEIDE DE SOUSA LOURENCO
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EFICIÊNCIA DO USO DO NITROGÊNIO E DA ÁGUA NO MILHO (Zea mays L.) CULTIVADO COM FABÁCEAS EM SISTEMAS AGROFLORESTAIS
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Data: 23/12/2020
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Práticas agrícolas baseadas no uso de pacotes tecnológicos para monocultivo do milho (Zea mays L.) contribuem com a poluição ambiental, aquecimento global e mudanças climáticas. Para reduzir impactos negativos da produção agrícola intensiva no ambiente, o uso de consórcio de milho com fabáceas herbáceas em sistemas agroflorestais (SAF) pode ser uma alternativa viável para os agricultores. A prática de consórcio milho-fabáceas é comumente adotada pelos agricultores tradicionais, mas não existem estudos sobre tais resultados em SAFs na região da Amazônia maranhense. O consórcio milho/fabáceas/SAF pode melhorar ou manter o potencial produtivo, a eficiência do uso da água e do nitrogênio no milho com menores riscos de perdas em relação ao monocultivo. O presente trabalho avaliou o efeito das plantas fabáceas herbáceas no desempenho produtivo, na eficiência de utilização do nitrogênio (EUtN) e na eficiência do uso da água (EUA) na cultura do milho cultivado em /milho em SAF. Os tratamentos de dois experimentos foram combinados em esquema fatorial 4 x 2, no delineamento em blocos casualizados, com três repetições. Em 2017, os tratamentos foram constituídos da combinação de quatro sistemas de cultivos (milho sem N aplicado em cobertura, milho com N aplicado em cobertura, milho cultivado com feijão-de-porco e milho cultivado com soja-perene) e dois ambientes (dentro e fora do SAF). Em 2018, os tratamentos milho cultivado com feijão-de-porco e milho cultivado com soja-perene foram substituídos por milho cultivado com crotalária e milho cultivado com mucuna-cinza. Na antese e fase de grão leitoso foram avaliadas: trocas gasosas, relação Ci/Ca, eficiência do uso do N e da água, bem como a produtividade de grãos. Em 2017 e no ambiente dentro do SAF, a média da produtividade no tratamento milho com N aplicado em cobertura foi 60% maior que a média da produtividade no tratamento milho sem N aplicado em cobertura. As plantas de milho cultivadas dentro do sistema agroflorestal apresentaram 23% mais eficiência intrínseca do uso da água e 24% mais eficiência instantânea do uso da água em relação as plantas de milho cultivadas no ambiente fora do sistema agroflorestal. A média da EUtN no tratamento milho cultivado com soja-perene foi 26% maior que a média da EUtN no tratamento milho com N em cobertura. Na fase de grão leitoso de 2018, a média da EUA no tratamento milho cultivado com crotalária foi 42% maior que a média da EUA no controle, no ambiente dentro do SAF. Fora do SAF, a média da EUA nos sistemas de cultivo milho com crotalária, milho com mucuna e controle foi 32% maior que a média da EUA no milho com N em cobertura. Os resultados indicam que as plantas fabáceas herbáceas plantas nas entrelinhas do milho aumentam a eficiência do uso da água, do N e não prejudica a produtividade da cultura do milho quando cultivado dentro dos SAF’s e é uma prática viável para garantir a sustentabilidade ao agroecossistema na região subtropical.
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GISELLE SANTOS DE FREITAS
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CONTROLE DE Raoiella indica (ACARI: TENUIPALPIDAE) COM FUNGO ENTOMOPATOGÊNICO E PREDADORES
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Data: 17/12/2020
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O ácaro-vermelho-das-palmeiras, Raoiella indica Hirst (Acari: Tenuipalpidade), é uma importante praga do coqueiro (Cocos nucifera) cuja principal forma de controle é o uso de agrotóxicos. No entanto, há uma busca por estratégias de controle ecologicamente corretas dessa praga, dentre as quais o controle biológico. Dessa forma, objetivou-se avaliar a patogenicidade do fungo Beauveria bassiana à R. indica, e sua compatibilidade com os ácaros predadores Amblyseius largoensis e Typhlodromus ornatus, bem como, buscar fontes alimentares alternativas viáveis a criação massal desses fitoseídeos, e ainda ampliar o rol de potenciais agentes de controle biológico nativos desta praga. Os resultados indicam que a cepa Bb 032 de B. bassiana foi a mais tóxica para R. indica além de apresentar considerável seletividade aos ácaros predadores A. largoensis e T. ornatus. As dietas à base de polén de mamona (Ricinus communis L.), taboa (Typha domingensis Pers.) e sua mistura provaram ser as melhores fontes alimentares com base na oviposição dos ácaros predadores. A sobrevivência de A. largoensis não foi influenciada pelas três dietas. Porém, para T. ornatus, a sobrevivência foi menor quando alimentado com pólen de mamona e maior na dieta com mamona + taboa. Nas três dietas, a taxa máxima de oviposição dos dois fitoseídeos ocorreu no início da idade adulta, seguida por uma lenta queda. A tabela de vida de fertilidade indica que o pólen da mamona e a mistura mamona + taboa foram os melhores para o crescimento populacional e reprodução de ambos ácaros . O crisopídeo nativo Ceraeochrysa everes (Banks) é relatado pela primeira vez associado à R.indica em cultivos de coqueiro no Brasil, e o mesmo apresenta potencial como agente de controle biológico de R. indica com base em sua taxa de predação. Em conclusão, o fungo B. bassiana é eficaz no controle de R. indica e em sua CL50 seletivo aos ácaros A. largoensis e T. ornatus. Ambas espécies de ácaros predadores podem ser criadas massalmente em laboratório com dietas à base de mamona e mamona + taboa. Adicionalmente, o crisopídeo C. everes apresenta potencial no controle biológico de R. indica.
