Dissertações/Teses

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2024
Descrição
  • ANA VIRGINIA GOMES DE OLIVEIRA
  • COMUNIDADE FITOPLANCTÔNICA E DESCRITORES AMBIENTAIS EM UM ESTUÁRIO ANTROPIZADO DA ILHA DE SÃO LUÍS – MA

  • Orientador : ANDREA CHRISTINA GOMES DE AZEVEDO CUTRIM
  • Data: 27/02/2024
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  • O estuário do rio Anil (ERA) apresenta grande importância socioeconômica para a ilha de São Luís, mas por localizar-se em uma área predominantemente urbana, sofre intensa pressão antrópica, o que pode acelerar um processo de eutrofização. Essas alterações físicas e químicas da água podem ser observadas através do estudo do fitoplâncton, organismos que respondem rapidamente às perturbações ambientais, sobretudo, à carga excessiva de nutrientes na água, o que altera a sua distribuição e composição nos estuários. Dessa forma, neste estudo objetivouse caracterizar quali-quantitativamente a comunidade fitoplanctônica e as condições ambientais ao longo do estuário do rio Anil – MA. Quatro campanhas foram realizadas no ERA em 2022- 2023, em oito pontos amostrais, agrupados em três setores (S1, S2 e S3). Para os dados físicoquímicos da água foram utilizados sonda multiparamétrica, refratômetro e disco de Secchi. Para os dados biológicos foi utilizada a rede de fitoplâncton. A análise de biomassa (clorofila-a) foi feita pelo método espectrofotométrico e para a densidade fitoplanctônica utilizou-se microscópio invertido. O grau de trofia do ERA foi avaliado através do Índice Trófico TRIX. O setor 2 registrou maior grau de trofia, sendo caracterizado como hipereutrófico, devido à sua elevada carga de nutrientes (principalmente íon amônio e nitrato), indicando que o ERA é extremamente impactado pelas ações antrópicas. A predominância de diatomáceas foi registrada em todos os setores do estuário. A floração de Coscinodiscus centralis na estiagem reduziu a diversidade em S2. A biomassa e a densidade fitoplanctônica registraram maiores médias durante a estiagem, acompanhando a maior disponibilidade de luz nesse período. Na razão DIN:DIP, o ERA foi predominantemente limitado por fósforo. Dez espécies indicadoras foram registradas, destacando-se Coscinodiscus oculus-iridis e Ulnaria ulna em S2. A Análise dos Componentes Principais (ACP) associou de forma direta a clorofila-a e o TN com as concentrações de nitrato e TP. Diante disso, compreender a ecologia do fitoplâncton e a sua relação com as condições ambientais, incluindo o estado trófico do local, é fundamental para o manejo e o monitoramento de estuários tropicais

  • CLARYCE CUNHA COSTA
  • VIABILIDADE DO USO DE ESPERMATOZÓIDES CRIOPRESERVADOS DE Colossoma macropomum (CUVIER, 1816) EXPOSTOS A CIPERMETRINA

  • Orientador : RAIMUNDA NONATA FORTES CARVALHO NETA
  • Data: 18/03/2024
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  • Cipermetrina é um composto agrotóxico muito utilizado no combate de insetos em ambientes agrícolas e domésticos, mas seu uso indiscrimado e descartes inadequados das embalagens pode causar efeitos adversos aos animais que vivem em ambientes direta ou indiretamente afetados. Neste trabalho objetivou-se analisar a viabilidade do uso de espermatozóides de tambaqui (Colossoma macropomum) em bioensaios ecotoxicológicos com cipermetrina. Foram utilizadas amostras seminais de machos de tambaqui sexualmente maduros. O sêmen fresco foi coletado oito horas pós indução hormonal em tubos de vidro graduados. Após avaliação inicial de ausência de ativação prévia foi realizado o experimento em esquema fatorial testadando cinco concentrações de cipermetrina (2,5; 25; 125; 250 e 500 mg/L), onde a motilidade foi avaliada pelo método subjetivo e os dados expressos em porcentagem de células móveis nas amostras por tempo em segundos. Foi avaliada a dose letal (DL50) a partir da ativação dos gametas até regredir em 50% de motilidade nas amostras; o tempo total de atividade foi registrado até 10% de células móveis (em segundos) após sua ativação inicial. Como controle, foi utilizada a ativação com solução de NaCl a 0,9% e análise da motilidade da mesma forma descrita para a cipermetrina. Na etapa de criopreservação foi realizado o preparo das soluções crioprotetoras, com as concentrações 75% de glicose, 10% de DMSO, 5% de gema de ovo. Em seguida o sêmen foi colocado em micropalhetas e acondicionado em dryshipper com nitrogênio por até 20 minutos. Após a estabilização da temperatura, as amostras foram transferidas para o nitrogênio líquido a temperaratura de -196°C. Para o descongelamento, as amostras foram retiradas do nitrogênio líquido e postas em banho maria a 60°C durante 8 segundos, transferidas para tubos plásticos e analisados. As análises do sêmen foram feitas em microscópio ótico e avaliada a viabilidade espermática por meio da ativação com a solução de NaCl. Após a confirmação da viabilidade pela análise da caracterização espermática, as amostras foram ativadas pelas concentrações de cipermetrina e estabelecida a taxa de motilidade subjetiva e o tempo de motilidade em triplicatas, levando em consideração a Dose letal (DL50) para cada repetição. Resultados apontam que as amostras in natura baseadas no método subjetivo apresentaram o tempo de duração médio de 118±12 segundos (considerando até 10% de motilidade espermática) e 95±5% conforme o percentual de células móveis. A redução da motilidade espermática ocorreu de forma significativa (p<0,05), principalmente na concentração de cipermetrina de 500 mg/L. Nas amostras descongeladas o tempo médio foi de 46,9±10 segundos e sua taxa de motilidade 73,9±6% para células móveis. A redução da motilidade foi mais intensa a partir da concentração 125mg/L, indicando o seu limite celular de tolerância ao inseticida. Os testes realizados demonstram que o sêmen de tambaqui é sensível ao processo de exposição aos resíduos de cipermetrina, podendo ser utilizado em bioensaios ecotoxicológicos.

  • GEANE DA SILVA CASTRO
  • AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS ATRAVÉS DAS RESPOSTASBIOQUÍMICAS EM OSTRAS Crassostrea sp. (BIVALVIA, OSTREIDAE) NA BAÍADE SÃO JOSÉ– MARANHÃO

  • Orientador : SANDRA FERNANDA LOUREIRO DE CASTRO NUNES
  • Data: 05/03/2024
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  • As respostas dos organismos como ferramenta de monitoramento ambiental vemsendo utilizado por meio de organismos sensíveis a alterações que ocorrem no meio.Dentre os organismos utilizados como biomonitores, destacam-se as ostras, queacumulam grandes quantidades de contaminantes nos seus tecidos. Nesse sentido,essa pesquisa teve como objetivo determinar os parâmetros físico-químicos da águado mar em três pontos na Baía de São José, Maranhão - Brasil, realizar a biometriadas ostras do gênero Crassostrea, avaliar o impacto antrópico por meio daquantificação dos nitritos (NO2) e identificar as espécies de ostras por meio deanálise molecular. Para isso, foram coletadas ostras do gêneroCrassostreanoperíodo seco em outubro de 2022 e chuvoso em março de 2023 em três pontos naBaía de São José, ponto S1 (cultivo- Raposa), S2 (extrativismo - Paço do Lumiar) eS3 (área urbana- São José de Ribamar). Durante o momento de cada coleta (marébaixa), foram registrados os parâmetros físico-químicos da água em todos os pontosde amostragem e comparados com a Resolução do CONAMA N° 357/2005, foicoletado também 2 ml da água do mar nos três pontos de amostragem para aquantificação de NO2. O nitrito presente no sobrenadante das ostras foi analisadoindiretamente através da reação de Griess, que quantifica os nitritos. Para aanálisemolecular, foi utilizado técnica de extração de DNA pelo protocolo salino e a Reação emCadeia da Polimrase. As análises dos parâmetros físico-químicos da água do mardemonstraram que o pH e a temperatura mantiveram-se dentro dos limitesestabelecidos, exceto no período chuvoso na área de extrativismo. A concentraçãodo oxigênio dissolvido manteve-se baixa nos pontos S2 e S3. Na análise biométrica,é possível observar que as ostras do extrativismo são menores em todas asdimensões, principalmente no período chuvoso. O resultado da quantificação denitrito no sobrenadante das ostras revelaram concentrações significativamentemaiores na área de extrativismo (período seco 0,41 ± 0,7 mg/L e período chuvoso0,28 ± 0,11 mg/L), mostrando que essa área é a mais impactada. Em relação aidentificação molecular, foi possível observar padrão de bandas que correspondem aCrassostrea gasar e Crassostrea rhizophorae. Sendo assim, os resultadosencontrados indicam que a quantificação de nitritos é uma ferramenta inovadora,simples, eficaz e de baixo custo que pode ser utilizada no monitoramento ambientalsomados aos parâmetros físico-qímicos da água e análise biométrica

  • INGRID CAROLINE MOREIRA LIMA
  • ABORDAGEM DE MÚLTIPLOS BIOMARCADORES EM PEIXE NEOTROPICAL PARA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS NO AMBIENTE LACUSTRE EM ÁREA PROTEGIDA DA BAIXADA MARANHENSE, BRASIL

     

  • Orientador : DÉBORA MARTINS SILVA SANTOS
  • Data: 20/02/2024
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  • O ecossistema aquático lago Açu é o maior ambiente hídrico do município de Conceição do lago Açu, na Área de Proteção da Baixada Maranhense, e vem sofrendo impactos ambientais, como o lançamento de efluentes domésticos. Dessa forma, este trabalho objetivou avaliar em baixo nível de organização biológica do lago Açu, a utilização de biomarcadores mutagênicos, histológicos e bioquímicos em Prochilodus lacustris e análises físico-químicas e microbiológicas da água. As coletas dos peixes, água e sedimento foram realizadas em junho/2022 e setembro/2022, correspondendo à estação seca e chuvosa, respectivamente. Foram aferidos in situ parâmetros físico-químicos da água em três pontos de amostragem S1, S2 e S3, e coletadas amostras de água para contagem do número mais provável de coliformes totais e de Escherichia coli e análise de metais traços na água. Foi capturado um total de 81 peixes da espécie P.lacustris, dos quais removeram-se brânquias, fígados e rim para fixação em formaldeído a 10% e posterior processamento padrão em parafina. Os cortes histológicos foram seccionados em 5μm de espessura e corados com Hematoxilina e Eosina. As lesões branquiais e hepáticas foram avaliadas pelo cálculo do Índice de Alteração Histológica (IAH) e do Valor Médio de Alteração (VMA). As alterações genotóxicas foram detectadas pelo teste de micronúcleo e anormalidades eritrocíticas. Amostras de fígado passaram por procedimentos bioquímicos (análise da atividade das enzimas glutationa-S-Transferase - GST e catalase - CAT). Os parâmetros físico-químicos como oxigênio dissolvido, pH e condutividade apresentaram diferenças significativas entre períodos sazonais e entre os pontos de coletas sendo maior no período chuvoso, a maioria dos parâmetros esteve dentro dos valores recomendados com base nas legislações brasileiras. Nas análises microbiológicas da água notaram-se a presença de coliformes totais e E. coli, estando em desacordo com as legislações ambientais. As análises de metais traços nos sedimentos e na água indicaram diferenças significativas entre as áreas amostradas (p≥0,05), sendo que o alumínio e ferro foram elementos que apresentaram as maiores concentrações na região lacustre. Os biomarcadores bioquímicos no fígado revelaram valores altos da atividade enzimática da Glutationa-S-Transferase e Catalase na área S1. O exame genotóxico apontou um aumento de frequência de micronúcleos e lesões nucleares na área S1 e S2 do período chuvoso. Além disso, encontrou-se alterações morfológicas nos tecidos das brânquias, fígados e rins, sendo definidas como moderadas a severas, provocando danos as estruturas vitais desses organismos. Os biomarcadores integrados revelam um comprometimento das funções das brânquias, fígados e rins devido aos graus de severidade das lesões. A presente pesquisa mostra que existe uma variação significativa na intensidade e ocorrência dos biomarcadores integrados analisados entre os períodos sazonais, em que, com o aumento da taxa de pluviosidade na estação chuvosa, indica que os animais estão submetidos a níveis de estresse diferenciados (S1<S2<S3).

  • ITALLO CRISTIAN DA SILVA DE OLIVEIRA
  • “Biomarcadores de efeito e parasitológicos em peixes nativos para avaliação ambiental de dois lagos da Baixada Maranhense, Amazônia Oriental”

  • Data: 29/01/2024
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  • O biomonitoramento da qualidade ambiental é essencial para avaliar a relação entre poluentes, os organismos e seus efeitos. A degradação ambiental por sua vez, aumenta a atividade parasitária em peixes, afetando a tríade Hospedeiro-Parasito-Ambiente. Isso pode resultar em perdas econômicas na pesca, problemas de segurança alimentar e riscos à saúde pública devido ao potencial zoonótico de alguns parasitos e da presença de alguns poluentes. Dessa forma, avaliou-se os biomarcadores de efeito e parasitológicos em três espécies de peixes nativas dos lagos Açu e Viana da Baixada Maranhense, Amazônia Oriental em diferentes períodos sazonais. Além de aferir dados microbiológicos, físicos e químicos das águas superficiais dos lagos. Foram coletadas amostras de água, sedimento de fundo e músculo de peixes para análises microbiológicas, detecção de coliformes totais, E. coli e elementos-traço. Ainda foi mensurado as variáveis abióticas em três pontos (P1, P2 e P3). Coletaram-se 240 exemplares de Hoplias malabaricus, Pygocentrus nattereri e Prochilodus lacustris para realização de teste de micronúcleo (MNi) (expresso em frequência), histopatologia dos órgãos como brânquias e fígado (expressa em Índice de Alterações Histológicas) e coleta da fauna parasitária (expressa em Prevalência). Os parâmetros analisados pH, OD e E. coli apresentaram valores fora do recomendado pela legislação Conama 357/2005 e 430/ 2011. Em todas as amostras de água foram encontrados coliforme totais e E. coli, com valores mais elevados no Lago Açu em ambos os períodos sazonais. Foram encontrados metais Al>Fe>Cu>Mn>Pb>Hg>Se e Al>Fe>Mn>Cu>Pb>Hg>Se em água e sedimento, respectivamente. As espécies coletadas também apresentam concentrações de metais com maiores concentrações no período de estiagem. Houve diferença significativa p<0.05 para MNi, maiores no período de estiagem para os dois lagos e para as três espécies, 0.8% para Hoplias malabaricus, 0.4% Pygocentrus nattereri e 0.6% Prochilodus lacustris. As alterações nucleares eritrocíticas apresentaram mais expressivas durante o período chuvoso com destaque para entalhado. Encontrou-se alterações histológicas nas brânquias e fígados dos exemplares avaliados, com maiores IAHs para o período de estiagem. Houve diferença estatística em brânquias apenas para Pygocentrus nattereri p<0.0001 e para fígado em Prochilodus lacustris p<0.0001 no Lago Açu e Pygocentrus nattereri p=0.049 no Lago Viana. Ainda houve correlção dos metais encontrados nas amostras de água e sedimento com as alterações nucleares eritrocíticas, mostrando que concentrações de metais nesses ecossistemas podem afetar a sanidade dos peixes. Foram encontrados Contracaecum sp. e Procamallanus sp. nas cavidades internas, fígado e região da gordura dos peixes, isópode Braga patagonica nas cavidades branquiais, nadadeiras pélvicas e laterais, assim como Trypanosoma sp., Myxobolus sp e Haemogregarina sp. no sangue dos peixes. Em suma, esse estudo destaca a importância do monitoramento ambiental dos lagos e da saúde dos peixes para identificar riscos à população e ao ecossistema. As ações de conservação da biodiversidade aquática e o bem-estar da comunidade local. Os dados subsidiarão futuras pesquisas e medidas de proteção, destacando a necessidade de compreender e conservar os ambientes lacustres da Área de Proteção da Baixada Maranhense.

  • KAREN BIANCA DE MATOS SOUZA
  • MONITORAMENTO DA QUALIDADE DE ÁGUA E OSTRAS (Crassostrea sp.) EM ÁREA DE CULTIVO NO ESTADO DO MARANHÃO: parâmetros físicos-químicos, microbiológicos e pesquisa de Escherichia coli patogênica

  • Orientador : ICARO GOMES ANTONIO
  • Data: 26/02/2024
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  • Bactérias da Família Enterobacteriaceae apresentam grande importância em saúde pública, estando incriminadas em surtos de doenças de veiculação hídrica e alimentar, mundialmente. O monitoramento de bioindicadores de contaminação fecal, a exemplo da espécie Escherichia coli, constitui uma ferramenta auxiliar para avaliação da qualidade e segurança quanto à contaminação dos alimentos e dos locais de produção. Logo, objetivou-se com o estudo monitorar a qualidade de água e ostras em área de cultivo no estado do Maranhão, por meio de parâmetros físicos-químicos, microbiológicos e pesquisa de E. coli patogênica. A área de estudo abrangeu uma ostreicultura localizada na Ilha das Ostras, município da Raposa – MA, onde foram aferidos parâmetros abióticos in situ [temperatura (ºC), potencial hidrogeniônico (pH), salinidade e oxigênio dissolvido - OD], com a utilização de instrumento multiparâmetro. Quanto às amostras que integraram o estudo, foram realizadas doze coletas mensais, no período de agosto de 2022 à julho de 2023, com a obtenção de 24 amostras de água (duas por coleta – maré seca e cheia) e 24 pools/amostras de ostras (duas por coleta – maré seca e cheia), essas últimas constituídas, cada uma, por 15 espécimes de Crassostrea sp. Todas as amostras para análise foram acondicionadas ao abrigo de luz solar em caixas isotérmicas com gelo reciclável e transportadas ao laboratório. Em ambiente laboratorial, foi realizada a biometria das ostras (comprimento, largura e peso), quantificação de coliformes totais e E. coli para ambos os tipos de amostras sob análise e, para as ostras, adicionalmente a quantificação de coliformes termotolerantes. Dos isolados bacterianos obtidos, procedeu-se ao isolamento e identificação fenotípica e na sequência foi realizada a pesquisa de estirpes diarreiogênicas de E. coli, por reação em cadeia da polimerase (PCR). Os resultados do estudo evidenciam que as amostras de água estavam alteradas nos parâmetros abióticos (OD e salinidade) e, microbiológico (E. coli), considerando os atos normativos brasileiros vigentes. Nessas amostras, foram identificadas fenotipicamente seis espécies bacterianas: E. coli (100 %), Escherichia fergusonii (33,33 %), Citrobacter malonaticus (22,22 %), Citrobacter freundii (16,67 %), Enterobacter gergoviae (16,67 %) e Klebisiella oxytoca (16,67 %). Quanto às ostras, as seguintes espécies foram identificadas: E. coli (33,34 %), Serratia liquefaciens (11,11 %), Citrobacter koseri (11,11 %), Enterobacter aerogenes (11,11 %), Escherichia fergusonii (16,67 %), Klebisiella oxytoca (22,22 %) e Citrobacter malonaticus (27,78 %). A caracterização genotípica dos isolados identificou o gene de virulência bfpa/EPEC em 14,28 % (n= 3/21) das amostras e o gene elt/ETEC em 4,76 % (n= 1/21) das amostras analisadas, sendo os genes de virulência encontrados todos em amostras de água. Com base nos resultados obtidos conclui-se que o monitoramento da qualidade de água e ostras em área de cultivo evidenciou enterobactérias que apresentam importância higiênica e sanitária (E. coli). Adicionalmente, constata-se alteração dos níveis de oxigênio dissolvido e da salinidade. Houve a confirmação de E. coli patogênicas na área de cultivo, ressaltando um risco epidemiológico no local amostrado, comprometendo diversos usos dos recursos avaliados, inclusive a alimentação humana e continuidade da atividade produtiva se medidas sanitárias não forem implementadas. Investimentos estruturais em saneamento básico são fundamentais para minimizar a degradação ambiental resultante das atividades antrópicas e para atuar preventivamente na saúde única (saúde pública – sanidade animal – meio ambiente).  

  • LAIS SAMIRA VIEIRA BARBOSA
  • RECURSOS GENÉTICOS ASSOCIADOS AS ABELHAS NATIVAS DO MUNICÍPIO DE ARARI- MARANHÃO, MICRORREGIÃO DA BAIXADA MARANHENSE

  • Orientador : JOSÉ DE RIBAMAR SILVA BARROS
  • Data: 05/01/2024
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  • Os recursos genéticos são espécies de animais, vegetais e microrganismos que agregam valor científico, econômico e social. As abelhas são consideradas recursos genéticos devido ao serviço ecossistêmico de polinização realizado por elas, são também responsáveis pela produção de mel, própolis e alguns subprodutos. As abelhas também podem ser utilizadas em atividades de apicultura e meliponicultora, que proporcionam renda familiar, bem como benefícios sociais, ambientais e econômicos. Além das abelhas como recurso genético, é importante conhecer a flora associada as abelhas, visto que fornecem recursos florais para sua alimentação. Para que ocorra a conservação das abelhas e seus recursos genéticos associados, é necessário que haja também a participação da comunidade local, visto que eles poderão auxiliar na conservação e serem multiplicadores de informações acerca da importância e benefícios que as abelhas poderão trazer para suas comunidades. Dessa maneira, essa pesquisa teve como objetivo identificar os recursos genéticos relacionados às espécies de abelhas nativas componentes da biodiversidade na região do município de Arari-MA. A área de estudo foi o município de Arari-MA, microrregião da Baixada Maranhense. Para avaliar a percepção dos moradores acerca dos recursos genéticos associados as abelhas, foi realizado uma entrevista em formato de roda de conversa com roteiro de perguntas divididas por temáticas: 1- Conhecimento e importância das abelhas; 2- Produtos e subprodutos das abelhas; 3- Flora como recurso genético associados as abelhas. Com intuito de conhecer a Apifauna e flora utilizada pelas abelhas da região, foi realizado levantamento das abelhas nativas através de coletas de busca ativa e identificação polínica das amostras dos potes de mel e pólen de colmeias de Melipona (Melikerria) fasciculata Smith, 1854. A fim de sensibilizar as comunidades acerca da conservação das abelhas e seus recursos genéticos associados, foi realizado ações de educação ambiental. De acordo com os dados obtidos das comunidades foi possível perceber que os moradores compreendem bem as temáticas abordadas. Foram identificadas 24 espécies de abelhas nativas da família Apidae, distribuídas nas subfamílias Apinae, incluindo os gêneros Centris (8 espécies), Trigona (1 espécie), Melipona (1 espécie), Xylocopa (4 espécies), Ceratina (4 espécies), Bombus (2 espécies), Exomalopsis (1 espécie), Melitoma (1 espécie), Eufriesea (1 espécie), Euglossa sp. e subfamília Halictinae com o gênero Augochlora e Pseudoaugochlora. Nas análises polínicas dos potes de mel e pólen foram identificados 40 tipos polínicos referentes às famílias: Arecaceae, Asteraceae, Amaranthaceae, Acanthaceae, Bignoniaceae, Convolvulaceae, Fabaceae, Lamiaceae, Melastomataceae, Myrtaceae, Ochnaceae, Pontederiaceae, Rubiaceae, Solanaceae, Sapindaceae e Passifloraceae. Em relação as ações de educação ambiental, foram realizadas trilhas ecológicas, palestras, roda de conversa, visita a meliponários. As informações obtidas através da percepção dos moradores das comunidades de Arari, se configura importante, visto que há uma necessidade de entender como a comunidade entende as abelhas e seus recursos genéticos associados, para então pensar em estratégias que irão sensibilizar a população. O município de Arari possui uma riqueza maior de abelhas do que as conhecidas pelos moradores, evidenciando a importância de levantamento da apifauna na região. Em relação a flora como recursos genéticos associados às abelhas foi possível perceber que M. fasciculata utiliza de diversas plantas para retirada de recursos florais.

  • NATHÁLIA MEDEIROS GUIMARÃES
  • VARIABILIDADE GENÉTICA DE LEVEDURAS ISOLADAS DE OSTRAS DO GÊNERO Crassostrea sp. EM AMBIENTE DE CULTIVO E EXTRATIVISMO NA ILHA DE SÃO LUÍS – MA

  • Orientador : ILKA MÁRCIA RIBEIRO DE SOUZA SERRA
  • Data: 26/02/2024
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  • Compreender o papel entre os fungos e os organismos aquáticos é essencial para a ecologia desses animais, bem como para sua sanidade e saúde humana, já que alguns moluscos bivalves são amplamente consumidos, como as ostras. Neste estudo, objetivou-se identificar a variabilidade genética de espécies de leveduras isoladas em ostras do gênero Crassostrea sp. em duas áreas distintas na Ilha de São Luís, Maranhão. Para tanto, foram coletados 20 espécimes de ostras Crasostrea sp. em uma área de extrativismo, definida como área 1, no Pau Deitado (Paço do Lumiar, MA) e cultivo de ostras, área 2, na região da Ilha das ostras (Raposa, MA), em janeiro e dezembro de 2023. Concomitante, foram aferidas as variáveis ambientais da água no local em relação ao potencial hidrogeniônico (pH), temperatura (°C), salinidade (ppt) e oxigênio dissolvido com auxílio do multiparâmetro. As amostras foram levadas para o Laboratório de Microbiologia, Parasitologia e Biotecnologia na Universidade Estadual do Maranhão, onde foram feitos imediatamente o processamento microbiológico. Foram pesados 25 g do tecido muscular obtidas das ostras, maceradas até sua homogeneização e distribuídas em 3 frações de 1 g em placas de Petri distintas, acrescidas de 9 ml de meio líquido Batata-Dextrose, sendo novamente homogeneizados. Para cada uma das 3 amostras, foram realizadas diluições amostrais de 10-1 a 10-3 em tubos de ensaio, totalizando 9 diluições amostrais. Após 24 horas, cada uma das diluições foram plaqueadas em triplicata no meio de cultura sólido contendo Batata-Dextrose-Ágar, totalizando 27 amostras, incubadas em temperatura ambiente. As amostras fúngicas obtidas foram depositadas na coleção da Micoteca Prof. Gilson Soares da Silva. A região ITS do rRNA das cepas fúngicas foram amplificadas com os primers ITS1 e ITS4. Nesse sentido, as variáveis ambientais aferidas apresentaram valores dentro da faixa determinada pela legislação brasileira para locais que são utilizados para atividade de pesca. Foram identificados, no total, 9 fungos proveniente das ostras Crassostrea sp. em ambas as áreas de estudo. O sequenciamento da região ITS do rRNA evidenciou uma diversidade fúngica marinha representada pelos filos Ascomycota e Basidiomycota. Dentre eles, os isolados constituíram-se de 8 gêneros e 7 espécies, sendo eles: as leveduras Meyerozyma guilliermondii e Trichosporon asahii, além dos fungos miceliais Roussoella sp., Roussoella mediterranea, Nectria sp., Peniophora meridionalis, Eutypella sp., Penicillum citrinum, e Penicillum sp. Este, portanto, se consiste no primeiro relato das espécies fúngicas associadas em ostras Crassostrea sp. em ambiente de manguezais. Além disso, se trata do primeiro registro de Roussoella sp. e Peniophora meridionalis em ambiente marinho. O presente trabalho se destaca como base para o entendimento das associações fúngicas existentes em invertebrados marinhos, que necessitam serem melhor investigadas. Portanto, aprofundar o conhecimento sobre a interação entre fungos e moluscos bivalves não apenas contribui para a preservação dos ecossistemas aquáticos, mas também fortalece os fundamentos para a gestão sustentável de locais que são utilizados para atividades de pesca, bem como diminuem riscos para saúde alimentar pública.

