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ANNE CAROLINE BEZERRA DOS SANTOS
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CONTRIBUIÇÃO DE SISTEMAS DE USO DA TERRA NA DIVERSIDADE E ABUNDÂNCIA DE CRISOPÍDEOS DA AMAZÔNIA ORIENTAL MARANHENSE E REDESCRIÇÃO DE Leucochrysa (Nodita) vittata FREITAS E PENNY (NEUROPTERA: CHRYSOPIDAE)
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Advisor : FABRÍCIO DE OLIVEIRA REIS
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Data: Mar 28, 2025
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A intensificação do uso da terra é considerada uma das causas do declínio da biodiversidade. No entanto, sabe-se que a biodiversidade pode melhorar e estabilizar o funcionamento do ecossistema. Neste contexto, insetos predadores generalistas conhecidos comumente por crisopídeos (Neuroptera: Chrysopidae), são considerados importantes inimigos naturais de diversos artrópodes fitófagos. Os objetivos deste trabalho foram determinar a composição faunística, os padrões de riqueza e abundância da comunidade de crisopídeos em diferentes tipos de uso da terra (pastos, policultivos, capoeiras intermediárias e capoeiras velhas), a contribuição relativa de variáveis ambientais abióticas (temperatura, umidade relativa e precipitação pluviométrica) sobre esses indicadores ecológico e redescrever Leucochrysa (Nodita) vittata Freitas e Penny (Neuroptera: Chrysopidae). Quatro tipos de uso da terra presentes na região foram selecionados: pastagens não manejadas; policultivos; capoeiras com nível intermediário de sucessão ecológica (20 anos de idade); capoeiras velhas (60 anos de idade). Ométodo de captura dos crisopídeosfoi pormeio do uso de armadilhas atrativas. Foram capturados 1.264 adultos de Chrysopidae, distribuídos em três gêneros e 42 morfoespécies, pertencentes às tribos Chrysopini e Leucochrysini. Dentre os Chrysopidae capturados, a tribo Leucochrysini foi a mais abundante. Em relação à riqueza de espécies de crisopídeos, houve diferença entre os tipos de uso da terra, observando-se maior riqueza de espécies de crisopídeos nas pastagens em contraste com as capoeiras intermediárias ou velhas. A composição da comunidade e abundância de espécies da família Chrysopidae amostradas na região de estudo variou conforme o tipo de uso da terra (pastos, policultivos, capoeiras intermediárias e capoeiras velhas). Apesar de ser o ambiente mais simplificado, as pastagens abrigaram uma elevada riqueza e abundância de crisopídeos em contraste aos demais usos da terra amostrados. Adicionalmente, variáveis ambientais (temperatura, umidade relativa e precipitação pluviométrica) influenciaram a riqueza e abundância de crisopídeos de diferentes maneiras. Conclui-se que a composição faunística e diversidade de crisopídeos variou de acordo com os tipos de uso da terra. As pastagens tiveram maior riqueza e abundância de espécies de crisopídeos. Os padrões de riqueza e abundância das espécies amostradas foram influenciados pela sazonalidade e principalmente pela variável abiótica precipitação pluviométrica. Com o registro e redescrição de L. (N.) vittata, expande-se consideravelmente a área de ocorrência dessa espécie no Brasil. Tendo em vista que todos os aspectos do controle biológico dependem de uma base taxonômica sólida e que a correta identificação viabiliza a comunicação entre pesquisadores bem como o acesso à literatura científica, o presente estudo contribui para o progresso da taxonomia do gênero Leucochrysa, sobretudo para populações oriundas da Amazônia Maranhense.