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JÉSSICA DE FREITAS NUNES PIRES
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CONTRIBUIÇÃO DA COBERTURA MORTA EM CURTO E LONGO PRAZO
PARA MELHORIA DO SOLO, ABSORÇÃO DE NITROGÊNIO E PRODUTIVIDADE DO MILHO
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Data: 21/08/2020
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A dinâmica e as respostas de longo prazo aos processos de manejo de cobertura morta em agroecossistemas tropicais permanecem pouco compreendidas. Este estudo tem como objetivo avaliar os efeitos de curto e longo prazo da cobertura morta no acúmulo de MOS, retenção de SBC e melhoria física de um solo tropical coeso enriquecido com cálcio. Também avaliamos a contribuição da cobertura morta e do N sintético (Ns) para a absorção de N e produtividade de grãos do milho. Este experimento foi conduzido usando um delineamento de blocos ao acaso com os seguintes tratamentos: cobertura morta de longo prazo (LTM), cobertura vegetal de longo prazo mais nitrogênio (LTM + N), cobertura vegetal de curto prazo (STM), cobertura vegetal de curto prazo mais nitrogênio (STM + N), mulching de longo prazo mais cobertura de curto prazo (LTM + STM), cobertura de longo prazo mais cobertura de curto prazo mais nitrogênio (LTM + STM + N), plantio com nitrogênio (N) e um controle. Palha composta por biomassa seca (ramos e folhas) de Gliricidia sepium aplicada na proporção de 12 Mg ha-1 em solo enriquecido com cálcio. A interação entre Ns e cálcio (Ca) foi mais intensa em áreas LTM, resultando em maior teor de carbono, cátions base, melhor enraizamento do solo e maior absorção de nitrogênio. O STM manteve a umidade do solo, diminuindo a resistência à penetração e, quando combinado com o LTM, fornecendo nitrogênio biológico suficiente para substituir o Ns. Os efeitos do STM e do LTM isoladamente foram cumulativos, com absorção de N 54% maior, N acumulado 163% maior e rendimento de grãos de milho 125% maior (4,77 a 10,78 Mg ha-1). O uso contínuo de cobertura morta, portanto, traz benefícios tanto para a sustentabilidade quanto para a viabilidade dos agroecossistemas tropicais, prevenindo a degradação do solo e evitando o desmatamento.
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KAREN ALESSANDRA SOUSA CASTRO
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Efeitos da densidade de plantas no desempenho do feijão-mungo-verde e nos teores de zinco e ferro dos grãos
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Data: 12/02/2020
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As leguminosas, mais especificamente os feijões, podem ser alternativas para os agricultores familiares do Maranhão, como a cultura do feijão-mungo-verde (Vigna radiata L.). Nesse estado, os agricultores familiares nunca cultivaram essa cultura. Logo, para a introdução dessa nova espécie de leguminosa no Maranhão é necessário obter informações agronômicas básicas, como arranjo e população de plantas no campo para maximizar a produtividade e o incremento de ferro (Fe) e zinco (Zn) nos grãos, nutrientes geralmente deficiente em nossa alimetnação. Nossa hipótese é que densidade de plantas adequada maximiza a produtividade e aumenta os teores de Fe e Zn nos grãos do feijão-mungo-verde. Nosso objetivo foi determinar os efeitos da densidade de plantas de feijão-mungo-verde no desempenho do feijão-mungo-verde e no incremento dos teores de Fe e Zn nos grãos. Foram conduzidos dois experimentos em campo, um em 2018 e outro em 2019. Os tratamentos foram arranjados no esquema fatorial [(4 x 2) + 1]: densidades de plantio (8, 12, 16 ou 20 plantas/m), espaçamentos entre fileiras (30 ou 45 cm) e tratamento adicional (45 cm entre fileiras, 12 plantas/m + Zn aplicado no sulco de plantio e na folhagem). Nesse tratamento adicional, aos 30 dias após o plantio, foi aplicado, 8 kg ha-1 de Zn no primeiro experimento e 4 kg ha-1 de Zn no segundo. Foi usado o delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições. Foi utilizado a cultivar Camaleão. Com 30 cm entre fileiras, a densidade de 8 plantas/m aumentou a produtividade em 35%-87%, em relação à densidade de 20 plantas/m. Com 45 cm entre fileiras, a densidade de 20 plantas/m aumentou a produtividade em 77%, em relação à densidade de 8 plantas/m. Com 30 cm entre fileiras, a densidade de 8 plantas/m aumentou o teor de Zn no grão em 8% e o teor de Fe no grão em 39%, em relação à densidade de 20 plantas/m. Com 45 cm entre fileiras, a densidade de 20 plantas/m aumentou o teor de Zn no grão em 12,6% e o teor de Fe no grão em 17%, em relação à densidade de 8 plantas/m. Nossos resultados sugerem que o espacamento de 30 cm entre fileiras, com as densidades de 8-12 plantas/m; ou o espacamento de 45 cm entre fileiras, com as densidades de 16-20 plantas/m aumentam a produtividade e o teor de Fe e Zn no grão do feijão-mungo-verde.