  • RAYANE SERRA ROSAS
  • VARIAÇÃO ESPAÇO–TEMPORAL DA COMUNIDADE DE ZOOPLÂNCTON E DAS VARIÁVEIS AMBIENTAIS NAS ÁGUAS ESTUARINAS DO RIO ANIL, SÃO LUÍS – MA

  • Data: 13/03/2024
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  • A diversidade beta do zooplâncton e a heterogeneidade ambiental estão relacionados ao nível de degradação em um estuário de macromarés. Com isso, o estado trófico foi determinado por meio do índice multimétrico (TRIX) e associado a composição e distribuição da comunidade de zooplâncton junto as variáveis ambientais, para determinar principais características das espécies indicadoras ao longo de um estuário tropical. Nos resultados, a diversidade alfa apontou o segundo setor (SII), o mais impactado ao longo do estuário, com um declínio quando comparado ao primeiro setor (SI). Já a diversidade beta, por meio do cálculo da PERMADISP e dissimilaridade de Jaccard, evidenciaram uma heterogeneidade ambiental definida por diferenças sazonais significativas, cooperando para uma heterogeneidade biológica entre os períodos chuvoso e estiagem. A PERMANOVA apontou variações nos parâmetros ambientais como: salinidade, pH, SiO3 e NO2, apresentaram diferença significativa tanto sazonal quanto setorialmente (p<0,05). A comunidade foi composta por 74 táxons, cujo 75,7% foi representado pelo grupo dos copépodes, principalmente pelas famílias Oithonidae e Paracalanidae com o maior número de espécies. Quanto à diversidade alfa, a comunidade estudada apresentou uma média diversidade, baixa riqueza e heterogênea. Quanto ao IndVal, este determinou 15 táxons entre eles destacam-se os copépodes Euterpina acutifrons, Clytemnestra scutellata, Debilus swelli e Notodiaptomus sp. sendo nove representantes do SI (60%) e seis o SII (40%). Portanto, através da pesquisa se pode determinar os filtros ambientais e as espécies indicadoras que compõem a dinâmica do estuário, assim como o estado trófico atual para o diagnóstico do ecossistema.

  • RAYSSA ADRYELLE COSTA BEZERRA
  • AVALIAÇÃO DA INTEGRIDADE BIÓTICA DA ICTIOFAUNA DE POÇAS DE MARÉ USANDO BRUVS (BAITED REMOTE UNDERWATER VÍDEO SYSTEMS) EM PRAIAS DA ILHA DO MARANHÃO.

  • Orientador : MARINA BEZERRA FIGUEIREDO
  • Data: 04/01/2024
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  • Na zona intertidal de praias pode ocorrer a formação de poças de maré, depressões onde a água do mar fica represada no período de baixamar. Nesses locais, indivíduos de diferentes espécies encontram abrigo e proteção contra predadores e se desenvolvem até chegar à fase adulta, contribuindo para a manutenção da biodiversidade local. Nesses ambientes, onde o nível de estresse é elevado devido às alterações bruscas nos parâmetros ambientais, o uso de metodologias não invasivas é fundamental para garantir a permanência das assembleias. O Baited Remote Underwater Video System (BRUVS) é uma metodologia de observação de comunidades que permite uma amostragem não invasiva e não extrativa da ictiofauna, mas que ainda não foi testada em ambientes intertidais. Por essa razão, o presente estudo teve como objetivo avaliar a integridade biótica de poças de maré utilizando o BRUVS e verificar sua eficácia na determinação do estado ecológico de diferentes localidades. As observações foram realizadas entre os meses de outubro de 2022 e agosto de 2023 em ambientes intertidais das praias do Araçagy e Panaquatira, litoral amazônico maranhense. As ocorrências de espécies registradas com o BRUVS foram transformadas em um índice de integridade biótica (IIB) a fim de auxiliar na avaliação da técnica de amostragem. No total, foram observados 1585 indivíduos sendo, em sua maioria, juvenis. As espécies mais abundantes foram Lutjanus jocu e Bathygobius soporator. O IIB revelou que a qualidade ambiental das praias do Araçagy e Panaquatira, classificam-se como boa e regular, respectivamente. Parâmetros abióticos diferentes interferem na abundância de indivíduos nas praias estudadas, sendo a turbidez da água um fator limitante para a metodologia. Os resultados sugerem que deve haver uma padronização da metodologia para os ambientes estudados, assim como uma associação do BRUVS a outras metodologias para se obter resultados mais confiáveis.

  • RODNEY NASCIMENTO LUCAS
  • IMPACTOS DA MINERAÇÃO NA ESTRUTURA DA COMUNIDADE DE PEQUENOS MAMÍFEROS NÃO VOADORES DA AMAZÔNIA ORIENTAL

  • Data: 16/02/2024
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  • A retirada de cobertura vegetal altera a complexidade estrutural e heterogeneidade do habitat afetando serviços ecossistêmicos oferecidos pelos pequenos mamíferos e também na estruturação de suas comunidades. Neste estudo testamos a influência da mineração na estruturação das comunidades de pequenos mamíferos não voadores em fragmentos de Floresta Ombrófila Densa na Amazônia Leste. A amostragem ocorreu durante três anos por meio de armadilhas live trap e pitfall trap em três diferentes fragmentos influenciados por mineração, sendo A1 (320m), A2 (1700m) e A3 (2800m). A alta riqueza e diversidade se concentraram nos fragmentos mais distantes da mineração, sendo composta por espécies com pouca tolerância a ambientes antropizados como Cryptonanus agricolai e Rhipidomys emiliae, já que estas são mais sensíveis a ruídos, fragmentação do habitat e disponibilidade de recursos. Em contraste, o fragmento mais próximo foi composto por espécies mais generalistas e tolerantes a perturbações como Monodelphis domestica e Didelphis marsupialis que são típicas de ambientes perturbados. O entendimento da relevância ecológica dos mamíferos indica que a sua extinção compromete a regeneração das florestas, aumenta a interação de espécies silvestres com seres humanos e eleva a disseminação de espécies invasoras. Os estudos futuros devem priorizar as consequências da perda da diversidade funcional, o que possibilitaria estimar quais funções específicas seriam perdidas pelas espécies silvestres para então entender aspectos mais complexos como diversidade filogenética que detecta de maneira mais sensível as respostas das espécies às mudanças ambientais, já que as relações de parentesco entre as espécies são levadas em consideração.

  • VITOR EMANOEL CHAVES MOURA
  • HABITAT USE AND TEMPORAL CHANGES IN THE ABUNDANCE OF NONFLYING MAMMALS IN COMMUNITIES IN THE AMAZON AND CERRADO IN THE MID-NORTH OF BRAZIL

  • Orientador : TADEU GOMES DE OLIVEIRA
  • Data: 30/03/2024
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  • A parte oeste do estado do Maranhão passa por um forte processo de degradação e fragmentação, resultado de diversos fatores. Na área do Cerrado, a perda de cobertura natural atingiu > 50% da área total. O estudo foi realizado em três áreas, uma área protegida privada de Reentrâncias Maranhenses no bioma Amazônia e as outras duas áreas estão dentro do Cerrado, uma na região centro-sul do Parque Estadual do Mirador e outra em área próxima a ele. Todas as regiões foram amostradas ao longo de um período de 3 anos, totalizando 12 pesquisas. Modelos lineares generalizados (GLMs) foram utilizados para testar diferenças nas relações ecológicas entre diferentes grupos e espécies. Os dados coletados foram analisados em diversas fontes e extraídos utilizando QGIS em R. Para as estimativas de abundância, utilizou-se o índice de abundância relativa. Após um esforço amostral de 13.760 armadilhas-noite, registramos 25 espécies de mamíferos de médio e grande porte, das quais 15 foram utilizadas nas análises do GLM. A composição e abundância de espécies de mamíferos de médio e grande porte variou devido aos diferentes graus de perturbações antrópicas, o que resultou em declínios populacionais em um curto espaço de tempo. A espécie tinha mais afinidade por ambientes com cobertura vegetal mais densa, mais distantes de assentamentos humanos e, diferente do que se imaginava, longe da água. Nossas descobertas demonstram que, em nível local, os locais estudados têm o potencial de salvaguardar uma parcela considerável da biodiversidade regional de mamíferos de médio e grande porte

  • ZAIRON MARCEL DE MATOS GARCÊS
  • HERPETOFAUNA DO MEIO-NORTE: COMPOSIÇÃO E DIVERSIDADE DE ESPÉCIES NAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA DE BACIAS HIDROGRÁFICAS MARANHENSES

  • Orientador : LIGIA TCHAICKA
  • Data: 30/01/2024
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  • Vários estudos mostram que a herpetofauna possui alta riqueza e ainda há pouco conhecimento em escala nacional. Muitas são as dúvidas taxonômicas, informações sobre a distribuição e identificação de espécies bem como composição de comunidades. Nesse contexto, estudos em áreas pouco amostradas, especialmente em zonas de transição de biomas, adquirem importância para a melhor delimitação da riqueza de espécies. No Estado do Maranhão, além da conjuntura ecotonal, a acentuada degradação ambiental de seus principais biomas, ressaltam a urgência de catalogar e reconhecer a diversidade biológica, considerando a presença de diversas paisagens e fitofisionomias, como a vegetação de babaçu, o cerrado, a floresta amazônica, os campos inundáveis e as áreas de mangue. O desmatamento e as alterações nas paisagens naturais são históricos no Maranhão, resultando na perda de cobertura florestal e de biodiversidade. Para este estudo, foram inventariadas cinco unidades amostrais em diferentes regiões hidrográficas e fitofisionomias diferenciadas. Para tanto, foram usadas metodologias como procura visual e armadilhas de interceptação e queda para a coleta de espécimes. Como resultado, foram realizados 170 registros somados entre espécies de anfíbios e répteis, exaltando a riqueza, distribuição e composição de espécies dentre as áreas de influência. Em destaque, as áreas ecotonais obtiveram significativa riqueza de espécie para este estudo. A área de transição na Bacia do Tocantins, localizada entre os biomas do Cerrado e Amazônia foi área de composição mais rica contendo espécies endêmicas de vários biomas. As demais áreas obtiveram composição heterogênea apesar de diversos registros únicos exaltando a influência dos biomas. Também notou-se a influência da degradação ambiental e alteração das paisagens como fator importante para presença de espécies generalistas. Algumas espécies tiveram suas distribuições confirmadas para o Estado, assim como ampliação de distribuição para outras regiões, bacias e biomas.

2023
Descrição
  • AMANDA MARQUES DE SOUSA
  • PERFIL MICROBIOLÓGICO DE TILÁPIAS DO NILO (Oreochromis niloticus) COMERCIALIZADAS NA CIDADE DE SÃO LUÍS – MA

  • Orientador : ILKA MÁRCIA RIBEIRO DE SOUZA SERRA
  • Data: 02/02/2023
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  • O pescado é um alimento bastante suscetível a deterioração e a ausência de cuidados em toda a cadeia produtiva pode comprometer a qualidade do pescado comercializado. Nesse contexto objetivou-se com o estudo avaliar o perfil microbiológico de tilápias comercializadas na cidade de São Luís e as condições higiênico-sanitárias de comercialização dos peixes e os possíveis riscos à saúde pública. Foram realizadas a quantificação de coliformes totais e termotolerantes, pesquisa de Escherichia coli, Salmonella sp., enumeração de Staphylococcus coagulase positivo e negativo, aeróbios mesófilos e identificação de fúngica em vinte e quatro amostras de peixes que foram coletadas no período de janeiro a dezembro de 2022 em quatro feiras do município de São Luís – MA. Os resultados obtidos foram confrontados com a Instrução Normativa – IN nº 331 de 2019 da ANVISA. Para a avaliação das comndições de higiênicosanitárias dos locais de comercialização utilizou-se um checklist baseado na Resolução-RDC nº 275 de 2002 da ANVISA. Observou-se que os locais de comercialização A, C e D apresentaram condições insatisfatórias de acordo com o checklist adpatado. A presença de Salmonella sp. foi confirmada em 4,17% (N=1) das amostras e estas estão em desacordo com a legislação vigente. A quantificação aceitável de Staphylococcus coagulase positiva foi detectada em 58,33% (N=14) das amostras, intermediário 29,17% (N=7) e nenhuma das amostra esteve inaceitável de acordo com a legislação. A presença de E. coli não foi detectada nas amostras estando em conformidade com valores estabelecidos na legislação. Foram quantificados coliformes totais em 100% (N=24) das amostras e coliformes termotolerantes em 25% (N=6) com populações bacterianas que variaram de <3 NMP/g a >1.100 NMP/g. Para aeróbios mesófilos obteve-se a ausência em todas as amostras. Nas análises fúngicas revelaram presença de leveduras em 79,16% (N=19) das amostras, foi possível identificar três gêneros e duas espécimes de leveduras, Trichosporon sp. com a espécie Trichosporon asahii, Rhodotorula sp., Yarrowia sp. com a espécie Yarrowia lipolytica. Dentre elas os gêneros Trichosporon e Rhodotorula tem sido associadas a infecções humana e podem ser isoladas em diversos locais, o gênero Yarrowia vem sido utilizado na suplementação de peixes. A quantificação e isolamentos desses micro-organismos nesse estudo evidencia um grau de contaminação elevado no local amostral podendo levar sérios riscos à saúde dos consumidores. A contaminação pode ter origem difusa a exemplo das condições higiênico-sanitárias insatisfatória de manipulação, transporte e processamento; e do ambiente de onde são retirados, o ambiente aquático.

  • ANNE RITHELLY CONCEIÇÃO VIANA
  • COMPOSIÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DO MICROZOOPLÂNCTON EM ÁREAS DO COMPLEXO ESTUARINO DE SÃO JOSÉ – MA

  • Orientador : ANDREA CHRISTINA GOMES DE AZEVEDO CUTRIM
  • Data: 15/03/2023
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  • O estudo sobre a comunidade microzooplanctônica se faz importante, visto que auxilia na alimentação e desenvolvimento de organismos aquáticos e alguns desses indivíduos representam a fase inicial do ciclo de vida destes animais que são importantes para a economia e subsistência da comunidade local. Este trabalho teve o objetivo avaliar a composição e distribuição do microzooplâncton no Complexo Estuarino de São José (CESJ), Maranhão. As coletas foram realizadas em duas áreas do CESJ, no período de estiagem (PE), no período de transição (PT) e no período chuvoso (PC), sendo realizadas três campanhas por área, com três pontos amostrais em cada, totalizando 18 amostras, durante as marés de sizígias, em que Área A1, na foz do rio Paciência, com os pontos P1, P2 e P3 e a A2, na desembocadura do rio Tibiri, com os pontos P4, P5 e P6. As amostras foram coletadas através de arrasto horizontal e subsuperficial (50cm) na água com rede de plâncton, malha de 120 µm e fluxômetro, durante 10 minutos. Durante o estudo foram identificados 62 táxons distribuídos em sete filos, sendo o filo Arthopoda o mais representativo, correspondendo a 73% da amostragem. A família Paracalanidae foi a que obteve maior riqueza de espécies, sendo elas: Paracalanus crassirostris, Paracalanus nanus, Paracalanus indicus, Paracalanus aculeatus, Delius sewelli. Táxons como Euterpina acutifrons, Haparticoida (nauplios), Cirripedia (nauplios) foram constantes em todos os períodos sazonais nas duas áreas estudadas, já Ctenocalanus vanus apresentou-se como acessório em ambas as áreas. A diversidade expressou os menores valores no PE, variando de 1,68 a 2,67 bits.ind-1 , sendo que os pontos P2 e P5 indicaram baixa diversidade e os demais pontos (P1, P3, P4 e P6). A equitabilidade oscilou entre 0,55 e 0,79, indicando média a alta equitabilidade. A riqueza foi elevada em PE variando de 5,8 a 7,5 principalmente nos pontos P1 e P4. No período chuvoso (PC) os valores se mantiveram semelhantes, variando entre 5,9 e 7,9. A Análise de Componentes Principais correlacionou positivamente a densidade da comunidade de zooplâncton com o fósforo total e inversamente com a pluviosidade e com a amônia.

  • ELIDA JESANA SANTANA CUNHA
  • EFEITOS DAS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS SOBRE O CRESCIMENTO DO ACARÁ PRETO, Cichlasoma bimaculatum CAPTURADO NA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DA BAIXADA MARANHENSE - AMAZÔNIA LEGAL DO MARANHÃO

  • Data: 30/03/2023
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  • Esta pesquisa propôs analisar os efeitos das alterações climáticas sobre o crescimento da ictiofauna presentes na área de Proteção Ambiental da Baixada Maranhense, utilizando como modelo alevinos da espécie Cichlasoma bimaculatum (acará preto), afim de compreender impactos do aquecimento global. Foram capturados 160 alevinos com peso médio de 2,1 gramas, no rio Pericumã no Município de Pinheiro – MA, o transporte dos peixes em sacos plástico até o laboratório, não teve prejuízos à saúde dos mesmos e obteve ausência de mortalidade significativa. Os peixes foram submetidos à biometria inicial (e a cada quinze dias); para o experimento os peixes foram distribuídos em um sistema composto por 16 aquários de 30 litros, divididos em quatro tratamentos: T1, T2, T3 e T4 (26, 29, 32 e 35 ºC, respectivamente); e permaneceram durante 90 dias. Por meio das biometrias os peixes foram submetidos a uma série de análises afim de avaliar a influência da temperatura no crescimento em peso e comprimento, também foram coletadas amostras de sangue de seis exemplares por tratamento, via punção caudal com seringas de insulina (1 mL), para avaliar o nível de estresse, por fim, também foram realizadas fotodocumentações para avaliar o efeito das diferentes temperaturas sobre a capacidade de mimetismo dos peixes, através da inteligência artificial do sistema RGB e Luminosidade. Feito a análise da temperatura no Estado do Maranhão através dos dados do INMET, no período de 49 anos, o calculo das médias mostraram que a temperatura aumentou de forma significativa com diferença de 1,66 °C comparado a média dos cinco primeiros anos e dos cinco últimos anos analisados, para a precipitação, os dados apresentados mostram que a quantidade de chuvas pode estar diminuindo. O crescimento em peso dentre as temperaturas não obteve diferença estatística, mas foi observado melhor desempenho para os tratamentos T1 (26 °C) e T3 (32 °C), com destaque para o T3 (cuja taxa de sobrevivência, foi registrada maior valor), e sugere a possibilidade destes atingirem uma proporção sexual diferenciada e existe a possibilidade de que estes espécimes também possam atingir sua maturação sexual mais rapidamente do que aqueles sob temperaturas inferiores. Através da coleta sanguínea, observamos na estatística que não há fator de estresse significativo entre as temperaturas de 26 e 29ºC, mas há diferença entre a temperatura 26ºC e as temperaturas de 32 e 35 °C. Ao final do experimento ficou demonstrado que os peixes tiveram a coloração mais próximo ás cores vermelho (R- red), em seguida do verde (G- green), por último azul (B- blue), em todas as temperaturas testadas e, se mantiveram no mesmo padrão de valores médios entre os cromas, mas não houve diferença estatística significativa na primeira biometria e, na última os peixes mantiveram uma estabilidade e padrão de coloração durante o tempo determinado nas respectivas temperaturas. Certamente, o aquecimento global promove o aumento da temperatura e altera o comportamento da pluviometria, podendo acarretar prejuízos para a biodiversidade, como as áreas de proteção ambiental e a ictiofauna. Entendemos que a temperatura da água afeta diretamente no desenvolvimento mentabólico, fisiológico, corporal e comportamental dos peixes, pois as altas temperaturas resultam em crescimento mais acelerado, provocam alterações na proporção e maturação sexual de forma precoce e fora do normal. Mas, os peixes continuam evoluindo e se adaptando às novas características afim de sobreviver e manter a espécie.

  • GREICIENE DOS SANTOS DE JESUS
  • CARACTERIZAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE ÁGUA E PEIXES DE ÁREA QUILOMBOLA DO MUNICÍPIO DE ANAJATUBA, MARANHÃO: indicadores higiênico-sanitários, estirpes diarreiogênicas de Escherichia coli e genes enterotoxigênicos de Estafilococos coagulase positiva

  • Data: 31/01/2023
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  • Objetivou-se caracterizar a qualidade microbiológica de peixes e da água de área quilombola do município de Anajatuba - MA, por meio do diagnóstico de micro-organismos indicadores higiênico-sanitários e detecção de estirpes diarreiogênicas de Escherichia coli e genes enterotoxigênicos de estafilococos coagulase positiva. Para isso, foram coletadas amostras de água e peixe em ambiente alagável, em dois períodos sazonais (seco e chuvoso), da comunidade quilombola de Ponta Bonita. Parâmetros abióticos (pH, oxigênio dissolvido, condutividade, temperatura) foram aferidos in situ e coletadas quatro amostras de água do ambiente alagável. Os exemplares de peixes capturados, 21 Hoplerythrinus unitaeniatus (jeju) e 21 Cichlasoma bimaculatum (acará preto) foram transportados vivos em caixas isotérmicas em oxigenação até a Universidade Estadual do Maranhão. Em ambiente laboratório, foi realizada a quantificação de coliformes totais e E. coli nas amostras de água e análises físico-químicas complementares (alcalinidade, cloretos, sólidos totais dissolvidos, nitrato, nitrito, ferro e turbidez). Após a eutanásia dos peixes, foi procedida à coleta de fragmentos musculares e realização das análises microbiológicas para caracterização da qualidade microbiológica dos peixes coletados: enumeração de bolores e leveduras, micro-organismos mesófilos aeróbios estritos e facultativos viáveis e de Estafilococos coagulase positiva (ECoP), quantificação de coliformes totais e termotolerantes, pesquisa de E. coli e Salmonella sp. Das amostras positivas para E. coli e ECoP procedeu-se ao isolamento e identificação bioquímica dos isolados, seguido da extração do DNA das culturas puras e caracterização dos isolados por análise molecular. Os resultados do estudo evidenciam que as amostras de água estavam alteradas nos parâmetros físico (turbidez), químico (OD, STD e ferro) e microbiológico (coliformes totais e E. coli). Quanto à caracterização microbiológica dos peixes, 9,52% (n= 04/42) foram considerados inaceitáveis para consumo humano para Salmonella. A enumeração de ECoP variou de <10 a 3,9 x 104 ECoP/g, sendo 9,52% (n= 04/42) considerados com padrão intermediário e 4,76% (n= 02/42) inaceitáveis para consumo. Do total de isolados, 33,34% (n= 6/18) eram estafilococos coagulase positiva (ECoP) e 66,67% coagulase negativa. Dos seis isolados de ECoP, três continham genes codificadores das enterotoxinas estafilocócicas SEC e SEE e um isolado de estafilococos coagulase negativa foi detectado o gen see produtor de enterotoxina estafilocócica (SE). A quantificação de E. coli variou de 3,6 a >1.100 E. coli/g, sendo 4,76% (n= 02/42) considerados com padrão intermediário e 4,76% (n= 02/42) considerados inaceitáveis para consumo. Foram obtidos 40 isolados bacterianos em peixes e 20 das amostras de água que se comportaram conforme o esperado para o padrão da espécie E. coli nos testes bioquímicos. Com as análises 7 moleculares, foram identificados em 10 isolados de água, genes de virulência característicos dos patótipos diarreiogênicos EPECa, EPECt e ETEC e em 30 isolados de peixes, os patótipos ETEC, EPECt e STEC. A quantificação de coliformes totais e termotolerantes e enumeração de micro-organismos aeróbios estritos e facultativos viáveis e bolores e leveduras revelou elevadas populações bacterianas o que sugere más condições higiênicas do local de captura, matéria-prima contaminada, além risco da presença de patógenos fecais. Com base nos resultados obtidos conclui-se que a caracterização microbiológica de H. unitaeniatus e C. bimaculatum evidenciou micro-organismos indicadores higiênico-sanitários da legislação brasileira, micro-organismos indicadores do tempo útil de conservação e micro-organismos indicadores de condições higiênicas insatisfatórias. A presença desses agentes demonstra desequilíbrio do ambiente estudado. Do ponto de vista da saúde pública, torna-se importante e necessária uma campanha educacional dirigida aos quilombolas para conscientização sobre as boas práticas de biosseguridade, principalmente relacionada à existência de outros animais próximos, como aqueles criados com finalidade pecuária (suínos, bovinos e bubalinos) e a necessidade do monitoramento microbiológico e físico-químicos periódico do ambiente alagável.

  • HANNA KAROLINA SOUSA SILVA SOARES
  • CARACTERIZAÇÃO E CONSERVAÇÃO DO SÊMEN DO SARNAMBI Anomalocardia flexuosa (BIVALVE; VENERIDAE) NA COSTA DE MANGUEZAIS DE MACROMARÉ DA AMAZÔNIA

  • Data: 10/03/2023
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  • Os moluscos bivalves são invertebrados marinhos de alto valor comercial e social para muitos locais do mundo, incluindo o Brasil. Atualmente, estudar a qualidade dos gametas têm se tornado uma ferramenta aliada para a reprodução assistida, gerando benefícios para atividade da aquicultura e para conservação das espécies de moluscos bivalves. Nesse sentido, objetivouse com esse estudo descrever as características seminais, avaliar o efeito da salinidade e o efeito da toxicidade de crioprotetores no sêmen do sarnambi Anomalocardia flexuosa com vistas a determinação futura de um protocolo de criopreservação para a produção e conservação da espécie. Os animais foram coletados em uma região de manguezais da Costa de Manguezais de Macromaré da Amazônia. Vinte machos de sarnambi medindo 25,12±2,36 mm foram utilizados para aferição dos seguintes parâmetros seminais: volume (μL), taxa de motilidade (%), duração da motilidade (s), concentração espermática (número de espermatozoides por mL) e morfometria da cabeça dos espermatozoides usando o software ImageJ. Para avaliar o efeito da salinidade sobre a motilidade dos espermatozoides, testamos sete concentrações de salinidade (15, 20, 25, 30, 35 e 45). Três crioprotetores (CPAs): dimetilsulfóxido (DMSO), etilenoglicol (EG) e polietilenoglicol (PEG) em três concentrações diferentes foram usados para avaliar o efeito tóxico sobre a motilidade do sêmen refrigerado a 4°C por 10 minutos. Nesse estudo descrevemos os valores de volume (8,35±3,97μL), motilidade (76,98±14,13%), concentração (2,03x109±1,67x109 spmz/mL). Os espermatozoides foram ativados em todas as salinidades testadas com maior percentual de células móveis no tratamento de salinidade 30. A combinação de 5% de PEG diluído em água do mar exibiu o menor efeito tóxico sobre a cinética dos espermatozoides. O presente estudo fornece dados importantes sobre a biologia dos gametas de A. flexuosa que poderão ser usados para fins de reprodução assistida e conservação da espécie. Contudo, recomendamos que seja investigado outros parâmetros (pH, pressão osmótica, viabilidade), para avaliar o sêmen in natura, refrigerado e criopreservado e posteriormente propor um protocolo eficaz de crioconservação do sêmen da espécie em estudo.

