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"OCORRÊNCIA E IDENTIFICAÇÃO DE ECTOPARASITAS E HEMOPARASITAS DE BÚFALOS (Bubalus bubalis) CRIADOS NA BAIXADA MARANHENSE, BRASIL"
Bubalinos, ectoparasitas, sorologia, Anaplasma marginale, Babesia bovis, Babesia bigemina, Trypanosoma viv
Os búfalos (Bubalus bubalis) são espécies conhecidas por apresentarem grande resistência ao desenvolvimento de enfermidades consideradas comuns em bovinos, no entanto, com o avanço das pesquisas e técnicas de diagnóstico é possível comprovar que os bubalinos são susceptíveis às infecções parasitárias, principalmente pelos hábitos de permanecerem aglomerados por longos períodos em áreas alagadas e pelas criações consorciadas com bovinos. Dessa forma, objetivou-se com este estudo identificar e avaliar a ocorrência de ectoparasitas e hemoparasitas de búfalos (Bubalus bubalis) criados na Baixada Maranhense, Brasil. Foram coletados ectoparasitas e sangue de 116 bubalinos (36 machos e 80 fêmeas), mestiços, com idade de 4 meses até 144 meses, com aptidão leiteira, para corte e mista. Os animais foram inspecionados visualmente para a coleta de ectoparasitas. Para a pesquisa de hemoparasitas foram utilizadas técnicas parasitológicas diretas através de esfregaços sanguíneos e Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), o diagnóstico sorológico foi realizado pela técnica de Ensaio Imunoenzimático Indireto (iELISA), baseadas na identificação de anticorpos contra Anaplasma marginale, Babesia bovis, Babesia bigemina e Trypanosoma vivax, e o teste de Imunocromatografia de fluxo lateral (Imunotest®), para verificação de animais reagentes para T. vivax. Quanto aos ectoparasitas, a espécie Haematopinus tuberculatus foi identificada. Os esfregaços sanguíneos foram negativos para a pesquisa de A. marginale, B. bovis, B. bigemina e T. vivax. Foram detectados anticorpos anti-B. bovis em 62,94% bubalinos, 81,90% foram reagentes para B. bigemina, 68,10% apresentaram-se sororeagentes para A. marginale, 79,31% para anticorpos anti-T. vivax através do iELISA e 76,72 % reagentes ao teste imunocromatográfico. Quanto à análise molecular, 8,62% foram positivos para B. bovis, 6,90% positivos para B. bigemina, e 1 animal foi diagnosticado positivo para T. vivax. Não foi diagnosticado nenhum animal positivo para A. marginale. Pesquisou-se também a presença de T. vivax nos espécimes de H. tuberculatus, com resultados negativos. Não houve diferença estatística (p<0,05) significante em relação a idade e sexo dos animais e a presença dos patógenos estudados. Concluí-se que búfalos criados na Baixada Maranhense são portadores de A. marginale, B. bovis, B. bigemina e T. vivax.