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LARISSA DE PAULA VIANA DA SILVA
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CARACTERIZAÇÃO E MANEJO DE BACURI (Platonia insignis Mart.) EM VEGETAÇÃO SECUNDÁRIA NO BIOMA AMAZÔNIA MARANHENSE
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Data: 16/05/2020
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O objetivo do trabalho foi compreender a dinâmica de regeneração natural em fragmentos de vegetação secundária com ocorrência de bacurizeiro sob diferentes tempos de pousio e manejar áreas de brotações naturais da espécie visando a transformação em pomares produtivos na Amazônia Maranhense. Para compreender a dinâmica de regeneração natural dos fragmentos foram selecionadas quatro capoeiras com tempo de pousio de 6, 10, 25 e 100 anos nos municípios de Presidente Juscelino, Rosário e Morros. A composição e estrutura da vegetação foram determinadas pelo método de parcela e os parâmetros fitossociológicos avaliados foram número de indivíduos e espécies, diâmetro ao nível do solo e à atura do peito, altura total, Densidade, Frequência e Dominância Relativas, Valor de Importância e Cobertura e os Índices de Diversidade de Shannon, Equabilidade de Pielou e Similaridade de Jaccard. O manejo das brotações naturais de bacurizeiro foi realizado na comunidade São Raimundo em Presidente Juscelino- MA. O experimento foi conduzido em Delineamento Inteiramente Casualizado com três tratamentos e 10 repetições. Os tratamentos constituíram-se de ajuste de densidade com espaçamento aproximado a 7m x 9m aliado à poda apical; ajuste de densidade com espaçamento aproximado a 7m x 9m e tratamento controle. Para o processamento dos dados dos parâmetros fitossociológicos utilizou-se o programa FITOPAC 2.1.2 e para verificar a semelhança entre as áreas utilizou-se o software PAST® 3.11.Os dados obtidos em campo para número de indivíduos e espécies, densidade total, altura total e diâmetros ao nível do solo e à altura do peito foram submetidos a análise de variância, teste de Tukey a 5% e à análise dos componentes principais. Os dados obtidos em resposta ao manejo das brotações também foram submetidos à análise de variância e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5 % de probabilidade. De modo geral houve baixa diversidade de espécies, variando de 0,65 nats.ind-1 a 2,46 nats.ind1 , bem como baixa semelhança florística entre as áreas, com índices inferiores a 0,5. Para o estrato regenerante da vegetação, apenas os parâmetros número de indivíduos e densidade total diferiram entre si. Foram obtidos 32.500, 16.500, 32.000 e 14.000 ind.ha -1 para os fragmentos com 6, 10, 25 e 100 anos de pousio, respectivamente. Já para o estrato adulto, houve diferença entre todos os parâmetros avaliados e corroborando com a análise de componentes principais, aos 100 anos obteve-se menor média para número de indivíduos (7), e maiores médias de altura (22,1 m) e diâmetro (36,45 cm). O ajuste de densidade com e sem poda apical promoveram maiores médias de diâmetro ao nível do solo (6,34 cm e 6,05) e menores médias de altura (2,89 m e 4,45 m), em comparação ao tratamento controle. O ajuste de densidade aliado a poda apical promoveu maior simetria e comprimento dos dois ramos basais, com médias de 0,9 m e 1 m e maior angulação dos ramos para as quatro posições avaliadas, com médias de 81,88º; 76,4º; 74,76º e 67,84º. A espécie P. insignis alcançou posição de destaque para todos os parâmetros fitossociológicos avaliados em todos os fragmentos amostrados, exceto aos 10 e 100 anos de pousio, para o estrato regenerante da vegetação. O maior Valor de Importância e Cobertura da espécie foram 59% e 63,68% respectivamente. O tempo de pousio associado ao manejo de corte seletivo de espécies nos fragmentos secundários sob Amazônia Maranhense, influenciou a composição e estrutura da vegetação para ambos os estratos amostrados. O manejo de ajuste de densidade aliado a poda apical promoveu melhor desenvolvimento vegetativo e arquitetura das brotações de bacurizeiro oportunizando a formação de pomares produtivos em médio prazo, além da conservação de fragmentos secundários na Amazônia Maranhense.
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LESBIA NEYLESS RODRIGUEZ GODOY
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IMPACTO DO DESMATAMENTO E DA DEGRADAÇÃO FLORESTAL SOBRE A COMUNIDADE DE FUNGOS MICORRÍZICOS ARBUSCULARES NA AMAZÔNIA MARANHENSE
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Data: 22/10/2020
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A floresta amazônica maranhense é a mais ameaçada do bioma, devido principalmente ao aumento do desmatamento e da degradação florestal. As comunidades de fungos micorrízicos arbusculares (FMA), têm sido pouco estudadas nessas áreas, tornando-se necessário fazer levantamentos da diversidade das espécies presentes. O objetivo deste trabalho foi caracterizar a comunidade de FMA obtidos em diferentes paisagens, topografias e usos do solo dentro dos remanescentes florestais amazônicos maranhenses. Dois tipos de paisagens foram considerados: conservado e degradado; com condições topográficas de topos e baixos e considerando quatro tipos de uso do solo: floresta nativa conservada ou fragmento florestal conservado, floresta com extração seletiva de madeira, floresta secundária e pastagem. Amostras de solo foram coletadas por parcela em duplicata nos vértices de um triangulo de 20x20 m. Foram quantificados os teores de glomalina facilmente extraível e total, a densidade e a riqueza de glomerosporos, assim como alguns parâmetros indicadores do estado da estrutura comunitária. Nossos resultados indicam que no conteúdo de glomalina facilmente extraível só houve interação significativa (p>0.05) para os fatores paisagem e uso do solo, sendo que as áreas da paisagem conservada apresentam maiores valores, mas sem diferença significativa entre os diferentes usos do solo, enquanto dentro da paisagem degradada os maiores valores foram observados nas áreas de floresta e pastagem. A glomalina total só tive resposta significativa (p>0.05) ao fator uso do solo com o maior valor reportado para a pastagem. A densidade de glomerosporos apresentou interação significativa (p>0.05) para os três fatores considerados, assim, as áreas na paisagem conservada apresentaram os maiores valores de abundancia; enquanto o fator topografia só apresentou diferença significativa nas áreas da floresta secundaria; e o fator uso do solo tive os maiores valores nas áreas de pastagens. Foram identificadas 48 espécies de FMA pertencentes a nove famílias, com Acaulosporaceae e Glomeraceae como dominantes. 13 espécies foram catalogadas como indicadoras, sendo que 7 pertencem à paisagem conservada e 5 à paisagem degradada. Os índices de diversidade, dominância e riqueza de espécies responderam as mudanças da paisagem e tipo de uso do solo (p<0.05), enquanto que o fator topográfico não teve influência nesta propriedade da comunidade. As florestas secundarias apresentarão a maior diversidade e variabilidade na composição da estrutura comunitária. O RDA sugere que a variabilidade total dos dados da comunidade de FMA é explicada principalmente pelas vaiáveis Mg, P, K e a elevação (19%, p<0.05). Conclui-se que na região estudada a matriz da paisagem e mudanças no uso do solo podem atuar em diferentes escalas criando condições que regulam a estrutura comunitária dos FMA e poderiam definir a dominância de certas especies na Amazônia maranhense.