  • IZABELA ALVES PAIVA
  • SOROVARIEDADES DE Leptospira sp. CIRCULANTES EM DUAS ESPÉCIES DE PEIXES NEOTROPICAIS EM ÁREA LACUSTRE MARANHENSE, BRASIL

  • Data: 27/12/2023
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  • A leptospirose é uma zoonose de distribuição cosmopolita cujo agente etiológico pode infectar diferentes espécies animais e acidentalmente o ser humano. Apesar da ampla variedade de hospedeiros existe escassez de estudos sobre a ocorrência da enfermidade em espécies de habitat aquático. Nesse sentido, objetivou-se diagnosticar as sorovariedades de Leptospira sp. circulantes em duas espécies de peixes neotropicais de área quilombola maranhense. Para isso, o estudo foi dividido em três etapas: (i) levantamento bibliográfico sobre a temática em estudo, com busca nas bases de dados Pubmed, SciELO, Periódicos Capes, Catálogo de Teses e Dissertações Capes, Teses e Dissertações de Programas de Pós-graduação do estado do Maranhão, além de sites de Órgãos Oficiais, utilizando como estratégias de busca os conectores booleanos e sinais, de acordo com a metodologia de cada base de dados e também, critérios de inclusão e exclusão; (ii) atividade de campo com a aferição dos parâmetros abióticos (temperatura, potencial hidrogeniônico e salinidade) da água do ambiente de captura dos peixes, com a utilização de instrumento multiparâmetro e, captura de 42 exemplares de peixes, sendo 21 Hoplerythrinus unitaeniatus (jeju) e 21 Cichlasoma bimaculatum (acará preto). Os peixes capturados foram transportados vivos em caixas isotérmicas com água proveniente do local de captura provida de equipamento para oxigenação da água até a Universidade Estadual do Maranhão. Em ambiente laboratorial, amostras sanguíneas foram coletadas por canalização de veias branquiais. Os soros obtidos foram submetidos à pesquisa de aglutininas anti-leptospiras contra 25 sorovares do complexo Leptospira sp. por meio da técnica de soroaglutinação microscópica; e, (iii) elaboração de guia orientativo sobre a saúde e meio ambiente em comunidades quilombolas. Como resultados da primeira etapa do estudo, tem-se que as bactérias identificadas no levantamento bibliográfico foram os coliformes totais e termotoleantes, Escherichia coli, Salmonela spp., Aeromonas cavie, A. hidrophila, A. veroni biovar veron, A. schubertii, A. trota, Staphylococcus sp. e coagulase positiva, Citrobacter sp. e Serratia odirifera. Nenhuma das bactérias identificadas, nesse levantamento, está incluída na lista de doenças de notificação obrigatória do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e, Organização Mundial de Saúde Animal. Quanto à segunda etapa do estudo, no ambiente amostrado constatou-se características favoráveis à sobrevivência da Leptospira sp. como a baixa velocidade das águas; pH de 7,31; e, temperaturas de 28,3 °C. A ocorrência total de aglutininas anti-Leptospira no estudo foi de 80,95% (n=34/42) com títulos que variaram de 1:100 a 1:400. As sorovariedades do complexo Leptospira sp. mais frequentes foram: Pomona, Hebdomadis, Butembo, Copenhageni, Cynopteri, Panama, Sentot, Bratislava, Icteriohaemorragiae, Pomona variante Bubalinos, Pyrogenes, Whitcombi. A leptospirose, doença infecciosa, documentada mundialmente em diversas espécies animais e no homem, infecta os peixes nativos H. unitaeniatus e C. bimaculatum com elevados percentuais de ocorrência. São necessárias ações de educação em saúde junto à comunidade quilombola sobre os riscos da utilização da água e dos recursos pesqueiros oriundos do ambiente alagável estudado. Também se faz necessário, a investigação das fontes de infecção para os peixes e a aplicação de medidas adequadas para a prevenção de leptospirose nessa área geográfica. Espera-se que os resultados obtidos nesse estudo e o guia orientativo elaborado na terceira do estudo possam auxiliar na discussão e elaboração de estratégias de controle para a leptospirose em áreas quilombolas que tem a economia pautada, sobretudo, na pesca artesanal.

  • KELLY FERNANDA DE SOUSA SANTOS
  • HÁBITOS ALIMENTARES, MORFOLOGIA E MORFOMETRIA OTÓLITICA DE PEIXES EM UMA ÁREA DA COSTA AMAZÔNICA, LITORAL DO MARANHÃO, BRASIL

  • Data: 13/02/2023
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  • O conhecimento da ecologia das espécies aquáticas permite acrescentar informações essenciais para a compreensão da dinâmica populacional da espécie alvo em estudo, servindo como base para a fundamentação de metodologias de manejo e conservação das espécies marinhas. Portanto, o presente estudou inicialmente analisou os hábitos alimentares das espécies de peixe Bagre bagre e Nebris microps nas estações chuvosa e seca. Posteriormente realizaram-se as análises morfológica e morfométrica das espécies Bagre bagre, Lutjanus synagris e Nebris microps adquiridos em uma área de pesca na Costa Amazônica, Litoral do Maranhão, nos anos de 2019 e 2021. Para os estudos de hábitos alimentares foram coletados 308 espécimes do B. bagre e 237 de N. microps sendo considerada a variação temporal (época chuvosa e período de estiagem) do período coletado. Todos os conteúdos estomacais foram identificados no menor nível taxonômico possível, sendo calculada a frequência de ocorrência, biomassa e frequência numérica dos itens identificados. Para análise de similaridade e formação de grupos quanto aos itens alimentares de acordo com as estações utilizou-se o nMDS (Ordenação de escala multidimensional não-métrica) que identifica a relação (dissimilaridade) das amostras, evidenciando os grupos que se formam a partir de determinada característica, usando a distância de Bray-Curtis. Para os otólitos das espécies Bagre bagre, Lutjanus synagris e Nebris microps foram organizados em classes baseado nas variáveis de peso e comprimento, através da fórmula de Sturges. Posteriormente foi realizado a relação entre o tamanho do otólito (comprimento e peso) com o tamanho do peixe (comprimento padrão e peso total), determinada através do modelo de regressão linear (y = a + bx). Para a descrição morfológica, foram selecionados os otólitos de três exemplares, por classe de comprimento padrão (10mm). Os caracteres morfológicos analisados foram de acordo a literatura padrão, sendo selecionados os seguintes caracteres: tipo de otólito, formato da abertura do sulcus, posição do sulcus e forma do otólito. Analisando ambas estações quanto ao índice de repleção, é perceptível que as classes mais representativas para ambas as espécies foi a parcialmente vazio (B=39,63% e N= 36,6%). Já a de menor foi para B. bagre vazio (13,94%) e para N. microps parcialmente cheio (16,35%). Para o grau de digestão, as classes mais representativas, para ambas as espécies, foram a de semi digerido (B=62,75% e N= 51,64%) e a menor foi a de não digerido (B=6,3% e N= 15,3%). Foram analisados 270 itens que foram quantificados e identificados na análise do conteúdo estomacal do B. bagre, sendo representados por itens de origem animal, vegetal e antropogênica, classificados em 5 categorias: Anellida, Crustácea, Diversos, Vegetais e Teleósteos, sendo possível a identificação a nível de espécie apenas de alguns itens, em razão da alta ação da digestão. Para a espécie N. microps foram identificados e quantificados 152 itens estomacais, sendo classificados por itens de origem animal, vegetal e antropogênica, e organizados em 4 categorias: Crustácea, Diversos, Vegetais e Teleósteos, sendo possível a identificação a nível de espécie de alguns itens, em razão da alta ação da digestão. O nMDS permitiu a formação de dois grupos para B. bagre e para N. microps três grupos, ambos os casos com 60% de similaridade. Quanto à análise dos otólitos para os três pares respectivamente de cada espécie, foi aplicado o teste T, onde não mostrou em nenhum dos três casos diferenças significativas entre o otólito do lado esquerdo e direto. As correlações lineares para a espécie Bagre bagre para comprimento do peixe e do otólito foram de 0,9129 e 0,9652 respectivamente. Já para Lutjanus synagris foram os coeficientes 0,9425 e 0,8745, enquanto que para Nebris microps 0,9597 e 0,8636 respectivamente. A classificação morfológica das espécies Lutjanus synagris e Nebris microps são do tipo saggita e da espécie Bagre bagre do tipo lapillus. Desta forma, as análises das dietas alimentares como a morfologia e morfometria otólitica de espécies de importância comercial são relevantes e servem como metodologia básica para o conhecimento mais específico da ictiofauna maranhense, como também, parâmetro para estudos posteriores.

  • LILIANE DO SOCORRO ALMEIDA ALVES
  • BIOMARCADORES HISTOLÓGICOS EM Ucides cordatus (CRUSTACEA, DECAPODA): MODELAGEM PREDITIVA COMO SUBSÍDIO PARA O MONITORAMENTO DE ÁREAS PORTUÁRIAS NO MARANHÃO

  • Data: 26/05/2023
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  • O complexo portuário localizado na baía de São Marcos em São Luís do Maranhão é um dos principais propulsores da economia do estado. Além da relevância econômica por abrigar o complexo portuário maranhense, na baía de São Marcos também encontram-se faixas de manguezais, importante zona ecológica, que em contrapartida é também altamente sensível a variações ambientais (naturais ou antropogênicas). Uma estratégia eficaz para avaliar possíveis alterações ambientais nessa área é realizar a análise de alterações histológicas em Ucides cordatus, uma espécie nativa de manguezais, com importante papel ecológico e socioeconômico. Outra metodologia muito promissora em programas de monitoramento ambiental é a utilização de modelos preditivos baseados em biomarcadores. Assim objetivou-se com este estudo propor um modelo preditivo baseado em biomarcadores histológicos em Ucides cordatus que possa ser utilizado no monitoramento de áreas portuárias associadas a manguezais. Para isso, foram realizadas coletas na região do Coqueiro (área portuária) e na Ilha dos Caranguejos (APA da Baixada Maranhense), durante os períodos de estiagem e chuvoso nos anos de 2016 a 2019. Os procedimentos referentes à biometria e à histologia dos espécimes coletados foram realizados no Laboratório de Biomarcadores em Organismos Aquáticos (LABOAq) da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). Os caranguejos coletados na região do Coqueiro mostraram-se menores e com menor massa corporal que os espécimes coletados na Ilha dos Caranguejos. As alterações histopatologicas também foram mais recorrentes nos espécimes da região portuária. Houveram correlações tanto positivas quanto negativas desses parâmetros em ambas as áreas e períodos sazonais, destacando-se a correlação negativa entre as alterações branquiais: ruptura das células pilastras, necrose e colapso lamelar. E também a correlação entre as alterações hepáticas lúmen anormal e células B vacuolizadas, que foram as duas alterações de maior ocorrência nos tecidos hepáticos analisados. Foi adaptado um modelo baseado na correlação entre os parâmetros biométricos e as alterações histopatológicas, através da regressão polinomial de ordem 3 e 4, onde foi evidenciada a relação inversamente proporcional entre esses parâmetros.

  • MARGARETH MARQUES DOS SANTOS
  • BIOMARCADORES E FAUNA PARASITÁRIA EM Pygocentrus nattereri (Kner, 1858) PARA O MONITORAMENTO DE AMBIENTE LACUSTRE DA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DA BAIXADA MARANHENSE

  • Data: 12/04/2023
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  • A baixa qualidade da água e a modificação dos seus parâmetros pode gerar um desequilíbrio nos ecossistemas aquáticos, interferindo na sanidade dos peixes. Assim, o objetivo dessa pesquisa é avaliar os biomarcadores histológicos e mutagênicos, associado ao levantamento da fauna parasitária de Pygocentrus nattereri para monitorar o impacto ambiental no lago de Viana, localizado na Área de Proteção ambiental da Baixada Maranhense. Em campo foram aferidos parâmetros físico-químicos da água e coletadas amostras para análise microbiológica e concentração de elementos traço e fósforo, bem como amostras de sedimento para igual análise em dois pontos amostrais, durante o período chuvoso e seco. Foram coletados 40 espécimes de Pygocentrus nattereri, sendo 20 em cada período e 10 em cada ponto para análise de biomarcadores histológicos, mutagênicos e fauna parasitária. Os valores de oxigênio dissolvido (OD), pH, condutividade, coliformes totais, Escherichia coli., alumínio, ferro, chumbo, fósforo, manganês e cobre apresentaram em desacordo com a legislação para as análises de água. Para o sedimento, o arsêrnio e o mercúrio mostraram concentrações acima do permitido pela resolução vigente. A sazonalidade influenciou os parâmetros físico, químicos e microbiológicos da água e as concentrações de elementos traço no sedimento. Em todos os peixes avaliados foram observadas frequências de micronúcleo (MN) e anormalidades nucleares eritrocitárias (ANE), bem como alterações histológicas em vários estágios de severidade em brânquia, fígado e rim, devido a toxicidade dos elementos traço e ação parasitária nos órgãos avaliados, comprometendo função dos órgãos estudados. Foram observadas maiores frequências de MN e ANE em período chuvoso, já para os biomarcadores histológicos não foram observadas diferenças entre os períodos sazonais. 433 espécimes de parasitos foram coletados de Pygocentrus nattereri, sendo identificados 4 táxons distintos: Contracaecum sp, Procamallanus sp., Myxobolus sp. e monogenéticos (Dactylogiridea), com maiores prevalências, intensidade e abundância média para monogeneas e Contracaecum. Não houve diferenças estatísticas quanto as taxas de parasitismos entre os períodos avaliados. A espécie P. nattereri atua como hospedeiro intermediário para os parasitos desse estudo. A presença de nematoides representa um risco a saúde, uma vez que essa espécie é consumida pela população e indica desequilíbrio nas variáveis ambientais. A espécie Pygocentrus nattereri se mostrou sensível e resistente, uma vez que os biomarcadores indicaram respostas adaptativas aos estressores presentes no ambiente, além disso não foram observados sinais clínicos nos peixes. O monitoramento com uso de organismos biológicos, se mostra eficiente, principalmente quando há a integração das metodologias, que possibilita maior qualificação da saúde do ecossistema, tornando o monitoramento eficaz, sobretudo em áreas protegidas.

  • RAYSSA GUIMARÃES ROSA
  • AVALIAÇÃO DE RISCO ECOTOXICOLÓGICO E À SAÚDE HUMANA NA BACIA DO RIO PARNAÍBA, ÁREA TRANSICIONAL ENTRE O CERRADO E A AMAZÔNIA MARANHENSE

  • Data: 07/12/2023
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  • No presente estudo, objetivou-se avaliar a distribuição de resíduos de pesticidas em três matrizes ambientais (água, sedimento e peixes) da bacia hidrográfica do rio Parnaíba e os potenciais riscos ecotoxicológicos associados a saúde humana. Sessenta (60) exemplares de mandi (Pimelodus sp.) foram coletados no período de estiagem (julho/2022) e chuvoso (janeiro/2023) em pontos distintos do rio Parnaíba, nas proximidades do município de Tasso Fragoso-MA: A1) Brejo Seco (a jusante); A2) Zona Urbana; e A3) Brejo do Meio. Os resíduos de pesticidas na água, sedimento e peixes foram avaliados através de método analítico de Cromatografia Líquida de Ultra Eficiência acoplado a Espectrometria de Massas (UHPLC-MS), com método de extração em fase sólida e Quechers Quick, Easy, Cheap, Effective, Rugged and Safe (QuEChERS), no Laboratório de Análise de Resíduos Pesticidas da Universidade Federal de Santa Maria (LARP/UFSM), considerando para as análises os principais pesticidas da classificação da Portaria Nº 888/2021, do Ministério da Saúde. Com os valores de concentração obtidos, foi calculado os seguintes índices: avaliação do potencial de risco ecológico (QRe), unidades tóxicas (UT), cálculo do fator de bioacumulação (FB) e o potencial de biota-sedimento-acumulação (BSA). Da análise físico-química da água, os resultados dos dados abióticos estiveram de acordo com a Resolução CONAMA Nº 357/2005, exceto a temperatura da água dos três pontos avaliados no período de estiagem que estiveram abaixo dos valores recomendados. Na água, foram detectados os pesticidas carbendazim, diurom, simazina, tebuconazol, tiametoxan, trifloxistrobina e imidacloroprido; no solo, o diurom; e nos peixes, o carbofurano e clorpirifós. Com base na Análise de Risco Ecotoxicológico - ARE (QRe e UT), os resíduos de pesticidas, nas concentrações encontradas, não apresentaram risco potencial para os organismos aquáticos que habitam a bacia hidrográfica, com exceção ao Clorpirifós que, de acordo com o QRe obtido, apresenta baixo risco de toxicidade aguda e crônica. Esses dados, embora com concentrações dentro dos limites permitidos, sugerem a necessidade de aumentar os programas de monitoramento de pesticidas com um escopo mais amplo para pesticidas atualmente usados e, principalmente os proibidos.

  • WALLACY BORGES TEIXEIRA SILVA
  • COLONIZAÇÃO DE ORGANISMOSINCRUSTANTES EM DIFERENTES TIPOS DE SUSBSTRATOS ARTIFICIAISNA BAÍA DE SÃO MARCOS, SÃO LUÍS – MA, SOB INFLUÊNCIA DO PORTO DO ITAQUI

  • Data: 19/01/2023
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  • Este trabalho teve como objetivo investigar a ocorrência dos organismos incrustantes em diferentes tipos de substratos na área da Baia de São Marcos sob influência portuária. Para o estudo foram definidos três pontos amostrais que foram acessados em quatro datas entre os períodos de dezembro/2020 a setembro/2021, trimestralmente. Os espécimes foram amostrados em painéis de recrutamento compostos por quatro substratos distintos (acrílico, polietileno, metal e madeira). Foram também aferidas variáveis abióticas in situ, no sentido de entender as tolerâncias das comunidades. Avaliando os valores médios dos parâmetros abióticos, foi observado que não houve diferenças significativas, entre as estações amostradas, exceto para os metais: boro, cobre e zinco com seus respectivos valores (p-valor = 0,04; 0.004 e 0,015). Os valores (mg/L) obtidos para todos os metais encontram-se acima do recomendado pela Resolução CONAMA nº 357/2005. O teste de Tukey revelou que a densidade foi maior em P1 do que no P2 e P3, enquanto que a equitabilidade foi significativamente menor em P1 em relação as demais áreas. A riqueza no substrato metal e madeira foram significativamente maiores do que a encontrada no polietileno. A análise multidimensional não métrica (nMDS) mostrou um agrupamento na densidade de espécies no ponto P1, no entanto para os substratos não mostrou um ordenamento das densidades, demostrando poucas comparações de eficiência entre substratos e um bom equilíbrio de similaridade no P2. A Análise de Correspondência Canônica (CCA) explicou 92,12% dos dados observados na soma dos dois eixos, revelando que a concentração de zinco influenciou negativamente quatro espécies no P1. Três taxa representam novos registros para o Brasil, sendo elas: Lagis sp., (Polychaeta); Cerapus cf. bumbumiensis (Amphipoda); Natica cf. vitellus (Gastropode) que necessitam ter seus estudos ampliados para determinar se suas ocorrências indicam eventos de bioinvasão. Os estudos revelam que componentes químicos podem estar influenciando na densidade de organismos incrustantes no P3. Portanto, os resultados deste trabalho indicam que os processos antropicos gerados pelo complexo portuário influemciam na didtribuição da diversidade nativa, assim como podem atrair esepécies exóticas por meio das atividades portuárias.

2022
Descrição
  • ALDEANE SOARES DE ABREU
  • Prospecção de marcadores moleculares para identificação da fauna parasitária em peixes da Baixada Maranhense

  • Data: 30/12/2022
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  •    

    Os campos naturais inundáveis da Baixada Maranhense apresentam elevada produtividade de peixes, principal base alimentar e econômica da região. Os peixes são os vertebrados que apresentam a maior variedade de parasitas. O objetivo dessa pesquisa é identificar os marcadores moleculares mais eficientes para a proposição de um protocolo de identificação da fauna parasitária de peixes comerciais da região da APA da Baixada Maranhense. Realizou-se uma revisão bibliográfica (2010-2022) para identificar quais são as espécies de agentes patológicos de peixes para o Estado do Maranhão. As bases de dados usadas para a pesquisa foram Web of Science, Google Acadêmico, Pubmed, ASFA, Scopus e SciELO, com os descritores diferentes dependendo dos patógenos abordados, da seguinte forma: (i) monogenóides os termos “monogenea”, “monogenea”; (ii) crustáceos ectoparasitos os unitermos “isópodes”, “ectoparasitas”, “braquiúros”, “argulus”, “dolops”, “Perulernaea”; (iii) nematóides “nematoda”. Independente do patógeno pesquisado foram associadas às palavras + “fish” + “Maranhão” para limitar a área de estudo. A partir das informações adquiridas na primeira revisão bibliográfica, uma segunda revisão, no NCBI Genbank foi realizada. Nas expedições em campo, um total de 38 espécimes de Hoplias malabaricus foi coletado em três pontos distintos da Baixada Maranhense, Lago do Coqueiro em São João Batista, Lago de Itans em Matinha e em Lago Açu, localizado no município de Conceição do Lago Açu. Foram encontrados oito artigos elegíveis com informações de patógenos em peixes para o Maranhão. Destacam- se os marcadores moleculares da grande subunidade ribossômica (28S rDNA) para monogeneas e a região ITS1-5.8S-ITS2 que representam um marcador importante para a taxonomia de espécies de nematoides em peixes. Os espécimes obtidos no Lago do Coqueiro estavam parasitados na cavidade, estômago e intestino. Os exemplares analisados provenientes do Lago de Itans apresentaram parasitismo nas brânquias, na cavidade visceral e no intestino. Na coleta realizada em Lagoa Açu, dos 16 peixes analisados, 3 (18,75%) estavam parasitados visivelmente. A identificação das comunidades de parasitas de peixes, especialmente aqueles de interesse comercial é de grande importância, uma vez que os dados obtidos podem ser úteis para planejar, implementar e gerenciar sistemas de criação de peixes e construir uma base para monitoramento de espécies zoonóticas usadas na alimentação.

  • AMANDA RAFAELA CUNHA GOMES
  • DESEMPENHO REPRODUTIVO DE Cichlasoma bimaculatum (PISCES CICHLIDAE) CAPTURADO NA BAIXADA MARANHENSE

  • Data: 17/03/2022
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  • Estudos sobre o conhecimento das características reprodutivas das espécies de peixes
    dulcícolas com potencial aquícola é fundamental quando se deseja subsidiar a criação
    dessas espécies como alternativas às espécies mais exploradas e proteger a ictiofauna
    desses ambientes. Deste modo, objetivou-se descrever o desempenho reprodutivo do
    Acará-preto (Cichlasoma bimaculatum) capturado na Baixada Maranhense. Para isso,
    foram capturados exemplares da espécie pesando em média 35g, para a formação de
    casais no intuito de reprodução, distribuídos em um sistema de recirculação composto
    por em 14 caixas de água de 250 L. O fator de condição corporal (Kn) foi calculado a
    partir da fórmula (Kn = Wt/We) e o índice gonadossomático (IGS) foram determinados
    em função do peso dos reprodutores e das respectivas gônadas. Para a fertilidade das
    fêmeas e taxa de fertilização dos ovos foram determinados os seguintes parâmetros
    reprodutivos: fertilidade inicial, fertilidade inicial relativa, índice de desova, taxa de
    fertilização, fertilidade final, fertilidade final relativa, taxa de eclosão, diâmetro dos
    ovos e do vitelo e comprimento das larvas. Os valores médios dos parâmetros da
    qualidade da água no sistema de recirculação foram: 27,64±1,2ºC para temperatura,
    7,53±0,90 para pH e 8±0,26 mg/l para oxigênio dissolvido. No estudo, as fêmeas
    apresentaram peso médio de 32,2±8,3g e para os machos, o peso médio foi de
    58,3±15,0g, ambos os grupos, machos e fêmeas, apresentaram alometria negativa com
    valor da constante de regressão (b) na equação de 2,329 e 2,430, respectivamente. Os
    valores médios de fator de condição relativo (Kn) encontrados para machos e fêmeas
    foram de 1,00 e 1,01, respectivamente, sem diferença estatística significativa (p˃0,05).
    A média de ovos produzidos por fêmeas de foi de 1.058 ovos, enquanto a fertilidade
    inicial relativa (FIR) média foi de 34,24±6,08 ovos/g de fêmea. Com relação à taxa de
    fertilização (TF) e taxa de eclosão (TE), as médias foram de (98,09±0,47%) e
    (86,36±6,62%), respectivamente. As variáveis reprodutivas foram bastante satisfatórias,
    obtendo a taxa de fertilidade e eclosão acima de 80%, o que se mostra eficiente para a
    reprodução da espécie.

  • CAROLINI LIMA DA SILVA
  • BIOLOGIA REPRODUTIVA DE MITILÍDIOS DA ÁREA DE MANGUEZAIS DE MACROMARÉ DA AMAZONIA MARANHENSE

  • Orientador : ICARO GOMES ANTONIO
  • Data: 21/03/2022
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  • Considera-se que a importância em adquirir conhecimento em reprodução relaciona-se com a
    necessidade de um estudo adequado da história de vida das diversas espécies de moluscos e
    sua pertinência com manejo adequado e a conservação. Mediante o exposto, o presente estudo
    teve por objetivo aprofundar o conhecimento científico da biologia reprodutiva do “sururu de
    dedo” Mytella guyanensis e a partir desse conhecimento estabelecer programas de manejo
    desses organismos. Para o estudo da biologia reprodutiva da espécie, as coletas foram
    realizadas mensalmente durante todo ano de 2015 para Mytella guyanensis no município de
    Raposa-MA, assim realizando a análise do índice de condição, histologia do desenvolvimento
    gonadal e proporção sexual. As análises indicam um ciclo contínuo com indivíduos maduros
    (IIIA) durante todo o ano e com eliminação de gametas (IIIB) em quase todos os meses, com
    três picos de maior liberação, nos meses de fevereiro, março e abril. Estes dados apresentam
    uma relação direta com os momentos do ano que apresentam as maiores variações de
    salinidade, indicando influência da mesma na indução de liberação de gametas. Na média de
    índice de ocupação gonadal geral para machos e femeas foram registrados os menores valores
    nos meses de fevereiro, o seu maior percentual de IOG ocorre no mês de março com uma taxa
    de 70%. Para o diâmetro médio de ovócitos foi encontrada uma diferença significativa no mês
    de janeiro em relação aos outros meses sendo considerado o valor mais baixo registrado. O
    valor máximo da média para diâmetro médio de ovócitos foi registrado no mês de fevereiro
    Os resultados obtidos no presente trabalho nos apresentam importantes informações sobre o
    “sururu de dedo” Mytella guyanensis em Raposa-MA, para o desenvolvimento da
    mitilicultura no estado do Maranhão, assim como ações de conservação dos seus estoques
    naturais.