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HAYLSON RODRIGUES DE ARAÚJO
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IMPACTO DA SALINIDADE SOBRE O CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO E METABOLISMO SECUNDÁRIO DE Eryngium foetidum L. CULTIVADO IN VITRO
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Data: Mar 13, 2025
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O Eryngium foetidum L., pertencente à família Apiaceae-umbelliferae, é uma planta amplamente utilizada na América do Sul por suas propriedades fitoterápicas e valor culinário. Conhecido por diversos nomes regionais, como coentro-maranhense, chicória-do-Pará e coentrão, é cultivado em climas tropicais e subtropicais, especialmente na região amazônica brasileira. Embora seja resistente e adaptável a altas temperaturas e umidade, pouco se sabe sobre sua resposta ao estresse salino, um fator crucial dado os desafios ambientais globais. A planta também desperta interesse na biotecnologia vegetal, especialmente na cultura de tecidos e micropropagação. Estas técnicas permitem a multiplicação rápida de genótipos selecionados, a produção de plantas livres de patógenos e a indução de metabólitos secundários de interesse farmacológico. No entanto, apesar de sua relevância cultural e econômica, ainda há lacunas de pesquisa, como a falta de estudos sobre sua resposta ao estresse salino, um fator ambiental significativo que afeta a produtividade agrícola em várias regiões do mundo. Investigações adicionais são necessárias para entender melhor como o E. foetidum pode adaptar-se ou beneficiar-se dessas condições adversas, potencialmente contribuindo para práticas agrícolas mais sustentáveis e diversificadas. Dessa forma, visando entender o efeito da salinidade na morfofisiologia e na produção de metabólitos secundários de E. foetidum, plantas foram cultivadas in vitro sob três diferentes concentrações de NaCl: 0 (controle), 40 e 80 mM. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado (DIC), com 6 repetições e a unidade experimental sendo duas plantas por frasco. Foram realizadas avaliações morfológicas, de emissão da fluorescência da clorofila a, a determinação de pigmentos fotossintéticos, anatomia e análise química. Os resultados demonstraram que o estresse salino afeta de maneira distinta nas concentrações que simulam condições de salinidade e sugerindo sensibilidade quando expostas ao ambiente salino. Nas variáveis de pigmentos fotossintéticos, a concentração sal causa diminuições na produção de clorofila, o mesmo acontece com os parâmetros de fluorescência da clorofila a. No que diz respeito a anatomia, o estresse salino causa alterações nos diâmetros dos vasos condutores, xilema e floema, além de indicar uma possível lignificação das paredes celulares. Já a análise química, demonstra alteração nos componentes químicos, demonstrando a presença de diferentes picos, principalmente nas plantas sob estresse alto. Concluindo que o estresse salino, causa alterações significativas nos níveis morfofisiológicos, anatômicos e químicos de E. foetidum cultivadas in vitro, permitindo sua sobrevivência ao ambiente estressante a qual foi submetida.
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IRISLENE CUTRIM ALBUQUERQUE
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EFEITO DO ÁCIDO SALICÍLICO NA MODULAÇÃO DAS RESPOSTAS ECOFISIOLÓGICAS SOB ESTRESSE SALINO E COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO ÓLEO ESSENCIAL DE Dizygostemon riparius
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Advisor : THAIS ROSELI CORREA
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Data: Feb 24, 2025
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Dizygostemon riparius é uma planta aromática, endêmica do Cerrado maranhense, que possui compostos bioativos de grande interesse para a indústria. Ainda não existem estudos sobre seu comportamento sob estresse salino, que é um grande desafio para a agricultura, pois prejudica o crescimento e produtividade das plantas. Para tentar mitigar os efeitos desse estresse nas plantas, biorreguladores como o ácido salicílico (AS), desempenham um papel crucial na regulação do metabolismo, podendo aumentar a produtividade das plantas, mitigar os estresses, melhorar a composição química, modular a produção de óleo essenciais (OE) e melhorar a atividade biológica. Os OE de D. riparius pode oferecer um método de controle alternativo e sustentável a parasitos altamente resistente ao controle convencional com anti-helmínticos, como o Haemonchus contortus, que causa grandes perdas econômicas na ovinocaprinocultura, especialmente em regiões tropicais e subtropicais. Assim, os objetivos deste trabalho foram: (I) avaliar o efeito do AS (0 e 100 μM), aplicadas via pulverização foliar em D. riparius sob três níveis de salinidade (0, 200 e 400 mM de NaCl) e seu impacto em características relacionadas a ecofisiologia e crescimento; (II) Caracterizar a composição química do óleo essencial de D. riparius provenientes de plantas pulverizadas com AS (0 e 100 μM); e (III) Avaliar a bioatividade do óleo essencial de D. riparius contra H. contortus. O primeiro experimento foi realizado em delineamento inteiramente casualizado conduzido em um esquema fatorial 2 × 3 (concentrações de SA: 0 e 100 μM × concentrações de salinidade: 0, 200 e 400 mM de NaCl) com cinco repetições. Para a composição química do OEs, as plantas utilizadas no experimento receberam aplicação foliar de AS (100 µM) e água destilada durante seu cultivo em casa de vegetação, após a coleta e secagem das folhas em estufa, os óleos essenciais de Dizygostemon riparius foram extraídos (em triplicata) pelo método de hidrodestilação, testado em atividade anti-helmintica contra H. contortus através do teste de eclodibilidade de ovos e encaminhado para análise de composição química. Os resultados demonstraram que a aplicação de AS a 100 μM mitiga alguns dos impactos prejudiciais da salinidade em D. riparius, particularmente sob salinidade moderada (200 mM NaCl). Além disso, o óleo essencial de plantas tratadas com AS apresentou alteração na composição química, mas não modificou os principais constituintes. O OE também demonstrou maior atividade antiparasitária em H. contortus. Assim, a aplicação de AS em D. riparius pode ser uma estratégia promissora para a mitigação dos efeitos do estresse salino na produtividade de compostos bioativos, contribuindo para aumentar o efeito da atividade antiparasitária contra H. contortus.