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LETÍCIA MOURA RAMOS
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CARACTERIZAÇÃO ECOFISIOLÓGICA DO ABACAXI ‘TURIAÇU’ CULTIVADO EM REGIÕES DISTINTAS DO ESTADO DO MARANHÃO
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Data: 07/05/2020
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O abacaxi é um fruto tropical bastante demandado no mercado de frutas. O cultivar ‘Turiaçu’ é originário do município de Turiaçu-MA e se destaca no mercado consumidor maranhense pela excelente qualidade química e biométrica dos frutos. Esse cultivar apresenta uma peculiaridade em relação à sua produção e características organolépticas. especula-se que as características de frutos grandes, doces e menos ácidos, tão admiradas pelos consumidores regionais, estão presentes no fruto apenas quando cultivado em seu local de origem. O objetivo geral do trabalho foi comparar e avaliar as características ecofisiológicas e organolépticas do abacaxi ‘Turiaçu’ cultivados nos municípios maranhenses de Turiaçu e São Luís sob adubação mineral e orgânica. O estudo foi conduzido nos municípios de TuriaçuMA e São Luís-MA, sob adubação mineral e orgânica. Avaliou-se estimativa do teor de clorofila; eficiência fotoquímica; trocas gasosas; produtividade; número e massa seca de folhas; diâmetro, comprimento e massa seca do caule; largura, comprimento, massa fresca e seca da folha ‘D’, número de mudas filhotes, altura das plantas e qualidade dos frutos. Verificou-se que os abacaxizeiros cultivados em Turiaçu, independente da adubação, apresentaram plantas maiores, maior fotossíntese, trocas gasosas (no estádio vegetativo e reprodutivo e na época seca e chuvosa), qualidade dos frutos e número de mudas em relação aos cultivados em São Luís. Essas plantas foram maiores em até 20,5%, proporcionaram maiores produtividade (até 320,5%), maiores frutos (até 69,7%), com maior rendimento de polpa (até 23,7%), mais doces (até 93,5%) e menos ácidos (até 39,8%) do que os cultivados em São Luís. As condições climáticas mais favoráveis no município de Turiaçu foram determinantes no desenvolvimento, na fotossíntese, nas trocas gasosas das plantas, produtividade e qualidade dos frutos. A adubação orgânica utilizada não se mostrou adequada à cultura do abacaxi ‘Turiaçu’, independente do local de cultivo, de forma que intensificou o estresse das plantas. Essas apresentaram-se menores, menor fotossíntese e trocas gasosas (nos dois estádios de desenvolvimento e nas duas épocas), número de mudas e qualidade dos frutos em relação aos cultivados em adubação mineral. Essas plantas foram menores (até 20,5%), menos produtivas (até 76,2%), apresentaram frutos pequenos (até 41,1%), pouco doces (até 48,3%) e mais ácidos (até 66,2%) em relação às cultivadas em adubação mineral. Nesse sentido, o estudo aponta que as condições climáticas mais favoráveis do município de Turiaçu, principalmente a maior disponibilidade de água foram determinantes para o sucesso do cultivar
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LINCON MATHEUS ARAÚJO SILVA
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Efeitos da densidade de plantas no teor e conteúdo de nutrientes em plantas de feijão-mungo-verde
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Data: 12/02/2020
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O manejo da densidade de plantas é uma prática adequada que pode tanto incrementar o conteúdo de nutrientes quanto aumentar a produção de biomassa seca pela cultura, principalmente para o feijão-mungo-verde que é de fácil adaptação e pouco cultivada por agricultores do Maranhão. Nossa hipótese é que a densidade de plantas de feijão-mungo-verde aumenta o teor e o conteúdo de nutrientes, bem como a massa da planta seca. Nesse sentido, objetivou-se avaliar os efeitos da densidade de plantas de feijão-mungo-verde no teor e conteúdo de nutrientes da parte aérea e na produção de biomassa seca pela cultura. O experimento foi conduzido em campo, no ano de 2018. Os tratamentos foram arranjados no esquema fatorial 4 x 2 + 1: quatro densidades de plantio (8, 12, 16 ou 20 plantas/m) e dois espaçamentos entre fileiras (30 ou 45 cm), e um tratamento adicional (45 cm entre fileiras e 12 plantas/m + Zn). Ainda, nesse experimento o tratamento adicional recebeu 5 kg ha-1 de Zn no sulco de plantio, e aos 30 dias após o plantio foi aplicado 8 kg ha-1 de Zn. Foi usado o delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições. Na maturação foram feitas as seguintes determinações: massa da parte aérea seca, teor e conteúdo de nutrientes na parte aérea das plantas. A densidade de 20 plantas/m aumentou em 48,8% o teor de Zn em relação à densidade de 8 plantas/m. No espaçamento de 30 cm entre fileiras, a densidade de 16 plantas/m aumentou o conteúdo de Zn em 31,5%, em relação à densidade de 20 plantas/m. No espaçamento de 45 cm entre fileiras, a densidade de plantas/m não influenciou o conteúdo de Zn. No espaçamento de 30 cm entre fileiras, a densidade de 8 plantas/m aumentou em 67% a massa da parte aérea seca em relação à densidade de 20 plantas/m. No espaçamento de 45 cm entre fileiras, as densidades de plantas não influenciaram a massa da parte aérea seca das plantas de feijão-mungo-verde. Os teores e conteúdos de nutrientes seguiram a ordem decrescente: N >K >Ca >Mg >S >P e Mn >Fe >Zn >B >Cu > Ni >Mo > Se >Co.