  • DENISE DA SILVA SOUSA
  • RESPOSTAS MUTAGÊNICAS E HISTOPATOLÓGICAS COMO BIOMARCADORES EM Prochilodus lacustris (STEINDACHNER, 1907) PARA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS EM UMA ÁREA PROTEGIDA DA BAIXADA MARANHENSE

  • Data: 30/12/2022
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  • A contaminação gerada por impactos antrópicos podem afetar áreas de proteção ambiental e ocasionar efeitos negativos na biota e na qualidade da água e sedimento. No presente estudo, avaliou-se as respostas mutagênicas e histopatológicas como biomarcadores em Prochilodus lacustris associado às análises físicas, quimicas e bacteriológicas da água e químicas do sedimento para avaliar impactos ambientais no Lago Açu, Área de Proteção Ambiental da Baixada Maranhense, nordeste brasileiro. Foram coletados 40 espécimes de P.lacustris durante o período de estiagem (em outubro de 2020) e 40 no período chuvoso (em maio de 2021), com o uso de redes de espera e tarrafas de malhas de 50 e 70 mm. Foram obtidos os dados biométricos (comprimento e peso), sexo e estágios maturacionais dos espécimes. Para verificar a presença de potenciais efeitos mutagênicos, as amostras de sangue foram obtidas via punção da veia caudal para a realização da técnica de esfregaço sanguíneo, no qual uma gota de sangue foi gotejada em uma lâmina microscópica, feitas em duplicata para cada peixe; as lâminas foram coradas com corante Rosenfeld para identificação dos micronúcleos e anormalidades nucleares. Para a análise histopatológica, foi retirado de cada peixe o segundo arco branquial direito, para fixação do mesmo em formalina a 10% por 24 horas e posteriormente descalcificação em ácido nítrico a 10% por 6 horas. Fígado e rim foram removidos por inteiro dos organismos, também fixados em formalina a 10% por 24 horas. Posteriormente, procedeu-se as etapas de desidratação nos três órgãos com banhos de alcoóis (70%, 80%, 90%), diafanização em xilol, impregnação e inclusão em parafina. Os blocos de parafina foram seccionados em micrótomo na espessura de 5 µm e os cortes corados por Hematoxilina e Eosina. Foram estabelecidos três pontos de amostragem no Lago Açu para a coleta de água e sedimento. Em cada ponto foram aferidas as variáveis abióticas da água e coletadas amostras de água para análises microbiológicas e determinação das concentrações de metais pesados. As análises abióticas da água revelaram que o valor de pH está acima do limite recomendado pela legislação ambiental brasileira CONAMA (nº 357 de 2005 e nº 430 de 2011) nos três pontos do período de estiagem. Oxigênio dissovido está abaixo do valor recomendado pela legislação no ponto 1 do período chuvoso. Os parâmetros como: manganês, sulfeto, fósforo e nitrogênio amoniacal estão acima do recomedado pela legislação em todos os pontos de ambos os períodos sazonais amostrados. A análise de metais pesados no sedimento mostrou concentrações de fósforo total acima do permitido pelas Resoluções CONAMA (nº 420 de 2009 e n°454 de 2012) no ponto 3 do período de estiagem; ferro total e manganês total foram encontrados em concentrações acima dos valores aceitáveis pela legislação em todos os pontos de ambos os períodos sazonais. Por meio da análise dos biomarcadores mutagênicos foi possível observar maiores frequências de micronúcleo no período chuvoso. As análises histopatológicas mostraram alterações de estágio I, II e III no tecido de brânquia, com maiores incidências no período chuvoso. E alterações de estágio I e II no tecido de fígado e rim dos peixes classificados segundo o grau de severidade das lesões descrito por Poleksic e Mitrovic - Tuntundzic (1994). O presente estudo revela que a frequência dos micronúcleos encontrados nos espécimes de P. lacustris estão acima do que a espécie é capaz de reparar, de modo que esses efeitos podem afetar a saúde dos peixes. O Lago Açu, mesmo inserido em uma Área de Proteção, está sendo contaminado por substâncias tóxicas que causam respostas mutagênicas e histopatológicas nos espécimes de peixes P. lacustris

  • HOZANA SOARES BORGES
  • BIOECOLOGIA DE Ucidescordatus LINNAEUS 1763 (DECAPODA: OCYPODIDADE) EM ÁREAS COM DIFERENTES NÍVEIS DE IMPACTOS ANTRÓPICOS NO GOLFÃO MARANHENSE, BRASIL

  • Data: 15/03/2022
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  • Os estudos de bioecologia que abordam a reprodução e morfometria, possuem informações precisas para auxiliar na conservação das espécies. Deste modo, esse estudo busca contribuir para o conhecimento da bioecologia de U. cordatus em áreas com diferentes níveis de impactos antrópicos no Golfão Maranhense, envolvendo aspectos morfológicos, reprodutivos e estrutura populacional. O estudo foi realizado em duas áreas de manguezal na região do Golfão Maranhense. A primeira área é o Manguezal do Zé da Mata localizado no município de Raposa, considerado como ponto controle por haver menor nível de impacto antrópico e o segundo é o Manguezal de Porto Grande, localizado no munícipio de São Luís. As coletas ocorreram de setembro de 2020 a maio de 2021, totalizando cinco coletas em cada ponto amostral, sendo três correspondentes ao período seco (setembro, outubro e novembro) e duas correspondentes ao período chuvoso (fevereiro e abril, em Porto Grande, e abril e maio em Zé da Mata). A densidade populacional foi aferida pela contagem de número de galerias em cinco quadrantes de 1m² ao longo de um transecto de 35m em todos os meses de amostragem e calculada em G/m². Por meio do software R:  os dados biométricos dos espécimes foram comparados entre os locais de amostragem através do teste t de Student; os dados de densidade populacional foram correlacionados os dados abióticos pH, temperatura e oxigênio dissolvido através de uma regressão múltipla e por fim, averiguou-se o tamanho de primeira maturação sexual (L50). O potencial extrativista imediato (PEI) e futuro (PEF) foram avaliados com base na Largura da Carapaça (LC mm) sendo o PEI: LC =/> 60mm e o PEF: LC =/< 60mm. Os dados abióticos não influenciaram na densidade populacional da espécie. Houve diferença significativa entre as médias de LC (mm) e PT (g) entre os espécimes de Zé da Mata e Porto Grande, com indivíduos mais robustos nesse último. O potencial extrativista futuro (PEF) foi maior no manguezal de Porto Grande (28,57%), assim como os valores de G/m² (6,17). O L50 foi de 48,68mm para o manguezal de Zé da Mata e 50,47mm para o manguezal de Porto Grande. Embora a área de maior impacto antrópico tenha resultados que apontam para uma população estável é preciso investigar até que ponto o organismo estudado tolera os graus de contaminantes ou se esses contaminantes são responsáveis por um possível crescimento prematuro.

  • KELLY DE SOUZA FERRAZ
  • ÍNDICE BASEADO EM BIOMARCADORES PARA INFERÊNCIA DE IMPACTOS NA SANIDADE EM TAMBAQUI (colossoma macropomum)

  • Data: 31/01/2022
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  • Lesões em organismos aquáticos podem ser usados para avaliar a possibilidade de introdução de xenobióticos em meios aquáticos. Os índices tradicionalmente utilizados para inferir severidade das alterações histológicas nos organismos de ambientes impactados mostram que as lesões aumentam como reações lineares. Partindo da ideia de que na natureza o desenvolvimento dos organismos apresenta-se de forma não linear, determinando portanto, estatisticamente curvas tipicamente sigmoidais, neste estudo objetivou-se criar um índice que mais se aproxime do que acontece no ambiente natural, baseado em biomarcadores para inferência de impactos na sanidade em tambaqui (Colossoma macropomum) em uma Unidade de Conservação em São Luís-MA. Para isso
    foi realizado um estudo de caso com coletas em dois locais da Área de Proteção Ambiental do Maracanã: uma área de referência (A1) e uma área considerada área poluída (A2), em períodos de chuva e de estiagem. A leitura das lâminas das amostras de sangue e tecidos de brânquias do tambaqui foram utilizadas para aferir as lesões no estudo histopatológico, a fim de elaborar um atlas como guia para ajuste da modelagem. As principais lesões foram: presença de áreas necróticas, proliferação de células da mucosa, hiperplasias, alterações no espaço sanguíneo, rupturas epiteliais, mudanças estruturais, deslocamentos do epitélio, desorganização das lamelas, fusão lamelar, aneurismas e congestionamentos. Através da correlação de Pearson e sua análise observa-se uma alta correlação entre Aneurismas e Fusões lamelares assim também a correlação da presença de micronúcleos e o surgimento de áreas necrosadas. O estudo das imagens e a descrição dos diferentes graus de severidade de lesões histológicas apresentam-se como base para o índice proposto por este estudo.

  • LADILSON RODRIGUES SILVA
  • "DIVERSIDADE PARASITÁRIA E ALTERAÇÕES HISTOLÓGICAS EM Hoplerythrinus unitaeniatus (Characiformes: Erythrinidae) E Cichlasoma bimaculatum (Perciformes: Cichlidae) DE ECOSSISTEMA LACUSTRE DA BAIXADA MARANHENSE, BRASIL"

  • Data: 16/03/2022
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  • Estudos sobre a sanidade de peixes utilizados para consumo por grupos sociais específicos que ocupam ambientes em condições sanitárias inapropriadas e que, ocasionalmente, concentram-se em populações de pluralidade étnica, sustentados pela falta de serviços públicos, a exemplo dos quilombolas são escassos. Nesse sentido, objetivou-se pesquisar a diversidade parasitária e as alterações histológicas em Hoplerythrinus unitaeniatus (Characiformes: Erythrinidae) e Cichlasoma bimaculatum (Perciformes: Cichlidae) de ecossistema lacustre da Baixada Maranhense, Brasil. Para isso, parâmetros abióticos da água foram aferidos in situ por meio de instrumento multiparâmetro. Foram coletadas quatro amostras de água e 42 exemplares de peixes de ambiente alagável, sendo 21 H. unitaeniatus e 21 C. bimaculatum. Os peixes foram transportados vivos em caixas isotérmicas com água proveniente do local de captura até a Universidade Estadual do Maranhão. Em ambiente laboratorial, realizou-se a quantificação de coliformes totais e Escherichia coli e análises físico-químicas complementares. Após a eutanásia dos peixes, coletou-se os parâmetros biométricos, os ectoparasitos e endoparasitos. Foram feitas análises histológicas do segundo arco branquial direito e de fragmentos de fígado de todos os exemplares. Os resultados deste estudo evidenciaram que a prevalência de ctoparasitos foi de 30,95% e a diversidade destes congrega três filos: Platyhelminthes, Trematoda e Arthropoda. A prevalência total de endoparasitos foi de 66,67%. O nematódeo Contracaecum sp. da Família Anisakidae foi encontrado em ambas as espécies e acantocéfalos, apenas em H. unitaeniatus. As principais alterações branquiais identificadas foram fusão incompleta e completa de várias lamelas, levantamento do epitélio respiratório, desorganização das lamelas, hiperplasia do epitélio lamelar e dilatação do seio sanguíneo. E as hepáticas foram epresentadas majoritariamente por vacuolização, núcleo na periferia das células, deformação do contorno celular, centro de melanomacrofágos, hiperemia, degeneração citoplasmática e vacuolização nuclear. Conclui-se que as lesões branquiais e hepáticas identificadas no estudo podem ser respostas adaptativas dos peixes ao ambiente impactado e a diversidade de parasitos. Considerando a importância dos peixes nativos para comunidades tradicionais no Maranhão, recomenda-se que esforços sejam concentrados na realização de estudos de sanidade mais abrangentes com padrões epidemiologicamente aceitáveis, que envolvam maior número de espécies e em diferentes áreas do Estado.

  • LAIZA OLIVEIRA SILVA
  • COMUNIDADE FITOPLANCTÔNICA NA MARGEM EQUATORIAL BRASILEIRA: biondicador da qualidade da água

  • Orientador : ANDREA CHRISTINA GOMES DE AZEVEDO CUTRIM
  • Data: 16/03/2022
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  • Os corpos hídricos localizados nas zonas costeiras estão submetidos às pressões
    antrópicas resultando na sua degradação e eutrofização. Objetivou-se neste avaliar a
    composição e distribuição do fitoplâncton na zona costeira de São José de Ribamar –
    MA, margem equatorial brasileira. As amostras foram realizadas em nove pontos ao
    longo da região costeira, correspondendo à Baía de São José, nos períodos de estiagem,
    transitório e chuvoso. Foram medidos in situ a temperatura, salinidade, oxigênio
    dissolvido e transparência da água. Amostras foram coletadas utilizando-se garrafa de
    1L, na superfície da água para análise quatitativa do fitoplâncton. Amostras qualitativas
    foram coletadas com rede de plâncton cônica-cilíndrica com 45 µm de abertura de
    malha. A transparência da água atingiu menor média no período chuvoso com 43,66,
    além de observar menor média no ponto M2 e na zona Manguezal com 26,6 e 36,55
    respectivamente. O potencial hidrogeniônico permaceu acima de 7 durante toda a costa
    de São José de Ribamar, caracterizando esse ambiente como alcalino. A salinidade
    alcançou maiores valores na estiagem com média 33,11. Os taxa foram identificados
    com base em literatura especializada e as análises quantitativas foram realizadas
    segundo o método de Utermöhl. Foram identificados 114 táxons, onde as diatomáceas
    tiveram maior número de ocorrências: Bacillariophyta (57%), Dinophyta (37%),
    Euglenophyta e Cyanobacteria (2%). Observou-se a ocorrência de espécies
    potencialmente nocivas como, Coscinodicus sp., Thalassionema nitzchioides,
    Skeletonema costatum, capazes de provocar importantes florações algais e anoxia.

  • LORENA DOS SANTOS KOSTEK
  • BIOMARCADORES HISTOLÓGICOS EM Lutjanus chrysurus BLOCH (1791) CAPTURADOS NA ILHA DE ITAMARACÁ AFETADA PELO DERRAMAMENTO DE ÓLEO NO ESTADO DE PERNAMBUCO, BRASIL

  • Data: 20/12/2022
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  • Este estudo teve como objetivo analisar biomarcadores histológicos em brânquia, fígado, rim e gônada na espécie Lutjanus chrysurus em um dos trechos mais afetados pelo derramamento de óleo no estado de Pernambuco. Os peixes foram adquiridos pela compra comercial na ilha de Itamaracá, Pernambuco. Em Laboratório foram obtidos os dados biométricos de cada exemplar e feita a dissecação dos espécimes, para remoção e fixação das brânquias, rins, gônadas e fígado, onde estes foram fixadas em formol a 10% por 24 horas. Em seguida as brânquias foram descalcificadas por 9hs. As amostras dos tecidos foram submetidas à técnica histológica padrão, onde foram desidratadas em séries crescentes de álcoois, diafanizadas em xilol, impregnadas e incluídas em parafina em seguida cortes transversais de 5 micrômetros de espessura foram corados com Hematoxilina e Eosina (HE) e as lâminas foram analisadas em microscópio de luz. Os dados biométricos dos peixes da área de estudo foram expressos em médias e desvio-padrão. Para verificar a normalidade utilizou-se o (Teste Shapiro-Wilks) e homocedasticidade (Teste de Levene). O teste t de student foi utilizado para verificar possíveis diferenças entre as médias. O teste t de student foi utilizado para comparar os dados das lesões branquiais e hepáticas encontradas. Os dados mostraram lesões branquiais e hepáticas significativas nos peixes da área de estudo. As principais lesões encontradas para as brânquias foram fusão, hiperplasia, necrose e desorganização lamelar, os dados estatísticos demostram haver diferenças significativas apenas para a lesão desorganização lamelar. As lesões hepáticas mais observadas foram fibrose, necrose e esteatose para a coleta 1, já para a coleta 2 as lesões mais frequentes foram necrose, centro melanomacrofágos (CMMs) e células em diferenciação. O teste t demostrou haver diferenças apenas para as lesões fibrose e necrose (p<,0,05). Para o tecido renal as alterações observadas foram espaçamento do endotélio capilar, aumento do lúmen tubular, Aumento na capsula de Bowman, necrose, CMMs, oclusão da luz tubular e dilatação do vaso sanguíneo. Para as gônadas as alterações observadas foram CMMs, necrose e folículo atrésico. A biometria indicou para os peixes que não houve diferenças significativas entre os sexos (p>0,05). O estudo indicou que as respostas biológicas alteradas (alterações branquiais, hepáticas, renais e gonodais) comprovam a existência de que esses animais estão submetidos a níveis de estresse que estão comprometendo as atividades biológicas dos peixes.

     

  • LUCIANA BARROS OLIVEIRA
  • BIOMARCADORES HISTOLÓGICOS E GENOTÓXICOS EM CARANGUEJO-UÇÁ Ucides cordatus (DECAPODA, OCYPODIDAE) PARA MONITORAMENTO AMBIENTAL DAS BAÍAS DE SÃO JOSÉ E DE SÃO MARCOS - MARANHÃO

     

     

  • Orientador : RAIMUNDA NONATA FORTES CARVALHO NETA
  • Data: 28/12/2022
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  • Os manguezais têm sofrido estresse ambiental com os impactos antrópicos. Com o biomonitoramento é possível analisar os danos causados pelos contaminantes existentes na biota. O uso de biomarcadores permite obter respostas sobre o estado de sanidade dos organismos que vivem em ambientes impactados. Este estudo, objetivou-se avaliar os biomarcadores histológicos e genotóxicos em U. cordatus para o monitoramento dos manguezais das Baías de São José (A1) e de São Marcos (A2), Maranhão. A coleta dos caranguejos machos, adultos, ocorreu no ano de 2021, na Ilha do Facão (A1), e na Comunidade do Coqueiro (A2). Paralelamente às coletas de U. cordatus, foram aferidos os parâmetros físico-químicos e determinados os elemento-traços na água. Na oportunidade, foi coletada amostra de sedimentos de cada área para análises de elemento-traços. Os dados biométricos, como o comprimento e a largura do cefalotórax (CC, LC - cm), comprimento e largura do própodo quelar (CPQ, LCQ - cm), comprimento e largura do dedo móvel (CDM, LDM - cm) e peso total (g). Para análise histológica foram 10 caranguejos de cada área. Para análise genotóxica foram coletados 5 espécimes de cada área. As amostras de brânquias e hepatopâncreas passaram pelos procedimentos de rotina de desidratação em uma série gradativa de álcool, diafanização em xilol, impregnação em parafina em estufa a 60o C e emblocamento. Cortes de 4 μm foram corados pelo método de Hematoxilina e Eosina. A hemolinfa pelo método do esfregaço para o teste de micronúcleo. Os parâmetros abióticos pH, O2 dissolvido e salinidade apresentaram valores maiores em A1 que A2. As análises dos metais traços em água apresentaram concentrações (Zn, Fe, Al, Mn) maiores em A2 que A1. As amostras de elemento-traços em sedimento mostraram maiores valores (Cr e Zn) em A1 em comparação com A2. As médias e os desvios-padrão dos dados biométricos indicaram que os caranguejos de A2 são significativamente menores e menos pesados (p < 0,05) que em A1. As lesões braquiais nos U. cordatus (deformação do canal marginal, rompimento de células pilastras, ruptura da cutícula, e necrose) em A2 foram mais frequentes que em A1. Em hepatopâncreas, a alteração histológica (necrose) nos caranguejos foi significativamente maior (p < 0,05) em A2 do que A1. As respostas genotóxicas no U. cordatus (célula picnótica) foram significativamente maiores (p < 0,05) em A2 em relação a A1. Os dados indicam que os caranguejos estão sofrendo alterações em decorrência do constante contato com agentes tóxicos existentes na Ilha do Facão (A1) e na Comunidade do Coqueiro (A2).

  • LUIS GUILHERME RODRIGUES SOARES
  • CONTAMINAÇÃO DE MICROPLÁSTICOS EM BIVALVES E NA AQUICULTURA: UMA ANÁLISE CIENCIOMÉTRICA

  • Orientador : ICARO GOMES ANTONIO
  • Data: 15/03/2022
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  • O lixo plástico jogado no ambiente aquático é fotodegradável, se decompondo em tamanhos menores devido à radiação solar. Dessa forma, fatores bióticos e abióticos contribuem para que detritos plásticos macroscópicos se fragmentem em partículas menores, denominados microplásticos (MP) com tamanho inferior a 5 mm. A ingestão de microplásticos já foi registrada em mais 180 espécies de animais, sendo os moluscos bivalves os mais vulneráveis por se alimentarem por meio da filtração. Neste estudo foi usada uma abordagem cienciométrica para investigar o panorama atual sobre a contaminação de microplásticos em bivalves e na aquicultura mundial por meio das bases de dados Science DirectWeb of Science e Scielo. Os artigos encontrados foram classificados quanto a quantidade de artigos por ano; os países onde foram realizados os estudos; tipos de estudo; ambiente; tipo e composição dos microplásticos e os termos utilizados como palavras-chave. Foram encontrados 165 artigos provindos de 25 países. Na produção global, China foi o país que mais publicou artigos relacionados a bivalves 18,8% e aquicultura 51,1%Os anos mais produtivos, representando 26,7% foi 2018 e 2021 com 35,9% das publicações para bivalves e aquicultura respectivamente. Foi observado predominância de trabalhos experimentais em estudos com bivalves. Quanto as espécies descritas, o gênero Mytilus foi o mais utilizado nos trabalhos. Em relação aos tipos de microplásticos, foram observados: fibras, fragmentos, esferas, filmes, flocos, partículas e espuma. Acerca de composição foi observado nos trabalhos: polipropileno (PP), polietileno (PE), poliamida (PA), poliestireno (PS), tereflalato de polietileno (PET) e policloreto de vinila (PVC). Foram identificadas 191 palavras-chave diferentes nos trabalhos com bivalves e 222 para trabalhos na aquicultura. O termo “microplastic” foi o mais utilizado em ambas as pesquisas. Os resultados demonstram crescimento da produção científica sobre o tema microplásticos, refletindo o interesse mundial pela problemática. É evidente que o número de estudos acerca da problemática dos microplásticos em ambientes naturais e em cultivo vem aumentando gradativamente durante os anos. Devido o interesse econômico de diversas espécies, principalmente em países como a China, contribuiu para a preocupação da poluição plástica e consequentemente a elaboração de diversos estudos sobre o tema. Entretanto mais estudos abordando a temática dos microplásticos devem ser realizados para que possam servir de subsídios para ações voltadas ao descarte indiscriminado de resíduos sólidos nos oceanos.

  • MARCELO SILVA DE ALMEIDA
  • IDENTIFICAÇÃO MOLECULAR DE ESPÉCIES DO GÊNERO Cichla (CICHLIFORMES: CICHLIDAE) INTRODUZIDAS EM BACIAS MARANHENSES

  • Data: 30/03/2022
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  • No Brasil pouco é conhecido sobre a origem das populações de tucunarés introduzidos, bem
    como, sua identificação taxonômica e número de indivíduos. E dentre as ferramentas utilizadas
    neste tipo de estudo está a genética molecular, estudos utilizando marcadores moleculares a
    partir da análise de marcadores mitocondriais têm sido realizados visando solucionar
    problemáticas taxonômicas de espécies como as pertencentes ao gênero Cichla. Diante disso o
    objetivo deste trabalho é determinar os índices de variabilidade genética dos estoques de Cichla
    sp. nas principais bacias hidrográficas do estado do Maranhão, com base no gene mitocondrial
    COI. Os peixes foram coletados nas bacias onde os tucunarés foram introduzidos:
    Mearim/afluentes, Pindaré, Tocantins, utilizando-se redes de malhadeiras e tarrafas, e em
    seguida foram transportados para o Laboratório de Genética e Biologia Molecular
    (GENBIMOL) para triagem e identificação com o auxílio de literatura específica. O DNA total
    foi extraído usando o kit Wizard Genomic DNA Purification Promega. O isolamento e
    amplificação dos genes mitocondriais a partir do DNA total foram realizados através da técnica
    de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). A edição, alinhamento e análise dos dados foram
    realizados a partir dos programas BioEdit e MEGA X. O modelo ABGD, ASAP e PTP foram
    usados para delimitar OTUS. Utilizou-se a plataforma BOLDSystems para identificação das
    sequências de DNA barcoding. Um total de 22 espécimes foram sequenciados para o gene COI.
    A árvore filogenética revelou a formação de três clados fortemente suportados com altos valores
    de bootstrap, cuja divergência genética intraespecifica foi de 0% e a interespecífica, o menor
    valor foi entre o clado III (Cichla sp.) e o clado II (Cichla piquiti) com 5,7% e maior entre o
    clado II (Cichla piquiti) e o clado I (Cichla kelberi) com 16,1%. Através dos três métodos de
    delimitação (ABDG, ASAP e PTP) foram obtidos três OTUS sendo eles: Cichla kelberi, Cichla
    sp. e Cichla piquiti, corroborando com o observado na árvore filogenética obtida por abordagem
    de agrupamento de vizinhos. Das comparações realizadas na plataforma BOLDSystems
    observou-se que a identificação molecular corroborou com a identificação morfológica para as
    espécies Cichla piquiti da bacia do Rio Tocantins com 99,82% de similaridade e Cichla kelberi
    do Rio Pindaré com similaridade genética de 99,13%. Quando comparado os 11 espécimes de
    Cichla sp. do rio Flores na plataforma, obteve-se índices de similaridades genéticas de 100%
    com Cichla monoculus. A identificação/delimitação molecular obtida com gene COI confirmou
    o Status taxonômico de Cichla monoculus para os rios maranhenses com altos índices de
    similaridade genética. Portanto, o Código de barras de DNA mostrou-se eficaz, permitindo
    inferir quanto à identificação dos táxons envolvidos.

  • MARIA FABIENE DE SOUSA BARROS
  • BIOMARCADORES EM BRÂNQUIAS E HEPATOPÂNCREAS DE Ucides cordatus LINNAEUS (1873) (CRUSTACEA: DECAPODA) PARA O MONITORAMENTO DE IMPACTOS ANTRÓPICOS NA ILHA DE SÃO LUÍS, MARANHÃO, BRASIL

  • Data: 10/03/2022
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  • Estudos de biomonitoramento, utilizando biomarcadores histológicos, em órgãos como
    brânquias e hepatopâncreas tem sido uma ferramenta importante e eficaz na avaliação de
    ambientes impactados. Dessa forma, neste estudo objetivou-se avaliar lesões em
    brânquias e hepatopâncreas de Ucides cordatus, como indicativos de impactos antrópicos
    na Ilha de São Luís, Maranhão. Os caranguejos foram coletados pela técnica de
    braceamento com auxílio de um catador profissional em duas áreas uma na Baía de São
    José: Raposa (com baixo impacto) e Porto Grande Baía de São Marcos (área
    potencialmente impactada). Em Laboratório foram obtidos os dados biométricos de cada
    exemplar de caranguejo e a dissecação dos espécimes, para remoção e fixação das
    brânquias em solução de Davidson por 24 horas. Amostras de brânquias foram
    submetidas à técnica histológica padrão, onde foram desidratadas em séries crescentes de
    álcoois, diafanizadas em xilol, impregnadas e incluídas em parafina em seguida cortes
    transversais de 5 micrômetros de espessura foram corados com Hematoxilina e Eosina
    (HE) e as lâminas foram analisadas em microscópio de luz. Os dados biométricos dos
    caranguejos das duas áreas foram expressos em médias e desvio-padrão. O teste t de
    Student foi utilizado para verificar possíveis diferenças entre as médias e a correlação de
    Pearson para corroborar com os dados das lesões branquiais encontradas. Os dados
    mostraram lesões branquiais significativas nos caranguejos das duas áreas sendo as
    principais lesões encontradas rompimento das células pilastras; deformação do canal
    marginal e necrose. A biometria indicou que os caranguejos de Raposa apresentaram
    maiores médias de peso, entretanto não foi possível observar diferenças significativas
    entre as áreas (p>0,05). As médias de largura e comprimento da carapaça, demostram que
    os caranguejos de Raposa (área menos impactada) foram menores que os caranguejos da
    área potencialmente impactada, contudo também não apresentaram diferenças
    significativas entre estas (p>0,05). O estudo indicou que as respostas biológicas alteradas
    (alterações branquiais) comprovam a existência de que esses animais estão submetidos a
    níveis de estresse que estão comprometendo as atividades biológicas dos caranguejos.

  • MYKELLY LAIS FRANÇA MELO
  • ANÁLISE COMPARATIVA DA BIOLOGIA REPRODUTIVA DE Mugil curema (MUGILIDAE: MUGILIFORMES) APLICADA AOS ESTOQUES DA REGIÃO COSTEIRA DO NORDESTE BRASILEIRO

  • Orientador : MARINA BEZERRA FIGUEIREDO
  • Data: 25/03/2022
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  • O presente estudo realizou uma análise sistemática que proporcionou o maior conhecimento sobre a biologia reprodutiva de Mugil curema ocorrente na região costeira amazônica do Brasil, como meio de subsidiar medidas de gestão pesqueira desta espécie. Para este estudo, cinco bases de dados eletrônicos foram utilizadas para a coleta de dados em artigos publicados em português, inglês e espanhol, no período de 2000 a 2020. Após a extração de informações, características do artigo foram importadas para o software Excel e estudos repetidos foram excluídos. Aliado a isso, foram coletados organismos mensalmente de janeiro a dezembro de 2021, provenientes da pesca comercial realizada no município de Raposa, região onde a atividade é praticada em grande volume no estado do Maranhão. Uma vez coletados os exemplares, estes foram levados ao laboratório, onde foi realizado todo o processamento do material biológico. Após isso, os peixes foram classificados quanto ao sexo e ao estágio maturacional através da observação macro e microscópica do desenvolvimento gonadal segundo escala: A- indivíduo imaturo; B- em maturação; C- apto a desovar; D- desovado; E-repouso. Foram realizadas as análises classes de comprimento e peso, da relação peso e comprimento, variação dos estágios maturacionais da gônada, meta análise e índice gonadossomático (IGS). Como principais resultados temos que, o comprimento total da espécie para o ano de 2021, variou entre 15 até 33 cm. A maior frequência encontrada foi nas classes entre 21 Ͱ 24 e 18 Ͱ 21 cm, enquanto a variação do peso total foi de 6,1 a 105,46 g. Nesse estudo, as fêmeas foram maiores e mais pesadas do que os machos. Os picos de desova ocorrentes no final e começo de cada semestre avaliados tanto para região Nordeste quanto para a região costeira amazônica do Maranhão, indicam que M. curema, apresentando assim, longo período reprodutivo, comprimento de primeira maturação gonadal precoce e desova parcelada, é tipicamente o que se considera uma espécie do tipo estrategista oportunista (r).

