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Plantas tóxicas de interesse veterinário no município de Fortuna-MA.
Maranhão, intoxicação, Cerrado.
RESUMO
O registro do uso de plantas é antigo, elas eram usadas com a finalidade de prevenir e curar os sintomas das doenças. Com a evolução dos estudos, houve progressos na compreensão dos seus efeitos no homem e nos animais, facilitando o seu uso. Por meio de levantamento, avaliou-se a relação das informações obtidas na comunidade do município de Fortuna – MA, com vistas o resgate e valorização do conhecimento vindo da população acerca das plantas tóxicas. A metodologia empregada foi do tipo exploratório, aliado a busca ativa na comunidade e propriedades rurais, coletou-se os galhos das plantas com folhas, flores e frutos com aproximadamente 30 cm de comprimento. Os exemplares foram acondicionados em jornal e colocados entre placas de papelão corrugado e com o uso de prensas de madeira trançadas e atadas por barbante, de modo que ficassem sob pressão. O material vegetal foi encaminhado ao Herbário (SLUI) Rosa Mochel do Departamento de Química e Biologia da Universidade Estadual do Maranhão, para secagem, confecção das exsicatas, categorização e identificação taxonômica. Foram encontradas 10 espécies de plantas apontadas pelos moradores, mateiros, pecuaristas, criadores e produtores rurais como tóxicas a “Mataíba” ou “Olho de bode” (Matayba sp.); “Fava Danta” ou “Faveira” (Dimorphandra mollis); “Jurubeba” (Solanum crinitum); “Açoita cavalo” (Luhea divaricata); “Conduru Preto” / Conduru Branco (Ephedranthus sp.); Besoureiro” (Senna Fruticosa); “Grão de Bode” (Tabenaemontana catharinensis); “Marfim” (Agonandra brasilienses); “Rosca” (Chloroleucon acaciode). Das 10 espécies vegetais apontadas nas buscas ativas como tóxicas, 6 espécies tiveram relato na literatura referentes ao seu potencial tóxico. Esses resultados mostram a importância do levantamento, do rastreamento e mapeamento na identificação de plantas tóxicas de interesse médico-veterinário e incentiva a realização de pesquisas e experimentos acerca dessas plantas, assim como, das espécies vegetais que não têm pesquisas referentes à sua atividade farmacológica.