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ATIVIDADE MICROBIOLÓGICA ASSOCIADA À LEGUMINOSA NATIVA SABIÁ (Mimosa caesalpiniifolia Benth.) E À PALMEIRA RUDERAL BABAÇU (Attalea speciosa Mart.) NO MARANHÃO CENTRALO
Fungos, Infestação, Invertebrados, Serrapilheira, Decompositores.
Este estudo quantifica o consumo de cinco substratos através do bait-lamina teste em quatro pares de vegetação secundária dominada por duas espécies contrastantes, a palmeira babaçu e o sabiá, e analisa os diferentes aspectos em relação à biomassa microbiana em quatro pares de área monoespecíficas dessas vegetações na região centro-norte do Maranhão. O primeiro experimento envolveu 72 placas de madeira, cada uma contendo três réplicas de cinco materiais diferentes em três profundidades (1 cm, 5 cm e 10 cm). Os cinco substratos utilizados foram: (1) mistura padrão de celulose em pó (70%), amido de trigo (27%) e carvão vegetal (3%); (2) folíolo verde de babaçu; (3) folíolo amarelo do babaçu; (4) folheto verde de sabiá; (5) folíolo de sabiá amarelo. Após três períodos de permanência (1, 3 e 5 semanas), as placas foram retiradas e analisados os 36 orifícios por placa, resultando num total de 2.592 orifícios. A análise incluiu o estado de decomposição e o grau de infestação fúngica. Dos 2.592 orifícios, 1,2% não puderam ser classificados e 3,85% apresentaram infestação por fungos e foram excluídos das análises. Este experimento revelou a presença dos fungos Fusarium oxysporum, Penicillium spp. e Aspergillus flavus, além de ácaros oribatídeos e da subordem Acaridida. Foram vistoriados todos os orifícios e quantificado o consumo alimentar da massa nutritiva utilizandose três categorias: (1) não consumida, (2) parcialmente consumida e (3) totalmente consumida. Na primeira e terceira semana o consumo nos orifícios permaneceu na categoria 1. Porém, na quinta semana foi observado consumo na categoria 3, também foi observada infestação por fungos na categoria 3. O substrato padrão foi o mais consumido, categoria 3. Entre os substratos compostos por folíolos verdes de babaçu, folíolos verdes e amarelos de sabiá, não houve diferenças significativas no consumo, estando os três substratos na categoria 2. O folíolo amarelo de babaçu foi o menos consumido e permaneceu na categoria 1. No segundo experimento a amostragem foi realizada em quatro pares de áreas de vegetação secundária e capoeira espontânea, as amostras de solo foram coletadas nas profundidades de 0-10 cm e retiradas de 24 pontos amostrais e analisados em aproximadamente 7 semanas após as coletas. A determinação do nitrogênio e do carbono da biomassa microbiana foi realizada através dos processos de digestão, destilação e titulação das amostras. A Respiração Basal foi determinada pela incubação e titulação. Os teores de N da Biomassa Microbiana do Solo diferiram significativamente entre as vegetações, sendo superiores no sabiazal, com relação aos valores de carbono, não houve diferença significativa entre babaçual e sabiazal. O CO2 liberado na respiração também apresentou valores maiores nas áreas de sabiazal. O bait-lamina teste não forneceu evidências suficientes para comprovar a teoria da Home Field Advantage em ecossistemas tropicais sob condições de chuvas intensas e em um curto período de tempo, ainda se conclui que as áreas de sabiazal apresentam uma dinâmica de decomposição de resíduos orgânicos mais intensa, fornecendo as condições ideais para a formação de substrato para a microbiota do solo e liberação de CO2.