  • REBECA RAMOS SOUSA
  • SANIDADE EM PISCICULTURAS NO MARANHÃO: AVALIAÇÃO DA
    QUALIDADE DA ÁGUA, ALTERAÇÕES BRANQUIAIS E IDENTIFICAÇÃO

    DE ESPÉCIES FÚNGICAS EM PEIXES

  • Data: 18/03/2022
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  • Neste estudo objetivou-se avaliar a sanidade em pisciculturas através da qualidade da água, alterações branquiais e identificação de espécies fúngicas em peixes no Maranhão. Foram coletadas amostras de água, 13 peixes para a caracterização das patologias fúngicas em duas pisciculturas (P1 e P2) e 10 peixes para análise das brânquias em uma piscicultura (P1). Os produtores foram entrevistados a partir de um questionário semiestruturado para investigar sobre o manejo e a sanidade dos peixes. Foram também verificados através do equipamento multiparâmetro: potencial hidrogeniônico (pH), temperatura, salinidade, oxigênio dissolvido (O.D.), amônia e nitrito nas pisciculturas. O parâmetro transparência foi realizado pelo Disco de Secchi. As análises microbiológicas da água para determinação do Número Mais Provável (NMP) de coliformes totais e Escherichia coli foram realizadas através do método Colilert®. As brânquias dos peixes foram retiradas para análise de lesões histológicas e isolamento de fungos. O arco branquial direito de cada peixe foi removido e fixado em formalina a 10% por 24 a 48 horas, descalcificados em ácido nítrico a 10% e submetidos ao processamento histológico de desidratação, diafanização, impregnação e inclusão em parafina. Os blocos foram cortados em micrótomo (5μm) e os cortes corados com Hematoxilina e Eosina. As lâminas foram analisadas em microscópio de luz Zeiss. O isolamento dos fungos das amostras de brânquias e peles dos peixes foi feito em meio de cultivo BDA (batata- dextrose-ágar) acrescido de clorafenicol. As alterações histológicas foram avaliadas através do cálculo do Índice de Alteração Histológica (IAH). Quanto aos resultados obtidos verificou-se valores de temperatura e pH considerados dentro dos padrões recomendados. O oxigênio dissovildo verificado em P1 e P2 pode ser um fator de estresse para o peixe, porque foi abaixo do recomendado. P1 e P2 demonstraram a condutividade elevada, o que pode sugeirir poluição na água. A amônia teve o resultado elevado em P2. O nitrito em P1 e P2 ficou acima do recomendado. A transparência na P2 está abaixo do valor de referência e pode indicar excesso de matéria orgânica. Nas duas pisciculturas avaliadas foram verificadas a presença de coliformes totais, na água. A presença da bactéria E. coli foi verificada em P2 indicando contaminação fecal da água do viveiro pela vazão de uma fonte de efluente doméstico próximo ao viveiro. As analises da patologia fúngica estão sendo realizada e da histopatologia foi verificado lesões branquiais do estágio I, II e III em ambas as coletas, indicando alterações moderadas do órgão.

  • SAMANTHA SILVA PESTANA
  • MATURIDADE MORFOFISIOLÓGICA DO CARANGUEJO-UÇÁ Ucides
    cordatus (LINNAEUS, 1763) EM MANGUEZAIS DA ILHA DE SÃO LUÍS,

    MARANHÃO

  • Data: 24/02/2022
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  • Objetivou-se neste estudo analisar a maturidade morfofisiológica de U. cordatus em manguezais na Ilha de São Luís, Maranhão, o que tem consequências para o manejo da espécie e sua manutenção em níveis sustentáveis. Foram selecionados duas áreas de manguezais para estudo, são elas: Manguezal de Raposa, e Porto Grande localizadas no município de São Luís. Foram realizadas 10 coletas ao total, sendo 5 em cada local. Os indivíduos foram coletados pela técnica de braceamento por um catador profissional. As variáveis ambientais foram aferidas utilizando uma multisonda. Em laboratório verificou-se o sexo de cada indivíduo, em seguida foram tomadas as medidas biométricas como: Largura da carapaça, comprimento da carapaça, peso total, largura da quela, comprimento da quela e comprimento do segundo pereiópodo dos caranguejos. A carapaça dos caranguejos foi removida para visualização dos estágios maturacionais. Ao total obtivemos 293 indivíduos onde o manguezal de Porto Grande apresentou maior número de caranguejos coletados. Para os estágios maturacionais foram registrados os estágios imaturo, em desenvolvimento e desenvolvido para os machos. Os caranguejos do manguezal de Porto Grande foram maiores se comparado ao manguezal de Raposa. O tamanho na maturidade sexual fisiológica em Raposa foi 48,69 mm da largura da carapaça enquanto Porto Grande foi de 47,85 mm. Na maturidade sexual morfológica a relação LC x PT apresentou alometria negativa e para as outras relações morfométricas a alometria foi positiva. Os parâmetros abióticos não apresentaram influência sob as características morfológicas da maturidade do indivíduo.

2021
Descrição
  • ÁDILA PATRÍCIA CHAVES SILVA
  • BIOLOGIA REPRODUTIVA DE CINCO ESPÉCIES DE PEIXES COMO SUBSÍDIO PARA GESTÃO PESQUEIRA EM UMA ÁREA DA COSTA AMAZÔNICA MARANHENSE, BRASIL

     
  • Data: 03/03/2021
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  • A biologia reprodutiva de peixes fornece dados importantes para o ordenamento pesqueiro. Com o objetivo de determinar parâmetros da biologia reprodutiva de cinco espécies comerciais da costa amazônica maranhense para subsidiar medidas de gestão e elaboração da regulamentação da pesca, foram abordados aspectos referentes ao período reprodutivo, proporção sexual e relação peso/comprimento. Foram analisados dados de um total de 1.230 espécimes. A proporção sexual para cada espécie demonstrou que as fêmeas são predominantes na região. Na relação peso e comprimento apresentou-se negativa para Lutjanus synagris, Mugil curema e Trichiurus lepturus, indicando maior investimento em comprimento, e positiva para Bagre bagre e Macrodon ancylodon o que caracteriza maior incremento em peso. Quatro espécies apresentaram-se aptas a reprodução durante todo o ano, com exceção de B. bagre. Como medidas de gerenciamento para está área sugere-se a implantação do período de defeso de fevereiro a junho, assim garantido a manutenção dos estoques das cinco espécies.

     
     
  • ALEF FONTINELE TEIXEIRA
  • "BIOMARCADORES HISTOLÓGICOS EM Sciades herzbergii EM REGIÕES PORTUÁRIAS E ÁREAS PROTEGIDAS NA BAÍA DE SÃO MARCOS, MARANHÃO".

  • Data: 05/03/2021
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  • Este trabalho tem por objetivo analisar a qualidade da água e identificar a diversidade fúngica presente em pele e brânquias de tambatinga. Foram analisados os parâmetros físico-químicos da água e feitos testes microbiológicos para identificar o número mais provável de coliformes totais e termotolerantes. Foram coletados 40 espécimes de tambatinga, 20 em cada período, para aferição biométrica. Além disso, houve retirada de fragmentos da pele e brânquias para isolamento de fungos em meio de cultura (BDA) e, posteriormente, foram confeccionadas lâminas para identificação de caracteres reprodutivos por microscopia óptica. Os resultados demonstraram diferenças significativas do comprimento total (CT) e peso (P) para os períodos seco e chuvoso. Os dados microbiológicos demonstraram que a água das quatro pisciculturas analisadas está dentro dos limites estabelecidos pelas resoluções CONAMA no 357/2005 e 430/2011. Em relação aos parâmetros físico-químicos da água apenas a condutividade (F (1, 14) = 8,611; p = 0,011) e a temperatura tiveram diferenças consideráveis (F (1, 14) = 11,037; p = 0,005). Houve prevalência de leveduras (33%) e fungos dos gêneros Fusarium sp. (26%), Penicillium sp. (21%) e Aspegillus sp. (20%). A análise de diversidade fúngica demonstrou
    associações para sexo, Aspegillus sp. (X 2=19,600; GL=1; P=0,001) e entre períodos, Penicillium sp. (X2 =8,120; GL=1; P=0,004) e Fusarium sp. (X2 =21,583; GL=1; P=0,01). Concluindo, se, portanto, que os cultivos estão dentro do estabelecido pela legislação. No entanto, é preciso avaliar a presença de possíveis micotoxinas e leveduras nos peixes cultivados, uma vez que as espécies fúngicas com maior prevalência encontradas em branquias e pele dos peixes analisados são fungos considerados bolores toxigênicos e são bastante disseminados pelo ambiente.

     

  • ALESSA FERREIRA SOUZA
  • DETERMINAÇÃO SEXUAL EM PEIXES E IDENTIFICAÇÃO SEXUAL EM

    PIRARUCU (ARAPAIMA GIGAS)

  • Data: 25/02/2021
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  • O presente estudo teve como objetivo realizar uma revisão cienciométrica sobre o panorama atual dos estudos sobre determinação sexual em peixes, e utilizar o boroscópio como ferramenta para identificação sexual em pirarucu. Para a cienciometria, foi realizado um levantamento da literatura científica sobre o tema “identificação sexual em peixes” usando a base de dados Web of Science, utilizando as palavras-chave : “sex determination AND fish”, &quot;sex-specific marker AND fish” e &quot;sex identification&quot; AND fish|”, entre os anos 2000 a 2020. Para a boroscopia, foram utilizados 15 espécimes oriundos de fazendas de cultivo de pirarucu localizadas nos municípios de Alto Alegre do Pindaré e Santa Inês, ambas localizadas na região da Baixada maranhense. Os exemplares tiveram o abdômen distendido com soro fisiológico para a introdução da ótica do boroscópio pelo poro urogenital. A imagem gerada foi transmitida via Wi-fi para um smartphone com o software específico. Para análise do método empírico de identificação sexual em pirarucu, foi realizado foto registro dos exemplares em posição póstero lateral esquerda, para observação do padrão de coloração das escamas vermelhas. Foi encontrado um total de 1207 publicações a partir das palavras-chave utilizadas. Os dados levantados estão em fase de análise. Quanto a boroscopia, através da análise das imagens geradas pelo equipamento foi possível diferenciar nitidamente as gônadas masculinas e femininas para todos os espécimes de pirarucu examinados. Machos apresentaram uma gônada ímpar, posto lateral esquerda. Lisa, alongada e de coloração alaranjada com relativa nitidez, apoiada em tecido muscular. Fêmeas apresentaram gônadas com ovócitos arredondados, em camadas ou tecido levemente escamoso (ovócitos ainda imaturos) de coloração levemente esbranquiçada na cavidade celômica. Através da observação das gônadas e comparação com o método de identificação empírico, foi observado que não há correlação entre o padrão de coloração das escamas vermelhas com a identificação sexual do pirarucu. Este estudo pretende contribuir com uma melhor compreensão do conhecimento atual sobre a determinação sexual em peixes, e é pioneiro na utilização do
    boroscópio para a identificação sexual do pirarucu. A técnica se mostrou eficaz, sendo necessária a execução de mais estudos a fim de expandir e incorporá-la à rotina do cultivo da espécie.

  • DIEGO AURELIO DOS SANTOS CUNHA
  • MODELOS PARA AVALIAR A QUALIDADE DO Pangasius bocourti (Sauvage, 1880) (SURILIFORMES; PANGASIDAE)

     
     
  • Data: 25/02/2021
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  • Considerando as exigências do mercado internacional e nacional por qualidade, a importância do grau de frescor dos produtos da pesca e o destaque da espécie Pangasius bocourti como fonte de alimento e renda para o país, nesse estudo objetivou- se estabelecer modelos e critérios de qualidade sensorial, bioquímicos e microbiológicos para a espécie em questão inteira e estocada em gelo ajudando a estimar a validade comercial. Para tal,  procedeu-se a avaliação do peixe inteiro, durante 25 dias de estocagem com cinco julgadores treinados utilizando-se um protocolo com base no Método do Índice de Qualidade (MIQ). As análises físico-químicas consistiram de bases voláteis totais (N-BVT), pH, composição centesimal, capacidade de retenção de água e capacidade de perda de água por cozimento; nas análises microbiológicas foi verificado que as amostras se encontravam dentro do padrão estabelecido pela legislação brasileira mesmo após os 25 dias de estocagem. Para o MIQ, foi estabelecido um protocolo de qualidade com 6 atributos e Índice de Qualidade (IQ) variando entre 0 e 33. Determinou-se a validade comercial desta espécie em 12 dias estocado em gelo.

     
     
  • IONE DE OLIVEIRA GOMES
  • ZONAÇÃO HORIZONTAL DA FAUNA BÊNTICA SOB INFLUÊNCIA DAS MACROMARÉS DA COSTA AMAZÔNICA – BRASIL

  • Data: 22/04/2021
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  • O objetivo deste trabalho foi descrever a zonação da macrofauna bêntica em uma praia arenosa
    sobre influência das macromarés da costa amazônica maranhense, Brasil. Cinco coletas
    bimestrais foram realizadas entre os meses agosto, outubro e dezembro/2019 (estação seca),
    fevereiro e julho/2020 (estação chuvosa) em dois locais na região de estudo. Em ambos os
    locais foram delimitado um transecto de 100 m perpendicular a linha d’água durante a maré
    baixa, com três zonas distantes entre si em 50 m. As amostragens de seis réplicas em cada zona
    foram realizadas com um corer de 10 cm diâmetro, totalizando 180 amostras. Variáveis
    ambientais foram mensuradas para relacionar com os fatores biológicos. Os organismos foram
    distribuídos em 38 taxa, os poliquetas, oligoquetas e crustáceos juntos contribuíram com 88,7%
    da abundância total. O grupo dos poliquetas foi o que apresentou maior riqueza com 22
    espécies, enquanto o crustáceo tanaidáceo Monokallipseudes schubarti, Oligochaeta e as
    espécies de poliquetas Heteromastus sp., Laeonereis sp., Sigambra grubei e Capitella
    aracaensis foram mais abundantes. A zonação da macrofauna bêntica apresentou distribuição
    espacial, indicando heterogeneidade entre as três zonas com maiores densidade registradas nas
    zonas infra e mesolitoral por serem mais favoráveis para os organismos. A estação seca
    apresentou o aumento da abundância, densidade e diversidade de espécies da macrofauna
    bêntica. As distribuições das espécies M. schubarti, Heteromastus sp. Oligochaeta, Laeonereis
    sp., S. grubei foram influenciadas pelos fatores frações de sedimento, salinidade e matéria
    orgânica, respectivamente. Os resultados deste estudo auxiliam na compreensão de como os
    organismos da macrofauna bêntica se distribuem em zonas com substrato não consolidado de
    regiões tropicais, podendo assim, práticas de manejo e monitoramento ambiental de ambiente
    estuarino.

  • JANDERSON BRUZACA GOMES
  • BIOMARCADORES DE EFEITO E PARASITOS PARA AVALIAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL E SANIDADE DE Hoplias malabaricus (CHARACIFORMES: ERYTHRINIDAE) DE UM AMBIENTE LACUSTRE DA BAIXADA MARANHENSE, MARANHÃO

  • Data: 25/02/2021
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  • Vários estudos têm alertado para o fato de que o acúmulo de resíduos lançados pelo homem no meio ambiente vem comprometendo gravemente a saúde dos ecossistemas aquáticos. O uso dos parasitos e biomarcadores de peixes podem contribuir para o monitoramento dos efeitos da poluição aquática, pois atuam como sinalizadores dos efeitos causados pelos contaminantes químicos. O objetivo deste trabalho é avaliar o impacto ambiental, a sanidade e a ocorrência de parasitos em Hoplias malabaricus do lago do Coqueiro de São João Batista. Foram coletados 30 exemplares de H. malabaricus, 15 exemplares em março de 2019, consistindo o período chuvoso e 15 exemplares em outubro de 2019, consistindo no período de estiagem. Os parâmetros abióticos, temperatura, pH, condutividade e oxigênio dissolvido foram medidos in loco e os parâmetros microbiológicas incluíram contagens de coliformes totais e Escherichia coli. A análise microbiológica da água foi realizada no laboratório de
    alimentos e água da Universidade Estadual do Maranhão. Todo procedimento de biomarcador vgenotóxico, histológico e investigação da fauna parasitária foi realizado em laboratórios da Universidade Estadual do Maranhão. Os valores dos parâmetros abióticos mostram-se em desacordo com a legislação vigente. Alta concentração de bactéria de contaminação fecal (Escherichia coli) foi registrada. Micronúcleos, lesões nucleares, lesões branquiais e hepáticas foram registradas em ambos os períodos, porém com maior frequência no período chuvoso, indicando que a espécie H. malabaricus está respondendo aos impactos ambientais no ambiente, afetando seu sistema fisiológico. Foram encontrados Argulos carteri, Dolops discoidalis, Urocleidoides spp., Contracaecun sp. e Trypanossoma sp., parasitando diferentes órgãos. Maior ocorrência de parasitos foi observada no período de estiagem, estando relacionado como a migração dos peixes para regiões mais cheias em busca de alimento, causando estresse no animal e afetando a imunidade, favorecendo o parasitismo. A espécie H. malabaricus mostra-se como um bom bioindicador de mudanças ambientais, apresentando respostas biológicas relacionadas a exposição a xenobióticos.

  • JUNIELE PAULINA DOS SANTOS
  • “OCORRÊNCIA E CONSERVAÇÃO DO TUBARÃO MARTELO Sphyrna tiburo (LINNAEUS, 1758) (CHONDRICHTHYES, ELASMOBRANCHII), ESPÉCIE AMEAÇADA DE EXTINÇÃO NA COSTA NORTE DO BRASIL",

  • Data: 24/02/2021
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  • Tubarões do gênero Sphyrna encontram-se ameaçados em várias localidades do mundo. O Sphyrna tiburo é um tubarão-martelo que se distribui em águas tropicais dos Oceanos Atlântico Ocidental, e Pacífico Oriental. entretanto, não há evidência de registros recentes em várias localidades de sua ocorrência, e no Brasil encontra-se Criticamente em Perigo (CR). Desse modo, os objetivos deste trabalho foram identificar lacunas no conhecimento científico, bem como, as tendências de flutuações de publicações nas diferentes regiões do mundo. Para compreender e discutir o status de conservação da espécie Sphyrna tiburo, através do levantamento de dados pretéritos, e da pesquisa de campo. A metodologia utilizada foi a revisão sistemática, e empregados métodos mistos para a coleta de dados. A abordagem metodológica quali-quantitativa, sendo assim, foram aplicadas análises bibliométricas para os dados globais, e a nível nacional, a revisão integrativa para a realização da análise qualitativa. Dessa forma, para as análises bibliométricas globais, a base de dados utilizada foi a Web of Science, e abrangeu 46 anos de pesquisa (1974-2020). Os descritores e operador booleano utilizados foram “Sphyrna tiburo” or “Bonnethead shark” e foram encontrados 133 publicações. Já a pesquisa nacional foi realizada através de busca em vários bancos de dados (Web of Science, Science Direct, BioOne, SCIELO e MEDLINE), com o uso de descritores e operadores booleanos. Abrangeu o intervalo de 1986 a 2020, e compreendeu a 35 anos de estudos. Os resultados demonstraram mudança de abordagem temporal nas publicações. Os trabalhos nacionais demonstram que os primeiros estudos compreendiam áreas como reprodução, alimentação, uso do hábitat e dinâmica populacional. No entanto, os atuais trabalhos utilizam técnicas menos invasivas e são publicados em áreas como genética, poluição ambiental, distribuição e conservação. Portanto, essa tendência pode estar relacionada a escassez da espécie, que impossibilita a realização de estudos populacionais no Brasil. Entretanto, percebe-se que dados do hemisfério norte apresentam abundância e têm demonstrado maior visibilidade nas avaliações globais da espécie. Partindo deste pressuposto,
    recomenda-se nova avaliação global que considere dados das demais localidades de sua ocorrência. Além disso, esse estudo sugere avaliação continuada da espécie, e maior fiscalização nos pontos de desembarques para que faça valer as legislações nacionais pré-existentes. Dessa forma, a contribuir para a conservação da espécie.

  • MANOEL CLEBER SAMPAIO SILVA
  • SANIDADE DE TAMBATINGA (PISCES: CHARACIDAE) EM PISCICULTURAS
    NA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DA BAIXADA OCIDENTAL
    MARANHENSE, BRASIL

  • Data: 25/02/2021
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  • Este trabalho tem por objetivo avaliar a sanidade de Tambatinga em pisciculturas na Área de Proteção Ambiental da Baixada Ocidental Maranhense. Foram analisados os parâmetros físico-químicos da água e feitos testes microbiológicos para identificar o número mais provável (NMP) de coliformes totais e termotolerantes (E. coli). Foram coletados 40 espécimes de tambatinga, 20 em cada período, para aferição biométrica e peso. Além disso, houve retirada de fragmentos da pele, brânquias e fígado. Os fragmentos de pele e brâquias foram utilizados para isolamento de fungos em meio de cultura (BDA) e, posteriormente, foram confeccionadas lâminas para identificação de caracteres reprodutivos por microscopia óptica. Os fígados foram inclusos em formalina a 10%, por 24h, posteriormente, mantidos em alccol a 70%. O processamento e análise histológica do fígado seguiu protocolo descrito por Poleksic e Mitrovic-Tutundzic (1994), sendo o IAH classificado de acordo com tabela de severidade. Os resultados demonstraram diferenças significativas do comprimento total (CT) e peso (P) para os períodos seco e chuvoso. Os dados microbiológicos demonstraram que a água das quatro pisciculturas analisadas esteve dentro dos limites estabelecidos pelas resoluções CONAMA nº 357/2005 e 430/2011. Em relação aos parâmetros físico-químicos da água apenas a condutividade (F (1, 14) = 8,611; p = 0,011) e a temperatura tiveram diferenças consideráveis (F (1, 14) = 11,037; p = 0,005). Houve prevalência de leveduras (33%) e fungos dos gêneros Fusarium. (26%), Penicillium (21%) e Aspegillus (20%). A análise de diversidade fúngica demonstrou associações para sexo, Aspegillus sp. (X2=19,600; GL=1; P=0,001) e entre períodos, Penicillium sp. (X2=8,120; GL=1; P=0,004) e Fusarium sp. (X2=21,583; GL=1; P=0,01). As alterações hepáticas frequentes foram núcleo para periferia (NP), centro de melanomacrófagos (CMM), hiperemia (H), vacuolização (V), hemorragia (He), degeneração gordurosa (Dg) e esteatose. Esses resultados indicam que os peixes estão apresentando respostas biológicas a estressores presentes no local e pode ter relação direta com a presença de micotoxinas, manejo inadequado e a presença de contaminantes do meio ambiente.

  • MAYARA CAROLYNE MOURÃO CARVALHO
  • GASTRÓPODES LÍMNICOS DA MICRORREGIÃO DOS LENÇÓIS MARANHENSES (MARANHÃO, BRASIL)

  • Data: 25/02/2021
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  • Os Lençóis Maranhenses apresentam exuberantes paisagens e uma diversidade de ecossistemas, que favorecem a ocorrência de vários grupos taxonômicos, dentre elas, os moluscos. O Filo Mollusca é o segundo maior em número de espécies de diversas formas e ocorrem nos mais variados ambientes (terrestre, marinho e de água doce). A classe Gastropoda é mais diversificada do filo Mollusca e muitas espécies podem atuar como hospedeiro intermediário de trematódeos e nematódeos do homem e de animais domésticos, se tornando assim um problema de interesse médico-sanitarista e médico-veterinário. Considerando a carência de informações sobre a malacofauna dessa região, este trabalho visa verificar a ocorrência de gastrópodes límnicos coletados na Microrregião dos Lençóis Maranhenses. As coletas foram realizadas em 4 municípios da Microrregião no período de junho de 2016 a outubro de 2019. Esses exemplares foram contados, identificados e tombados na Coleção de DNA e Tecidos da Fauna Maranhense – CoFauMA. A ocorrência 8 espécies foram registradas: Biomphalaria straminea (Dunker, 1848); Biomphalaria schrammi (Crosse, 1864); Depanotrema lucidum (Pfeiffer.1939); Melanoides tuberculata MULLER, 1774; Idiopyrgus sp. Pilsbry, (1911); Physa marmorata Guilding, (1828); Pomacea maculata Perry, 1810; Pomacea sp. . A espécie B. straminea apresentou a maior abundância seguida de M. tuberculata e Pomaea sp. Dos municípios investigados Tutóia apresentou a maior riqueza de espécies. A espécie mais frequente foi Pomacea sp. A presença de moluscos, que são hospedeiros intermediários de trematódeos e nematódeos, em áreas com potencial turístico pode representar risco para a transmissão de doenças de interesse médico e veterinário nos municípios estudados.

  • RICARDO PINTO DOS SANTOS
  •  EFEITO DA FREQUÊNCIA ALIMENTAR SOBRE O CRESCIMENTO DO LAMBARI, Astyanax bimaculatus ( CHARACIFORMES, CHARACIDAE)

  • Data: 25/02/2021
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  • Conhecer os estágios embrionários de uma espécie pode garantir ínumeras vantagens no seu processo produtivo, assim como atender as exigências nutricionais nas diferentes fases de crescimento, pode garantir um bom desenvolvimento da espécie. Como todos os peixes, o Astyanax bimaculatus precisa de uma quantidade ideal de alimentações para uma melhor atividade enzimática e desempenho. O objetivo desta pesquisa é descrever o desenvolvimento embrionário e analisar a influência da frequência alimentar no crescimento do A. bimaculatus. Para o desenvolvimento do projeto, matrizes de A.bimaculatus foram capturadas em uma piscicultura maranhense e levadas para o Laboratório de Reprodução de Organismos Aquáticos – LARAQUA, esses exemplares após processo de adaptação foram submetidos à hipofisação utilizando um hormônio sintético em doses condizentes ao seu peso corporal, em seguida casais foram estocados em sistema de desova composto por 4 bacias (20 litros cada) com aeração constante onde ocorreu a desova semi-induzida. Para o acompanhamento do desenvolvimento embrionário, novas matrizes de a. bimaculatus foram hipofisadas, o método de fertilização foi a seco, misturando o sêmen aos ovócitos estruídos e adicionando em seguida água à mistura para a ativação dos espermatozoides, amostras contendo 15 ovos foram colhidas, analisadas em microscópio e fixadas em formalina a 4%. Após a eclosão as pós-larvas da desova semi-induzida foram transferidas para um tanque rico em alimentação natural durante 20 dias. Posteriormente foram treinadas com
    ração comercial em pó até chegarem à fase de alevinos, quando foram aferidos os parâmetros biométricos e transferidas para as unidades experimentais para receberem os tratamentos pré-estabelecidos. O monitoramento da água, esta sendo feito semanalmente com um multiparâmetro digital Aksoak 88. Os exemplares apresentaram melhor resposta à dosagem hormonal em duas aplicações tanto para machos quanto para fêmeas, quando as matrizes apresentaram um bom percentual de desova, com uma taxa de fecundação de 70%, o desenvolvimento embrionário apresentou estágios bem definidos e ausência de deformidades na estrutura morfológica, e a alimentação natural juntamente com a ração comercial 45%PB influenciaram significativamente no desenvolvimento dos alevinos, apresentando bons índices iniciais de peso e comprimento. Concluiu-se que a reprodução semi-induzida e a seco com o hormônio sintético apresentaram bons resultados na desova e fecundação, assim como a alimentação primária no desenvolvimento das pós-larvas, contudo a análise ontogênica confirmou a boa taxa de fecundação, não apresentando deformidades consideráveis.

