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Banca de DEFESA: EUDOXIO GOMES DOS SANTOS JUNIOR

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: EUDOXIO GOMES DOS SANTOS JUNIOR
DATA: 12/12/2019
HORA: 10:00
LOCAL: Sala de Aula Mestrado
TÍTULO:

MOSCAS VAREJEIRAS (DIPTERA: CALLIPHORIDAE) COMO BIOINDICADORES DE METAIS POTENCIALMENTE TÓXICOS EM ÁREAS ANTROPIZADAS NO CERRADO MARANHENSE


PALAVRAS-CHAVES:

Antropobiocenoses, Bioindicadores, Cerrado, Dípteros necrófagos, Sinantropia


PÁGINAS: 72
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Agronomia
RESUMO:

A intensificação do consumo de produtos pela humanidade tem como reflexo a geração de grandes quantidades de resíduos sólidos que são comumente descartados em ambientes a céu aberto denominados lixões. Entre os efluentes depositados nos lixões estão os metais pesados que, em algumas condições, podem atuar de maneira nociva, justificando-se estudos sobre o acúmulo de tais substâncias. Os dípteros da família Calliphoridae, conhecidos como moscas varejeiras, são encontrados em áreas urbanas, rurais e florestais, sendo atraídos por substâncias em processo de decomposição. Desta forma, estas características lhes conferem capacidade de serem usados como bioindicadores de interferências antropogênicas em ambientes naturais. Dessa forma, este estudo visa utilizar espécies sinantrópicas de moscas da família Calliphoridae como bioindicadores de concentrações de metais potencialmente tóxicos em ambientes antropizados (lixões). Foram utilizadas 200 armadilhas para captura de dípteros necrófagos em áreas dos municípios de Balsas e São Raimundo das Mangabeiras (MA), sendo 100 nas áreas de influência dos depósitos municipais de resíduos sólidos (lixões) desses dois municípios (ambiente antropizado) e 100 em áreas de cerrado conservado. Também foram coletadas amostras de solo nos locais de instalação das armadilhas. Posteriormente, foi feita a análise dos níveis de metais potencialmente tóxicos, tanto nas moscas quanto nos solos coletados. Foram coletadas 27.933 dípteros pertencentes a 11 famílias, sendo 17.767 em ambiente antropizado e 10.166 em ambiente de cerrado preservado. As famílias mais abundantes foram: Muscidae (35,4%), Calliphoridae (23,5%), Otitiidae (20,9%), Sarcophagidae (16,1%) e Faniidae (3%). Da família Calliphoridae foram coletados 6.560 espécimes, sendo 4.550 no ambiente antropizado e 2.010 no cerrado conservado, distribuídos em 04 gêneros e 06 espécies, com destaque para Chrysomya megacephala (45,53%), Chrysomya albiceps (27,52%), Cochliomyia macellaria (11,36%) e Chloroprocta idiodea (10,38%). Com exceção de uma área antropizada que apresentou 10,40 %, as outras áreas apresentaram valores de matéria orgânica menores que 10%. O pH em água mostra que os solos analisados, de modo geral, têm caráter ácido. O pH em água foi maior que o pH em KCl. ∆pH e PCZ indicaram ocorrência de cargas negativas em ambos ambientes. O ambiente antropizado apresentou maiores concentrações das espécies metálicas analisadas (Cd, Pb, Cr, Mn e Zn) tanto nos solos quanto nas moscas, sendo que as concentrações de Cádmio ficaram abaixo dos valores de detecção nos solos. O mesmo ocorreu com o chumbo nas moscas do ambiente conservado. As três espécies investigadas da família Calliphoridae (Chrysomya megacephala, Chrysomya albiceps e Chrysomya putoria) apresentaram alto potencial de bioacumulação para Cr, Mn e Zn. Houve tendência de melhor indicação da presença de metais por fêmeas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente(a) - 71688 - JOSÉ ROBERTO PEREIRA DE SOUSA
Interno - 2629087 - MICHELA COSTA BATISTA
Externo à Instituição - TERESINHA DE JESUS AGUIAR DOS SANTOS ANDRADE - IFMA
Notícia cadastrada em: 29/11/2019 17:37
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