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LORENA SILVA CAMPOS
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RESPOSTAS ECOFISIOLÓGICAS EM MILHO CULTIVADO COM GESSO E BIOMASSA DE LEGUMINOSA EM UM AGROSSISTEMA TROPICAL
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Data: 14/08/2020
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Os modelos climáticos consistentemente projetam aumentos na variabilidade da temperatura nos países tropicais nas próximas décadas, com a Amazônia como um ponto de preocupação. Os limites para os quais os sistemas agrícolas podem se adaptar ao aquecimento global dependem, em parte, das melhorias das propriedades físicas do solo que favoreçam o aumento da absorção de água e nutrientes. Utilizamos gesso e biomassa de leguminosa para melhorar a zona radicular do solo e nossa hipótese é que tais alterações podem melhorar as condições físicas do solo tropical propenso à coesão e aumentar as respostas ecofisiológicas no milho. O estudo teve quatro repetições dos seguintes tratamentos: controle (C), gesso (G), nitrogênio (N), biomassa de leguminosa (L), nitrogênio + gesso (NG), biomassa de leguminosa + gesso (LG) e biomassa de leguminosa + nitrogênio + gesso (LNG). Os tratamentos foram submetidas ao regime sequeiro em 2018 e irrigação em regime de restrição hídrica em 2019. Os resultados das melhorias nos atributos do solo tiveram efeitos positivos nas respostas ecofisiológicas do milho, com uma redução no estresse das plantas principalmente no índice de performance (PIabs) que mostrou ser um índice sensível às adições de gesso e nitrogênio. Essas mudanças foram capazes de produzir diferenças na absorção de N, produção de biomassa e rendimento de grãos de milho, mesmo em regime de restrição de água. Sob regime de restrição de água, o rendimento de grãos de milho no tratamento LNG foi 41% maior do que no tratamento N e 151% maior do que no tratamento C. Além disso, a adição de nitrogênio diminuiu consideravelmente o estresse das plantas, com efeitos positivos nas respostas fisiológicas e no aumento da produção de biomassa. Esses resultados destacam o papel do nitrogênio em conjunto com a biomassa de leguminosa e o gesso na melhoria do solo, especialmente no contexto da adaptação às mudanças climáticas.
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MONICA SHIRLEY BRASIL DOS SANTOS E SILVA
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MANEJO ECOLÓGICO DE FITOPATÓGENOS EM SEMENTES DE QUIABO
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Data: 23/10/2020
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A cultura do quiabo está sujeita a várias doenças e as ementes constituemse em importantes e eficientes veículos de disseminação de patógenos, fazendo-se necessário o tratamento dessas sementes. Portanto, este trabalho objetivou avaliar a qualidade sanitária e fisiológica das sementes de quiabo, quantificar a transmissão do patógeno associado à semente e à plântula, bem como avaliar a eficiência dos métodos que promovam a redução de fitopatógenos associados a estas sementes, como o uso de extratos vegetais, controle biológico e termoterapia. Na avaliação fisiológica as sementes foram submetidas aos testes de germinação e vigor e teor de água. Na sanidade de sementes, as amostras foram desinfectadas, plaqueadas e avaliadas após sete dias. Para a taxa de transmissão foram preparadas 12 bandejas com 100 sementes cada, de modo a proceder-se as avaliações aos 7, 14, 21 d.a.s., onde foram coletadas 100 plântulas. Os tecidos vegetais foram plaqueados e avaliados após sete dias. No tratamento térmico, as sementes foram submetidas a banho-maria, com diferentes combinações de tempo e temperatura: 67° C/25 min, 67° C/ 30 min, 70° C/ 25 min, 70° C/ 30 min, 73° C/25 min e 73° C/ 30 min. Logo após os tratamentos, as sementes foram plaqueadas e incubadas em BOD. A avaliação procedeu-se após sete dias. Foram preparados extratos aquosos (eucalipto, canela, manjericão e nim) na concentração de 5 %, onde as sementes foram imersas por 10 min. No crescimento micelial do fitopatógeno, os extratos foram incorporados ao meio de cultura BDA, em seguida, foi adicionado o patógeno Fusarium oxysporum f. sp. vasinfectum e avaliadas no sétimo dia, incluindo a contagem de esporo. Em casa de vegetação, as sementes foram imersas nos extratos, semeadas e aos 15 dias de idade, foram pulverizadas com extratos, aos 21 dias foram inoculadas com o patógeno e no sétimo dia avaliadas quanto a severidade da doença. No controle biológico foram utilizados cinco isolados de Bacillus: 271 (B. methylotrophicus), 274 (B. amyloliquefaciens), 272 (B. methylotrophicus), 275 (B. thuringiensis) e 273 (B. methylotrophicus), com os quais foram preparados suspensões em que as sementes foram microbiolizadas, em seguida foram plaqueadas e incubadas em BOD. Após sete dias, as sementes foram avaliadas. Em casa de vegetação, as sementes das duas cultivares foram microbiolizadas e semeadas, aos 18 dias, as mudas receberam tratamento através da pulverização com suspensão de Bacillus spp., aos 21 dias foi inoculado o patógeno e, sete dias depois, avaliadas. De acordo com os resultados obtidos, as sementes das cv. Valença e Santa Cruz 47 diferiram, quanto ao vigor e IVG. Houve maior incidência de F. oxysporum, para cv. Valença, e Curvularia sp., para cv. Santa Cruz 47. Na quantificação da transmissão foram detectados, nas duas cultivares, os fungos R. stolonifer, Curvularia sp, A. flavus, A. fumigatus, A. niger e Alternaria sp. Quanto ao tratamento térmico, os melhores resultados foram 70º C/ 25 min e o 70º C/ 30 min, para a cv. Valença e 67º C/30 min. e o 73º C/30 min, para a cv. Santa Cruz 47. No tratamento das sementes com os extratos, o manjericão possibilitou a menor incidência de patógenos, na cv. Valença, e canela e nim, na cv. Santa Cruz 47. No crescimento micelial do fitopatógeno, o tratamento nim, apresentou melhor percentual de inibição, com média de esporulação de 0,17. Em casa de vegetação, o extrato de nim, apresentou maior controle sobre a incidência da doença nas mudas da cv. Valença e nas mudas da cv. Santa Cruz 47, destacou-se o manjericão. Na microbiolização, o tratamento 275 (Bacillus thuringiensis) possibilitou menor incidência de patógenos na cv. Valença, já na cv. Santa Cruz 47 foi o 274 (B. amyloliquefaciens). Na redução da severidade da doença, nas mudas pulverizadas com Bacillus spp., da cv. Valença, 271 e 272 (B. methylotrophicus) obtiveram melhores resultados, já na cv. Santa Cruz 47, foi o 272 (B. methylotrophicus). Nas mudas não pulverizadas, na cv. Valença, o tratamento que obteve melhor resultado foi o 272 (B. methylotrophicus), já na cv. Santa Cruz 47, foram 273 e 272 (B. methylotrophicus). Assim, pode-se inferir que, os tratamentos pesquisados apresentaram potencial na redução de patógenos em sementes de quiabeiro, porém o efeito dos tratamentos é diferenciado de acordo com o patógeno.
