Notícias

Banca de QUALIFICAÇÃO: JHONATAN ANDRÉS MUÑOZ GUTIÉRREZ

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JHONATAN ANDRÉS MUÑOZ GUTIÉRREZ
DATA: 30/05/2023
HORA: 09:00
LOCAL: VIA APLICATIVO MICROSOFT TEAMS
TÍTULO:

INTEGRAÇÃO DO CONHECIMENTO LOCAL E CIENTÍFICO COMO ESTRATÉGIA DE ADAPTAÇÃO DE COMUNIDADADES QUILOMBOLAS ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NA AMAZÔNIA ORIENTAL MARANHENSE


PALAVRAS-CHAVES:

percepção do risco climático. Vulnerabilidade. Corte e queima. Quilombolas. Adaptação climática


PÁGINAS: 133
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Agronomia
RESUMO:

A mudança climática é global, porém, os impactos são localizados. Este estudo contribui para consolidação de informações relacionadas a forma em que os agricultores percebem e lidam com as mudanças climáticas na Amazonia oriental, Brasil. Nesse sentido, apresenta a forma como os agricultores acessam às informações climáticas, as ações de adaptação implementadas em relação as mudanças, os fatores que influenciam a percepção do risco climático e a implementação de ações de adaptação. Adicionalmente, foram identificadas barreiras para o processo de transição de sistemas com fogo para sistemas sem fogo, e se reconhecem grupos de agricultores segundo as características socioeconômicas e o conhecimento relacionado com as mudanças climáticas. A coleta de dados foi realizada com diferentes atores locais (de agricultores a representantes públicos, n=100) no município de Alcântara, Maranhão, Brasil. Utilizou-se entrevista semi-estruturada, lista livre, grupos focais de discussão, mapeamento participativo de riscos, regressão logística binária, análise fatorial de dados mistos e análise de agrupamento hierárquico no componente principal, teste de Mann-Kendall e ANOVA. A idade média dos agricultores é de 56 anos (±13). O tamanho da família em média é 4,5 (±2,4) integrantes, com 3,5 (±2,8) filhos. A renda familiar é baixa, com 30% sobrevivendo com menos de um salário mínimo mensal (~US$ 200/mês). A renda provém principalmente de aposentadoria (49,4%) e programas governamentais de assistência social (40,2%). Os estressores mais relevantes foram os não climáticos. Agricultores que vivem em “Agrovilas” são mais propensos a perceber estressores climáticos (p < 0.05). A televisão (83%) é o meio de comunicação mais utilizado para adquirir informações sobre as mudanças climáticas. Os impactos negativos percebidos pela mudança climática incluem a podridão da mandioca e a alteração da época de plantio. Menos de 29% dos agricultores implementam ações de adaptação diferente à alteração da época de plantio. Em média implementam 1.6 (±1.3) práticas. Saber o que é o aquecimento global e ter acesso ao crédito, influenciam a implementação de ações de adaptação (p < 0.05). Um total de 22 barreiras para transitar do sistema de corte e queima para sistemas sem fogo foram citadas, sendo que a falta de assistência técnica é a mais proeminente (100%). Três grupos de agricultores foram identificados de acordo às características socioeconômicas e o conhecimento sobre as mudanças climáticas (p < 0.05). A percepção dos agricultores é convergente com os dados meteorológicos que indicam uma tendencia no incremento da temperatura (p < 0.05) e uma diminuição da precipitação especialmente na última década. A mudança climática requer uma resposta coordenada e multinível para que os agricultores possam se adaptar de forma efetiva.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente(a) - 809665 - GUILLAUME XAVIER ROUSSEAU
Externo à Instituição - HENRIQUE FERNANDES DE MAGALHÃES - UFPE
Externo ao Programa - 844848 - ISAAC GIRIBET BERNAT
Externo à Instituição - MICHELLE BONATTI - ZALF
Notícia cadastrada em: 23/05/2023 11:52
SIGUEMA Acadêmico | Coordenação de Sistemas de Informação - 2016-8200, ramal 9950/2016-8201/2016-8202 | Copyright © 2006-2024 - UEMA - AppServer1.s1i1