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Banca de DEFESA: DENISE DA SILVA SOUSA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DENISE DA SILVA SOUSA
DATA: 20/02/2023
HORA: 09:00
LOCAL: WEB CONFERENCIA
TÍTULO:

RESPOSTAS MUTAGÊNICAS E HISTOPATOLÓGICAS COMO BIOMARCADORES EM Prochilodus lacustris (STEINDACHNER, 1907) PARA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS EM UMA ÁREA PROTEGIDA DA BAIXADA MARANHENSE


PALAVRAS-CHAVES:

Biomonitoramento; micronúcleo; metais pesados; alterações histopatológicas


PÁGINAS: 70
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Zoologia
RESUMO:

A contaminação gerada por impactos antrópicos podem afetar áreas de proteção ambiental e ocasionar efeitos negativos na biota e na qualidade da água e sedimento. No presente estudo, avaliou-se as respostas mutagênicas e histopatológicas como biomarcadores em Prochilodus lacustris associado às análises físicas, quimicas e bacteriológicas da água e químicas do sedimento para avaliar impactos ambientais no Lago Açu, Área de Proteção Ambiental da Baixada Maranhense, nordeste brasileiro. Foram coletados 40 espécimes de P.lacustris durante o período de estiagem (em outubro de 2020) e 40 no período chuvoso (em maio de 2021), com o uso de redes de espera e tarrafas de malhas de 50 e 70 mm. Foram obtidos os dados biométricos (comprimento e peso), sexo e estágios maturacionais dos espécimes. Para verificar a presença de potenciais efeitos mutagênicos, as amostras de sangue foram obtidas via punção da veia caudal para a realização da técnica de esfregaço sanguíneo, no qual uma gota de sangue foi gotejada em uma lâmina microscópica, feitas em duplicata para cada peixe; as lâminas foram coradas com corante Rosenfeld para identificação dos micronúcleos e anormalidades nucleares. Para a análise histopatológica, foi retirado de cada peixe o segundo arco branquial direito, para fixação do mesmo em formalina a 10% por 24 horas e posteriormente descalcificação em ácido nítrico a 10% por 6 horas. Fígado e rim foram removidos por inteiro dos organismos, também fixados em formalina a 10% por 24 horas. Posteriormente, procedeu-se as etapas de desidratação nos três órgãos com banhos de alcoóis (70%, 80%, 90%), diafanização em xilol, impregnação e inclusão em parafina. Os blocos de parafina foram seccionados em micrótomo na espessura de 5 µm e os cortes corados por Hematoxilina e Eosina. Foram estabelecidos três pontos de amostragem no Lago Açu para a coleta de água e sedimento. Em cada ponto foram aferidas as variáveis abióticas da água e coletadas amostras de água para análises microbiológicas e determinação das concentrações de metais pesados. As análises abióticas da água revelaram que o valor de pH está acima do limite recomendado pela legislação ambiental brasileira CONAMA (nº 357 de 2005 e nº 430 de 2011) nos três pontos do período de estiagem. Oxigênio dissovido está abaixo do valor recomendado pela legislação no ponto 1 do período chuvoso. Os parâmetros como: manganês, sulfeto, fósforo e nitrogênio amoniacal estão acima do recomedado pela legislação em todos os pontos de ambos os períodos sazonais amostrados. A análise de metais pesados no sedimento mostrou concentrações de fósforo total acima do permitido pelas Resoluções CONAMA (nº 420 de 2009 e n°454 de 2012) no ponto 3 do período de estiagem; ferro total e manganês total foram encontrados em concentrações acima dos valores aceitáveis pela legislação em todos os pontos de ambos os períodos sazonais. Por meio da análise dos biomarcadores mutagênicos foi possível observar maiores frequências de micronúcleo no período chuvoso. As análises histopatológicas mostraram alterações de estágio I, II e III no tecido de brânquia, com maiores incidências no período chuvoso. E alterações de estágio I e II no tecido de fígado e rim dos peixes classificados segundo o grau de severidade das lesões descrito por Poleksic e Mitrovic - Tuntundzic (1994). O presente estudo revela que a frequência dos micronúcleos encontrados nos espécimes de P. lacustris estão acima do que a espécie é capaz de reparar, de modo que esses efeitos podem afetar a saúde dos peixes. O Lago Açu, mesmo inserido em uma Área de Proteção, está sendo contaminado por substâncias tóxicas que causam respostas mutagênicas e histopatológicas nos espécimes de peixes P. lacustris


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 027.177.753-23 - DÉBORA BATISTA PINHEIRO SOUSA - UFMA
Presidente(a) - 7086 - DÉBORA MARTINS SILVA SANTOS
Externo à Instituição - SILDIANE MARTINS CANTANHÊDE - UFPA
Notícia cadastrada em: 06/02/2023 10:00
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