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PEDRO IVO MENEZES BITU
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EFEITO DA FIXAÇÃO BIOLÓGICA DO NITROGÊNIO ATRAVÉS DE Pseudomonas aeruginosa NA PROMOÇÃO DE CRESCIMENTO, SANIDADE E PRODUÇÃO DE ARROZ DE TERRAS ALTAS NO ESTADO DO MARANHÃO
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Data: 25/05/2020
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O objetivo da pesquisa foi avaliar a capacidade da espécie Pseudomonas aeruginosa, na fixação do nitrogênio atmosférico, promoção de crescimento, sanidade e produção de arroz, sob sistema de cultivo terras altas, no Maranhão, Brasil. Inicialmente, foram realizadas coletas uniformes de plantas de arroz de terras altas, nos municípios maranhenses: São Mateus, Igarapé do Meio, Bacabal, Belágua, Viana, Itapecuru, São Bento, Presidente Juscelino, São Benedito do Rio Preto, Urbano Santos, Matinha, Arari e Governador Newton Bello. Em seguida, foi realizado o isolamento bacteriano da folha e raiz do arroz, para posterior identificação dos isolados. A atividade da enzima nitrogenase e a produção de ácido indol acético dos isolados, foram avaliadas respectivamente pelo método de redução do acetileno e pelo método colorimétrico. Para os experimentos de campo, foram considerados apenas os dois isolados de maior atividade da nitrogenase. Foram instalados dois experimentos em dois anos consecutivos, ambos em blocos ao acaso, com sete tratamentos e quatro repetições em Santa Rita-Ma (2018), e oito tratamentos e quatro repetições em Pirapemas-MA (2019). Os tratamentos constituíram-se da microbiolização de sementes de arroz cultivar primavera, com duas cepas de Pseudomonas aeruginosa, com e sem associação a pulverização da solução bacteriana e adubação NPK. Em ambos os experimentos, os tratamentos controle foram designados como testemunha absoluta (sem microbiolização e adubo) e adubada. Foram obtidos 42 isolados bacterianos de arroz, todos identificados como Pseudomonas aeruginosa. Os isolados identificados como P. aeruginosa apresentaram proximidade filogenética com as espécies Comamonas sediminis, Stenotrophomonas tumulicula, S. maltophhilia, Pseudomonas hibscicola, Raoultella ornithinolytica, Celvibrio japonicus e Escherichia coli. Comprovamos a atividade da enzima nitrogenase em P. aeruginosa, com máxima de 26, 66 nmolC2H4/h. Todas os isolados capazes de reduzir acetileno, produziram ácido indol acético, com variações de 18 a 18,23 µg.L-1 . Constatou-se efeito significativo da bactéria sobre a germinação (%) e altura inicial das plantas (cm), massa de 1000 grãos (g), percentual de grãos inteiros, matéria seca da planta (g), número de panículas, altura total no final do ciclo (m), teor de nitrogênio na parte aérea e grãos de arroz, e redução da severidade das doenças mancha parda, mancha foliar e escaldadura. Os tratamentos sob influência de P. aeruginosa foram iguais ou superiores à testemunha adubada evidenciando o potencial de uso da bactéria como alternativa econômica e ecológica ao uso excessivo de fertilizantes e pesticidas
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RAYSA VALERIA CARVALHO SARAIVA
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CERRADO ECOTONAL MARANHENSE: RELAÇÕES FLORÍSTICAS E FILTROS AMBIENTAIS EM ÁREA DE ELEVADA IMPORTÂNCIA BIOLÓGICA
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Data: 11/03/2020
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A presente tese teve como objetivo geral verificar como a biodiversidade vegetal do Cerrado ecotonal do Parque Nacional da Chapada das Mesas (PNCM), relaciona-se com outras áreas de Cerrado brasileiras e responde a filtros ambientais abióticos considerados importantes para distribuição de espécies vegetais. No capítulo I objetivou-se relacionar os principais conceitos acerca do Cerrado e reunir bases teóricas sobre florística e fitossociologia. O capítulo II teve como objetivo avaliar a influência dos padrões biogeográficos e subsidiar ações conservacionistas para o Cerrado ecotonal através da análise da composição florística de fisionomias savânicas e florestais, das relações florísticas dessas áreas com outras do Cerrado e biomas brasileiros. O capítulo III teve como objetivo caracterizar a estrutura dos estratos herbáceo-arbustivo e arbóreo regenerante do cerrado típico e da mata de galeria visando contribuir com informações para elaboração de estratégias de manejo relacionadas a estrutura, condições edáficas e efeito do fogo. Nos capítulos IV e V objetivou-se realizar a descrição das espécies Dyckia maranhensis Guarçoni & Saraiva e Ipomoea maranhensis D. Santos & Buril. Para amostragem e análise dos dados foram utilizados os métodos de caminhamento, interseção na linha, consulta à rede SpeciesLink, estatística multivariada e comparação de médias. As exsicatas foram tombadas no herbário SLUI. No levantamento florístico foi registrado um total de 242 espécies, 181 gêneros e 64 famílias. Fabaceae foi a família mais representativa. Quanto às análises estruturais do estrato herbáceo-arbustivo e arbóreo regenerante, um total de 1529 indivíduos, distribuídos em 59 espécies, 48 gêneros e 25 famílias foi coletado no cerrado típico. Nessa fisionomia, as famílias mais representativas foram Fabaceae (n = 16), Euphorbiaceae e Poaceae (n = 4); Trachypogon spicatus (L.f.) Kuntze e Croton agoensis Baill. apresentaram maiores valores de importância. Na mata de galeria foi coletado um total de 440 indivíduos, distribuídos em 56 espécies, 51 gêneros e 33 famílias. As famílias mais representativas foram Fabaceae (n = 8), Arecaceae (n = 5), Annonaceae e Myrtaceae (n = 4); Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand e Bauhinia dubia G.Don apresentaram maiores valores de importância. A associação significativa entre os parâmetros estruturais e do solo enfatiza que os fatores edáficos são importantes filtros ambientais para a distribuição das espécies de estratos nas fisionomias. Nas regiões ecotonais do Cerrado, como Mato Grosso e Maranhão, a presença de espécies compartilhadas com a Amazônia é expressiva. As fisionomias do PNCM também tiveram ligação florística com a Caatinga. A descrição de nova espécies de Bromeliaceae e de Convolvulaceae ressalta a importância biológica da área. O manejo para conservação do Cerrado ecotonal deve considerar a diversidade e as condições edáficas que podem influenciar na presença do estrato herbáceo-arbustivo e arbóreo regenerante.
