Lutas e resistência das mulheres no contexto da Economia Solidária na Comunidade de Itamatatiua – Alcântara MA.
Palavras-chave: Reestruturação Produtiva. Trabalho. Economia Solidária. Gênero
Este estudo aborda as lutas e resistência das mulheres no contexto da Economia Solidária, especificamente na Comunidade de Itamatatiua – Alcântara MA e como essa nova forma de fazer economia tem enfrentado as crises do mundo do trabalho e se perpetuado atravessando gerações. Discute-se sobre o processo de reestruturação produtiva e as suas consequências para a classe trabalhadora, dando destaque aos processos de flexibilização, precarização e terceirização nas relações de trabalho, o que tem exigido dos trabalhadores a busca por alternativas de geração de trabalho e renda. Desenvolve uma abordagem sobre o processo histórico de desenvolvimento da Economia Solidária nos contextos internacional, no Brasil e no Maranhão, mais especificamente na Baixada Ocidental maranhense trazendo elementos que configuram a economia solidária como uma alternativa de sobrevivência e geração de trabalho e renda. Centra a discussão a partir dos anos de 1970, período em que os chamados novos movimentos sociais trazem á cena política segmentos como mulheres e negros, que reivindicavam não somente o acesso a alimentos, mas também liberdade e autonomia. Aborda também sobre o poder político exercido pelas mulheres da comunidade quilombola de Itamatatiua, haja vista, que historicamente esse poder esteve nas mãos dos homens. Destaca que as mulheres do Empreendimento Econômico Solidário de Itamatatiua dominam todo o processo de produção e comercialização da cerâmica, principal fonte de renda da comunidade.