A FORMA URBANA DA CIDADE TRADICIONAL E DA CIDADE CONTEMPORÂNEA EM SÃO LUÍS – MARANHÃO: Análise das áreas verdes públicas e da urbanidade do Centro Histórico, e em uma nova centralidade - o bairro da Cidade Operária.
forma urbana, espaços verdes públicos, urbanidade, novas centralidades, produção do espaço urbano.
O urbanismo moderno trouxe uma clara ruptura com o urbanismo tradicional em termos formais, em termos de escala e ideológicos. Os diversos tipos de urbanidade e apropriação dos espaços públicos estão relacionados também com as formas urbanas, pela maneira como a cidade é desenhada. A comparação entre o desenho urbano, o traçado e toda a composição urbana da cidade tradicional em contraponto com a cidade moderna e contemporânea, demonstra a monotonia da paisagem urbana que está sendo produzida e reproduzida e a forma como os espaços verdes públicos estão sendo preteridos em função do máximo aproveitamento do solo. Na cidade moderna e na cidade contemporânea veem-se as práticas do urbanismo subjugadas ao poder capital, representado por agentes produtores do espaço urbano, neste caso, o mercado imobiliário. Em linhas gerais, os espaços públicos, principalmente as áreas verdes públicas teriam uma função integradora e estética na cidade, espaços que ajudam a cidade a cumprir sua função social, espaços de lazer e de expressão democrática, além de ser um elemento morfológico do espaço urbano que propicia o bem estar e está associado à qualidade de vida quando bem idealizados. As áreas verdes livres são locais que expressam a identidade das comunidades, e o local onde o direito à cidade pode ser exercido, sendo possível fazer uma leitura social através destes espaços nos bairros. Objetivou-se nesta pesquisa analisar as áreas verdes de formas urbanas que representassem a cidade tradicional e cidade contemporânea de São Luís – MA. O principal debate desta dissertação é de que forma o urbanismo moderno impactou na forma urbana da cidade de São Luís e quais as mudanças na configuração das áreas verdes públicas. Parte-se da hipótese de que a produção do espaço urbano de São Luís, inspirado nas ideias modernistas, foi, e é, um instrumento de ordenação social e configura o território conforme os interesses do capital.