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VIVIAN DO CARMO LOCH
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PERCEPÇÃO AMBIENTAL E O MANEJO DA PAISAGEM POR DIFERENTES COMUNIDADES TRADICIONAIS DA AMAZÔNIA MARANHENSE
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Data: 28/10/2020
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As ações humanas têm um papel importante nas transformações das paisagens naturais. As consequências ecológicas, econômicas e sociais dessas transformações apesar de serem objeto de estudo de muitos pesquisadores, ainda não recebem a devida atenção da sociedade em geral e dos nossos representantes, principalmente no que tange à diminuição do desmatamento, ao uso predatório das florestas, perda da biodiversidade, degradação dos solos, diminuição dos reservatórios e mananciais de águas e aumento da temperatura global. Ao passo que vivemos uma crise ambiental, alguns autores afirmam que nossa crise ambiental é uma crise cultural. Como tal, não pode ser resolvida apenas por meios científicos, tecnológicos, políticos e econômicos. No estado do Maranhão encontramos diferentes grupos humanos interagindo com a natureza conforme suas crenças, culturas e necessidades (indígenas, descendentes de quilombos, quebradeiras de coco babaçu, pescadores artesanais, agricultores tradicionais etc.). Alguns grupos, aparentemente, desenvolvem vínculos mais harmoniosos com a natureza do que outros e podem servir como inspiração no processo de restauração ecológica. Assim, com esta pesquisa buscou-se compreender como diferentes comunidades vivendo na Amazônia maranhense percebem, interagem e manejam a natureza. E de que forma essa interação modifica a paisagem, levando a degradação, conservação e restauração ecológica. Foram selecionadas três comunidades que manejam a paisagem natural de diferentes formas: quilombolas realocados das Agrovilas de Alcântara; Indígenas da Aldeia Awa (Terra Indígena Caru) e agricultores da Vila Bom Jesus (assentados do Projeto de Assentamento Amazônia). Para compreender melhor a relação das comunidades com os recursos naturais e como seu uso e manejo recriam e modificam a paisagem, foram utilizadas diversas ferramentas participativas, tais como: observação participante, entrevistas semiestruturadas, turnês guiadas, listas-livre e checklists. Foram ainda analisadas imagens de satélite do ano de 2017 das paisagens manejadas pelos grupos estudados. A partir da triangulação dos dados obtidos por estes métodos, apresentamos uma lista de espécies florestais de valor biocultural para as três comunidades, obtidas a partir da percepção local das espécies de importância ecológica e de valor utilitário, que podem contribuir para a restauração biocultural da Amazônia maranhense a partir de um olhar intercultural; apresentamos uma análise dos valores intangíveis de espécies florestais deste bioma a partir da cosmologia Awa, refletindo sobre a importância da conservação da memória deste povo; por fim, buscamos identificar fatores que influenciam indivíduos a adotarem práticas de diversificação em seus agroecossistemas com enfoque no plantio de árvores (as técnicas compreendidas foram sistemas agroflorestais, quintais produtivos e conservação de áreas de proteção permanente) buscando dar escala a processos de transição agroecológica e aumento de resiliência dos ambientes a partir da biodiversidade florestal. Com isso trazemos elementos importantes para sensibilizar ecólogos, ambientalistas, governantes e a sociedade em geral, para um olhar sobre a natureza que abarque dimensões culturais tangíveis e intangíveis, a fim de promover maior inclusão na governança dos ambientes naturais.
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WALLYSON SANTOS ARAUJO
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EFEITO DA ADUBAÇÃO E PODA SOB O CULTIVO DE Hibiscus sabdariffa L.