2020
Descrição
  • ALEFF PAIXAO FRANCA
  • “MATURAÇÃO DA OSTRA DO MANGUE Crassostrea gasar SOB DIFERENTES TEMPERATURAS E SALINIDADES CONTROLADAS EM LABORATÓRIO”

  • Data: 03/02/2020
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  • O presente estudo teve como objetivo determinar as melhores condições de maturação
    da ostra nativa C. gasar, em condições controladas em laboratório, através do índice de
    condição (IC), índice de ocupação gonadal (IOG), diâmetro médio dos ovócitos e
    estágios gonadais. Seguindo as hipóteses que: (I) A temperatura influência de forma
    direta na maturação da ostra do mangue e (II) A ostra matura em temperaturas mais
    altas. Todos os reprodutores que foram utilizados no experimento de maturação vieram
    da unidade de cultivo de ostras instalada no povoado de Areinhas, município de
    Primeira Cruz – MA. No experimento foram testadas quatro condições térmicas com 4
    repetições cada: T1 – temperatura constante de 32ºC; T2 – temperatura constante de
    24ºC; T3 – temperatura variando de 32ºC para 24ºC e T4 – temperatura variando de
    24ºC para 32ºC. Os tratamentos T3 e T4 tiveram suas temperaturas ajustadas
    semanalmente alterando em 1ºC. O experimento foi conduzido em 16 tanques
    retangulares de 12 L (53 x 32,5 x 10 cm) com sistema de troca de água constante,
    mediante recirculação. Foram estocadas em cada unidade experimental 35 ostras (total
    de 560). Quinzenalmente foram amostradas 5 ostras por unidade experimental,
    totalizando 20 ostras por tratamento, sendo 80 ostras por amostragem. Após esse
    processo, 40 ostras foram submetidas ao processo histológico para a determinação do
    estágio gonadal e as 40 ostras restantes foram destinadas para a determinação do IC. O
    IOG e o diâmetro dos ovócitos foram avaliados, através de análise de imagem,
    utilizando o software ImageJ. Foi realizado a análise estatística utilizando o software
    Statistica 7. Os tratamentos que obtiveram os melhores valores de IC foram os que
    continham temperatura da água mais baixa (T2 e T4), onde ambos estavam com 24°C.
    Não houve diferença significativa do índice de condição entre amostragens e sexo,
    porém, quando avaliado em relação aos tratamentos, o T1 (32°C) diferiu
    significativamente com médias inferiores aos demais, tendo como possível causa a alta
    temperatura da água (p &lt; 0,05, ANOVA, Tukey). Em relação a influência da
    temperatura em relação ao IC, os reprodutores masculinos obtiveram o valor de r 2 =
    0,179 e uma correlação de Pearson de -0,424. Já as fêmeas, obtiveram um valor de r 2 =
    0,009 e correlação de Pearson de -0,312. Os resultados demonstram uma fraca
    correlação inversa, ou seja, à medida que a temperatura sobe, o IC diminui. Não houve
    diferença significativa entre tratamento e sexo na amostragem de 15 dias, mas, quando
    verificado os estágios gonadais, o IIIB e IIIA foram significativamente predominantes
    em relação aos demais (p &lt; 0,05, ANOVA, Tukey). Na amostragem de 15 dias, houve
    uma maior porcentagem de ovócitos considerados maduros para temperatura de 32°C
    (T1 e T3) com 65%, enquanto que a temperatura de 24°C (T2 e T4) obteve 58%.
    Partindo do princípio que as ostras possuíam 60% dos ovócitos maduros na amostragem
    inicial, houve um acréscimo 5% de ovócitos maduro na temperatura de 32°C, enquanto
    que na temperatura de 24°C ocorreu o inverso, -2%. Em relação ao IOG, no geral, os
    machos apresentaram crescimento gonadal para os T1, T2 e T3, enquanto as fêmeas
    apresentaram crescimento apenas para o T2, em relação a amostragem inicial. A análise
    dos dados do experimento está em andamento, e devido a sua insuficiência não é
    possível considerar ou sugerir uma conclusão. Da mesma forma, é impossível aceitar ou
    rejeitar as hipóteses propostas na pesquisa.

  • ANA KAROLINA RIBEIRO SOUSA
  • IDENTIFICAÇÃO MOLECULAR DOS BIVALVES DA FAMILIA VENERIDAE Rafinesque, 1815 (MOLLUSCA, BIVALVIA) NA ÁREA DE TRANSIÇÃO AMAZÔNICA, BRASIL.

  • Data: 30/01/2020
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  • No Brasil, foram registradas 40 espécies da família Veneridae. Contradições entre os
    diferentes estudos morfológicos realizados dificultam a identificação de espécies desta
    família, afetando demais estudos ecológicos com esses organismos. Embora haja um grande
    interesse econômico por moluscos marinhos bivalves, os estudos realizados ainda são
    escassos. O presente estudo teve por objetivo identificar molecularmente as espécies de
    venerídeos encontrados na área de transição amazônica. Para isso aplicou-se a metodologia
    DNA Barcoding, na qual utiliza-se um fragmento do gene Citrocromo Oxidase Subunidade I
    (COI). As amostras foram obtidas durante um período de 2018 -2019 em quatro pontos da
    área de transição amazônica. Os espécimes foram registrados e identificados
    morfologicamente. O DNA foi isolado usando-se o protocolo kit Wizard Genomic DNA
    Purification da Promega. O isolamento e amplificação do gene foram realizados através da
    PCR utilizando-se os primers universais. Os produtos das PCRs foram sequenciados e a
    análise dos dados foi realizada em softwares específicos. No sequenciamento de 41 amostras
    obteve-se fragmentos do gene COI da espécie Anomalocardia flexuosa de 656 pb, Tivela sp
    com 647pb e 653pb para Leukoma sp. As médias de divergências genéticas intraespecíficas
    mostraram valores de 1,15% para Anomalocardia flexuosa, 0,9% para Tivela sp e 0,3% para
    Leukoma sp. Os percentuais de divergência apresentaram padrões altos no comparativo das
    sequências obtidas do gênero Tivela com a sequência da espécie Tivela mactroides disponível
    no Genbank, que de acordo com a similaridade no BOLDSYSTEMS a sequência mais
    próxima apresentado valor inferior a 96%. A árvore filogénetica agrupou fortemente as três
    espécies em clados diferentes com 100% de bootstrap. As sequências de Tivela sp obtidas
    apesar de pertencerem ao um mesmo clado exibem uma diferenciação como já havia
    apresentado no percentual de similaridade e divergência intraespecíficas com a espécie Tivela
    mactroides. Esses resultados podem indicar a existência de uma espécie, Tivela sp. O
    barcoding permitiu inferir quanto à identificação do sarnambi Anomalocardia flexuosa. A
    espécie do gênero Leukoma foi identificada através de suas características morfológicas como
    Leukoma pectorina, entretanto para identificação molecular foi possível confirmar apenas o
    gênero. Sequência do gene COI dessa espécie ainda não foi incluída na plataforma
    BoldSystems, sendo este estudo pioneiro na caracterização molecular da espécie.

  • CAROLINE LOPES FRANÇA
  • CARACTERIZAÇÃO E TOXICIDADE DO DMSO EM RESFRIAMENTO DO
    SÊMEN DO Trachelyopterus galeatus (SILURIFORMES: AUCHENIPTERIDAE)

     
     
  • Data: 29/01/2020
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  • O conhecimento das características seminais de uma espécie é importante para o desenvolvimento dos protocolos de preservação, promovendo aprimoramento e sucesso na reprodução artificial. A preservação do sêmen sob refrigeração é uma técnica simples e de baixo custo que promove a viabilidade espermática por horas ou dias, facilitando metodologias de reprodução artificial. O presente estudo teve como objetivo determinar as características físico-químicas do sêmen do cangati (Trachelyopterus galeatus) e avaliar a toxicidade do DMSO (dimetilsulfóxido) sobre o sêmen da espécie durante o resfriamento. Durante o período reprodutivo, foram coletadas amostras de 20 animais, diretamente do gonopódio em que o sêmen foi coletado com auxílio de seringas. As amostras de sêmen coletada, foram analisadas quanto à cor, volume, pH, taxa de motilidade, concentração espermática e identificação de alterações morfológicas. Para o teste de refrigeração, foi utilizado o sêmen de 5 peixes resultando em 5 amostras de sêmen, que foram diluídas em HBSS (Solução Salina Equilibrada de Hank’s) adicionado de dimetilsulfóxido (DMSO) em diferentes concentrações (2,5%, 5,0% e 10%) na proporção de 1:4 e in natura. As amostras foram mantidas a 4°C por 72 horas e avaliada em intervalos de 0, 12, 24, 36, 48, 60 e 72 hrs. O sêmen do cangati apresentou coloração branca e aspecto leitoso, sem variação de pH entre os espécimes, enquanto que o volume variou 66,6% entre as amostras. A taxa de motilidade foi de 90,6 ± 13,4% e a concentração de 2,7 ± 0,7 x106 células mL-1 . O sêmen de T. galeatus apresentou 14,21% de danos primários e 15,14% danos secundários. Foram identificadas alterações tanto na cabeça quanto na cauda dos espermatozoides. As maiores frequências estavam associadas às anormalidades de cauda dobrada (12,45 ±0,32%), cauda fortemente enrolada (4,90 ±0,15%) e defeito na cabeça (3,5% ±0,16). Enquanto que as menores frequências foram relacionadas às alterações de cauda em formato retroaxial (3,09 ±0,13%), cabeça sem cauda (2,54 ±0,12%), cauda fraturada (1,57 ±0,07%), cauda enrolada na cabeça (1,14 ±0,05%) e espermatozoide com cauda contendo gota citoplasmática (0,14 ± 0,01%). Durante a refrigeração, foi verificada boa qualidade e viabilidade do sêmen in natura após 48 horas. O declínio da motilidade foi diretamente proporcional ao tempo de armazenamento. O mesmo resultado foi observado nos tratamentos com o DMSO. Foi encontrada diferença significativa (p<0,05), entre os intervalos de tempo do sêmen diluído em HBSS para taxa de motilidade e observado que a partir do intervalo de 12 horas, os espermatozoides estavam completamente inativos. O mesmo acontecendo para HBSS + DMSO (10%). Não houve diferença significativa entre os tratamentos, sêmen in natura, HBSS+DMSO 2,5% e HBSS+ DMSO 5,0%, estes tratamentos indicaram maiores porcentagens após 48 horas de refrigeração (35± 8,6%), (35±5%) e (37,5±10%) respectivamente. Os tratamentos com 2,5% e 5,0 % de DMSO apresentaram porcentagem de células móveis de 20±4 após 72 horas de refrigeração. A refrigeração do sêmen de cangati é uma alternativa viável, sendo possível manter por 48 horas uma apropriada qualidade e viabilidade das células espermáticas. O uso do crioprotetor DMSO nas concentrações de 2,5% e 5,0% incorporado ao diluidor HBSS favorece o prolongamento da viabilidade dos espermatozoides com porcentagem de células móveis de 35 ± 5.0 % e 37,5± 10,3% respectivamente após 48horas de refrigeração.

  • JACKELLYNNE FERNANDA FARIAS FERNANDES
  • ESTUDOS DOS ASPECTOS ALIMENTARES E REPRODUTIVOS DO ARIACÓ Lutjanus synagris (Linnaeus, 1758) (PERCIFORMES: LUTJANIDAE) CAPTURADO NA COSTA AMAZÔNICA DO MARANHÃO, BRASIL

  • Data: 03/02/2020
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  • Os recursos pesqueiros são compostos por unidades populacionais que apresentam
    características distintas e que respondem em seu desempenho e particularidades, ao nível de
    predação, seja ela através de fatores naturais ou através da atividade pesqueira. A família
    Lutjanidae é representada por um importante grupo de peixes denominados de vermelhos ou
    pargos. Ocorrem ao longo de toda zona costeira brasileira e são capturados pela frota
    pesqueira artesanal e industrial na costa nordeste do Brasil. A partir da década de 80, através
    da pressão nos estoques da família Lutjanidae houve um período de declínio, levando à perda
    de produtividade e redução da economia. Em virtude de serem um recurso pesqueiro bastante
    explorado, e comprovado a necessidade de estudos e planos de manejos para que seja evitado
    caso de sobrepesca e colapso nos estoques, a presente pesquisa busca copilar dados
    relacionados à dinâmica populacional do Lutjanus synagris com foco na alimentação e na
    biologia reprodutiva da espécie. A dinâmica populacional de 359 exemplares do ariacó, 210
    fêmeas e 149 machos, foi analisada mensalmente entre junho/2018 a maio/2019, em uma área
    de pesca na costa amazônica, litoral do Maranhão – Brasil. A distribuição amostral média por
    sexo foi favorável as fêmeas com comprimento e peso médio (valor médio (± DP) de 35,75
    cm (± 1,06) e Wt variando de 180,0 g a 1375,0 g, com média (± DP) de 531,12 g (± 268,70))
    maior que dos machos. Os exemplares apresentaram uma atividade alimentar moderada e uma
    composição na dieta rica em crustáceos decápodes e peixes. Foi identificado resíduos sólidos
    oriundos da atividade antrópica. A alometria estimada foi do tipo negativa. Houve presença de
    picos reprodutivos indicando desova parcelada e o comprimento de primeira maturação para
    sexos agrupados L 50 = 28,24 cm. As informações sobre alimentação e reprodução quando
    cruzadas, contribuem para o entendimento da dinâmica ecossistêmica e populacional,
    permitindo o conhecimento dos aspectos ecológico e biológico da espécie em estudo, bem
    como, fornece dados sobre uma abordagem mais geral sobre o papel do organismo na cadeia
    trófica, contribuindo no estudo ecossistêmico para definir estratégias de manejo, uso e
    conservação dos recursos.

  • JAILZA FREITAS
  • “Estimativa do período reprodutivo e tamanho de primeira maturação de peixes comercialmente importantes no litoral do estado do Maranhão: uma ferramenta para a gestão pesqueira”

  • Data: 03/02/2020
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  • O estudo da biologia reprodutiva é importante para determinar medidas protetivas
    visando à manutenção dos estoques pesqueiros. Desta forma, o presente estudo tem
    como objetivo determinar aspectos da reprodução das espécies Trichiurus lepturus,
    Peprilus cf. crenulatus, Selene setapinnis, Nebris microps e Bagre bagre. Estão sendo
    coletados a cada dois meses aproximadamente trinta exemplares de cada espécie.
    Foram feitos procedimentos de pesagem, biometria, evisceração e retirada do tecido
    gonadal para análises posteriores e processos histológicos. Os estágios maturacionais
    e o sexo foram determinados através de análises macroscópicas e serão confirmados
    com análise histológica quando necessário. Houveram coletas nos meses de
    julho/agosto de 2018 (129 indivíduos), novembro/dezembro de 2018 (44 indivíduos),
    janeiro/fevereiro de 2019 (103 indivíduos), março/abril de 2019 (129 indivíduos),
    maio/junho (143 indivíduos) e julho/agosto (160 indivíduos). Os maiores exemplares
    de Nebris microps encontravam-se entre os valores de 31 a 35 cm de comprimento, e
    na sua maioria, encontravam-se nos estágios maturacionais maduro e regenerando (C
    e D). Para Bagre bagre, os maiores exemplares encontraram-se entre 34 e 37 cm de
    comprimento, e, na sua maioria, possuíam estágio de regressão (D). Para Peprilus cf.
    crenulatus as maiores medidas de comprimento foram de 12,5 a 15 cm e sua maioria
    encontrava-se maduros (C). Os maiores exemplares de Selene setapinnis
    encontraram-se entre 29 e 33 cm de comprimento, e em sua maioria, em estágio
    maduro (C). Em Trichiurus lepturus, as medidas de 75 a 85 cm de comprimento foram
    para os maiores exemplares encontrados, e a sua maioria em estágio maduro (C). O
    índice gonadossomático é um importante fator a ser estudado para saber em quais ou
    qual período as espécies estão se reproduzindo, ou em qual momento alcançam a
    maior capacidade de produzir gametas, que podem fecundar ou ser fecundados. No
    presente estudo, para cada espécie variou conforme seus valores de peso das gônadas
    e peso eviscerado. Para Trichiurus lepturus houveram médias de 0,40 a 2,30 da
    primeira à sexta coleta. Para Peprilus cf. crenulatus sua maior média foi na quinta
    coleta (mai/jun) com 1,46. A espécie Selene setapinnis registrou sua maior média na
    quarta coleta, com média de 2,16, já Nebris microps obteve média de 2,30, sendo sua
    maior média na coleta dos meses de jan/fev. O Bagre bagre demonstrou sua média
    mais alta na terceira coleta (jan/fev), com 1,89. Os espécimes já analisados no
    presente estudo apresentaram alometria negativa (b<3), onde as espécies crescem
    mais em comprimento que em peso, com exceção dos espécimes de N. microps, que
    apresentou o expoente b>3, com valor de 3,35. A marcante presença de indivíduos
    maturos destas espécies capturados pela pesca de emalhe também demonstrou uma
    atividade reprodutiva neste local de pesca. Os tamanhos de primeira maturação
    obtidos para as espécies T. lepturus e S. setapinnis foram baixos, se comparados as
    mesmas espécies em outras regiões, indicando uma possível pressão de pesca sobre a
    população afetada pela pesca de malhe. Estudos para todas as espécies avaliadas são
    extremamente necessários para a região, pois se observa uma grande pressão
    pesqueira sobre esses estoques.

  • JORDANA ADORNO FURTADO
  • ANÁLISE DA COMUNIDADE FITOPLANCTÔNICA E SUAS RELAÇÕES COM OS IMPACTOS AMBIENTAIS EM UM COMPLEXO PORTUÁRIO NA COSTA NORTE DO BRASIL

  • Data: 28/01/2020
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  • Estuários são ambientes de alta produtividade, que desempenham papel fundamental tanto na
    economia quanto ecologia do meio estuarino, podendo ser utilizados em todo o mundo para
    instalação de complexos portuários. Diante disso, este trabalho tem como objetivo avaliar os
    potenciais danos causados pelas atividades portuárias no Complexo Estuarino de São Marcos,
    São Luís (Ma). As coletas foram realizadas durante período chuvoso (fevereiro, maio) e
    estiagem (setembro e dezembro) no ano de 2018, com pontos definidos no Complexo Portuário
    e Cujupe. As variáveis físico-químicas foram obtidas in situ, e amostras de água foram coletadas
    para análise de metais e nutrientes. Para análise qualitativa do fitoplâncton, foram realizados
    arrastos sub-perficiais na coluna d’água com rede de plâncton (45μm), e para contagem de
    células e obtenção da clorofila a, amostras de água foram coletadas com o auxílio de uma
    garrafa de Van Dorn, posteriormente o material foi fixado e transportado para laboratório para
    identificação. As concentrações de compostos nitrogenados e fosfatados, além dos metais
    pesados analisados nesse estudo, obtiveram valores acima do recomendado pela Resolução
    Conama o357/2005. A comunidade fitoplanctônica esteve representada por 152 táxons, sendo
    as Bacillariophytas o grupo mais representativo, as espécies Thalassionema fraunfeldii,
    Coscinodiscus sp., e Nitzschia sp. foram as mais abundantes. O ambiente foi classificado como
    eutrófico e ao longo de todo ano apresenta elevadas concentrações de nutrientes e metais.
    Sazonalmente a estiagem foi o período mais crítico, e espacialmente a área portuária. Portanto,
    a execução desse trabalho torna-se uma importante ferramenta para identificar impactos
    ambientais e na comunidade fitoplanctônica oriundos das atividades portuárias comprometendo
    assim, a qualidade da água e os recursos pesqueiros da região.

  • NATALIA JOVITA PEREIRA
  • BIOMARCADORES E SANIDADE DE Hoplias malabaricus (CHARACIFORMES: ERYTHRINIDAE) NA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS DE LAGO DO PARQUE NACIONAL DOS LENÇÓIS MARANHENSES

  • Data: 16/01/2020
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  • Uma das formas de se avaliar interferências no ambiente aquático é por meio do
    acompanhamento da biota, com destaque para a ictiofauna. Os peixes são considerados
    biomonitores sensíveis para estimar os efeitos de impactos antrópicos. O objetivo dessa
    pesquisa é analisar biomarcadores e sanidade de Hoplias malabaricus na avaliação de efeitos
    de impactos ambientais do lago Santo Amaro, região do Lençóis Maranhenses. Os espécimes
    de H. malabaricus e água foram coletados em pontos distintos do lago Santo Amaro, no
    município de Santo Amaro do Maranhão, em quatro coletas de setembro de 2018 a junho de
    2019, considerando duas no período de estiagem e duas no período chuvoso. Os parâmetros
    abióticos como pH, temperatura e oxigênio dissolvido foram medidos in loco e as avaliações
    microbiológicas incluíram contagens de coliformes totais e Escherichia coli. Em laboratórios
    da Universidade Estadual do Maranhão foram realizadas etapas experimentais de análise
    microbiológica da água e de biomarcadores (genotóxicos e histológicos) e aspectos da fauna
    parasitária. Foram observadas frequências de micronúcleos e lesões nucleares e alterações
    histológicas nas brânquias, rim e fígado como respostas do mecanismo fisiológico de defesa
    de H. malabaricus. As investigações parasitárias em H. malabaricus demonstraram intensos
    parasitismos indicando desequilíbrios na relação parasito-hospedeiro-ambiente, intensificando
    o comprometimento da sanidade dos espécimes. A precipitação e variáveis da água
    influenciaram as respostas dos biomarcadores genotóxicos e histológicos, sendo mais intensas
    no período chuvoso. O lago Santo Amaro tem apresentado fragilidade ambiental, onde a
    espécie H. malabaricus mostrou-se adequada para estudos ambientais em Santo Amaro do
    Maranhão. Os conhecimentos de biomarcadores, análises de água e parasitismo identificaram
    alterações metabólicas derivadas de impactos ambientais e poderão ser usados em estudos de
    monitoramentos contínuos na avaliação da qualidade da água de ambientes aquáticos da
    região dos Lençóis Maranhenses.

  • POLYANA BORDINASSI DA SILVA
  • “Identificação Morfológica e molecular de fungos isolados de peixes cultivados em São Jose de Ribamar e Paço do Lumiar, MA"

  • Orientador : ILKA MÁRCIA RIBEIRO DE SOUZA SERRA
  • Data: 10/02/2020
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  • O objetivo neste trabalho identificar e caracterizar morfológica e molecularmente espécies fúngicas isoladas de tilápias (Oreochromis sp.) provenientes de pisciculturas localizadas em São José de Ribamar e Paço do Lumiar, MA. As coletas foram realizadas nas regiões metropolitanas de São José de Ribamar e Paço do Lumiar, estado do Maranhão, Brasil. Amostras de brânquias e da pele dos peixes foram retiradas para isolamento de fungos. O isolamento dos fungos das amostras de brânquias e peles dos peixes foi feito em meio de cultivo ágar saboroud dextrose acrescido de clorafenicol, BDA e V8 Juice. O isolamento das amostras de fungos mostrou o crescimento de fungos dos gêneros Aspergillus sp. e Penicillium sp., que são fungos produtores de micotoxinas. Essas espécies estão associadas ao processamento e armazenamento inadequado da ração. A ocorrência desses fungos pode ser natural ou pode estar relacionada ao uso de ração contaminada nos criatórios. A presença de micotoxinas em alimentos já foi associada a várias patologias em peixes. Os gêneros Colletotrichum sp. Curvularia sp e outos não identificados também apresentaram incidência dentre as amostras isoladas. Houve maior crescimento de fungos nas amostras de brânquias. A posterior análise molecular dos gêneros de fungos encontrados levará a identificação a nível de espécie dos fungos, possibilitando um maior entendimento do ecossistema do cultivo e contribuindo para a comunidade acadêmica, uma vez que o presente trabalho é pioneiro na identificação de espécies fúngicas isoladas em tilápias (Oreochromis sp.) de cultivo no Brasil

  • SAMEA HELOA DA COSTA SOARES
  • BIOMARCADORES BIOQUÍMICOS E HISTOLÓGICOS EM Sciades herzbergii (PISCES, ARIIDAE) PARA AVALIAÇÃO DE AMBIENTES ESTUARINOS DA BAÍA DE SÃO MARCOS, MARANHÃO

  • Data: 30/01/2020
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  • A biota aquática está exposta a inúmeras situações de estresse que chegam ao ambiente
    hídrico através de diversas fontes poluidoras. Por conta disso, são necessários estudos que
    priorizem a atenção para o monitoramento de efeitos biológicos, ao invés do
    monitoramento de contaminantes. Neste trabalho objetivou-se avaliar biomarcadores
    bioquímicos e histológicos em peixes (Sciades herzbergii) para diagnóstico de impactos
    ambientais em duas áreas da Baía de São Marcos, Maranhão. As coletas dos peixes foram
    realizadas no Terminal de Pesca Industrial de Porto Grande, considerada a área
    potencialmente contaminada e a Ilha dos Caranguejos, região de referência, em março e
    julho de 2018. Em campo, foi retirada uma parte do tecido hepático de cada exemplar
    para a realização das análises das enzimas catalase (CAT) e glutationa-S-transferase
    (GST), enquanto que a outra metade foi conservada em formalina a 10%, junto com os
    arcos branquiais direito para o procedimento histológico usual. Além disso, os parâmetros
    morfométricos (comprimento total, comprimento padrão, comprimento furcal e peso
    total) e abióticos foram mensurados. Os bagres coletados na região portuária indicaram
    maiores quantidades de alterações em comparação com os da área de referência, em
    especial no tecido branquial que apresentou médias significativas do índice histológico,
    independentemente do período sazonal. O padrão de reação branquial mais expressivo foi
    o de mudanças progressivas que inclui a alteração do tipo hiperplasia, seguida de
    mudanças regressivas (levantamento epitelial, fusão lamelar, desorganização lamelar,
    encurtamento lamelar e necrose). Enquanto que, no fígado foram observadas diferenças
    significativas apenas para o padrão de distúrbios circulatórios (hemorragia, congestão
    vascular e dilatação dos sinusóides), onde normalmente estavam associadas com lesões
    regressivas e inflamatórias. Quanto as respostas enzimáticas, não foram detectadas
    diferenças significativas entre os peixes amostrados nas duas áreas. Diante disso, os
    valores dos índices histológicos dos órgãos analisados refletiram diferentes níveis de
    estresse dos peixes em pontos distintos da Baía de São Marcos, Maranhão, sendo que os
    exemplares amostrados na região portuária experimentaram danos teciduais mais
    frequentes.

