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"OCORRÊNCIA DE CARRAPATO DO COMPLEXO Amblyomma maculatum E SUA RELAÇÃO COM Rickettsia NA BAIXADA MARANHENSE, MARANHÃO, BRASIL"
bactérias; gênero Rickettsia; técnica de imunofluorescência
RESUMO
Em 2013 foi registrada pela primeira vez, no estado do Maranhão, a ocorrência carrapatos
pertencentes ao complexo Amblyomma maculatum, na mesorregião da Baixada Maranhense.
O ciclo de vida destes ectoparasitas nessa região, assim como os hospedeiros relacionados,
permanece desconhecido. Todas as fases de vida podem transmitir bactérias do gênero
Rickettsia, inclusive as espécies pertencentes ao grupo da Febre Maculosa, uma das mais
importantes doenças transmitidas por carrapatos que tem como vetor principal carrapatos do
gênero Amblyomma. Objetivou-se relatar a ocorrência dos estágios de vida deste carrapato na
Baixada Maranhense, seus hospedeiros e sua relação com Rickettsia. Foram realizadas cinco
campanhas com intervalos de 3 meses entre elas. Através de armadilhas e contenção manual,
amostras de sangue e carrapatos foram coletadas de pequenos mamíferos silvestres e
mamíferos domésticos. Aves também foram inspecionadas para pesquisa de infestação por
carrapatos. As amostras de soro foram testadas para as seguintes espécies de Rickettsia:
Rickettisia rickettsii cepa Taiaçu, Rickettisa parkeri cepa At24, Rickettsia amblyommatis cepa
Ac37, Rickettisa rhipicephali cepa HJ5 e Rickettsia bellii cepa Mogi, pela técnica de
imunofluorescência indireta (RIFI). Arrastes de flanelas foram realizados em todas as
campanhas. Aves silvestres foram coletadas por meio de redes de neblina e inspecionadas
quanto a presença de carrapatos. Cães, equinos, suínos e um roedor do gênero Rattus
sororeagiram (título ≥ 64), com títulos variados, para pelo menos uma espécie de Rickettsia.
As amostras de búfalos e bovinos foram negativas. Cães, equinos, suínos e bovinos estavam
parasitados por formas adultas de A. maculatum sensu lato. Aves da espécie Ammodramus
humeralis apresentaram parasitismo por formas imaturas de A. maculatum s. l. Formas adultas
e imaturas de A. maculatum s. l. foram coletados por meio de arrastes durante quatro das cinco
campanhas. Testes moleculares para detecção de Rickettsia em espécimes A. maculatum s. l.
foram negativos.