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LARISSA FERREIRA GOMES CHAVES
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DIAGNÓSTICO DO PERFIL TECNOLÓGICO DO ABACAXI ‘TURIAÇU’ E PERSPECTIVAS DA CERTIFICAÇÃO TERRITORIAL SOB INDICAÇÃO GEOGRÁFICA
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Advisor : JOSÉ RIBAMAR GUSMÃO ARAUJO
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Data: Mar 6, 2025
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A variedade de abacaxi ‘Turiaçu’ tem papel de destaque no mercado consumidor maranhense, ocorre no município de Turiaçu, e reconhecida por sua excelente qualidade físico-biométrica e sensorial. Essa qualidade resulta da interação entre fatores genéticos, condições edafoclimáticas locais e práticas culturais tradicionais. Este estudo teve como objetivo avaliar e caracterizar o processo produtivo e o perfil tecnológico dos produtores de abacaxi do município, além de reunir informações que subsidiem a certificação por Indicação Geográfica (IG), na categoria Denominação de Origem (DO), com ênfase na elaboração do caderno de especificações técnicas. Foram realizadas a caracterização do município e das comunidades produtoras, o levantamento histórico, cultural e socioeconômico da abacaxicultura local, a caracterização do perfil dos produtores e do nível tecnológico empregado no cultivo em uma amostra de 30% dos produtores, e a avaliação da incidência de lesões corticosas nos frutos em áreas produtoras. Identificaram-se 22 comunidades rurais, totalizando 231 produtores atuantes na produção de abacaxi ‘Turiaçu’. As comunidades Serra dos Paz, Paxiba, Janaúba e Vila dos Castro concentram o maior número de produtores (55,0%). O perfil dos produtores mostrou predominância de agricultores familiares, com baixa escolaridade e idade média entre 41 e 50 anos. As propriedades, em sua maioria, possuem menos de 50 hectares, com cultivos de abacaxi em áreas pequenas. A produção é majoritariamente tradicional, com baixa adoção de tecnologias e práticas como o sistema de roça-no-toco. A avaliação da incidência das lesões corticosas revelou que 66,8% dos frutos apresentavam lesões corticosas, com média de 3,8 lesões por fruto. Propriedades sem assistência técnica e extensão rural (ATER) apresentaram maior incidência e gravidade dessas lesões. Dessa forma, destaca-se a importância da assistência técnica para melhorar a qualidade dos frutos e reduzir perdas. O Caderno de Especificações Técnicas visa orientar os produtores sobre os parâmetros da produção, colheita, comercialização, representatividade do produto e o uso da marca. A certificação da IG por Denominação de Origem agregará valor ao abacaxi ‘Turiaçu’, fortalecendo a sua identidade territorial e promovendo o desenvolvimento sustentável da região.
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RAILDA SILVA GOMES
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EFEITOS DA SAZONALIDADE SOBRE A DIVERSIDADE E QUALIDADE DOS RECURSOS TRÓFICOS UTILIZADOS POR Dinoponera gigantea (PERTY, 1833) (HYMENOPTERA: FORMICIDAE) EM DIFERENTES FITOFISIONOMIAS DE CERRADO DO NORDESTE DO ESTADO DO MARANHÃO
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Advisor : FRANCISCA HELENA MUNIZ
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Data: Feb 13, 2025
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O sucesso evolutivo dos formicídeos, sobretudo da espécie Dinoponera gigantea, está diretamente relacionado à sua plasticidade alimentar e capacidade adaptativa às mudanças ambientais. Assim, compreender aspectos relacionados a adaptação desse grupo torna-se relevante, pois contribuirá com dados sobre biologia alimentar dessa espécie, contribuindo com informações necessárias para sua conservação dessa espécie de formiga e suas áreas de uso. Esse estudo buscou avaliar efeitos da sazonalidade sobre a diversidade e qualidade dos recursos tróficos utilizados por Dinoponera gigantea (Perty, 1833) (Hymenoptera: Formicidae) em diferentes fitofisionomias de cerrado do nordeste do Estado do Maranhão. Foram selecionados cinco ninhos em cada fragmento amostrado para cada estação climáticas (seca e chuvosa), com coletas realizadas em novembro e março, respectivamente. Os recursos tróficos foram coletados com técnicas de escavação e desestruturação dos ninhos, sendo armazenados e identificados conforme sua natureza (vegetal ou animal). Os itens vegetais foram mantidos em potes plásticos etiquetados, enquanto os de