2019
Descrição
  • ANA LUIZA CALDAS DINIZ
  • ASPECTOS REPRODUTIVOS DE Mugil curema (VALENCIENNES, 1836) EM DUAS ÁREAS DA COSTA NORTE DO MARANHÃO, BRASIL

  • Data: 27/12/2019
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  • Neste estudo objetivou-se analisar os parâmetros reprodutivos de Mugil curema em uma importante Área de Proteção Ambiental do Delta do Paranaíba, para obtenção de informaçãoes a respeito das estratégias reprodutivas que possam vir subsidiar a renovação dos seus estoques pesqueiros. Dessa forma, os espécimes foram amostrados mensalmente de janeiro a dezembro de 2018, sendo coletados 181 exemplares através da pesca de arrasto de praia (lance de praia). Foram registrados os dados biométricos e peso total, descrição dos estádios maturacionais das gônadas, determinação da proporção sexual, relação peso e comprimento, período e tipo de desova, fecundidade e comprimento de primeira maturação sexual. Os dados obtidos foram analisados no programa Statistica 7.0 para obtenção dos resultados, onde o nível de significância considerado foi de 0,05. Análise de proporção sexual mostrou que as fêmeas foram mais predominantes em todas as classes de comprimento e para o período total de 1,91F:1M. As médias e desvios padrão da biometria dos espécimes indicaram que as fêmeas são maiores e mais pesadas do que machos (p˂0,05). Ambos os sexos demostraram tipo de crescimento alométrico negativo (b<3). A espécie apresentou fecundidade elevada, com potencial médio de 304.430 ovócitos e desova do tipo parcelada. O tamanho em que 50% da população esta apta a reproduzir foi de 23,57 cm para sexos analisados agrupadamente. Através dos índices gonadossomáticos, hepatossomáticos, fator de condição, e frequência dos estádios maturacionais, a espécie apresentou período reprodutivo prolongado, evidenciado nos meses de janeiro, junho, outubro e dezembro. Os resultados desta pesquisa demonstram que a área de estudo é o importante local de desova. Estas informações a respeito do ciclo de vida de M. curema podem contribuir com medidas de gestão na região, como forma de promover a perpetuação da espécie, tendo em vista a grande aceitação da mesma no mercado comercial e consequente sobreexplotação.

  • CAMILLA FERNANDA LIMA SODRÉ
  • IDENTIFICAÇÃO MOLECULAR DE TUBARÕESDO GÊNERO Sphyrna sp.
    (ELASMOBRANCHII, CHONDRICHTHYES) DA COSTA DO MARANHÃO

  • Data: 14/02/2019
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  • Os Sphyrna estão globalmente sob intensa exploração pesqueira e são classificado, segundo a IUCN, como espécie em risco de extinsão. Na costa Norte do Brasil, essa família tem grande expressividade em desembarques pesqueiros, em estudos realizados citam a ocorrência de quatro espécies de Sphyrna para essa região, sendo duas costeiro-oceânica (Sphyrna lewini e Sphyrna mokarran) e duas de porte pequeno costeiro-estuarinas (Sphyrna tiburo e Sphyrna tudes). Porém, devido a dificuldade de identificação específica quando desembarcado, pois são processados como “cartucho”, a maior parte dos registros apena relatam o gênero Sphyrna. Para avaliar a efetividade do DNA barcode e de fragmentos do gene ITS2 na identificação de espécies de tubarão-martelo, bem como determinar quais espécies são mais frequentemente capturadas, empregamos estas ferramentas moleculares na identificação de amostras de tecido muscular adquiridos nos principais portos pesqueiros. Após a extração e amplificação do DNA, sequenciamos o gene mitocondrial citocromo oxidase sub unidade I (COI) e comparamos estas sequências com as disponíveis no Barcode of Life Database (BOLD) e NCBI GenBank. Foram obtidas 46 sequências, indicando a ocorrência de Sphyrna mokarran (67%) , Sphyrna lewini (15%) e Sphyrna tudes (3%) e Sphyrna tiburo (15%), ambas listadas como espécies ameaçadas de extição pela UICN e protegidas legalmente pela Portaria 445/2014 (Em perigo/Criticamente em Perigo). A análise filogenética utilizando COI revelou clados bem apoiados para cada uma das quatro espécies descrita para costa norte do MA. Para Sphyrna lewini e para Sphyrna tiburo observou-se estruturação genética intra-específica. Para o gene ITS2, empregamos o protocolo de Ambiercrombie (2005), porém, sugerimos a otimização da técnica através da utilização de novos primers. Podemos afirmar que o DNA barcoding é uma ferramentade de identificação eficiente e precisa para espécies de Sphyrna. Dessa forma, a identificação molecular pode contribuir para fiscalização, controle e monitoramento da pesca da costa norte do Maranhão.

  • DAYANE PESTANA PEREIRA
  • AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS NO LAGO AÇU (ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DA BAIXADA MARANHENSE E SÍTIO RAMSAR) COM A APLICAÇÃO DE BIOMARCADORES EM ESPÉCIES NATIVAS

  • Data: 29/01/2019
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  • O lago Açu é o maior ambiente aquático do município de Conceição do Lago Açu, um ecossistema de grande importância na baixada maranhense e para todo estado do Maranhão. A baixada maranhense é uma Área de Proteção Ambiental Estadual (APA), uma Área de Proteção Nacional (integra a área de Amazônia Legal), assim, como uma Área de Proteção Internacional (sitio Ramsar). A pesca é uma atividade muito importante para a comunidade do município, no entanto, o lago Açu vem sofrendo impactos ambientais pela realização de diversas atividades antrópicas. Para a gestão adequada das águas, devem-se utilizar parâmetros integrados para avaliar a qualidade do ambiente. Destacamos o uso de biomarcadores em peixes para avaliar impactos na ambiente aquático. Alterações histológicas em brânquias e fígados, e genotóxicas em eritrócitos são úteis para estudos de biomarcadores. O objetivo desse trabalho foi verificar se as atividades antrópicas estão comprometendo a qualidade do lago Açu, por meio de parâmetros integrados, como uso de biomarcadores nas espécies Psectrogaster amazonica e Prochilodus lacustris, análise microbiológica e química da água. Três pontos distintos do lago Açu foram utilizados como área de estudo, um ponto central, um próximo à aglomeração municipal, e outro na margem oposta, com uma população de entorno menor. Realizaram-se duas coletas no período chuvoso e uma coleta no período seco entre 2017 e 2018. Um total de 40 peixes foi coletado, em campo realizou-se a coleta de água, a remoção dos órgãos alvos, preservação em formol a 10 %, e o esfregaço sanguíneo por meio de punção branquial. Os órgãos seguiram protocolo para processamento histológico de rotina. Em laboratório, executamos a análise microbiológica de coliformes totais e termotolerantes, e a análise química de metais da água. Identificaram-se alterações histológicas nos tecidos de brânquias e fígado pelo índice de alterações histológicas (IAH) (adaptado de Poleskvic e Mitrovic), e a identificação de micronúcleo e alterações nucleares em eritrócitos (FENECH, 2003). Foi realizada a média e desvio padrão dos dados de coliformes, IAH, comprimento dos peixes. Os resultados demonstraram a presença de alterações histológicas nas duas espécies, em brânquias e fígados, o IAH indicou lesões moderadas e moderadas para severas, de estágio I e III. As
    7
    análises microbiológicas mostraram alto valor para coliformes totais, e valores de coliformes termotolerantes dentro do limite da Resolução do CONAMA (2011) para pesca, mas, o limite está alterado para a classe de consumo humano. A análise de metais mostrou valores dos elementos Arsênio e Fósforo e sulfeto em desacordo com a Resolução do CONAMA (2011). Esses resultados das análises histológicas são compatíveis com outras pesquisas, inclusive realizadas no próprio lago, e podem indicar comprometimento do lago e ser consequência da contaminação.

  • ELIDY RAYANE DE REZENDE FRANÇA
  • Variabilidade Genética de Prochilodus lacustris (Characiformes, Prochilodontidae) em Bacias Hidrográficas do Estado do Maranhão.

  • Data: 29/01/2019
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  • Na família Prochilodontidae, o gênero Prochilodus constitui um importante recurso pesqueiro.
    Os peixes deste gênero apresentam características morfológicas bastante conservados
    dificultando assim a identificação a nível de espécie, evidenciando incertezas quanto ao status
    taxonômico entre Prochilodus lacustris e Prochilodus nigricans. No presente trabalho
    objetivou-se determinar os índices de variabilidade genética de P. lacustris com base em
    sequências do DNA mitocondrial (rRNA 16S, COI e Cyt b) e nuclear (TROP). A amostragem
    foi constituída de espécimes das principais bacias hidrográficas Maranhenses (Tocantins,
    Itapecuru, Mearim, Turiaçu, Pericumã e Parnaíba) e da Bacia Amazônica (Santarém, Cupari,
    Xingu, Jacareacanga, Itaituba) coletados com diferentes apetrechos de pesca, sendo
    identificados de acordo com literaturas especificas e posterior confirmação por especialista. O
    material testemunho (voucher) foi depositado no Museu de Zoologia da Universidade Estadual
    de Londrina/MZUEL e o restante dos espécimes foram depositados na coleção Zoológica do
    Centro de Estudos Superiores de Caxias da Universidade Estadual do Maranhão CESC/UEMA.
    Amostra de tecido foi retirado e conservado em álcool 70% para análises genéticas. A extração
    do DNA total foi realizada a partir do tecido muscular utilizando-se o Kit Wirzard Genomic
    DNA Purification Promega seguindo instruções do fabricante com algumas modificações. O
    isolamento e amplificação dos genes de interesse foram realizados através da técnica de PCR
    utilizando primers específicos e posteriorsequenciamento. Sequências de Hoplias malabaricus
    (GU702203.1) e Leporinus sp (FJ418763.1) obtidas do GENBANK juntamente com sequências
    de Leporinus sp. e Hoplias malabaricus contidas no banco de dados do Laboratório
    GENBIMOL-CESC/CAXIAS foram incorporadas as análises como outgroup para os
    marcadores rRNA16S, TROP, COI e Cyt b. Para as análises foram utilizados os programas
    Bioedit, DNAspv6, MEGA 7, Arlequim 3.5. Os resultados revelaram sequências para os
    marcadores mitocondriais com tamanhos de 565pb para o rRNA16S, 574 para o COI,769pb
    para o Cyt b e para o marcador nuclear TROP de 259pb mostrando uma forte similaridade
    genética entre as amostras P. lacustris e P. nigricans com valores de divergência genética
    chegando a 1,1 para o gene TROP; para o gene COI-1,2; para o gene rRNA16S-0,4; para o
    gene Cyt b- 0,7, esses níveis de divergência genética entre os haplótipos das bacias
    maranhenses e bacia Amazônica variou de 0 a 1,2%, evidenciando baixos índices de
    divergência genética e revelando um alto grau de proximidades entre os espécimes, sugerindo
    a ocorrência de um único táxon para bacias Maranhense e da bacia Amazônia. A amova
    mostrou valores de Fst de baixo a moderados (rRNA16S-0,851; COI-0,354; Cyt b-0,280 e
    TROP- 0,208). As árvores filogenéticas mostraram para todos os marcadores um clado
    fortemente suportado, onde os espécimes obtidos de P. lacustris das bacias Maranhenses e P.
    nigricans das bacias Amazônica agruparam-se fortemente com 100% de bootstrap com os
    espécimes de P. nigricans do rio Amazonas (Genbank). Nossos resultados confirmam uma alta
    similaridade genética em os táxons morfologicamente distintos (P. lacustris e P. nigricans) nas
    bacias estudadas reforçando assim a problemática taxonômica no grupo.

  • ROSANA MILKE
  • ESTRUTURAÇÃO E ASPECTOS REPRODUTIVOS DA ASSEMBLEIA DE PEIXES DE IMPORTÂNCIA ECONÔMICA NA BACIA DO RIO PINDARÉ

  • Data: 13/05/2019
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  • A região da bacia hidrográfica do rio Pindaré é representada por sua relevância na pesca, pois apresentam grande diversidade de espécies que constituem recursos alimentares para maioria das populações tradicionais, além de abastecer vários municípios do estado do Maranhão. Foram avaliadas 13 espécies de peixes oriundas do rio Pindaré e oito espécies do Lago de Viana quanto à riqueza, diversidade e estrutura trófica e a relação peso comprimento das de cinco espécies exploradas comercialmente nesses dois locais. As coletas foram realizadas através do comércio local entre os meses de janeiro de 2015 a junho de 2016. Foram coletados 2308 exemplares (1859 oriundos do Rio Pindaré e 449 obtidos no Lago de Viana) pertencentes a 4 ordens (Characiformes, Siluriformes, Cichliformes e Perciformes) e 9 famílias (Anostomidae, Serrasalmidae, Curimatidae, Erythrinidae, Cichlidae, Prochilodontidae, Auchenipteridae, Doradidae e Scianidae). As famílias mais representativas em número de indivíduos coletados no rio Pindaré foram Auchenipteridae, Doradidae, seguidas por Curimatidae, Anostomidae, Scianidae, Serrassalmidae, Prochilodontidae, Erythrinidae e Cichlidae. Foram estimados quatro grupos alimentares (carnívoro, detritívoro, piscívoro e omnívoro). Os índices de diversidade biológica mostram que maiores valores de riqueza (S) e diversidade de espécies foram observados no Rio Pindaré ao passo que menores valores foram observados no lago de Viana. Os resultados referentes aos estádios macroscópicos de maturação gonadal, registram ocorrência de indivíduos nos seguintes estádios maturacionais: A = imaturo; B = em maturação; C = apto a desovar; e, D = regredindo. Com relação ao padrão de crescimento, todos os indivíduos provenientes do rio Pindaré apresentaram alometria negativa enquanto que duas espécies coletadas no lago de Viana apresentaram alometria positiva indicando discreta variação nesse entre os ambientes. Os resultados obtidos demonstram que, apesar de se tratar de dois ambientes com características distintas apresentam semelhanças com relação a composição das assembleias de peixes, guildas tróficas e aspectos reprodutivos.

  • WANDA BATISTA DE JESUS
  • BIOMARCADORES EM CARANGUEJO-UÇÁ Ucides cordatus (CRUSTACEA, DECAPODA, OCYPODIDAE) PARA O MONITORAMENTO NA BAÍA DE SÃO MARCOS, MARANHÃO.

  • Data: 20/12/2019
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  • Objetivou-se neste estudo comparar os biomarcadores bioquímicos e histológicos em brânquias e hepatopâncreas de Ucides cordatus (caranguejo-uçá) da região portuária com uma Área de Proteção Ambiental na Baía de São Marcos, Maranhão. Caranguejos machos adultos foram coletados em quatro pontos na Baía de São Marcos: A1 = Ilha dos Caranguejos (pouco poluída e integrante de uma Área protegida por lei); A2 = Coqueiro, A3 = Porto Grande, A4 = Cajueiro (áreas potencialmente impactadas, inseridas ao longo do complexo portuário de São Luís, Maranhão, costa norte do Brasil). De cada exemplar amostrado foram aferidos os dados biométricos. Amostras de brânquias e hepatopâncreas foram submetidos ao procedimento da técnica histológica usual (para análise das lesões branquiais e hepáticas) e ao procedimento bioquímicos (análise da atividade das enzimas glutationa-S-Transferase (GST) e catalase (CAT)). As médias e desvios-padrões dos dados biométricos dos espécimes indicaram que os caranguejos de A1 são significativamente (p<0,05) maiores e mais pesados do que os caranguejos das áreas sob influência portuária (A2, A3 e A4). As lesões branquiais (rompimento das células pilastras, deformação do canal marginal, deslocamento da cutícula e necrose) foram significativamente (p˂0,05) mais frequentes em caranguejos capturados em A2, A3 e A4 do que nos caranguejos de A1. As lesões hepáticas (lúmen anormal, camada epitelial danificada, células B vacuolizadas e necrose) foram significativamente (p˂0,05) mais frequentes em caranguejos capturados em A2, A3 e A4 do que nos caranguejos de A1. A atividade enzimática da GST em brânquias apresentou diferença significativa (p<0,05)
    entre os caranguejos das áreas de coletas, apresentando alterações nos níveis dessa atividade nas áreas A3 e A4. A atividade da CAT nas brânquias dos caranguejos também apresentou diferença significativa (p<0,05) entre as áreas de coletas, mostrando-se mais elevada em A3 e A4. A atividade enzimática da GST apresentou diferença significativa (p<0,05) entre os níveis dessa atividade em hepatopãncreas dos caranguejos coletados nas áreas A3 e A4. A atividade da CAT nos hepatopâncreas dos caranguejos também apresentou diferença significativa (p<0,05) entre as áreas de coletas, mostrando-se com níveis superiores em A3 e A4. Os biomarcadores analisados mostraram que os caranguejos estão sob diferentes níveis de impactos (A1<A2<A3<A4) e podem ser utilizados em conjunto para identificar estresse na biota de áreas portuárias.

2018
Descrição
  • AUGUSTO LEANDRO DE SOUSA SILVA
  • USO DE HABITATS DE Hypanus guttatus (Elasmobranchii) NO LITORAL MARANHENSE: um enfoque baseado em análise microquímica de vértebras.

  • Data: 14/12/2018
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  • As análises de elementos traços em estruturas biomineralizadas fornecem informações sobre as características do ambiente e auxiliam na reconstrução da história do uso do habitat em peixes. Nos elasmobrânquios, a vértebra é a principal estrutura biomineralizada e existem poucas informações sobre a análise microquímica em vértebras de batóideos. O objetivo deste estudo foi descrever o uso do habitat de Hypanus guttatus com base em análise microquímica de vértebras, subsidiando ações de conservação para a espécie na costa do Maranhão. Os elementos analisados foram 138Ba, 86Sr, 87Sr, 43Ca, 55Mn, 24Mg. Os resultados indicam que dos 32 exemplares analisados apenas 3 (9%) da amostra estavam maduros, sendo que os demais indivíduos estavam no estágio imaturo (91%). Sendo 17 machos variando de 17,7 a 63 cm de largura de disco (LD) e 15 fêmeas entre 21,2 e 75,7 cm de LD. Identificou-se de 0 a 13 bandas de nascimento ou crescimento dos seis exemplares analisados. Quanto à relação entre o raio da vértebra, que corresponde à medida a partir do núcleo até a borda da vértebra e a largura do disco, encontraram-se variações de 0,65 a 5,75 cm, sendo observadas de 0 a 13 bandas de nascimento. A relação entre o raio da vértebra e a largura do disco mostrou uma boa relação para machos (R2 = 0,86) e para fêmeas (R2 = 0,93). Os valores para as relações Sr/Ca, Mn/Ca, Ba/Ca sugeriram a permanência dos indivíduos em ambientes com salinidade baixa. Assim, para a relação Sr/Ca, as amplitudes de variação total estiveram entre 0.8 e 1.2 CPS, sem tendência nítida de aumento ou decréscimo ao longo de  toda a vida, inclusive durante a fase embrionária. O manganês (Mn55) e o magnésio (Mg24) contribuíram em proporções semelhantes nas vértebras dos indivíduos em todas os estágios de desenvolvimento , ou seja, a composição elementar foi consistente em cada fase do ciclo vital das arraias.

  • DENISE CARLA DA SILVA MENDES
  • SANIDADE DO AMBIENTE E DA OSTRA Crassostrea gasar: CULTIVADA NO MUNICÍPIO DE PRIMEIRA CRUZ, MARANHÃO, BRASIL: Aspectos Microbiológicos, parasitológicos e de fauna associada

  • Data: 13/12/2018
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  • O presente trabalho objetivou avaliar os aspectos microbiológicos pesquisando a
    presença de Vibrio, Coliformes e Salmonella e parasitas patógenos presentes na
    ostra Crassostrea gasar e na água de cultivo em Primeira Cruz, Maranhão, assim
    como identificar e quantificar a fauna associada às ostras. As coletas de água e
    ostra foram realizadas nos meses de novembro e dezembro de 2017 (período
    seco) e março e maio de 2018 (período chuvoso) e para fauna associada as
    coletas foram realizadas nos três primeiros meses citados e em julho de 2018.
    Para a água de cultivo o Número mais provável de coliformes termotolerantes foi
    (<1,8/100 mL) em todas as amostras e para as ostras o NMP mínimo foi <3,0 e
    máximo 23/g. O NMP de coliformes Totais foi de <3,0 a 210. Vibrio obteve mínimo
    de 2.600 e máximo 3.600 UFC/g, já Salmonella foi ausente em todas as amostras.
    Quanto aos patógenos foram identificados Nematopsis sp.,Bucephalus sp.,
    Tylocephalum sp., Bactérias Rickettsia sp. Turbelários e metazoários não
    identificados. A prevalência total foi de (33,7%) e os parasitos mais prevalentes
    foram os Metazoários e Nematopsis sp. (11,2%) com infecções variando de
    moderadas a leves. Bucephalus sp. foi prevalente apenas em novembro e foi mais
    comumente localizado nas gônadas e glândula digestiva. Em intensidade elevada
    a infecção provocou intensa ocupação das gônadas com esporocistos e cercarias.
    Em relação a fauna acompanhante, foram quantificados 1321 indivíduos
    pertencentes a 28 táxons associados ao cultivo de ostra. O sub-flio Crustacea foi
    o mais abundante nas amostras (69,03 %) seguido pelo filo Mollusca, (22,93%).
    As espécies dominantes foram Amphibalanus amphitrite, Amphibalanus venustus
    e Stramonita haemastoma que juntos somaram (72,89 %) da população. As
    ostras e a água do ambiente encontraram se sendo adequadas para a
    aquicultura, porém, ressalta-se a importância da criação de legislação que
    regulamente níveis basais para os grupos bacterianos causadores de
    gastroenterites envolvendo o consumo de moluscos consumidos in natura. A
    prevalência de patógenos nos animais foi considerada baixa e os patógenos
    presentes nos tecidos das ostras não causaram grandes danos ao animal com

    6
    exceção de Bucephalus sp. que é um potencial causador de castração parasitária.
    Os invertebrados possivelmente prejudiciais as ostras foram os caracóis do
    gênero Stramonita e as cracas Amphibalanus que possuem relações de
    competição e predação, sendo necessárias medidas de monitoramento e manejo
    para evitar perdas na população de ostras cultivadas.

  • HELLON CUNHA VIANA
  • MONITORAMENTO DA QUALIDADE AMBIENTAL COM USO DE BIOMARCADORES HISTOLÓGICOS EM Sciades herzbergii (Pisces, Ariidae) E Bagre bagre (Pisces, Ariidae) EM UM SISTEMA ESTUARINO NO NORDESTE AMAZÔNICO

  • Data: 18/12/2018
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  • Os ambientes aquáticos sofrem constantemente com a poluição através de diversos tipos de efluentes lançados sem o devido tratamento. O objetivo deste estudo foi comparar biomarcadores histológicos (lesões branquiais e hepáticas) em Sciades herbegii e Bagre bagre indicativos de impactos oriundos dos sistemas de pesca e aquicultura na Baía de São José, Maranhão. Foram realizadas quatro coletas trimestralmente em quatro pontos na Baía de São José, Maranhão (A1 – referência; A2 – impactada, A3 – contaminada e A4 - referência). Foi realizado a biometria e aferição do peso total. As amostras de fígado e brânquia passaram pelo processo de histologia básica. Foram realizados cortes de 5um e colorados com hematoxylina-eosina e examinados sob microscópio óptico (ZEISS). A análise histopatológica mostrou uma elevado número de alterações hepáticas como respostas inflamatórias (centros de melanomacrófagos - MMC’s), hiperplasia e vacuolização citoplasmática em S. herzbergii da área impactada. Também foi possível identificar uma diferença significativa entre o índice do fígado (Iorg.) em peixes que vivem na área impactada em relação às demais áreas. Valores do índice hepatossomático (HSI) e o fator de condição (FC) mostraram-se similares nas áreas A1, A2 e A3, no entanto diferiu da área A4. Os peixes das áreas contaminada A3 e impactada A2 tiveram um maior número de anormalidade no fígado. Resultados indicaram que os fígados de indivíduos jovens na área potencialmente impactada (142.40 ± 108.19 MMC’s/mm²) apresentaram um número maior de MMC’s quando comparados à indivíduos adultos da área contaminada (116.60 ± 56.62 MMC’s/mm²). O número médio da agregação de MMC’s apresentou correlação com o período de chuvas mais intensas. O maior percentual de lesões branquiais, tais como, deformação da lamela secundária, fusão parcial, fusão total, necrose, hipertrofia e hiperplasia foram constatadas em S. herzbergii que habitam a área potencialmente contaminada em relação as demais áreas estudadas. O presente estudo indica que o S. herzbergii é mais apropriado do que o Bagre bagre para estudos com biomarcadores histológicos, tanto para lesões hepáticas (efeitos crônicos) e em especial levando-se em consideração as lesões branquiais (efeitos agudos) e se mostrou útil para o monitoramento de regiões estuarinas, por causa da grande sensibilidade demonstrada para a área potencialmente impactada (A2) comparada às áreas de referencia (A1 e A4) e área contaminada (A3).

  • INGRID TAYANE VIEIRA DA SILVA DO NASCIMENTO
  • AVALIAÇÃO DA SANIDADE EM CULTIVOS DE TILÁPIAS (Oreochromis sp.): UALIDADE DA ÁGUA, ALTERAÇÕES BRANQUIAIS E IDENTIFICAÇÃO DE ESPÉCIES FÚNGICAS

  • Data: 14/12/2018
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  • O objetivo neste trabalho foi avaliar a sanidade em cultivos de tilápias (Oreochromis sp.) através da qualidade da água, alterações branquiais e identificação de espécies fúngicas. As coletas foram realizadas nas regiões metropolitanas de São José de Ribamar e Paço do Lumiar, da cidade de São Luís, estado do Maranhão, Brasil. Foram coletados água e trinta peixes para análise das brânquias em seis pisciculturas, três em São José de Ribamar (P1, P2 e P3) e três em Paço do Lumiar (P4, P5 e P6). Os produtores foram entrevistados a partir de um questionário semi-estruturado para averiguações, sobretudo, sobre o manejo e a sanidade dos peixes. Foram verificados os parâmetros: potencial hidrogeniônico (pH), temperatura, salinidade, oxigênio dissolvido (O. D.), amônia e nitrito in situ nas pisciculturas. As análises microbiológicas para determinação do Número Mais Provável (NMP) de coliformes totais e Escherichia coli foram realizadas através do método Colilert®. As brânquias e amostras da pele dos peixes foram retiradas para análise de lesões histológicas e isolamento de fungos. As brânquias foram removidas e fixadas em formalina a 10%, por 48 horas e para a confecção das lâminas, as amostras passaram pelo processamento histológico. O isolamento dos fungos das amostras de brânquias e peles dos peixes foi feito em meio de cultivo ágar saboroud dextrose acrescido de clorafenicol. As alterações histológicas foram avaliadas através do cálculo do Índice de Alteração Histológica (IAH). Os dados de IAH foram analisados pelo teste t de Student. Os valores de temperatura, O. D., salinidade e nitrito obtidos foram considerados dentro dos padrões recomendados. O pH verificado em P6 é considerado potencialmente estressante aos peixes e, portanto um predisponente a patologias. A amônia em P2 está dentro do padrão considerado subletal. Em todas as pisciculturas avaliadas foram verificadas a presença de coliformes totais com elevados valores para as pisciculturas de São José de Ribamar. A presença da bactéria E. coli foi verificada em P1 indicando contaminação fecal da água do viveiro pela vazão de alguma fonte de efluente doméstico diretamente no viveiro ou no poço artesiano que abastece a piscicultura. As análises histopalógicas realizadas nas brânquias indicaram alterações morfológicas em todos os tecidos analisados. As lesões encontradas foram: levantamento do epitélio respiratório, hiperplasia do epitélio lamelar, congestão dos vasos sanguíneos, fusão lamelar, dilatação do seio sanguíneo e aneurisma lamelar. Os valores de IAH indicaram diferenças estatísticas significativas entre as lesões encontradas em P3 e P4, P3 e P6. O isolamento das amostras de fungos mostrou o crescimento de fungos dos gêneros Penicillium sp., Aspergillus sp.e Fusarium sp. - fungos produtores de micotoxinas. Essas espécies estão associadas ao processamento e armazenamento inadequado da ração. A ocorrência desses fungos pode ser ambiental ou pode estar relacionada ao uso de ração contaminada nos criatórios. A presença de micotoxinas em alimentos já foi associada a várias patologias em peixes. Vale ressaltar que deve haver elevadas contagens de fungos na ração para indicar a presença de micotoxinas.

