TERRITORIALIDADE NEGRA URBANA EM ANÁLISE: produção do espaço no Quilombo Urbano da Liberdade e nos bairros da Madre Deus e Coroadinho em São Luís
Territorialidade negra, produção do espaço, urbanismo, São Luís, Liberdade, Madre Deus, Coroadinho
Esta dissertação foi desenvolvida no âmbito do Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento Socioespacial e Regional da Universidade Estadual do Maranhão (PPDSR-UEMA) e visa compreender as implicações da territorialidade negra na produção do espaço de territórios e bairros negros, estabelecendo como campo empírico o quilombo urbano da Liberdade e os bairros da Madre Deus e Coroadinho, territórios negros localizados na cidade de São Luís-MA. Tais espaços exemplificam os conceitos de territorialidade negra, partindo inicialmente do histórico de formação para os aspectos identitários e específicos do lugar. Considerando o contexto da diáspora africana são firmados a partir de conceitos próprios e se colocam como exemplares fundamentais para se pensar o urbanismo criado e produzido no Brasil. Para além de toda a imposição de lógicas de degradação dos territórios negros no decorrer dos anos, os espaços se concebem e se perpetuam a partir de lógicas próprias e distintas das formulações urbanísticas hegemônicas, sendo desconsiderado nas rotas de desenvolvimento urbano e na própria história do urbanismo brasileiro. A metodologia utilizada nesta pesquisa parte de uma orientação decolonial somada às perspectivas do pan-africanismo e da afrodescendência para formular o campo epistemológico, a partir de estudo bibliográfico conceitual das teorias de produção do espaço e território negro, revisão histórica da formação dos territórios e bairros negros brasileiros, para assim adentrar à pesquisa de campo nos bairros estudados, com utilização de fotos, mapas e entrevistas com moradores locais. As conceituações e levantamentos bibliográficos somados às informações colhidas in loco nas comunidades proporcionaram discussões sobre a percepção dos territórios indo além das carências, sendo concebido e mantido através de lógicas próprias de produção do território negro, ainda que distintas pontualmente, relacionadas a partir da origem em comum