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AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO FOTOSSINTÉTICO EM MILHO CULTIVADO COM RESÍDUOS DE LEGUMINOSAS E GESSO EM UM AGROSSISTEMA TROPICAL
biomassa de leguminosa; manejo do solo; fotossíntese; milho.
Os modelos climáticos consistentemente projetam aumentos na variabilidade da temperatura nos países tropicais nas próximas décadas, com a Amazônia como um ponto de preocupação. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos combinados do gesso com biomassa de leguminosas sobre as mudanças nas propriedades do solo e como essas mudanças podem afetar o desempenho fisiológico do milho. O objetivo final é contribuir para a adaptação da agricultura familiar ao aquecimento global previsto na periferia da Amazônia. O experimento foi estabelecido em 2011. O gesso foi aplicado em janeiro de 2011 a uma taxa de 6 t/ha e em 2016 a uma taxa de 4 t/ha e a biomassa de leguminosa foi aplicada desde 2011 a uma taxa de 12 t/ha. O estudo teve quatro repetições dos seguintes tratamentos: controle (C), gesso (G), nitrogênio (N), biomassa de leguminosa (L), nitrogênio + gesso (NG), biomassa de leguminosa + gesso (LG) e biomassa de leguminosa + nitrogênio + gesso (LNG). O experimento foi conduzido em dois regimes hídricos: sistema de sequeiro em 2018 e irrigação em regime de restrição hídrica em 2019. Os resultados das melhorias nos atributos do solo tiveram efeitos positivos nos parâmetros fisiológicos do milho, mostrando uma redução no estresse das plantas principalmente no índice de performance (PIabs) que mostrou ser um índice sensível às adições de gesso e nitrogênio no regime de restrição hídrica. Essas mudanças foram capazes de produzir diferenças na absorção de N, produção de biomassa e rendimento de grãos de milho, mesmo em regime de restrição de água. O rendimento de grãos de milho foi maior no LNG do que em todos os outros tratamentos nos dois anos. No entanto, sob irrigação restrita, o rendimento de grãos de milho aumentou em 29% comparado com apenas ureia (N) e 60% comparado ao tratamento controle (C) quando biomassa de leguminosa, ureia e gesso (LNG) foram utilizados. Vale ressaltar a grande contribuição do nitrogênio para diminuir o estresse das plantas, melhorar os parâmetros fisiológicos e aumentar a produção de biomassa. Portanto, a inclusão de nitrogênio em conjunto com gesso e biomassa de leguminosa deve fazer parte das práticas de manejo do solo, bem como de pesquisas futuras para aprimoramento da estratégia de adaptação da agricultura tropical ao aquecimento global.