  • IRAYANA FERNANDA DA SILVA CARVALHO
  • BIOLOGIA REPRODUTIVA APLICADA AO ORDENAMENTO PESQUEIRO NA BAIXADA MARANHENSE, SITIO RAMSAR DO BRASIL

  • Orientador : ZAFIRA DA SILVA DE ALMEIDA
  • Data: 13/12/2018
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  • O complexo lacustre da Baixada Maranhense, sistema Pindaré-Mearim, constitui uma região ecológica de distinta importância no Estado e no Nordeste, não só como potencial hídrico, mas pelo papel socioeconômico que representa para toda a população ribeirinha, devido à diversidade de peixes comerciais encontrados na região. Devido à importância da região no que se diz respeito à biodiversidade e conservação dos peixes, informações sobre o desenvolvimento cíclico das gônadas, época e local de desova e comprimento em que os indivíduos entram no processo reprodutivo são informações primordiais para tomada de medidas regulatória na pesca, contribuindo para a manutenção dos estoques de peixe no ambiente. Com o objetivo de caracterizar reprodutivamente sete espécies comerciais da Baixada Maranhense, foram abordados aspectos referentes aos estágios maturacionais das gônadas, época de desova, período reprodutivo, proporção sexual, relação peso-comprimento e comprimento de primeira maturação gonadal. Os espécimes analisados totalizaram 3.221 indivíduos. A proporção sexual calculada para cada espécie demonstrou que as fêmeas são predominantes na Baixada Maranhense. A relação existente entre o peso e o comprimento apresentou-se positiva para Cichla monoculus e Hassar affinis, indicando maior investimento em peso para ambos, e negativa para Hoplias malabaricus, Plagioscion squamosissimus, Pygocentrus nattereri e Schizodon dissimilis, indicando maior investimento em comprimento. A atividade reprodutiva das espécies foi mais frequente no período chuvoso como mostraram os picos de intensidade de desova, embora algumas espécies demonstraram capacidade para
    reproduzir tanto no período seco quanto no chuvoso, como é o caso de Cichla monoculus, Hoplias malabaricus e Prochilodus lacustris. Os comprimentos de primeira maturação gonadal (L50) de Cichla monoculus, Hassar affinis, Hoplias malabaricus, Plagioscion squamosissimus, Prochilodus lacustris, Pygocentrus nattereri e Schizodon dissimilis foram: 16,8 cm; 12,3 cm; 19 cm; 17,3 cm; 14,4 cm;14,3 cm; e 25 cm, respectivamente. Para estabelecer o tamanho mínimo de captura das espécies deste estudo observou-se que a utilização do L100 é mais indicada. Como medidas de gerenciamento para esta Área de Proteção Ambiental sugere-se a modificação do período de defeso estabelecido pelo IBAMA de 1o de dezembro a 30 de março, para 1o de dezembro a 30 de abril. Recomenda-se ainda que seja proibida a captura, armazenamento, desembarque e venda de C. monoculus, H. affinis, H. malabaricus, P. squamosissimus, P. lacustris, P. nattereri e S. dissimilis, menores que: 37,5 cm; 18,0 cm; 38,0 cm; 33,2 cm; 20,9 cm; 20,0 cm; e 38,2 cm, respectivamente. A partir das recomendações para o ordenamento pesqueiro na região será garantida a manutenção dos estoques das espécies deste estudo sem acarretar prejuízos a longo prazo para a pesca local.

  • JORGE LUIS FERREIRA NOGUEIRA
  • ANÁLISE DA FORMA POR SÉRIES DE FOURIER EM Sciades herzbergii e Bagre bagre EM PAÇO DO LUMIAR, MARANHÃO

  • Data: 21/12/2018
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  • O propósito desta pesquisa é verificar se as séries de Fourier são capazes de identificar e selecionar os diferentes padrões de forma e associar aos estádios de maturação em fêmeas das espécies Sciades herzbergii e Bagre bagre. Os bagres foram capturados por pescadores, em Paço do Lumiar, Maranhão. Foi realizada a biometria e captura digital de imagem dos peixes para analisar a forma utilizando as séries de Fourier. As gônadas foram extraídas e classificadas macroscopicamente indicando os estádios de maturação. Os contornos da forma dos peixes foram digitalizados utilizando o programa TpsDig. A análise da forma foi avaliada utilizando as séries de Fourier, os harmônicos foram representados em gráficos. Foram observados 5 estádios de desenvolvimento gonadal para fêmeas. A análise da forma por séries de Fourier identificou variações nos diferentes padrões de formas indicada para o primeiro e segundo harmônicos. As fêmeas apresentaram variações de padrões de formas, porém o baixo índice gonodossomático não foi possível associar as variações na forma aos estádios de maturação. Os resultados sugerem que a aplicação da análise da forma por séries de Fourier é ser uma metodologia capaz de identificar variações na formas, mas para espécies que apresentem elevado índice gonodossomático.

  • RICARDO FONSECA GUIMARÃES
  • VARIABILIDADE GENÉTICA DA PESCADA AMARELA (Cynoscion acoupa- SCIAENIDAE, LACEPÈDE, 1801) E PERCEPÇÃO AMBIENTAL DOS PESCADORES PARA SUA CONSERVAÇÃO NO LITORAL MARANHENSE, BRASIL.

  • Data: 16/02/2018
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  • Cynoscion acoupa conhecida popularmente como pescada amarela é uma espécie marinha, de hábito nectônico, demersal e costeiro com ampla distribuição geográfica na América do sul. É um recurso pesqueiro de grande importância econômica nas regiões norte e nordeste do Brasil, sendo fonte de renda e subsistência das comunidades de pescadores, o que pode comprometer sua conservação e diversidade genética. O presente estudo visou avaliar a variabilidade genética de C. acoupa, bem como a percepção ambiental dos pescadores como fonte de informações para fins de manejo e conservação da espécie no litoral maranhense. As amostras foram obtidas na Resex (REMC) de Cururupu, nos portos e mercados da Raposa e São José de Ribamar. O isolamento e amplificação da região controle do DNA mitocondrial foram realizados por Reação em Cadeia de Polimerase (PCR). Os produtos das PCRs foram sequenciados e a análise dos dados foi realizada em softwares específicos. Foram obtidas 48 sequências da região controle com 765 pares de base, 17 sítios variáveis e 16 haplótipos, dos quais H1 foi o mais frequente e observado nas três localidades. Não houve significância no teste de neutralidade e a AMOVA revelou diferenciação genética, mostrando que a maior variação ocorre dentro das localidades (63,83%) e a menor ficou entre as populações (36,17%). As entrevistas da percepção ambiental dos pescadores da Reserva Extrativista de Cururupu-MA foram realizadas no período de agosto de 2016 a julho de 2017 por meio de questionários, os quais continham perguntas referentes ao perfil socioeconômico, desembarque pesqueiro, a atividade pesqueira, os meses favoráveis à reprodução e desova, além do estado de conservação deste recurso. Concomitantemente, foram analisados os dados de desembarque da frota pesqueira da Ilha de Guajerutiua, na REMC, coletados mensalmente pelos próprios pescadores, onde identificamos os principais locais de pesca, a produção anual e as principais espécies comerciais capturadas. Foi observado que C. acoupa vem sofrendo a ação de impactos antrópicos que somados a condição genética atual, em um futuro próximo pode vir a comprometer sua sobrevivência. A análise da variabilidade genética demonstrou que há uma única população panmítica. Quanto à percepção ambiental existem condições de cunho social, econômico e ambiental que podem vir a contribuir com o declínio deste recurso pesqueiro.

2017
Descrição
  • ALLANA STEPHANIE TAVARES CUTRIM
  • COMPOSIÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DA MACROFAUNA BÊNTICA DA REGIÃO ENTREMARÉS DA RAPOSA, MARANHÃO, BRASIL.

  • Data: 21/11/2017
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  • O objetivo deste trabalho foi descrever a composição e distribuição espaço-temporal da macrofauna bêntica da região entremarés da Raposa, Maranhão, Brasil. Foram realizadas coletas bimestrais entre os meses de fevereiro a dezembro de 2016 em dois pontos entremarés na região de Pucal, Raposa, sendo um na praia e outro no manguezal. Em ambos os locais foi delimitado um transecto de 100 m perpendicular à linha d’água durante a baixa-mar, com três zonas distantes entre si em 50 m. Em cada ponto retirou-se seis amostras com o auxílio de um corer de 10 cm de diâmetro, totalizando 18 amostras por transecto. Foram quantificados 664 indivíduos da macrofauna bêntica para as áreas estudadas, distribuídos em 12 grupos taxonômicos, sendo que os poliquetas, moluscos e crustáceos juntos contribuíram com 90% do total amostrado. Além de serem os mais abundantes os poliquetas também foram os mais diversos com 19 espécies. As espécies mais abundantes na praia em ordem decrescente foram Armandia hossfeldi Hartmann-Schröder, 1956, Strigilla pisiformes (Linnaeus, 1758) e Donax striatus Linnaeus, 1767. Enquanto que no manguezal foram Sigambra grubei Müller in Grube, 1858, Monokalliapseudes schubarti (Mañé-Garzón, 1949) e Capitella sp. Strigilla pisiformes e D. striauts foram registrados em todas as coletas na praia, enquanto que no manguezal apenas S. grubei foi encontrado todos os meses. Os índices ecológicos de diversidade de Shannon H’ e equitabilidade de Pielou J’ foram maiores para praia no período chuvoso e seco. Quanto a distribuição espacial foi observada maiores valores de densidade na zona 1 na praia, enquanto que no manguezal, na zona 3. Uma nova espécie de Grubeulepis foi descrita com principais características, 1 par de olhos, 14 pares de brânquias, lamelas posteriores com início no segmento 27, notocerda acicular com estriamento presente no segmento 3. Estes resultados auxiliam na compreensão de como os organismos da macrofauna bêntica se estruturam em substratos inconsolidados de regiões tropicais, podendo, assim, subsidiar práticas de manejo, gestão e monitoramento ambiental dos manguezais e praias.

  • BRUNA RAFAELA MARTINS AZEVEDO
  • COMPOSIÇÃO DA FAUNA ACOMPANHANTE NA PESCA DO CAMARÃO E  BIOLOGIA REPRODUTIVA DE Trichiurus lepturus (TRICHIURIDAE, TELEOSTEI) EM RAPOSA, MARANHÃO, BRASIL

  • Data: 24/11/2017
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  • Este trabalho aborda a diversidade e a produção pesqueira da ictiofauna acompanhante da pesca artesanal do camarão branco Litopenaeus schimitti em Raposa, Maranhão e a biologia reprodutiva da espécie Trichiurus lepturus. Amostragens mensais foram realizadas entre janeiro a dezembro de 2016 acompanhando a despesca de um importante apetrecho da pesca artesanal local. As espécies da ictiofauna foram identificadas e tiveram seus dados biométricos medidos. Dados de abundância e

    frequência das espécies foram utilizados para o cálculo dos índices ecológicos e índice de constância de ocorrência. Também foram estimadas a produção total da fauna acompanhante, da espécie-alvo e das espécies de peixes constantes e de alta importância econômica. Parâmetros sobre a biologia reprodutiva e o período de reprodução da espécie Trichiurus lepturus, foram calculados. A pesca artesanal de zangaria tem como alvo principal o camarão branco Litopenaeus schimitti, no entanto, 7536 indivíduos de 62 espécies de peixes foram registrados como fauna acompanhante. A composição da fauna acompanhante apresentou alta riqueza de espécies e grande diversidade. As espécies mais capturadas foram Cetengraulis edentulus (20,79%), Stellifer rastrifer(19,30%) e T. lepturus (13,4%). A produção pesqueira anual de uma única rede dezangaria foi de 17 634kg com 87,16% sendo composta pela ictiofauna acompanhante,demonstrando a baixa seletividade da arte de pesca. Muitas espécies abundantes eeconomicamente importantes da fauna acompanhante de zangaria foram capturadasainda em seu estágio juvenil, o que prejudica a manutenção dos estoques pesqueiros alongo prazo. No estudo de biologia reprodutiva de T. lepturus, constatou-se a presençade 315 fêmeas e 79 machos, totalizando 394 indivíduos capturados. A proporção sexualregistrada foi de 3,9F:1M. Os maiores indivíduos atingiram comprimento de 1045 mm eos menores indivíduos 345 mm. Houve diferença significativa na proporção sexual para o período total caracterizando uma possível segregação sexual favorável às fêmeas.Analisando-se a frequência dos estádios maturacionais, a relação gonadossomática e o fator de condição, constatou-se que a espécie se reproduz durante todo o ano.

  • DANIELE BORGES DE SOUSA
  • POTENCIAL EXTRATIVO E BIOLOGIA REPRODUTIVA DO CARANGUEJO-UÇÁ, Ucides cordatus Linnaeus 1763 EM MANGUEZAIS DO LITORAL MARANHENSE, BRASIL

  • Data: 24/11/2017
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  • A cata do caranguejo Ucides cordatus é uma importante atividade pesqueira desenvolvida em área de manguezal no Brasil. Todavia, nos últimos anos têm sido observado um declínio na produção de caranguejos em algumas localidades do País e do Estado. No intuito de gerar subsídios que auxiliem na gestão desse recurso, objetivou-se analisar a dinâmica populacional e reprodutiva de Ucides cordatus em três manguezais do litoral maranhense, Brasil. Foram realizadas 12 coletas mensais em dois manguezais no município de Raposa (Araçagi e Pucal) e outro em Cururupu (Ilha de Guajerutiua). O material coletado foi transportado para o Laboratório de Pesca e Ecologia Aquática da UEMA, onde foram verificados a biometria, o sexo e estádio de maturação gonadal de cada exemplar. Para as análises populacionais foram avaliados o potencial extrativo imediato (PEI) e futuro (PEF) de cada área e a Captura por Unidade de Esforço (CPUE). E para o estudo reprodutivo foram analisados aspectos diversos tais como, período reprodutivo, tamanho de primeira maturação gonadal e taxa de fecundidade. Foram coletados 1.100 exemplares de U. cordatus: 253 provenientes de Araçagi, 475 de Cururupu e 372 de Pucal. A abundância de machos foi significativamente maior nos manguezais de Pucal (64,5%; p<0,05) e Cururupu (84,2%; p<0,05). Nota-se que os caranguejos coletados em Cururupu são maiores e mais pesados em comparação aos obtidos em outras áreas (p< 0,05). Enquanto em Araçagi foram registrados os menores exemplares, com largura média de 43 mm para fêmeas e 45 mm para machos. O maior PEI foi registrado para Cururupu (machos: 89,5%; fêmeas:45,2%) seguido por Pucal (machos: 46,6 %; fêmeas: 3,7%). Araçagi, por sua vez, não apresentou percentuais satisfatórios à exploração imediata do recurso, onde apenas 4,1 % dos machos e 0,75% das fêmeas coletadas apresentaram largura superior a 60 mm. O valor médio de CPUE variou de 21,1 a 39,5 caranguejos coletados por hora nos manguezais de Araçagi e Cururupu, respectivamente. A análise sazonal das gônadas revelou que a maturação em machos ocorre de forma contínua, enquanto as fêmeas apresentaram maturação sazonal, compreendida entre os meses de dezembro e abril. Os resultados obtidos com esta pesquisa foram de grande importância para a compreensão da dinâmica populacional e reprodutiva de Ucides cordatus, indicando o período em que essa espécie se reproduz no estado do Maranhão, bem como a atual situação estoques pesqueiros do caranguejo-uçá nos manguezais analisados.

  • JOSIELMA DOS SANTOS SILVA
  •  ANÁLISE DA FORMA POR SÉRIES DE FOURIER EM Prochilodus spp. NA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DA BAIXADA MARANHENSE

  • Data: 23/11/2017
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  • O propósito neste estudo foi verificar se o método desenvolvido com as séries de Fourier é capaz de identificar e selecionar diferentes padrões de forma e biológicos em Prochilodus spp., capturados na Área de Proteção Ambiental da Baixada Maranhense. Os peixes foram amostrados no rio Mearim nos municípios de Arari e Vitória do Mearim, respectivamente nas comunidades pesqueiras, Curral da Igreja e Engenho Grande, durante o período chuvoso e de estiagem. Foi registrada a biometria dos peixes e imageamento para a análise da forma por séries de Fourier. As gônadas foram retiradas e classificadas para a definição dos estádios de maturação gonadal. Os contornos da forma dos peixes foram obtidos por digitalização no programa TpsDig. A forma foi analisada utilizando a Transformada Discreta de Fourier e os harmônicos foram representados em gráficos de modos e espectros; os harmônicos superiores (2º, 3º e 4º) foram representados indicando as variações e as direções de seus ângulos. Foram observados 4 estádios de desenvolvimento gonadal para machos e 3 para fêmeas. A análise da forma por séries de Fourier identificou variações nos diferentes padrões de formas, expressas pelos harmônicos para os peixes de Curral da Igreja e de Engenho Grande. A avaliação dos ângulos do 2º, 3º e 4º harmônicos foi realizada para alguns especimes, indicando a região do peixe, onde as variações de forma foram percebidas pela análise. As fêmeas apresentaram as maiores variações de padrões de formas, quando comparadas aos machos, pois a maturação de suas gônadas foi responsável por 20% da sua proporção corporal, e nos machos esse valor foi inferior a 2%. Nossos resultados sugerem que a aplicação da análise da forma por séries de Fourier é uma metodologia capaz de identificar os diferentes padrões de formas e biológicos dos peixes avaliados.

  • LUCENILDE CARVALHO DE FREITAS
  • BIOMARCADORES MORFOLÓGICOS EM Hoplias malabaricus (PISCES, CHARACIFORMES, ERYTHRINIDAE) EM AMBIENTE DULCÍCOLA DA ÁREA DE PROTEÇÃO DA BAIXADA MARANHENSE (BRASIL)

  • Data: 20/11/2017
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  • Neste estudo objetivou-se comparar biomarcadores morfológicos em traíras (Hoplias malabaricus) capturadas em dois trechos do rio Mearim nos municípios de Arari e Vitória do Mearim da Área de Proteção Ambiental da Baixada Maranhense. Inicialmente, realizou-se um levantamento bibliográfico sobre o uso de peixes como bioindicadores para o monitoramento ambiental em rios. Após esta etapa, os peixes foram coletados trimestralmente em dois povoados da Baixada Maranhense, Engenho Grande (A1) no município de Vitória do Mearim, e Curral da Igreja (A2) no município de Arari. Os peixes foram transportados ao laboratório, para registro dos dados biométricos de comprimento total (LT), comprimento padrão (LP), peso total (WT) e das gônadas (WG). Dos 91 exemplares foram retirados o segundo arco branquial direito e o fígado, que foram fixados em formol a 10%. O arco branquial foi colocado em ácido nítrico a 10% para facilitar a descalcificação. Posteriormente, ambos os tecidos foram mantidos em álcool a 70% até a realização do processamento histológico usual. Cortes histológicos de cada órgão, com aproximadamente 5μm de espessura, foram corados com Hematoxilina Eosina (HE). As lâminas confeccionadas foram analisadas e fotomicrografadas em microscópio de luz. As lesões histológicas foram classificadas e seus índices calculados. A água do rio também foi coletada para análises físico-química e microbiológica, sendo os parâmetros físico-químicos observados foram cálcio, magnésio, alcalinidade total, cloretos, conductividade, sólidos dissolvidos totais, e os parâmetros microbiológicos observados foram coliformes totais e Escherichia coli. Os dados biométricos e o índice gonadossomático obtidos foram expressos como média ± desvio padrão. As diferenças significativas entre os grupos foram verificadas através do test t Student com p < 0,05 aceito como significativo. Foi realizada a análise de Cluster nas lesões encontradas nos peixes coletados nas duas áreas, visando obter agrupamentos similares. De acordo com a revisão bibliográfica, foi constatado que os biomarcadores enzimáticos foram os mais utilizados em peixes para o monitoramento ambiental em rios. Em relação à pesquisa em campo, foram observadas várias lesões branquiais nos peixes coletados nas duas áreas de estudo, tais como: fusão lamelar, deslocamento do epitélio, aneurisma, congestão, hiperplasia, desorganização lamelar e proliferação das células de muco. Também foram identificadas lesões hepáticas, como: vacuolização citoplasmática, núcleos na periferia, centros de melanomacrófagos, necrose, dilatação dos sinusóides, dilatação dos vasos, infiltração leucocitária e hiperemia. Os parâmetros abióticos da água como: turbidez, pH, oxigênio dissolvido, ferro e os dados microbiológicos apresentaram valores em desconformidade com a legislação brasileira. A biometria dos espécimes mostrou que no período seco os machos coletados na área de referência (A1) apresentaram maior comprimento e foram pesados, sendo os valores significativos (p < 0,05). As fêmeas coletadas na área contaminada (A2) nesse período apresentaram valores maiores de comprimento e peso. No período chuvoso, as fêmeas e machos coletados na área contaminada (A2) mostraram valores elevados de comprimento e peso. O índice gonadossomático (GSI) apresentou valores maiores para machos e fêmeas coletados na área de referência (A1) durante a estação seca, com significância para os valores em fêmeas (p < 0,05) na estação chuvosa. Em relação aos estádios de maturação, no período seco, o maior percentual foi para fêmeas de estádio EG3 (maduro), e para os machos EG2 (em maturação ou repouso). No período chuvoso, o maior percentual foi para fêmeas em estádio EG2 (em maturação ou repouso), e os machos para EG1 (imaturos). A espécie H. malabaricus mostrou ser satisfatória para analisar as condições ambientais do rio Mearim em Engenho Grande (A1) e Curral da Igreja (A2), uma vez que os peixes apresentaram alterações morfológicas em brânquias e fígado, indicando possível contaminação aquática deste recurso nestes dois locais, com maior intensidade na área contaminada (A2).

  • LUIS FERNANDES DA SILVA FARIAS JUNIOR
  • EUGENOL COMO ANESTÉSICO PARA A ESPÉCIE ACARA PRETO (Cichlasoma bimaculatum)

  • Data: 21/11/2017
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  • Avaliou-se o do óleo de cravo em Acará-preto (Cichlasoma bimaculatum). Foram testadas as concentrações de 10, 20, 30, 40 e 50 mg/L do anestésico, exposição individual para cada animal por dosagem e cinco repetições para cada concentração. Foram realizados ensaios com exemplares de Acará-preto para determinar a dose adequada de anestesia para diferentes procedimentos na aquicultura, como a biometria, triagens, transportes, coleta de sangue; para analisar se baixas concentrações do anestésico induzem a sedação; e se o comportamento e a sobrevivência dos peixes são afetados pelo anestésico. O eugenol é um agente anestésico que apresenta baixo custo de aquisição, baixa toxicidade que não representa riscos ao meio ambiente nem para os manipuladores já que não representa risco aparente de intoxicação , assim, avaliou-se a eficiência anestésica do eugenol, estimando-se a dose ideal, (através dos tempos para indução e recuperação anestésica), as concentrações letais e o tempo de concentração letal. Os testes se basearam em banhos de imersão. Os tempos de indução à anestesia e da recuperação foram registrados. Não ocorreram mortalidades durante e 72 h após o experimento. As concentrações de 40 e 50 mg/L de óleo de cravo testadas, induziram os acaras à anestesia profunda. A concentração de 10mg/L foi a menos eficiente em levar os espécimes a um estado de anestesia mais adequado. A concentração de 50mg/L provocou em alguns casos respostas adversas o que talvez possa ser atribuído a pureza do álcool utilizado

  • THÉRCIA GONÇALVES RIBEIRO MONROE
  • BIODIVERSIDADE ÍCTICA EM PARQUES NACIONAIS: ANÁLISE DO PLANO DE MANEJO E IDENTIFICAÇÃO DA ICTIOFAUNA DULCÍCOLA NO PARQUE NACIONAL DOS LENÇÓIS MARANHENSES

     

  • Data: 15/12/2017
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  • Dentre as Unidades de Conservação (UCs), o Brasil é destaque na região Neotropical

    devido ao número de Parques Nacionais (PN) que possui. Contudo, a manutenção da

    diversidade biológica é ameaçada por processos naturais e acelerada pelas ações

    antrópicas. Os peixes, em especial, possuem um valor econômico para estado do

    Maranhão devido à rica rede hidrográfica e aos processos biogeográficos que formaram

    as bacias maranhenses. No estado, a criação de UCs é primordial para a conservação da

    biodiversidadeíctica. Porém, a efetividade dessas áreas é prejudicada pela ausência de

    Planos de Manejo (PM) que contemplem adequadamente a ictiofauna. Nesse sentido, o

    objetivo deste trabalho é compilar dados disponíveis acerca da ictiofauna em Parques

    Nacionais brasileiros e atualizar a lista das espécies ícticas que ocorrem no Parque

    Nacional dos Lençóis Maranhenses, comparando com os dados publicados no Plano de

    Manejo (1999). Os dados como localização (1), Metodologias para Avaliação Ecológica

    Rápida (2), Ocorrência de espécies alóctones e translocações (3), Lista de espécies (4),

    Responsáveis técnicos (5) e Hidrografia (6) foram compilados a partir dos documentos

    disponíveis nas bases de dados do Instituto Chico Mendes para a Conservação da

    Biodiversidade e do Ministério do Meio Ambiente. E para a atualização da lista de

    espécies, as coletas nas drenagens dos municípios da microrregião dos Lençóis

    Maranhenses ocorreram com auxílio de redes de emalhe, tarrafa e puçá de arrasto em

    quatro campanhas: Março/2016, Julho/2016, Maio/2017 e Agosto/2017. Foram

    coletados 1000 exemplares sob a licença SISBIO No 53224-1, e identificadas vinte e

    seis espécies. As análises revelaram que os Parques Nacionais brasileiros apresentam

    um panorama incipiente quanto aos dados coletados a exemplo: responsáveis técnicos

    não capacitados, ausência de metodologia para coleta e levantamento da ictiofauna

    dulcícola não explícitos nos Planos de Manejo. O Cerrado e a Mata Atlântica são os

    biomas com maior volume e qualidade de dados sobre a ictiofauna dulcícola, enquanto a

    Caatinga, Pantanal e Amazônia apresentam déficts de dados. Os resultados também

    mostraram que as espécies alóctones mais encontradas em Parques Nacionais são

    Oreochromisniloticus, Tilapiarendalli e Cichlaspp, acompanhadas da carência de

    monitoramento nesses ambientes. Já a biodiversidade local do Parque Nacional dos

    Lençóis Maranhenses caracterizou-se pela presença de espécies de pequeno porte, em

    sua maioria sensíveis às mudanças ambientais com espécies autóctones constantes:

    Astyanax sp., Bryconops sp., Cichlasoma orientale, Metynnis maculatus. Espécies raras

    comoEigenmanniatrilineata, Nannostomus sp., Moenkhausia sp. também foram

    registradas. A ocorrência das espécies alóctones: tucunaré (Cichlasp.) e tilápia

    (Oreochromisniloticus) sugerem ser potencias causadoras de impactos nas bacias do

    Parque. potenciais causadoras de perda da biodiversidade local. Táxons como

    Lycengraulisbatessi, Steindachnerinanotonota, Hyphessobryconsp., Loricaria

    parnahybae, Apteronotusalbifrons, Awaous tajacica, Apistogramapiauiensis, Poecilia

    vivipara, Eucinostomusargenteus e Polydactylusvirginicus não foram registrados nas

    coletas, apesar de constarem no plano de manejo publicado em 2003.Assim, sugere-se

    que esses dados contribuam para o manejo adequado da ictiofauna do parque, além do

    m o n i t o r a m e n t o d a s e s p é c i e s a l ó c t o n e s

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