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Data: 18/06/2020
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A utilização de plantas alimentícias não convencionais pode se tornar uma grande alternativa como fonte nutricional e funcional para a alimentação humana. Considerando a necessidade de melhorar o rendimento dessas plantas, com o aumento da produtividade sem aumentar a área de produção, o objetivo do presente trabalho foi cultivar a espécie Hibiscus sabdariffa L e avaliar o seu crescimento e desenvolvimento fisiológico sob diferentes tipos de adubação e poda. O experimento foi conduzido em campo, em blocos casualizados, com três repetições, utilizando-se um esquema fatorial 4x2, quatro tipos de adubação (controle, química, orgânica e mista), e duas formas de manejo (com poda e sem poda). Foram realizadas avaliações fisiológicas, com o fluorímetro Pocket PEA, com o medidor portátil de clorofila, modelo SPAD-502 e avaliações biométricas. Aos 50 DAP, plantas que receberam adubação apresentaram maiores médias para intensidade de verde e para o índice fotossintético, diferindo do tratamento controle. A adubação e a poda não influenciaram nos parâmetros fisiológicos nos demais dias de avaliação. Os dados de altura da planta, diâmetro do caule e largura de folhas apresentaram crescimento linear e a adubação química e mista foram superiores para número de ramos comerciais, massa fresca dos ramos comerciais, massa fresca total e massa seca das folhas. Os tratamentos que receberam adubação química e mista apresentaram melhores desempenhos nos parâmetros de crescimento do Hibiscus sabdariffa L. e o uso da poda favoreceu a produção de biomassa aérea. Dadas suas respostas superiores, é razoável recomendar o uso destas técnicas no cultivo dessa espécie para obtenção de melhores desempenhos na produção de ramos comerciais.
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WEYDSON ARAUJO BELO
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POTENCIAL FISIOLÓGICO DE GENÓTIPOS DE ARROZ DE TERRAS ALTAS EM CONDIÇÕES DE DÉFICIT DE NITROGÊNIO
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Data: 19/10/2020
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No Maranhão, o arroz é cultivado em praticamente todos os municípios, predomina o ecossistema de terras altas, porém o seu rendimento em relação ao arroz de terras baixas é muito mais baixo. O nitrogênio é o macronutriente que limita a produção de arroz de terras altas. Portanto, o objetivo deste trabalho será avaliar o potencial fisiológico de genótipos de arroz de terras altas em condições de déficit de nitrogênio. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, em vasos plásticos com 10 kg de solo em cada. O substrato utilizado foi proveniente do solo da Fazenda Escola da Universidade Estadual do Maranhão. Utilizou-se um delineamento em blocos casualizados com esquema fatorial 8x2 com três repetições, sendo que os tratamentos foram constituídos de dois níveis de N, ou seja, sem aplicação de N (baixa) e uma aplicação de 800 mg N kg-1 (alto) de solo, utilizando ureia e 8 genótipos de arroz de terras altas. As avaliações foram feitas aos 51, 80 e 100 dias após o plantio quando determinou-se os parâmetros das trocas gasosas, da eficiência fotoquímica e, o índice SPAD. Na maturação fisiológica, foi determinada a produtividade de grãos. De maneira geral, a deficiência de nitrogênio não afetou significativamente as variáveis fisiológicas avaliadas e consequentemente a produção. Mas isoladamente os genótipos G2, G4, G5 e G6 sem nitrogênio tiveram resultados que ajudam na obtenção de produtividade satisfatória em ambientes com déficit de nitrogênio.
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WILDINSON CARVALHO DO ROSÁRIO
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ESTUDO FISIOLÓGICO, SANITÁRIO E MANEJO DE DOENÇAS EM SEMENTES FLORESTAIS DA RESEX QUILOMBO DO FRECHAL EM MIRINZAL/MA.
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Data: 28/12/2020
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Este trabalho teve como objetivo realizar a caracterização fisiológica e sanitária e o manejo de doenças fúngicas de sementes de espécies florestais da RESEX Quilombo do Frechal. A RESEX tem área de 9.542 hectares, está localizada na Baixada Ocidental Maranhense (2° 2’ 00’’ S; 44° 48’ 00’’ W) e abrange uma área de 9.542 hectares no município de Mirinzal e está dividida entre as comunidades de Frechal, Rumo e Deserto, possuindo aproximadamente uma população de 900 pessoas. Os experimentos foram conduzidos no Laboratório de Fitopatologia e em Casa de Vegetação, do Núcleo de Biotecnologia Agronômica da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, Campi São Luís/MA. Sementes de quatro espécies florestais, juçara (Euterpe oleraceae), jenipapo (Genipa americana), urucum (Bixa orellana) e cuia (Crescentia cujete), foram coletadas manualmente, no primeiro semestre de 2019 na RESEX Quilombo do Frechal, município de Mirinzal/MA. As sementes passaram pelo processo de desinfestação superficial com água destilada, álcool 70 % e hipoclorito de sódio a 5 % antes da realização dos experimentos. Na caracterização fisiológica foram realizados testes de germinação, emergência, teor de água, índices de velocidade de germinação (IVG) e de emergência (IVE). A caracterização sanitária foi realizada pelo método Blotter Test e a identificação dos fitopatógenos nas sementes efetuada de acordo com chaves dicotômicas de identificação. No manejo alternativo foram testados isolado de Bacillus methylotrophicus e o óleo de nim, sendo realizados por meio de dois experimentos independentes em delineamento inteiramente casualizado (DIC), com quatro tratamentos e oito repetições. O experimento um foi realizado pelo processo de microbiolização das sementes florestais com Bacillus methylotrophicus, multiplicada em meio de cultura BDA e levada à BOD para crescimento por 72 horas a 28°C e fotoperíodo de 12 horas e no experimento dois, as sementes foram tratadas com óleo de nim a 15% através de pulverização com auxílio de um pulverizador manual. Os experimentos utilizados formam T1 juçara, T2 jenipapo, T3 urucum e T4 cuia. A testemunha constou das sementes imersas em água destilada. As sementes de juçara, jenipapo, urucum e cuia, obtiveram 9,00%, 67,00 %, 17,50 %, 63,50 % de germinação; 0,5 %, 7,0 %, 0,5 %, 63,5 % de emergência; 22,81 %, 12,15 %, 15,66 %, 8,73% de teor de água, respectivamente. Os fungos fitopatogênico de maior incidência foram Penicillium sp., Aspergillus niger, Fusarium oxysporum, Lasiodiplodia theobromae, nas sementes florestais de cuia, jenipapo, juçara e urucum, respectivamente. Inferi-se que B. methylotrophicus e óleo de nim, são alternativas promissoras ao controle de fungos fitopatogênicos.
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