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"Detecção sorológica, molecular e diversidade genética de Anaplasma spp. em pequenos ruminantes da microrregião do Baixo Parnaíba, Maranhão"
Anaplasmose; caprino, ovinos, nordeste
A anaplasmose, causada por bactérias do gênero Anaplasma, é importante enfermidade
transmitida por carrapatos que geram prejuízos às criações de animais de produção em muitos
países. Os caprinos e ovinos são suscetíveis a infecções por bactérias desse gênero e tem sido
amplamente relatado em diferentes regiões do mundo. Apesar da importância deste patógeno
para a sanidade animal, poucas pesquisas tem sido realizadas a fim de detectar a ocorrência
desse patógeno em pequenos ruminantes, no Brasil. Desse modo, esta pesquisa teve como
objetivo detectar e determinar a diversidade genética de Anaplasma spp. em pequenos
ruminantes e carrapatos da região do Baixo Parnaíba Maranhense. Para isso, foram coletadas
amostras de sangue de 161 animais, sendo 70 ovinos e 91 caprinos, oriundos de 4 municípios
da região do Baixo Parnaíba, todos clinicamente saudáveis no momento da coleta. Foram
confeccionados esfregaços sanguíneos, corados com Giemsa, para a observação de inclusões
de Anaplasma spp. pela microscopia de luz. O soro dos ovinos e caprinos foram submetidos a
métodos de diagnóstico sorológico, por meio do ELISA, utilizando proteína de superfície de
membrana recombinante (MSP5) e o sangue, ao diagnóstico molecular para a detecção de A.
marginale por meio da qPCR e cPCR. As amostras positivas foram então sequenciadas e em
seguida submetidas a análise da diversidade genética pelo RepeatAnalyzer. Com isso, não foi
possível observar inclusões sugestivas de Anaplasma spp. em nenhum dos esfregaços sanguíneos analisados. O levantamento sorológico detectou a presença de anticorpos anti-A. marginale em 18 animais (11,1%), sendo 2,8% caprinos e 17,5% ovinos. Foi possível
identificar o DNA de A. marginale em 2 ovinos (1,24%) por meio da qPCR. A análise do sequenciamento das amostras demonstrou porcentagens de identidade variando de 90.97% a
98.79% com A. marginale, e com relação a diversidade genética, foram caracterizadas duas
estirpes distintas, cada uma em um animal diferente, nunca relatadas em pequenos ruminantes,
ambas pertencentes ao genótipo H foi demonstrado alta diversidade genética das estirpes entre
si e na região estudada. Com base no exposto, foi possível confirmar a circulação de A. marginale em ovinos e caprinos no Estado do Maranhão, utilizando as abordagens sorológica e molecular.