origem animal foram refrigerados em coolers. Os indivíduos de D. gigantea de cada ninho também foram coletados e armazenados em álcool 70% e levados ao Laboratório Artrópodes do Solo da Universidade Federal do Maranhão, onde os recursos tróficos foram triados, identificados com o auxílio de chaves dicotômicas e websites especializados, e submetidos a análises bromatológicas para estimar matéria seca, proteína bruta e teor de matéria mineral. Os dados foram analisados estatisticamente com testes de normalidade (Shapiro-Wilk) e homogeneidade de variâncias (Levene). Variáveis que atenderam aos pressupostos de normalidade foram submetidas à análise de variância (ANOVA) e comparadas pelo teste LSD. Para dados que não atenderam aos pressupostos de normalidade, aplicaram-se testes não paramétricos, como Kruskal-Wallis e Wilcoxon (Mann-Whitney). Durante o período chuvoso, foram identificados 978 recursos tróficos de origem animal, incluindo Coleoptera, Gastropoda e Orthoptera, e 143 recursos tróficos de origem vegetal, com destaque para ordens como Fabales e Gentianales. No período seco, foram coletados 955 recursos tróficos de origem animal, como Coleoptera, Blattaria e Hemiptera, e 84 recursos tróficos de origem vegetal, destacando-se Fabales, Arecales e Malpighiales. Os recursos tróficos apresentaram maior qualidade nutricional no período chuvoso, com elevados teores de matéria seca, matéria mineral e proteína bruta, especialmente em áreas de mata mesófila, mata mesófila com cocais e Cerrado denso. No período seco, houve redução na qualidade nutricional, exceto para os teores de matéria seca em recursos tróficos de origem animal nas áreas de Cerrado denso e mata mesófila com cocais. Este estudo apresenta dados inéditos sobre a dieta de D. gigantea, evidenciando as alterações que as variações sazonais e diferentes áreas do bioma Cerrado possuem sobre o forrageamento desse grupo. Assim, a descrição quali-quantitativa dos recursos tróficos e da dinâmica de consumo pela espécie denota a sua importância ecológica e fomenta a importância de sua conservação para o equilíbrio ambiental de biomas como o Cerrado.
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VANESSA SILVA MELO
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ADIÇÃO DE BIOMASSA DE LEGUMINOSA E CÁTIONS POLIVALENTES NO AUMENTO DAS FRAÇÕES ESTÁVEIS DA MATÉRIA ORGÂNICA DOS SOLOS DA AMAZÔNIA PERIFÉRICA
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Advisor : CAMILA PINHEIRO NOBRE
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Data: Jun 17, 2025
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O trópico úmido do Brasil apresenta desafios significativos para a agricultura, incluindo condições climáticas desfavoráveis, como altas temperaturas e elevadas taxas de evapotranspiração, além de solos com baixa fertilidade natural e reduzida resiliência. Diante desse cenário, é essencial aumentar e estabilizar os teores de matéria orgânica do solo (MOS) para garantir a produtividade agrícola e promover o sequestro de carbono. Nesse sentido, foi conduzido um experimento no município de Santa Rita – MA, entre 2021 e 2024, no qual se avaliou a aplicação de cátions polivalentes (Ca, Mg, Si e Fe), com distintos potenciais iônicos e números de sítios de coordenação, em associação à biomassa de leguminosas. No capítulo 2, nosso objetivo foi avaliar a influência da interação entre os cátions polivalentes e a biomassa leguminosa sobre a fração estável do carbono orgânico do solo (COS), denominada carbono orgânico associado aos minerais (COAM). Os resultados sugerem que Ca+L e Fe+L aumentaram, a curto prazo, os teores de COAM. Além disso, os dados indicam que Si+L e Fe+L também favoreceram a absorção de nitrogênio. No capítulo 3, o objetivo foi determinar qual cátion contribui mais para a eficiência de utilização do carbono microbiano (CUE) e sua capacidade de imobilizar carbono no curto prazo. Nossos resultados sugerem que o Mg+L foi o mais eficaz na imobilização de carbono no solo, apresentando a maior CUE entre os tratamentos avaliados. Concluímos que a utilização de biomassa de leguminosa associada a cátions polivalentes tem potencial para aumentar o COAM e, consequentemente potencializar a eficiência do uso do carbono, ou seja, favorece o sequestro de carbono, intensifica a produção agrícola, minimiza a degradação dos solos e promove a sustentabilidade da agricultura no trópico úmido.
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