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"Leishmaniose visceral canina no trato reprodutivo de cães: Caracterização in situ de aspectos imunopatológicos e parasitários".
cães; trato reprodutor; histopatologia; qPCR
A leishmaniose visceral (LV) é uma zoonose de distribuição mundial causada pelo protozoário Leishmania chagasi, o principal reservatório é o cão doméstico e a transmissão, geralmente, se dá pela ação hematófaga do inseto vetor da espécie Lutzomya longipalpis. No entanto, a transmissão vertical transplacentária e a transmissão venérea tem sido descritas ao longo dos últimos anos, de modo que estudos relatam que a transmissão ocorre de maneira unilateral, é extremamente importante que se realize estudos envolvendo o trato reprodutor de cães quanto a sua sucetibilidade e resintencia é infecção, pois ainda não há relados sobre sua caracterização imunológica. Desse modo, esta pesquisa teve como objetivo caracterizar a infecção do trato reprodutor masculino de cães na leishmaniose visceral, com ênfase nos aspectos imunopatológicos e parasitários. Sendo assim, foram coletadas amostras de sangue e tecidos do trato genital de machos sintomáticos (N=8) e assintomáticos (n=8) naturalmente infectados com L. Infantum chagasi de animais eutanasiados do Hospital Veterinário “Francisco Uchoa Lopes” da Universidade Estadual do Maranhão e da Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ), da Ilha de São Luís – MA. O material coletado foram submetidos a métodos de diagnósticos sorológicos e moleculares, além de análises histopatológicas, imuno-histoquimica e de qPCR para avaliação da carga parasitária e expressão de citocinas. Até o presente momento, todos os animais analisados apresentaram diagnóstico positivo em pelo menos um dos testes realizados; observou-se alterações macroscópicas com lesões no saco escrotal, glande e prepúcio e, histopatológicas, caracterizadas sobretudo por infiltrado inflamatório com predomínio de macrófagos no prepúcio, epidídimo, próstata e glande, além de degeneração do epitélio germinativo nos testículos. Foi possível detectar formas amastigotas de Leishmania sp. no prepúcio e próstata através da imuno-histoquímica. Desse modo, presente trabalho demonstrou que o trato reprodutor masculino é um sítio frequente de parasitismo pela Leishmania e o mesmo deve ser incluso como diagnostico diferencial durante avaliação de lesões infecciosas dessa região.